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História I Found A Girl ( Camren Fanfic) - I Hate You, I Love You


Escrita por: MaryMouraArruda

Capítulo 22 - I Hate You, I Love You


Fanfic / Fanfiction I Found A Girl ( Camren Fanfic) - I Hate You, I Love You

Point Of View Karla Camila Cabello Estabrão

A xícara de leite com achocolatado pesava em minha mão, o tic-tac do relógio passava como nunca passava. O dia estava nublado. O modo como as coisas estavam perfeitamente colocadas e limpas pela minha empregada incomodavam, porque eu nunca tinha parado para olhá-las. As cortinas fechadas impediam os únicos raios solares.

O celular indicava que nesse momento deveria estar no meio do meu período. Nenhuma ligação. Não sabia onde a Lauren estava, onde eu deveria. Sentia falta de seus olhos verdes me encarando como Karla, com luxúria, ou como Camila, com amor e carinho, mas agora eu teria que observá-la com ela, abri o notebook à minha frente e vi novamente a data de sua renovação de votos. Chequei meu e-mail, mas novamente não havia convite ou qualquer índicio de um.

Peguei minha xícara pondo na pia, olhei a janela, agora já chovia, apaguei as luzes da casa andando até o quarto e me deitando pela quarta vez naquele dia, olhando fixamente para o celular.

Point Of View Lauren Jauregui

O café em minha mão pesava, meus olhos verdes estavam tristes, e a cozinha estava mal iluminada pelo fato de não haver ninguém em casa. Além de Lucy que estava no quarto se arrumando. Olhei para a minha mão, retirei o pequeno anel que continha em meu dedo o joguei no café, como se fosse o afundar e o esquecer.

Me sentindo usada
Mas ainda estou sentindo sua falta
E eu não consigo ver o fim disso
Apenas quero sentir seu beijo
Contra os meus lábios
E agora, o tempo está passando
Mas eu ainda não consigo te dizer por quê
Me machuca toda vez que te vejo
Perceber o quanto preciso de você

Flashes olhando para o café o qual bebia, ele, aquele bendito achocolatado em espiral era a única coisa que me prendia a ela, passei a unha sobre a borda do mesmo.

— Lauren, amor.— Lucy beijou minha bochecha, sorri para ela. Ela retribuiu, tão tola.— Não vai trabalhar?

— Estou doente, não quero ir, não hoje. Minha cabeça está doendo.— Ela me analisou triste.

— É por causa dela? Se não tiver certeza...— Me levantei pegando suas mãos, olhei em seus olhos.

— Eu sou sua, apenas sua, eu estava enganada e fraca quando vi a Karla... a Camila, e quando nossas brigas começaram eu não sabia reagir então acabei me redendo. Já me desse teu perdão, por que ainda insistes?

— Porque eu posso te dar meu perdão Jauregui, mas você tem que saber o que quer.— Ela beijou meus lábios em um doce selinho.— Pense nisso.— Saiu andando, levando consigo a bolsa que estava no sofá— Volto logo.— Afirmou e partiu.

Eu sinto sua falta quando eu não consigo dormir
Ou logo após o café
Ou quando eu não consigo comer
Eu sinto sua falta no meu banco da frente
Ainda tenho areia em meu suéter
Das noites que não nos lembramos
Sente minha falta como eu sinto a sua?
Dormimos juntos e me apeguei a ti
Amigos também podem quebrar seu coração
E eu estou sempre cansado, mas nunca de você
Se eu agisse como você age
Você não gostaria
Eu mandei a real, mas

Bebi o café, sentindo o anel contra minha boca, no final, o peguei, suspirando, levei a xícara e o anel à pia e lavei os mesmos, colocando a xícara no escorredor e o anel em meu dedo.

— Karla Camila Cabello Estabrão.— Suspirei, como eu não tinha olhado os formúlarios antes?

" — Camila?— Ela veio sorrindo para mim, quando a chamei, retirei minha seriedade e sorri, me levantando, envolvendo-a em meus braços, minha bonequinha de porcelana, e dando um selinho na mesma.

— Sim senhorita Jauregui?— Ela sorriu.

— Eu te amo sabia?— A vi arregalar os olhos.— Algum problema?

— Não. Lógico que não.— Ela engoliu em seco e saiu da sala."

" Eu gostaria de quebrar os segundos, e depois, juntá-los novamente, assim como queria fazer com meu coração. Band-aids não chegam tão profundo, são só para disfarçar algo por fora. Mas e se a dor fosse interna?

A tela do computador ainda reluzia todo seu formulário, e eu ainda tentava assimilar as duas como um todo. Uma pessoa diferente do dia e da noite. Afinal, literalmente a noite era uma criança.

Passei a mão em meus lábios em tentativa de tentar assimilar os mesmos beijos e minhas memórias assimilar os momentos, o nariz, o cheiro, o ouvido, o timbre da voz, essas coisas detectaram tudo o que os olhos não eram capazes de ver pela ilusão. 

— Lauren... — Ela entrou ainda pouco nervosa e seu rosto parecia já estar começando a inchar. 

— Você mentiu. — Olhei para a mesma, e eu, não via mais o amor de antes. Sentia nojo, raiva, ódio.

— Lauren...

