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História I found love where it wasn't supposed to be... - This got me stuck between my fantasy and what is real


Escrita por: SnowFrost e PaulooHenrique

Notas do Autor


Encaixem onde vocês acharem melhor, não tenho um lugar exato.

Espero que gostem :)

Capítulo 19 - This got me stuck between my fantasy and what is real


Está tudo tão errado.

Ele está no porão de uma igreja que nunca frequentou, sabendo que nunca vai frequentar, olhando em um espelho que está manchado por pequenas impressões de mãos e arranhados por canetinhas. Ele acredita que aquele andar era usado para as crianças, já que as paredes do banheiro masculino são verdes com bolinhas azuis e alguns lugares estão marcados com piadas sem graça e provocações sobre paixões por garotas.

Barry se encara novamente pelo espelho. Aquele parecia um lugar apropriado para ele que se sentia como uma criança no momento, jovem demais para o terno que usava, jovem demais para o anel de noivado que pesava em seu dedo.

Há uma gravata borboleta de seda vermelha na mesinha a sua frente para completar sua roupa, a mesma cor que o uniforme em display no Star Labs. Um lembrete de que a mulher esperando para se casar com ele no andar de cima talvez ame o uniforme mais do que o homem que o usa. Tal pensamento dá um nó em seu peito porque ele sabe quem o ama verdadeiramente, que se afastaria de quaisquer lembretes avermelhados em um dia que deveria ser sobre e para Barry Allen, não o Flash. A mulher que debateria lugares ao ar livre com ele, uma igreja abafada nem passaria por sua mente.

E essa mulher é Caitlin Snow.

Mas ela não está no andar de cima, em um maravilhoso vestido de noiva branco e esperando para caminhar pelo corredor em sua direção, Harry ou Martin Stein levando-a até o altar e entregando ao noivo.

Para falar a verdade, ela não está nem naquela igreja.

Claro que Caitlin tinha sido convidada, umas das primeiras a receber o convite pessoal junto com Cisco. Iris até tinha ido além pedindo que ela fosse uma das madrinhas, mas apesar de todas as coisas que Caitlin sempre fez para ser educada, não atrair atenção para si mesma, isso não era algo que pudesse aguentar pelo bem de outros. Ela não tinha lhe contado, mas Barry pôde ler em seus olhos no segundo que Iris agarrou seus ombros, saltando em alegria por sua ideia genial, acrescentando até que talvez pudesse ser juntada seu primo solteiro. Mas Barry sabia o que Caitlin iria dizer antes mesmo de começar a mordiscar seu lábio inferior e recusar com um sorriso que nunca chegou em seus olhos.

Ele não poderia culpá-la, teria feito o mesmo caso os papéis fossem o contrário.

Seu aperto sobre a frágil bancada é firme, suas juntas logo embranquecendo combinando com a cor ali. A culpa é toda dele. Foi Barry que propôs com o antigo anel de sua mãe, foi ele que temeu a raiva e indignação de Joe por largar sua filha quando as coisas finalmente estavam bem e não havia riscos de vida e problemas envolvendo vilões velocistas, mas principalmente foi o rapaz que nem sequer tentou uma chance com Caitlin.

Ao longo de todo o processo do planejamento desse casamento em que Iris tomou as rédeas sem considerar a opinião de mais ninguém além da sua própria, ele tentou se convencer de que só percebera seus sentimentos depois do anel de noivado no dedo, mas era uma completa mentira. Ele não tinha a menor ideia de quando começara a ter sentimentos pela bioengenheira, mas já fazia bastante tempo, muito mais do que queria admitir.

Sentimentos que haviam ficado mais fortes depois que a tensão não resolvida entre eles se tornou maior do que poderiam suportar.

O laboratório estava vazio, exceto pelos dois, e tudo que ela havia pedido era que ele lesse uma pesquisa desnecessariamente longa sobre a análise de como infrassons afetam o cérebro humano. Tal leitura seria uma pequena prevenção contra os poderes do novo meta-humano da semana cujos gritos ultrapassava qualquer barreira de som, tornando-o incrivelmente mortal. A informação ali provavelmente poderia ter prevenido o herói de enxaquecas horríveis, mas nenhum dos dois chegou a ler uma sentença, e mais tarde ele iria se arrepender disso.

