História I going back to 505 - I Wanna Be Yours (Parte II)

No capítulo anterior:

- Bom, eu já venho. - Alex respondeu se levantando e indo numa direção em pelo ângulo em que nossa mesa se encontrava não dava para vê-lo. O que era é claro uma boa oportunidade. - Eu pensei, me levantando discretamente e indo atrás do mesmo.

Miles Pov's Off

Alex Pov's On

Eu suspirei, estava cansado de toda aquela pressão. De um lado da mesa estava meu pior pesadelo: Minha mãe, a sra Kane e Taylor agindo como se fossem velhas amigas de longa data, trocando confidências e  o pior de tudo isso: a maioria eram sobre mim, sobre a minha vida pessoal com Taylor Bagley, o que era de um modo tão desconfortável. Meu pai estava parado como sempre levava uma aparência desconfortável e impaciente. Ele me encarava de cinco em cinco minutos, olhando para o relógio e para televisão nessas "longas" pausas, apenas tentando ouvir a conversa de minha mãe e das outras mulheres para ver se eu havia me tornado o homem que ele desejou sua vida inteira que me tornassem. Talvez ele estivesse esperançoso que Taylor estivesse à contar em que nós estávamos de casamento marcado para o fim de Setembro e que nossa visita era para lhes informar sobre isso.
E por último na minha frente estava Miles Kane, que era a pior parte de tudo isso! Eu tinha vontade de esganar ele, enquanto tentava ignorar o fato de que ele ainda insistia em me fitar com seus olhares. Aqueles olhos castanhos em que me prendiam loucamente, aquela boca formosa, tudo um dia em que foi meu. Ele um dia foi meu.
Tudo estava comum, eu estava preso em meus devaneios, enquanto passava uma água em meu rosto para todo aquele mal estar passar, mas não sei por que a todo instante me sentia estar sendo observado. Aquele sentimento fazia meu coração se agitar e por instante pensei em estar maluco ou cansado demais para alucinar essas coisas.
Até que alguns minutos depois de toda aquela transe, eu me virei para a porta (afinal, já havia demorado demais no banheiro) e ao mesmo tempo ouvi uma voz na qual eu desejei nunca mais ouvir em toda a minha vida.
- Não é que você voltou mesmo? O que foi Alex? Estava com saudadinha de mim? - Glyn Jones indagou, me fitando com aquela sua aparência que hoje estava irreconhecível e vindo em minha direção. Ele me prensou na parede do banheiro, contra a porta. Estávamos sozinhos e ele pegou em meu rosto de forma violenta.
- Com saudadinhas de mim ou com saudades de ser fodido pelo Miles Kane? Sua puta. - Ele comentou rindo ironicamente. - Eu te mostrei quem ele realmente era, eu te salvei dele e como você me retribuiu? Você chama isso de retribuição? Eu disse que eu iria foder com a sua vida e eu irei. - Ele me ameaçou, enquanto lágrimas escorriam de meu rosto.
- Você é sujo, ninguém mais vai te querer um dia, além de mim. - Ele comentou me apertando mais contra a parede e aquele corpo pesado do mesmo contra o meu. Aquilo era tão horrível. Eu só queria morrer naquele instante. Eu não tinha forças para revidar. - Eu te amo, Alexander, apenas eu e você terá que me obedecer. Juntos nós acabaremos com o Miles e seremos felizes para sempre. - Ele terminou a sua ameaça, enquanto eu tentei empurra-lo.
- Você e o Miles são iguais. Só que eu ainda não acredito como ele foi capaz de fazer isso comigo. Já você... Eu não tenho dúvidas. - Eu respondi, enquanto me recordava de outro ocorrido que me aconteceu só que desta vez com Glyn Jones "aquele que me salvou das garras do Kane".
- Eu fiz isso por amor. - Ele respondeu, me forçando a beijar aquela sua boca imunda.
- Me solta.. Socorro! - Eu tentei gritar, sentindo seus lábios nos meus, abafando os gritos, as lágrimas caindo com mais frequência por causa da dor e uma ânsia de vômito subir pela garganta.

Flashback Pov's On (Alex Flashback)

