1. Spirit Fanfics >
  2. I don't need your help >
  3. I can't believe

História I don't need your help - I can't believe


Escrita por: Oli_Johnson

Notas do Autor


Primeira fic que eu realmente publico . Espero muito que vocês gostem, e criticas construtivas serão muito bem vindas! Me digam o que estão achando, ok?

Capítulo 1 - I can't believe


Fanfic / Fanfiction I don't need your help - I can't believe

– Olivia, acorda, você precisa ir pra aula filha – ouvi a suave voz de minha mãe ecoar no meu quarto

– Vou faltar hoje, não estou me sentindo bem – respondi com os olhos ainda fechados, no enorme conforto da minha cama

–  Não Oli, você já faltou três vezes essa semana. Vamos, hoje é sexta, depois tem o final de semana inteiro pra decansar – ela insistiu, puxando minha coberta e abrindo a janela

–  Que saco! – reclamei me levantando

Caminhei diretamente ao banheiro, ligando o chuveiro e esperando ele esquentar. Me olhei no espelho e percebi minha terrível aparência por ter saído a noite passada. Fortes olheiras e uma grande ressaca evidenciavam a minha fuga para uma festa com o pessoal da escola no dia anterior .

Entrei no banho, esperando que de alguma forma, a minha ressaca milagrosamente passasse. O que claro, não aconteceu, então voltei ao meu quarto para passar uma maquiagem, apenas o suficiente  esconder as grandes olheiras e a cara de cansaço.   

Não demorei para ficar pronta, então escovei meu cabelo, vesti minha calça jeans um pouco rasgada , coloquei um regata preta, calcei meu vans também preto e desci apressada , com medo de estar atrasada .

 –  Vai sair desse jeito ? – meu pai criticou quando me sentei a mesa de café da manhã

 –  Vou pai, algum problema?

 –  Você podia usar uma saia, um vestido , um salto. Não sei, prender esse cabelo ou cortar

 –  Não quero usar saia hoje

 – Que horas você chegou em casa ontem? Não te ouvi chegar antes de ir dormir

 – Deve ser porque você estava bêbado – retruquei de mal humor

 – Olivia!! – minha mãe me repreendeu – responda seu pai. Que horas você voltou ontem?

 – Não sei mãe. 4: 30, acho

 – Você acha??? – meu pai disse irritado – isso são horas de se chegar em casa? Você sabia que teria aula as 8:00 e mesmo assim chega neste horário ?? Isto é inaceitável !

 –Ta , me desculpa

 – Ok, depois falamos sobre isso – minha mãe disse tentando acabar com o clima pesado logo de manha – Oli, quando a aula acabar hoje, venha direto pra casa. Precisamos conversar

 – É serio? - disse desanimada e recebi um olhar de desaprovação dela – tudo bem, eu volto direto da escola. Não to com fome , posso ir pra aula?

–  Pode. Mas não com o seu carro – meu pai repreendeu – chame o James para te levar

–  O que? Não ! Vou no meu carro !

– Oli, por favor, não complique as coisas – minha mãe pediu, com um tom de voz baixo

–  Vocês estão um saco hoje – levantei brava e sai andando em direção a porta

Posso explicar tudo. James era o motorista da família, o que eu, particularmente, achava um grande exagero, mas claro que não podia dizer nada, e meu pai era um homem de grande importância em um cargo politico, apesar de ser um grande bêbado .

Minha mãe era juíza, e atuava em grandes casos com o meu tio, irmão de meu pai, que era advogado e foi o motivo de minha querida mãe conhecer o meu querido pai. Em casa, vivíamos apenas eu e meus pais, porém, anteriormente, ainda tinha meu irmão.

Meu irmão era o único que realmente se importava comigo na minha família. Bom, pelo menos era como eu me sentia. Sempre dividíamos tudo, contávamos histórias, íamos pra festas juntos, e literalmente, não escondíamos nada um do outro. Nossa relação era ótima, até ele ter que se mudar para fazer a faculdade em outro país. No dia em que ele me contou que iria embora, acho que nunca chorei tanto. Claro , ainda nos falávamos todos os dias, praticamente toda hora, mas não era a mesma coisa. Distancia é realmente uma merda.

E desde que ele se foi, a mais ou menos um ano, tive que começar a lidar com os meus pais sozinha, o que não era nada fácil. Minha mãe acabava ficando a maior parte do tempo fora, ocupada com o seu trabalho, e quando estava em casa, passava o seu tempo com o meu querido pai. Meu grande problema era com ele.