Talvez... Mas não enquanto seus lábios moviam-se contra os dela e não enquanto ele entrelaçou os dedos em seus cabelos castanhos. Definitivamente nenhum arrependimento quando em um piscar de olhos estavam de volta ao seu apartamento, as roupas voando por todo o quarto como dois adolescentes apaixonados.

Mas eles estavam longe de serem adolescentes. Caitlin foi embora na manhã seguinte antes que Barry acordasse, restando apenas a linha de seu corpo no colchão e as lembranças em sua mente, e ele propôs para Iris horas depois com um sentimento ruim em seu estômago, não muito diferente do que estava sentimento no momento.

É seu telefone vibrando em seu bolso que o tiro de seu estupor. Ele pega o aparelho, temendo o nome que apareceria na tela, mas é exatamente quem ele esperava.

Quase na hora. Supere esses nervos e suba, filho. Estou orgulhoso de você. – Joe

‘Eu não posso fazer isso.’

É um pensamento tão esmagador que ele chega a tropeçar, o telefone quase caindo de sua mão. Ele encara a mensagem uma última vez e sua decisão está tomada. Barry se encontra na porta dos fundos antes mesmo que possa mudar de ideia.

Embora a maioria dos convidados conhecessem seu segredo sobre sua outra identidade, ele ainda veio dirigindo o carro alugado de Iris, um conversível vermelho, para evitar olhares estranhos vindo da equipe, mas principalmente para o casal dirigir para a lua de mel após a recepção. Há latas amarradas na parte de trás e parabéns escrito nas janelas.

É uma visão que solidifica a escolha que ele está fazendo.

Com uma respiração profunda, ele corre pela cidade, parando apenas ao se encontrar a frente da porta de Caitlin. Parte dele deseja vibrar pela porta e dizer tudo que estava entalado em sua garganta, todas os pedidos de desculpas e as verdades que tem escondido, mas em vez disso, ele bate na madeira, mudando o peso de seu corpo de um pé para o outro com impaciência.

Ele imaginou que ela talvez não responda, mesmo depois de ver pelo olho mágico quem esperava do outro lado no exato momento em que deveria estar no final de um corredor esperando sua futura mulher. Barry tinha se aproveitado de Caitlin. Seus sentimentos por ela tão reais chegando ao ponto de assustá-lo. Ele a amava tanto que não soube lidar com isso, mas ela não sabia disso. Ele nunca disse uma palavra. Tudo que tinha visto era, como em uma noite, um homem audacioso havia sussurrado promessas de amor contra sua pele nua, e três dias depois lhe convidou para seu casamento.

Quando ela abre a porta, no entanto, todos os pensamentos negativos desaparecem. Barry tem certeza que sua aparência está uma bagunça. A gravata vermelha sufocante fora desamarrada durante sua corrida e desapareceu junto com o vento que batia contra seu rosto, os dois primeiros botões de sua camisa estavam desfeitos e a jaqueta preta sobre seus ombros dando espaço para respirar. As solas de seus novos sapatos estavam desgastadas e seu cabelo estava em um estado pior de quando acordara naquela manhã.

Caitlin, vestida em um blusão que caia no ombro direito e shorts deixando à mostra suas maravilhosas pernas, o encara surpresa e confusa por vários segundos incapaz de encontrar as palavras certas para perguntar o que diabos ele estaria fazendo ali, mas Barry não lhe dá qualquer chance de falar qualquer coisa, agarrando-a pela cintura e beijando-a como se o mundo fosse acabar caso não o fizesse. Ela não demora nem um segundo para responder, puxando-o pela gola de sua camiseta para mais perto e moldando sua boca contra a dele, como fez naquela noite.

Barry sentia como se ela fosse a única pessoa no mundo perfeita para ele, como se fosse ela a mulher que deveria estar correndo atrás desde o começo. E, no final do dia, não era?

