Madu.
Eu precisava parecer profissional mas não muito exagerada então peguei o vestido branco que trouxe e o combinei com um salto preto e uma maquiagem bem leve, prendi somente a parte frontal do meu cabelo e peguei minha bolsa e minha pasta com o contrato que eu precisava ter uma assinatura hoje a noite. Quando já estava pronta saí e fui bater na porta do quarto de Thiago para ver se ele já tinha terminado de se arrumar e assim que ele abriu a porta estava apenas tentando arrumar a gravata preta, sorri e entrei no seu quarto.
- Tô vendo que precisa de ajuda. - eu disse e ele sorriu.
- Você está linda! - ele disse me olhando.
- Obrigada, agora vem aqui pra eu te ajudar. - eu disse puxando ele pra perto.
- É como se eu tivesse desaprendido. - ele riu.
- Por isso que você tem uma namorada. - eu sorri.
- Animada pro primeiro negócio? - perguntou.
- Sim, muito. - comentei enquanto fazia o nó.
Seguimos para o restaurante e eu estava ansiosa/nervosa porém com uma sensação boa sobre essa noite, o restaurante era bem perto então preferimos ir caminhando de mãos dadas apenas curtindo o momento. Era tão bom estar assim com ele, tão bom ser dele assim em público sem medo de alguém nos ver e nos julgar, assim que chegamos o nosso cliente já estava a nossa espera.
...
- Oi querida. - meu pai disse no segundo toque.
- Estava dormindo? - perguntei.
- Não, aconteceu alguma coisa pra ter me ligado essa hora? - perguntou.
- O Senhor tem o André Cavallini como cliente fiel. - eu disse e ele deu um grito.
- Deu tudo certo? - perguntou animado.
- Sim, eu usei a minha lábia e os meus argumentos e funcionou. - eu disse enquanto observava Thiago trazendo as coisas dele pro meu quarto.
- Obrigada querida por isso, eu sabia que poderia contar com você! - ele disse orgulhoso e eu sorri.
- Agora eu vou dormir porque hoje foi cansativo. - eu disse.
- Boa noite minha princesa, eu te amo. - ele disse.
- Eu também te amo papai. - eu disse antes de desligar.
Thiago havia fechado o outro quarto e ficaríamos juntos no meu e assim que ele terminou de colocar as coisas lá eu fui tomar um banho.
- Amor, eu fiquei impressionada com você. - ele disse tirando a gravata.
- Até eu fiquei. - eu ri.
- O jeito como você descreveu os nossos serviços e o convenceu foi sensacional. - ele disse sorrindo.
- Eu sei, nem dá pra acreditar que eu fiz aquilo sozinha...pela primeira vez eu...- pausei e ele se aproximou.
- Você gostou de quem você foi hoje. - ele deduziu.
- Sim. - sorri.
- Eu amo quem você é, de verdade. - ele disse segurando meu rosto pelas mãos.
- Não tá falando isso só porque você tá aqui comigo né? - perguntei hesitante.
- Não, estou falando isso porque esse seu jeitinho de viver que antes me irritava tanto agora passou a me deixar feliz. Você é animada e ousada e não tem medo de fazer o que tem vontade e isso é excitante. - ele disse sorrindo.
- Você quem me deixou assim descontrolada. - eu disse sorrindo.
- Vou tomar um banho. - ele me deu um selinho e entrou no banheiro.
Troquei de roupa e deitei na cama pra mexer no celular enquanto esperava ele, o celular dele vibrou várias vezes e eu atendi sem olhar.
- Alô? - perguntei.
- Thiago? - era a voz confusa de David.
- Thiago não está no momento, deixe sua mensagem após o bip. - eu tentei fazer uma voz eletrônica.
- Madu? - ele perguntou.
- Oi David. - eu desisti.
- Porque você está com o celular do Thiago? - perguntou.
- Porque nós acabamos de voltar de um jantarde negócios e ele esqueceu o celular na minha bolsa, atendi pensando que era o meu. - menti e Thiago apareceu.
- Shh! - sussurrei pra ele.
Assim que desliguei a chamada Thiago deitou ao meu lado e eu apoiei a cabeça em seu peito sentindo seu coração batendo contra o meu ouvido.