— CALA A BOCA. — Levantei da mesa jogando a tela do computador longe, ela conseguiu desviar mas isso resultou em uma quase queda.

— Por favor, não faz assim. 

— VOCÊ ERA AS DUAS PESSOAS AO MESMO TEMPO CAMILA! QUER DIZER, EU NEM SEI COMO TE CHAMAR.— Ela estava descabelada à minha frente igual a mim que andava de um lado ao outro.

— VOCÊ NUNCA ACHOU SUFICIENTE QUALQUER UMA DAS DUAS PARTES.— Berrou em lágrimas.

— VOCÊ ME ENGANOU.— Apontei o dedo.

— Eu não fiz isso Lauren! Eu te amo.

— Agora me diz isso, qual o seu problema? — Franzi as sobrancelhas.

As estrelas Lauren. — Ela tentou se aproximar de mim e eu apenas me afastei.

Você não iria apostar nessa merda
Eu digito um texto, mas depois eu
Não me importo com essa merda
Eu tenho estes sentimentos, mas
Você nunca se importa
Oh oh, mantenha em segredo
Você ainda está apaixonado por mim
Mas seus amigos não sabem
Se você me quisesse
Você apenas diria
E se eu fosse você, eu nunca me deixaria ir
Eu não quero te prejudicar
Eu só sinto falta de você nos meus braços

— QUE SE FODAM AS ESTRELAS, ELAS NÃO IMPORTAM, NÃO TOCA EM MIM.

— Não diz que elas não importam por favor!

— E O QUE ELAS SIGNIFICAVAM PARA VOCÊ? MENTIRAS? E MENTIRAS? 

— VOCÊ PROCURAVA A KARLA EM QUALQUER BRIGUINHA E SE ENTREGAVA A ELA COM TAL FACILIDADE. E NÃO SABIA QUE ERA EU, ESTAVA ME TRAINDO.— Ela se aproximou de mim fazendo o mesmo. Caminhei até a porta do escritório.

— VOCÊ, ESTÁ DEMITIDA, DOS DOIS LADOS E EMPREGOS, FORA DA MINHA SALA CABELLO ESTABRÃO.— Abri a porta.

— Você ia me escolher! — Ela sussurrou.

— Ainda bem que no final das contas, escolhi certo.

— O que quer dizer. — Seus olhos estavam desesperados e seu corpo se debatia levemente com a dor.

— Eu disse que sempre escolheria ela, estou escolhendo ela. A mulher que eu realmente amo. 

— EU TE ODEIO!— Ela rosnou. E saiu, me deixando sozinha e devastada."

Pesquisei seu nome no google, nada além de imagens antigas comigo e afirmando nosso fim, além de que ela não havia saído de casa desde então. Fui à cama novamente. Olhando o celular novamente, sem nenhuma mensagem, ou índicio de alguma.

Sinos de casamento eram apenas alarmes
para meu coração remendado
Você já se perguntou o que poderíamos ter sido?
Você disse que não faria, e você ferrou com tudo
Minta pra mim, deite-se comigo, conserte essa merda
Agora todas as minhas bebidas e todos
Meus sentimentos estão misturados

— Tenho certeza do que quero. — Repeti a frase quando Lucy entrou na igreja com o mesmo vestido de casamento de 6 anos atrás. Tão linda. Tão errado. 

Sempre sentindo falta de quem eu não deveria sentir
Às vezes você precisa queimar algumas pontes para criar alguma distância
Eu sei que eu controlo meus pensamentos e que eu deveria parar de lembrar
Mas eu aprendi com o meu pai que é bom ter sentimentos
Quando o amor e a confiança se vão
Acho que isso é seguir em frente
Todos a quem eu trato bem, me tratam mal
Então a cada noite solitária, eu canto essa música

— Lauren Jauregui, aceitas renovar o voto com sua esposa? Lucy Vives? —  O padre falou sem rodeios, talvez pela a hipocrisia de casar casais homossexuais, Camila, como boa madrinha, estava na cadeira da igreja, ao fundo, em prantos.

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio que eu te ame
Não quero, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você
Eu odeio você, eu te amo
Eu odeio querer você
Você quer ela, você precisa dela
E eu nunca serei ela
 

— Claro, é a coisa que mais quero padre. — Vi Lucy sorrir com lágrimas nos olhos e repetir algo.

Completamente sozinha eu observo você olhar para ela
Como se ela fosse a única garota que você já viu
Você não se importa, você nunca se importou
Você não dá a mínima para mim
É, sozinha eu observo você olhar para ela
Ela é a única coisa que você já viu
Por que você nunca percebe
Que você está me matando lentamente?

— Lucy — Pronunciei seu nome com dificuldade, e lentamente coloquei o anel em seu dedo. — A forma como se move, fala, sente, compreende, me faz sentir tão amada. E pensar que algum dia eu cogitei o ponto de ter te deixado, meu doce. Eu nunca faria isso de novo porque.... — Olhei para seus olhos que estavam chorando. — Eu te amo Lucy. — Franzi as sobrancelhas e deixei que lágrimas caíssem ao libertar essa frase. 

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio que eu te ame
Não quero, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você
Eu odeio você, eu te amo
Eu odeio querer você
Você quer ela, você precisa dela
E eu nunca serei ela



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