Mais ou menos quando completei 14 anos, meu pai começou a se envolver com bebidas, e voltava pra casa extremamente agressivo e autoritário. Tudo só piorou quando ele começou a bater em minha mãe ( além de a trair ) e em seguida, começar a me bater. Minha grande sorte era que eu sempre tive meu irmão para me defender , e isso fez com que ele me batesse menos, apenas apanhava nos momentos em que estava sozinha.

Agora, que tenho 17 anos, meu irmão esta em outro país, minha mãe continua o tempo todo fora de casa e meu pai continua bebendo, traindo e acabando com a vida de todos ao seu redor. Isso era realmente um saco.

Por isso, sempre que podia, ficava longe de casa. Adorava ficar na casa de meus amigos, ir a festas ou até mesmo ir ao shopping, qualquer atividade que pudesse me distrair já era mais que o necessário.

Perdida em meio a tantos pensamentos , James me deixou na porta da escola e entrei apressada, acreditando estar atrasada. O dia foi extremamente cansativo, com provas e lições, mas já estava costumada. Quando o sinal indicando que a aula finalmente tinha acabado, senti um frio na barriga e uma sensação esquisita, de que algo daria errado.

Enquanto voltava pra casa com James, aproveitei para ligar pro meu irmão. Cameron, atualmente, morava nos Estados Unidos, e cursava uma das maiores universidade do mundo, enquanto eu continuava na Inglaterra. Falei com ele rapidamente, e expliquei da conversa que minha mãe disse que teria ter comigo, e ele me confortou, me deixando mais relaxada para toda essa situação .

Cheguei em casa bem ansiosa, e me espantei em ver minha mãe e meu pai sentados no sofá, em silêncio, apenas me esperando.

–  Mãe? Pai? Ta tudo bem ? – perguntei aflita

– Querida, não quer se sentar? – meu pai respondeu tenso

–  Não. Quero saber o que esta acontecendo , vocês estão muito estranhos

–  Oli, sente aqui que nós...

– Não! – interrompi bruscamente minha mãe – não quero me sentar, eu quero saber o que esta acontecendo !

– Ok.. - minha mãe disse chateada – Mas antes de tudo, nós queremos que você saiba que nós te amamos, independente do que aconteça

–  É filha, você é muito importante pra nós, e nada mudara isso

–  Por favor, falem logo – Disse baixo, com o coração acelerado

–  Nós vamos nos divorciar – minha mãe desabafou

–  O que? – respondi sem acreditar

–  Vai ser difícil para todos , mas é o melhor a se fazer.

–  Era só isso? – perguntei sem reação, a ficha ainda não havia caido

–  Não.. tem mais umas coisas – meu pai continuou – Voce vai ter mais um irmão

–  Oi?! Gritei confusa – como assim mais um irmão?? mãe você tá gravida?! Porque não me contou antes???

–  Não filha, não sou eu que estou gravida – minha mãe abaixou a cabeça e pude ver uma lágrima escorrendo de seu olho – é a Clarice, a secretária do seu pai

–  Isso é brincadeira né?? Como você pode? Como você pode fazer uma coisa dessas com a minha mãe?! - gritei pro meu pai, com a raiva incontrolável que estava sentindo

–  Olivia, se acalma. Nós vamos resolver tudo isso. E por ultimo , só para você saber, marcamos um terapeuta para você – ele me respondeu, um pouco irritado, mas se controlando bastante

–   Isso tem que ser um brincadeira – falei rindo – eu não vou pra terapia nenhuma, e eu não vou ter irmão nenhum

–  Nada disso é uma escolha sua – ele retrucou – Segunda feira você vai ao terapeuta, ele vai te ajudar a controlar essa raiva que você esta sentindo

–  E você concorda com isso ? –  perguntei para minha mãe, que chorava cada vez mais, que nem eu

–   Oli, é o melhor a se fazer...

–  O melhor a se fazer ? Você devia ter se separado dele há muito tempo! Eu não vou ter irmão nenhum, e te garanto que não vou a terapeuta nenhum ! - gritei enquanto saia correndo da sala, subindo as escadas pra ir ao meu quarto

–  Olivia! Volta aqui ! Agora !! – meu pai gritou, mas foi inutil

Apenas me tranquei em meu quarto. Me sentia péssima com tudo isso. Era inacreditável, além do divórcio, que era uma coisa que eu queria há muito tempo, descobri que teria um irmão de outra mãe. E o pior , teria que fazer terapia. Me joguei em minha cama, tentando controlar as lágrimas, e apenas dormi, pensando em tudo que tinha acabado de acontecer. Eu não ia ter um irmão. E principalmente : eu não faria terapia nenhuma.

 


Notas Finais


Pretendo postar o próximo capítulo logo... espero que gostem !


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...