Ele chutou a porta para fechá-la e termina o beijo, entregando-se ao desejo de mordiscar de leve o lábio inferior dela, como ela já fizera tantas vezes antes. Há tempo, ele argumenta consigo mesmo, não há mais um peso em suas costas, e não quer se perder muito no momento antes de dizer o que precisava.

Barry então pressiona suas testas juntas, ouvindo a respiração pesada dela enquanto tenta achar pode onde deveria começar a falar o que vinha guardando por muito tempo.

“Você é a única mulher que eu quero estar com. Não Iris e nem outra pessoa.” Ele vê o olhar no rosto dela, pura incredulidade e descrença. Ele então continua a falar pontuando suas palavras ao agarrar seu rosto em suas mãos e encara-la diretamente nos olhos. “Eu estou falando sério, Cait. Nunca fui mais sério sobre nada em minha vida. Cinco minutos atrás, eu imaginei Iris caminhando pelo corredor e só pude pensar que daria qualquer coisa para ser você. Mesmo que tivesse que esperar dez anos para descobrir como seria, eu esperaria se significasse ter a oportunidade de lhe ver caminhar em minha direção em um lindo vestido branco e trocarmos anéis em nossos dedos. Esperaria para ver suas sandálias e meus sapatos guardados juntos na entrada do apartamento que estamos morando juntos. Faria de tudo para te ter ao meu lado todos os dias pelo resto de minha vida, me desafiando, me repreendendo quando inevitavelmente faço tudo errado, cuidando de mim quando me machucar, me amando. Deus, eu esperaria uma eternidade por você. Todo esse tempo que eu perdi atrás da Iris, quando é você. Talvez tenha sempre sido você, eu não sei. Só sei que eu te amo, Caitlin Snow. Não consigo imaginar um futuro meu que não te inclua e...”

Barry é interrompido por Caitlin puxando-o em sua direção e beijando-o até que ambos ficassem sem ar.

“Você tinha que intervir em minha confissão de amor, não é Dra. Snow?” Questionou, quando se afastaram.

Caitlin sorri, o sorriso mais brilhante que Barry já tinha visto antes, suas bochechas coradas de vermelho. Ele deseja nunca esquecer esse momento, manter o brilho em seus olhos castanhos, o sorriso largo e honesto, para todo o sempre.

“Sua aparência está horrível, Sr. Allen.” Ela brinca, passando os dedos pelos cabelos bagunçados tentando em vão suaviza-los. Ele finge se ofender por um momento, mas não consegue esconder o sorriso por tanto tempo. Ele mostra a língua rapidamente e fecha o espaço entre eles esfregando seus narizes carinhosamente. “Você tem sorte que é uma gracinha, apesar disso.” Continua, o sorriso nunca deixando seus rosto.

Barry questiona-se se em qualquer dos cenários que passou por sua cabeça mais cedo, flertar com Caitlin entre beijos e confissões de amor seria como imaginava que seu dia iria acabar. Não tinha a menor ideia, mas essa realidade é melhor do que qualquer coisa que poderia imaginar.

Também não pode deixar de imaginar quais seriam as consequências daquela ação. Como poderia explicar seus sentimentos por Caitlin para Joe quando ele próprio mal conseguia entendê-los? Como iria enfrenta-lo, Iris e Wally para se desculpar? Não podia perder sua família adotiva, da mesma forma que não poderia perder a mulher a sua frente.

Ele percebe que está encarando-a novamente. Os olhos castanhos aguardando com expectativa suas próximas palavras, mas também dando o tempo que ele precisava para colocar os pensamentos em ordem.

“Eu te amo, Caitlin Snow.” Ele murmura, seu olhar varrendo por seu rosto, de seu lábio inferior mordiscado para seus grandes e lindos olhos castanhos.

“Eu te amo, Barry Allen.” Ela responde sem qualquer traço do humor anterior, suas palavras completamente sinceras.

Quaisquer que fossem as consequências, iriam enfrentar juntos no dia seguinte. E independente do que acontecesse, ele sabia que ficaria tudo bem.

Afinal, ele finalmente tinha a mulher que deveria em seus braços e não poderia estar mais feliz.


Notas Finais


O que acharam?


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