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História I feel in love. - Meu beijo não te causa efeito algum.


Escrita por: itscammi

Capítulo 7 - Meu beijo não te causa efeito algum.


Thiago.

- Você não vai se demitir! - eu ouvi Rafael gritar.

- Eu não aguento mais! - ela gritou de volta.

Da minha sala dava para ouvir os gritos e eu estava apenas tentando trabalhar, ontem quando ela disse que iria se demitir eu não acreditei mas agora estou um pouco chocado com a confusão. 

- Então me coloca pra trabalhar em outro lugar, mas aqui eu não quero ficar mais. - ela disse.

- Qual o problema? - ele perguntou e tudo ficou em silêncio. 

Abri a porta da minha sala e fui até o corredor ouvindo um completo silêncio, um segundo depois a porta da sala foi aberta e ela passou por mim chorando. Oscar e David que estavam na porta da sala deles me olharam confusos também e pouco tempo depois Rafael me chamou. 

- Algum problema? - perguntei.

- Eu preciso que você me ajude naquele processo...estou sem cabeça pra fazer sozinho. - ele disse afrouxando a gravata.

- Está tudo bem? - perguntei.

- Minha filha surtou, eu acho que tem algo grave acontecendo com ela. - ele disse preocupado.

- O que ela disse? - perguntei.

- Ela estava chorando, e alguma coisa no celular dela a fez tremer. - ele disse e eu fiquei confuso.

- Eu acho que já sei o que houve. - eu disse.

- O que? Me fala Thiago, eu preciso saber o que se passa com ela. - ele disse nervoso.

- Mesmo com o castigo que você deu, ela ainda estava namorando um cara chamado Lucas...mas ele terminou com ela. - eu disse e ele levantou da cadeira. 

- Ela me desobedeceu. - ele quase gritou. 

- Aquele dia da festa ela iria pra casa com ele...eu evitei que os dois fossem pra cama porque eu tirei ela do carro dele. - eu expliquei e ele saiu da sala completamente louco.

O segui para ter certeza de que ele não cometeria uma loucura mas só aí eu percebi que quem fez uma loucura foi eu porque eu não deveria ter contado nada disso. Entrei no seu carro com ele que dirigiu feito um louco para casa e eu estava extremamente  com medo do que ele faria.

- MARIA EDUARDA! - ele gritou quando chegou em casa.

- Rafael, calma. - eu pedi e ela desceu as escadas. 

- O que foi agora pai? - ela perguntou com o rosto vermelho e inchado.

- Você me desobedeceu, eu disse que não queria você com aquele garoto e você foi se encontrar com ele! - ele gritou.

- Como você...quem te...- ela parou de falar e olhou pra mim.

- Foi você Thiago, nossa...o que mais é preciso você fazer pra me mostrar que me odeia? - ela perguntou irritada.

- Não levante a voz pra ele, ele te ajudou. - Rafael me defendeu. 

Eu tinha feito uma merda sem tamanho. 

- Me ajudar? Esse aí só quer me ferrar o tempo inteiro, ele me odeia desde o dia em que me conheceu e ele já deixou isso bem claro. - ela gritou.

- Seu castigo agora vai ser muito pior! - Rafael disse pra ela que já começava a chorar.

- Eu já estou sendo castigada. - ela disse com o tom de voz mais baixo.

- Você nunca mais vai ver esse garoto na sua vida, nunca mais vai falar com ele no telefone, nem vai a casa dele, nem nada! Esse garoto pra você não vai mais existir. - ele gritou e ela ajoelhou no chão. 

- Eu sei que nunca mais vou poder fazer isso, porque nem aqui ele está mais. - ela disse aos prantos.

- Do que você tá falando? - ele perguntou confuso.

- Lucas está morto. - ela disse e eu levei um susto.

Madu.

- Está feliz Thiago? - perguntei vendo ele sentar no sofá. 

- Morto? - meu pai perguntou. 