Thiago.
Acordei com a respiração dela no meu pescoço me causando um arrepio gostoso, virei lentamente para não acorda-la mas vi seus olhos abertos.
- Pensei que ainda estivesse dormindo. - eu disse.
- Acabei de acordar, estava te olhando dormir. - ela disse sorrindo.
- Preparada para a reunião de hoje? - perguntei.
- Na verdade eu estou pronta pra outra coisa. - ela disse mordendo minha orelha.
Era impressionante como ela me deixava assim fácil, começamos a nos beijar com vontade e com desejo mas fomos brutalmente interrompidos pelo despertador que nos lembrou que tinhamos compromissos hoje. Nos arrumamos e saímos para passear antes da última reunião que teríamos hoje e amanhã já estaríamos embarcando de volta para o Rio, decidimos ir a praia aproveitar e assim que chegamos eu percebi que fazia muito tempo que eu não saía assim com alguém pra me divertir tanto.
- Passa protetor em mim? - ela perguntou rindo.
- Função de namorado? - perguntei tirando a camisa.
- Sim. - ela disse.
E foi ela tirar o short e a camisa que os caras que estavam jogando vôlei começaram a olhar pra ela, será que eles pensam que eu sou irmão dela? Tento não ser paranoico mas eu não consigo, passei protetor nela e ela me olhou confusa.
- E essa carinha? Tá tudo bem? - perguntou.
- Tô bem, só tô meio...ah deixa pra lá. - eu disse e ela me deu um selinho.
- Você não é tão velho pra mim e eu não sou tão nova pra você. - ela disse notando meu incômodo.
- Vamos tirar uma foto juntos? - sugeri.
- Sim, mas...ah, espera. Ei..- ela disse chamando um dos jogadores de vôlei.
- Pode tirar uma foto nossa, por favor? - perguntou.
- Claro que sim. - ele disse sorrindo e ela lhe entregou o celular.
- Cara, sua irmã é muito bonita. - ele disse pra mim e eu revirei os olhos.
- Ela não é minha irmã, é minha namorada! - eu me gabei e peguei ela no colo.
Ele me olhou completamente confuso e chocado porém tirou nossa foto e eu percebi que o 'preconceito' não está em mim e sim nos outros e decidi que apartir de hoje não vai ser mais assim e que eu farei de tudo para não me preocupar mais com o que os outros dizem ou pensam de nós. E foi a tarde mais maravilhosa do mundo porque nossa reunião também foi um sucesso e tudo havia dado certo, até saímos pra jantar.
- Nossa, tô acabada. - ela disse quando voltamos pro quarto de hotel.
- Também estou exausto. - eu disse indo pro banho.
Amanhã voltaríamos a nossa rotina e teríamos que fingir no trabalho que somos apenas amigos sem nenhum tipo de interesse, ficamos namorando na cama o resto do tempo.
- Eu te amo. - ela sussurrou sentada no meu colo.
- Eu te amo. - eu disse olhando bem nos olhos dela.
- Eu tô sendo a pessoa mais feliz do mundo desde que te conheci. - ela disse sorrindo.
- Eu que estou sendo, relutei tanto e você me nocauteou. - eu disse beijando o pescoço dela.
Deitei-a na cama e tirei sua roupa por completo beijando cada parte do seu corpo delicadamente, já sabia seus pontos fracos e era neles que eu me empenhava e ela puxava meus cabelos e suspirava. Ela tirou minha camisa e minha bermuda e começou a imprensar seu corpo no meu me deixando cada vez mais louco por ela.
- Então é assim que vocês se consideram amigos? - uma voz nos assustou e Madu levantou desesperada cobrindo-se com o lençol.
- O que você faz aqui? - Madu perguntou e a desgraçada sorriu.
- Vim conferir com os meus próprios olhos a filha do chefe pegando o melhor amigo dele, ah que história linda! - ela riu e eu podia ver o veneno escorrendo da sua boca.
- Juliana, como você entrou aqui? - perguntei vestindo minha bermuda.
- Meu pai é o dono do hotel. - ela riu.
- Visitar ele nunca foi tão bom quanto agora. - ela disse e meu coração gelou.
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