História I fell in love with a criminal / Justin Bieber - Capítulo 2 - Mayla O'brien

- Já vai! - Me levanto da cama com a cara inchada por ter acabado de acordar e me direciono até a porta. Quem é que o porteiro deixou entrar sem ao menos me avisar?

Demorei alguns segundos e por fim abri a porta, mas para minha surpresa, não tinha ninguém, apenas uma caixa vermelha, com um laço, preto em cima do tapete que ficava de frente pra porta do meu apartamento. Peguei a caixa e segui com a mesma na mão até o meu quarto, me sento na cama abrindo a mesma com um pouco de receio, vai que é uma bomba e eu não sei.

Ao abrir a caixa, me surpreendi, um lindo vestido vermelho estava ali dentro, minhas sobrancelhas arquearam instantaneamente. Quem poderia me mandar um vestido em pleno sábado às 9:00 da manhã? Balancei a minha cabeça espantando todos os pensamentos e deixei a caixa em um canto qualquer, me deitei e acabei pegando no sono novamente.

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- Acorda vadia! Hoje é dia de diversão! - Que sacanagem, eu juro que vou pegar a chave que está com a Camila.

- Me deixa dormir, eu estou cansada, aliás a diversão é só de noite - Cubro a minha cabeça com a coberta que estava cobrindo meu corpo.

- Nada disso! Levante-se, vamos fazer compras, aliás você precisa escolher uma roupa pra você sair hoje - Tiro a coberta da minha cabeça e olho ela.

- Acho que não vou precisar - Aponto para a caixa. Camila pega a mesma e abre a boca em um ato de apavoração e admiração.

- Que vestido lindo! Quem te deu?

- Eu também queria saber, apareceu na minha porta de manhã - Me levanto e me direciono para o banheiro, onde tirei a minha camisola e dei inicio a um banho.

- Mas o porteiro deixou subir sem ao menos avisar?

- Pois é, quando decermos eu vou falar com ele.

- Quer dizer que você vai mesmo sair comigo?

- E tenho outra escolha Camila? - Termino o banho e saio do banheiro enrolada na toalha lançando um olhar para a Camila que estava sentada na cama com o vestido em mãos o admirando - Mas se a Ketty for eu não vou, aviso dado - Abro meu armário, pego uma calça jeans rasgada no joelho, um cropedd azul marinho e me arrumo.

- Por que toda essa implicância com a Ketty? Ela é legal - A olho e percebo a mesma guardando o vestido na caixa.

- Legal? Só porque ela compra várias roupas pra você não quer dizer que ela é legal Camila - Termino de me vestir e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

- Sim, ela compra roupas pra mim, mas mesmo se ela não comprasse ela seria legal.

- Não tente se justificar, eu sei que você não suporta ela - E por fim a Camila ficou quieta. Puxei ela pra fora do quarto e saímos do apartamento seguindo rumo a portaria.

Ao chegar na portaria, tive uma surpresa, seu José não estava lá e sim um belo rapaz, o mesmo me olhou de relance e rapidamente desviou o olhar. Credo, da noite pro dia várias coisas aconteceram.

- Olá, eu sou a moradora do apartamento 304, eu queria saber quem compareceu ao meu apartamento as 9:00 da manhã- Digo olhando ele.

- Eu não posso dizer senhora.

- Nem mesmo dar uma olhada na câmera?

- Também não, eu não posso revelar imagens da câmera sem ter uma autoridade por perto.

- Povo inútil - Reviro os olhos e saio andando com a Camila.

- Era gato, muito gato, inclusive, na volta vou tentar pegar o número dele.

- Cala boca!

- Mal humor de uma hora pra outra?

- Se continuar eu não vou pra lugar nenhum.

- Ta bom senhora estressadinha - Olho ela com rabo de olho e a mesma pede um táxi. Ao entrarmos no mesmo, o motorista seguiu rumo ao shopping, lugar favorito de toda menina que tem a vida ganha.