- Ele sofreu um acidente com os nossos amigos de carro, eles morreram hoje pela manhã...seu castigo deu certo porque nunca mais eu vou ver ninguém. - eu disse e ele saiu dali sem dizer uma palavra. 

- Eu sinto muito. - Thiago se pronunciou.

- Você não sente não. - eu disse.

- Madu, de verdade...eu só contei porque ele estava muito preocupado contigo. - ele veio até a mim.

- Por favor, vai embora. - pedi.

- Desculpa Madu, eu não sabia disso. - ele disse.

- Vai embora. - repeti.

- Eu não vou embora, eu tô preocupado com você. - ele disse e eu o encarei.

- Não precisa mentir para ficar bem com o meu pai. - eu disse.

- Eu tô falando muito sério agora, você não está bem e isso me preocupa. - ele disse estendendo a mão para eu levantar.

Levantei e em um ato completamente surpreso da minha parte ele me abraçou, envolvi os braços no seu pescoço e o meu choro voltou. Foi absurdo ver a mensagem do irmão do Lucas de manhã me dizendo que o meu menino havia partido, eu nunca mais poderia vê-lo ou tocá-lo na vida.

- Vai ficar tudo bem. - ele sussurrou afagando meus cabelos.

Nunca havia me sentido tão amparada mas isso não mudava o fato de eu estar chaetada por ele ter contado ao meu pai sobre tudo, ficamos um tempo daquele jeito e quando nos soltamos eu fiquei um tempo olhando seus olhos castanhos e ele tirou os cabelos do meu rosto.

- Porque as vezes você é legal comigo e depois é um grosso? - perguntei. 

- O jeito com que você faz as coisas me irrita, sei lá, você meio que faz e fala tudo o que eu não faria ou falaria e por ser o contrário de mim eu acabo perdendo a cabeça contigo. - ele explicou.

- Eu não sou desse jeito, eu juro. - eu disse.

- Porque você não gosta de quem você é? - perguntou.

- Eu me peguei esses dias lembrando da pessoa que eu era com os meus pais, com a minha família e com os meus verdadeiros amigos...eu deixei tudo para trás Thiago. - eu disse e ele me puxou pra sentar no sofá com ele.

- E os amigos que você fez? - perguntou.

- Eles eram aquele tipo de amizade que eu só poderia contar na hora de sair, beber e curtir...quando eu tinha algum problema eles não estavam nem aí. - eu disse.

- E no dia em que você foi bacana comigo eu me senti de novo como eu era antigamente. - eu sorri levemente. 

- Eu te fiz sentir assim? - perguntou espantado e eu assenti.

- Mesmo brigando comigo o tempo todo você me fez sentir assim, a Madu de antes. - eu disse e ele sorriu.

- Você apronta todas mas acho que agora eu percebo o quão especial você é. - ele disse.

- Mudou a forma que eu te vejo. - ele disse e eu senti um calor percorrer meu rosto.

Ousei me aproximar novamente e encostei a testa na dele sentindo sua respiração mas ele recuou de uma forma suave porém que mexeu comigo.

- A gente não tem nada a ver Madu, me desculpa se eu te fiz pensar que há uma esperança ou chance. - ele disse e eu abaixei a cabeça. 

- A gente é muito diferente em mil e um aspectos. - ele disse e puxou meu queixo para olhar pra ele.

- Tenho certeza de que você vai encontrar um cara bacana que vai te fazer muito feliz e que vai te fazer ser quem você sempre foi. - ele disse e eu assenti.

- Entendi. - eu disse.

- Desculpa mesmo Madu, você merece alguém que goste mesmo de você. - ele segurou minha mão. 

- O problema é encontrar esse tipo de gente. - eu disse com um sorriso derrotado.

- Você é minha amiga agora, e se precisar de ajuda fala comigo...mas outro tipo de relação não tem como rolar. - ele disse.

- Posso te perguntar uma coisa? - eu disse.

- Claro. - ele assentiu. 

- Aquele dia que eu te beijei, o que você sentiu? - perguntei com medo da resposta.

- Nada. - ele foi sincero.



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