Madu.
Eu estava radiante e empolgada com esse lance escondido entre eu e Thiago mas eu gostaria que não fosse assim porque eu queria poder beijar e abraçar ele em todo lugar, queria poder levá-lo para a casa da minha família e apresentar para os meus pais e familiares como o meu namorado. Mas eu sei que preciso ter paciência e entender que a gente ainda não pode chegar e jogar a bomba nos outros de que nós dois estamos namorando, apesar de que ele nem me pediu em namoro.
Ontem foi a última vez que a gente se viu e eu já estou com saudades dele como se não o visse há dias, acordei com uma baita preguiça de trabalhar e peguei o primeiro vestido que veio na frente e por estar um pouquinho atrasada eu saí para comprar o café no caminho do escritório e por lá eu encontrei Oscar.
- Bom dia. - sorri lhe dando um beijo no rosto.
- Bom dia. - ele sorriu.
- Café pra viagem também ou veio me amolar? - ele perguntou rindo.
- Acordei bem atrasada então café pra viagem, mas te amolar pode ser uma boa também. - eu ri também.
- Então, eu soube que você iria sair do escritório. - ele comentou quando saímos de lá.
- É, eu ia. Mas mudei de ideia. - sorri.
- Ah, isso é bom! - ele sorriu também e nós chegamos a frente do escritório.
- Bom dia meu amor, coisa mais linda da minha vida. - Thiago apareceu todo sorridente.
- An? - eu disse nervosa e ele viu Oscar do meu lado.
- É, é que...- ele se embolou e Oscar riu.
- Vai te pedir algum favor Madu, esse aí quando é doce assim é pra pedir algo. - Oscar disse entrando no prédio.
- É isso mesmo, preciso da sua ajuda num processo. - ele mentiu e Oscar sumiu da nossa vista.
- Você é doido? - perguntei rindo.
- Eu não vi ele, desculpa. - ele disse rindo também.
- Percebi. - gargalhei.
- Porque veio com ele? - perguntou.
- Nos encontramos no caminho. - expliquei.
- Entendi. - ele disse olhando de um lado para o outro.
- Estou louco pra te dar um beijo. - ele sussurrou.
- Bom dia! - a voz de meu pai ecoou e eu me assustei.
- Oi Rafael. - Thiago deu um pulo para trás.
- Oi pai. - sorri.
Thiago.
Tivemos uma reunião importante hoje e eu teria que viajar para São Paulo para resolver umas coisas do escritório no final da semana e estávamos acertando tudo, eu e Madu trocávamos olhares o tempo inteiro discretamente e os sorrisos involuntários surgiam porém tentávamos disfarçar o máximo possível.
- Thiago e Madu, quero vocês na minha sala daqui a 5 minutos. - Rafael disse e eu gelei.
Será que ele sabia de alguma coisa?
Saímos da sala um pouco tensos e seguimos para a sala dele e ele estava numa ligação e pediu para nós sentarmos e esperarmos.
- Será que ele sabe? - sussurrei pra ela.
- Acho que não. - ela sussurrou de volta.
- Pronto, desculpa fazer vocês esperarem. - ele sorriu sentando.
- O que quer falar com a gente? - ela perguntou..
- Então, eu quero que você vá com o Thiago pra São Paulo no final de semana. - ele disse.
- Oi? - perguntei confuso.
- Quero que você faça sua primeira negociação. - ele disse pra ela.
- Tá brincando né? - ela perguntou chocada.
- Não, é uma boa oportunidade de você conseguir um cliente importante pra nós. - ele disse.
- Porque eu? - ela perguntou.
- Porque você tem lábia e argumentos. - ele disse rindo.
- É, parece ser uma ótima ideia. - eu disse tranquilamente.
- Vocês acham mesmo? - perguntou rindo.
- Sim querida, e além disso você estará com Thiago que é super de confiança e vai te apoiar se der errado. - ele disse e e eu segurei a mão dela discretamente por baixo da mesa.
- Tudo bem então. - ela sorriu.
Assim que saímos da sala dele o corredor estava vazio e nós dois entramos na sala dela e eu a encostei na parede matando a minha vontade de beijá-la e ela sorriu me abraçando pelo pescoço.
- Vamos ficar sozinhos o final de semana todo em SP. - eu disse beijando o pescoço dela.
- Eu gostei disso. - ela disse sorrindo.
- Odeio não poder tocar em você aqui dentro. - eu disse e ela concordou.
- Cada vez que eu te vejo concentrado em alguma coisa aqui dentro mordendo essa boca linda eu quero te beijar. - ela disse passando os dedos nos meus lábios.
- Temos que tomar mais cuidado. - eu disse.
- Eu sei. - ela disse.
- A gente pode se ver mais tarde? - perguntei.
- Vai na minha casa. - ela pediu e eu assenti.
- Madu? - Oscar bateu na porta.
- Tô indo. - ela disse e eu me escondi atrás do armário da sala dela.
- Fica quietinho. - ela sussurrou pra mim.
Dava pra ver direitinho os dois mas não dava pra ele me ver então eu fiquei quieto, ela abriu a porta e ele entrou com um papel que ela precisava assinar e uma caixa.
- Acabaram de entregar lá embaixo pra você. - ele disse.
- Obrigada por trazer, Oscar! - ela sorriu pegando a caixa.
- Então...eu queria saber, se-se, se...- ele tentou falar mas não conseguia.
- Se o que? - ela perguntou.
- Se você quer jantar comigo hoje a noite? - ele perguntou e eu arregalei os olhos.
- Oh, hoje eu não posso...tenho mil coisas pra resolver. A gente pode marcar outro dia? Ai a gente chama seus amigos também. - ela sugeriu.
- O Thiago e o David? - ele perguntou e ela assentiu.
- Madu, eu não quero um jantar com eles. Eu quero um jantar com você, só com você. - ele disse se aproximando dela.
Droga!
- É, vamos marcar pra depois que eu voltar de São Paulo então. - ela deu um passo para trás.
- Tudo bem. Tem mais uma coisa. - ele disse.
- O que? - ela perguntou.
- Eu preciso fazer uma coisa. - ele disse se aproximando cada vez mais dela.
- Não faz isso, Oscar. - eu pensei e rezei para que ele não fizesse.
Ela andou para trás mas ele a puxou pela cintura e lhe beijou, ela empurrou ele um pouco pro lado quebrando o beijo e eu tive que fechar os olhos pra não surtar. Ela se soltou dele e andou até a mesa.
- O que foi? - ele perguntou..
- Eu não posso fazer isso. - ela disse.
- Qual o problema? Achei que poderíamos...- ele disse visivelmente chateado.
- Meu ex namorado morreu em um acidente e eu ainda não estou preparada...- ela disse e ele assentiu.
- Podemos jantar como amigos então? - ele perguntou e ela sorriu.
- Claro que sim, obrigada por entender. - ela disse e ele a abraçou.
Assim que ele saiu da sala ela respirou fundo e eu saí de trás do armário um pouco chateado pelo beijo mas eu não o culpo porque ele realmente não sabe o que se passa entre eu e ela. Ela me encarou mas não disse uma palavra e eu abri a porta da sala dela pra sair mas ela me impediu.
- Juro que não consegui para-lo, mas o beijo não significou nada pra mim. - ela disse.
- Eu sei. - respondi.
- Tá chateado comigo? - perguntou.
- Não, eu só estou com pena dele. - eu disse e beijei a testa dela antes de sair da sala.
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