Era apenas um tarde fria em que a chuva caia sem parar e me assustava. Eu estava parado em uma casa que não era a minha mas na qual era meio (ou virou) familiar para mim nesses últimos meses. Era a casa do meu namorado Glyn Jones. Poderia julgar em que eu havia começado a namorar Glyn depois daquele ocorrido em que me fez ir embora de Sheffield e vir morar com ele aqui nos Estados Unidos. Poderia julgar em que estava sentado, olhando para a televisão que estava passando alguns seriados.
Enquanto ele estava no quarto.
Ele está demorando. - Eu pensei, enquanto eu olhava a TV e pensei em desliga-la.
- Glyn? - Eu gritei, enquanto tudo estava em silêncio e eu aguardava a sua resposta.
- Alex, por que você não vem aqui? - Ele gritou e eu dei de ombros desligando a TV e fui.
Eu andei em direção ao quarto e quando cheguei, ele estava deitado, o que me fez ir em sua direção e deitar também.
- Já vai dormir? - Eu indaguei, enquanto ele me interrompeu, começando a me beijar.
Era estanho beijar Glyn. Eu não estava tão acostumado com isso. Poderia julgar em que ele me beijava fortemente enquanto passava suas mãos em minhas pernas, o que era desconfortante, não era igual a Miles... Eu não  amava Glyn e nem mesmo o conhecia à muito tempo. Mas eu pensei que ele não estava fazendo isso com aquele intuito. Mas quando as coisas para ele começaram a mudar, eu me soltei do mesmo.
- Glyn para, para! Por favor. - Eu comentei, me soltando do beijo. Eu só quero mais eu tempo.
- Ah, não Alex. - Eu estou cansado do seu tempo. - Ele respondeu sendo grosso e me ignorando. Ele me puxava mais para ele e tentava tirar a minha roupa.
- Sai, eu já disse! - Eu gritei, começando uma luta corporal, mas eu estava abalado psicologicamente demais para lutar... Ele havia me superado mais uma vez..
Tudo que aconteceu naquele dia, eu não gosto de me recordar. Eu apenas senti meu corpo dormente demais para sentir qualquer outra coisa a não ser as lágrimas que escorriam em minha face e a dor que transbordava em meu peito. Eu queria fugir e queria gritar, mas estava paralisado com o medo. O medo de que acontecese algo a mim ou à minha família.
E mais uma vez, ele havia me vencido.

Flashback Pov's OFF

Miles Pov's On

Então, eu estava parado, já cansado de tentar alcançar o banheiro a essa altura. Eu olhava para uma multidão de pessoas que estava aglomeradas para conseguirem sobremesas grátis na porta da cozinha que (por mais que fosse nojento e estranho) ficava irônicamente perto do banheiro masculino. Eu pensei, enquanto quando consegui chegar a metros de distância do banheiro, pensei em entrar na fila da sobremesa e voltar para a mesa, afinal Alex também não me receberia bem e eu entendi as motivos dele - Eu pensei, suspirando e me preparando para dar meia volta, até que:
- Socorro, por favor! - Eu ouvi um grito que saiu quase inaudível (por mais que parecesse em que a pessoas que estivesse gritando, havia usado toda a sua força) e que só foi possível de ouvir porque estava muito perto.
- Socorro! - Essa pessoa agonizou novamente por ajuda, gritando alto em meio das lágrimas. - Eu pensei, enquanto fui na direção do banheiro, tentando abrir a porta, mas ela parecia estar emperrada. Mas eu fiz força, uma força tão grande que consegui abrir a porta. Meu coração apenas  havia me dito para fazer isso e eu havia seguido a minha intuição.
Quando eu abri a porta, eu vi um homem. Ele parecia estar mau trapilha e aparentava ser um mendigo. Mas ele me aparecia familiar.
E logo na sua frente eu vi Alex, ele estava jogado no chão, chorando (o que logo me fez deduzir que os gritos eram dele) e parecia estar muito assustado.
- O que você com ele? - Eu indaguei, perdendo a cabeça e indo para cima daquele desgraçado. Eu o batia, 
o esmurrava o mais forte que conseguia, até sair sangue de sua boca.
Alex não pediu para que eu parasse, mas também não se intrometeu, apenas ficou encolhido em um canto, fraco, ele tremia, o que me fez largar aquele homem e ir em sua direção.
- Está tudo bem agora, Alex. - Eu sussurrei, colocando a mão em seu ombro. Poderia julgar em que ele desmaiou e o homem fugiu.
Nós o levamos para a casa e o mesmo por estar desacordado foi em meu colo. Por mais que estivesse com a mão toda machucada e sangrando, eu não me importei. Eu me senti tão bem naquele momento.

Depois de alguns horas que chegamos, ele acordou. Os Turner's chamaram um médico à domicílio que era o médico particular da família.
Eu estava no andar de baixo de sua casa, junto de minha mãe.
E algumas horas depois do atendimento, eu ouvia várias questões vindas de seu pai para o mesmo, enquanto sua mãe apenas tentava fazer o seu pai e Taylor saírem de cima do mesmo que acordou meio atordoado.
Eu resolvi não subir, apenas fiquei sentado, esperando notícias suas. Cada um teve a sua vez de conversar com o mesmo. Inclusive eu.

- Miles? - Ele indagou, deitado na sua cama, branco igual a uma parede recém pintada.
Eu suspirei, odiava ver Alex assim.
- Alex, você está melhor? - Eu indaguei, indo em sua direção, me sentando ao seu lado na cama e pegando a sua mão esticada com um soro para hidratação, o que causava arrepios de ver.
E como resposta, ele apenas suspirou.
- Quem era ele? Você o conhecia? Ou era apenas um sem teto tentado te roubar? - Eu indaguei, embora fui interrompido pelo mesmo.
- Sem mais questões, Miles.
Eu devia ter te contado antes... Era ele... Glyn Jones... e ele está sedento por vingança.

Miles Pov's OFF