{...}

Tive que aturar Camila por horas e horas comprando roupas no shopping, até que finalmente ela terminou e fomos comer alguma coisa. Eu não comprei nada, nada mesmo, apenas estava segurando algumas sacolas da Camila, já que ela não conseguiu segurar tudo sozinha.

- Amo renovar o guarda-roupas - Diz se sentando colocando as sacolas ao seu lado e dando uma olhada no cardápio.

- Camila esse aqui é muito caro - Olho ela.

- Sente-se, eu pago - Olhei pra ela e suspirei, eu odeio sair e os outros ter que pagar as coisas pra mim. Mas eu me sentei, Camila pediu um belo prato e eu apenas uma água - Só uma água? Peça algo direito.

- Não, eu estou bem - Sorri de lado e fiquei olhando as pessoas ao redor.

De repente, um belo rapaz, com cabelos arrumados, de terno e com alguns outros homens também de terno, passaram perto da mesa onde eu estava sentada. O primeiro rapaz era tipo, o chefe, parecia que ele mandava em tudo. Mas rapidamente ele sumiu do meu ramo de visão.

Assim que saímos da praça de alimentação, seguimos para o estacionamento, as vezes alguns taxistas ficam ali. Entramos em um taxi e seguimos rumo a casa da Camila, ela disse que precisa da minha ajuda pra poder escolher a roupa que vai usar hoje. Falando desse jeito parece até que vai para um evento de gala.

- Camila, esse vestido está bom - Digo pela milésima vez, já que ela estava indecisa entre os 5 que ela havia comprado.

- Eu estou gorda não acha?

- Cacete! Nós vamos pra uma balada, b-a-l-a-d-a, entendeu? E não para um evento de gala cheio de celebridades -Me levanto da cama dela.

- O que você tem? Você nunca é mal humorada desse jeito.

- Desculpa - Me sento na cama novamente e passo a mão no rosto - Me desculpa, é que eu ainda quero descobrir o porquê daquela caixa, o porquê daquele vestido.

- Usa ele hoje.

- Ta louca? Vai que é algum maníaco me seguindo.

- Por isso mesmo, use-o e vai descobrir quem está por trás disso tudo.

- Eu estou com receio Camila - Digo olhando ela.

- Não fique, eu, Lauren e Samy, vamos estar com você.

- Pera ai, Lauren? A minha amiga que morava no Japão?

- Sim, nos conhecemos a bastante tempo também e eu chamei ela.

- Nossa, nunca imaginaria que você é amiga da Lauren - Olhando ela.

- Mas não mude de assunto, você vai usar aquele vestido okay?

- Okay Camila, okay!

- Acho bom mesmo - Reviro os olhos e fico olhando o teto.

{...}

- Ai que medo - Digo olhando o vestido que estava nas minhas mãos, respiro fundo e coloco o mesmo. Camila vai passar aqui as 22:00 e já são 21:40, sou enrolada? Só um pouco.

Pus o vestido, fiz uma maquiagem maravilhosa. Tenho que admitir, fiquei gata, gata de mais.

Ao terminar, peguei meus documentos, meu celular e saí já ouvindo a buzina da Camila.

- Apressada - Digo ao entrar no carro.

- Mulher! Você está muito linda!

- Obrigada, eu sei - Dou um sorriso convencido e observo o caminho até a tal balada - Quem mais vai além da Lauren e Samy?

- Richie e Tay - Diz dirigindo.

- Tay? O gato da turma?

- Isso mesmo, o gato da turma.

- Nossa, você realmente fala com todo mundo.

- É claro meu amor - Comecei a ouvir o som da boate e logo Camila parou o carro. Saí do mesmo entrando com ela na balada.

A pouca luz atrapalhava um pouco a minha visão mas, nada que me impedisse de ir no bar e pegar um copo de vodka.

Se eu bebo? É claro, só quando tenho tempo pra fazer isso.

- Que gatas - Lauren diz praticamente gritando por conta da música. Sorri cumprimentando ela, Samy e Tay.

Depois de um tempinho conversando e dançando, eles se afastaram e eu apenas fiquei encostada no balcão do bar bebericando a minha bebida.

