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História I Guess I'm Damaged - Cai a noite, doce escuridão.


Escrita por: ForsakenBoy

Capítulo 1 - Cai a noite, doce escuridão.


O meu maço de cigarros tá vazio e, porra, eu quero muito fumar nesse exato instante.

Eu encarava o chat do facebook. Ele tava vazio. É que, sabe, eu não sou o tipo de pessoa super  socializadora, então desligo o chat pra todo mundo que eu não tenho interesse (que, na maioria das vezes, são todos da minha lista de amigos).
O chat com você era o único que eu deixava ativado. O único que eu ficava esperando para que a bolinha verde aparecesse.
Só que aí aconteceu toda essa merda e eu voltei a ficar com o chat completamente cinza.
Acontece que você continuava ali, na parte cinza do chat. E eu encarava aquela droga enquanto pensava: Será que eu falo alguma coisa?
Hora ou outra me dava uma super coragem de falar algo, mas aí vinha o pensamento: Em que merda isso vai desenrolar?
Provavelmente nada. E foi por isso que eu simplesmente não te escrevia nada.

Eu podia mesmo estar escrevendo outra história agora. Acontece que eu não consigo. Sério. Tenho inspiração pra escrever isso, mas nada das minhas histórias principais.

Aonde isso tudo vai levar? Hm? Exato: Ao esquecimento.

Tem tanta gente por aí. Tantas coisas pra se fazer.
Eu às vezes – bem às vezes – pensava que eu podia ter te chamado pra vir aqui em casa, pra você ver minha parede com frases; Pra gente jogar algo no vídeo-game enquanto eu reclamo que a porra do controle tá sem pilha; Vir aqui pra ver um filme na TV, enquanto eu reclamo que a merda da internet tá um lixo.
Mas daí eu penso: Onde isso iria nos levar? Então voltamos praquele raciocínio: Ao esquecimento.

Acabei de encarar uma frase aleatória na minha parede, e, eu juro, que a frase é: “Em que esquina dobrei errado?”

Nunca fui bom com escolhas. Nesse exato momento eu estou acordado há 24hr, porque virei a madrugada pensando muito sobre o meu futuro. E convenhamos: Pensar no futuro sempre fode a gente.

 

Eu tava pensando que, se eu continuar assim, vou acabar escolhendo a solidão mesmo. Eu até escolheria uma solidão à dois, mas não consigo achar alguém tão só quanto eu, não mesmo.

Eu já idealizei o tipo de pessoa que eu procuro: Aquela que fuma comigo, ao meu lado, falando sobre poemas, falando como é bom – e ao mesmo tempo ruim – ser beat.

Somos jovens. E todo jovem é exagerado. Acontece que eu sou um velho de 40 anos preso no corpo de um adolescente babaca de 17.
E isso só me fode.

É como se toda escolha fosse um ultimato.

Eu não gosto de ficar com alguém sem ter em mente algo concreto. E era isso que eu tinha com você: Algo não concreto.
Eu até tentaria continuar, se isso não fosse me consumir o resto do algo que as pessoas chamam de alma.
 

Acho que, no fim das contas, é isso:
Sou só eu; Eu sou só.



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