Mas isso não durou muito tempo, começou a tocar minha música favorita, rapidamente eu fui para a pista e comecei a dançar indo a loucura junto com todo mundo. Realmente eu tenho um ótimo gosto para músicas.

Ao termino da música senti uma mão rodeando minha cintura o que me fez levar um leve susto, me virei vendo um belo rapaz, apesar de ter pouca iluminação eu consegui ver seu belo rosto, e sim ele era muito lindo.

- Você dança muito bem - Suas mãos apertaram minha cintura o que me fez fechar os olhos rapidamente e soltar uma arfada - Está ficando excitada com apenas um toque?

- Que poder é esse?

- O poder que eu tenho sobre as mulheres - Seus lábios entraram em contato com os meus e começamos um beijo tanto feroz. Mas o beijo foi rápido, ele o interromeu descendo seus lábios para o meu pescoço, o que me fez ficar totalmente arrepiada.

- Meu Deus! - Passo meus dedos em seu cabelo abrindo meu olhos e encarando os seus - Feroz e delicado ao meu tempo - O encaro - Posso saber seu nome?

- O que acontece na balada, fica na balada - Diz ele e logo saí andando.

Sério isso? Mas okay, a minha diversão não acabou!

{...}

Eu não consegui encontrar nenhum dos meus amigos, me perdi totalmente deles, meus pés doiam por conta dos sapatos e eu não tinha dinheiro pra pagar um taxi. Então, tirei meus saltos e saí andando rumo a mimha casa.

O caminho foi longo e frio, já que o meu vestido deixava meus braços e minhas costas expostas. Um carro preto e estranho diminuiu a velocidade ao meu lado o que me fez andar mais rápido.

Eu praticamente corri e o carro continuava do meu lado, ai meu Deus ! Que nada de ruim me aconteça. A rua estava completamente vazia, tudo fechado, eu não podia entrar em nada, o que veio na mimha cabeça foi correr, mas fui impedida, uma não forte segurou meu braço e me puxou, eu gritei e gritei, mas a força do homem era mais forte.

- Calma gatinha, o que eu quero com você é super gostoso - Me virei pra ele e vi um velho nojento me segurando.

- Me solta seu velho nojento! - Cuspo na cara dele, péssima escolha, péssima escolha! Ele me jogou contra a parede o que me fez soltar um grito de dor já que a minha cabeça acabara de bater contra a parede com a pancada.

- Você vai pagar caro por isso - começou a tirar meu vestido, já que ele tinha as alças finas, era fácil de tirar.

- Por favor! Por favor não faz isso! - Eu já estava chorando, de medo e nojo.

- Vai ser muito bom - Ele sorriu e seus dentes sujos e amarelos foram revelados o que me fez fechar os olhos.

Ouvi uma rajada e quando abri meus olhos vi um belo carro vermelho parando perto de mim

- Me tira daqui por favor! - Foi a única coisa que eu consegui dizer e fechar meus olhos novamente.

- Solta ela!

- É o papai dela? - O velho dizia e suas mãos me soltaram, ao abrir meus olhos o velho estava estirado no chão com a cabeça ensanguentada. Que diabos aconteceu?

- Me tira daqui por favor - Eu não olhava para o rosto de quem estava em pé ali.

- Vem - Me puxou pra dentro do carro dele, essa voz é reconhecida. Ao entrar no carro, o olhei e era ele, o mesmo cara da balada.

- Sabe que é perigoso ficar andando pelas ruas a essa hora? - Ele disse pestando a abstenção na estrada.

- Obrigada - Foi a única coisa que eu consegui dizer e logo voltei a chorar.

Passei minhas mãos por meus braços tentando esquenta-los e senti um casaco ser colocado em meu ombro, o olhei e ele tinha posto.

- Obrigada - Agradeci de novo.

- Pare de agradecer - Voltou a dirigir. Depois disso a unica coisa que eu disse foi o caminho da minha casa - Não ande mais sozinha à essa hora! - Assenti e saí do carro entrando em casa.

Eu preciso esquecer isso tudo que aconteceu e tentar entender o porquê que ele apareceu naquela hora.