História I Hate I Love My Life - 2 - capítulo.

NO DIA SEGUINTE...

    Acordei de supetão. Havia ser humano desprezível que estava quase derrubando a minha porta, mas por quê diabos? Entendi assim que a minha mente ficou clara e menos confusa, percebi que era a minha mãe me xingando de todos os nomes possíveis.
 

-JÁ ESTOU INDO, CARAMBA!!! - levantei já sem o mínimo de paciência, simplesmente não conseguia aturar a impaciência da minha mãe.

-CARAMBA??? Asuna, você tem merda na cabeça? ABRE ESSA PORRA AGORA! - fui com toda calma possível e abri a porta, encontrando logo em seguida uma mulher extremamente irritada.

-Senhora Lewis, você precisa ser mais paciente, to vendo que já está aparecendo umas rugas no seu rosto cheio de plástica, problemático. E imagina o que os vizinhos vão pensar do seu escândalo? - à encarei incrédula deixando ela entrar no quarto “levemente” bagunçado, e fui direto pegar meu uniforme escolar.

-Você nem está pronta, Asuna. Como pode ser tão irresponsável? O seu primo já está terminando o desjejum!

         Desjejum? Quem ainda fala assim? É cada coisa ridícula. Quando ela olhou para o lado do rosto em que recebi o tapa no outro dia, a senhora Lewis começou a passar as mãos pelos cabelos loiros escuros com certa força - uma mania estranha que fazia sempre que estava estressada ou preocupada.

 

-Estarei pronta daqui 5 minutos, pode ficar tranqui...- mal terminei de falar e já fui sendo empurrada para o banheiro.

-Ótimo. Se não estiver pronta em 5 minutos, você terá graves consequências. - falou rispidamente e saiu batendo a porta.

          Caramba, que mulher mais estressada! Fui pro banheiro, fiz tudo o que tinha que ser feito e saí tranquila escovando os cabelos. Logo em seguida ouvi batidas “educadas” na porta novamente, mas dessa vez a pessoa nem me esperou responder e já foi abrindo a porta. Hoseok, óbvio.

 

-Sua mãe estava puta com você lá em baixo. A sua sorte é que ela teve que ir mais cedo pro hospital. - dei o primeiro e último suspiro de alívio do dia, menos essa. Estava começando a maquiagem reforçada pra esconder o lindo hematoma, porém fui rápida, graças ao Hoseok miserável.

-Como estou? A saia está muito curta? - empinei a bunda em forma de provocação, eu sabia que ia pelo menos mostrar a polpa da minha bunda.

-Você tá uma puta de uma gostosa. - Hoseok falou mordiscando o lábio inferior. Que puto, ele sabia que ainda tinha efeito sobre mim, e também sabia que eu não poderia fazer nada com ele, até porque minha amizade com o Tae era mais importante que tudo.

-Obrigada, meu bem. Estou pronta, vamos!

-Sabe, vai ser um porre ficar dando carona para você, e ter que te aturar todo esse tempo sem receber nada em troca...- falou fazendo um muxoxo. Eu simplesmente não aguentei tanta fofura e lhe dei um selinho demorado, quase não consegui me segurar, mas fui forte o bastante para nos separar e ir até a porta de entrada.

-Porra, Hoseok! Eu não acredito que você vai com essa moto! - falei pegando a merda do capacete da mão dele e subindo na BMW S 1000.

-Calma, gata, é só por essa semana...- aham, sei. Conheço muito bem essa cara de palhaço, ele vai me enrolar que nem ele e o namorado dele enrola o povo que eles transam. Perfeito.

                                           ~/~




     Chegamos na maldita escola. Sério, como esse lugar era insuportável, as pessoas me enojavam como boa parte daquela patética cidade. Todos os dias que piso os pés ali, sinto como se todos os olhares fossem direcionados a mim, não é só porque eu seja popular, talvez seja mais a minha insegurança criando paranóias ou o meu simples ego, é, talvez.


      Assim que passo do enorme portão do Colégio, vejo as minhas duas amigas, Sook e Angel, o que falar delas? Bem...a Angel não tinha nada que o nome ou a aparência dela transmite - era uma safada. ela tinha os olhos azuis bastante claros e o cabelo quase branco, a pele dela parecia porcelana de tão branca que era, mas havia algumas pintas pelo rosto por causa da exposição ao sol, isso tudo por causa de alguma mutação genética que ela teve, se chamava albinismo, ela nem se quer tinha sobrancelhas direito (isso a tornava mais linda aos meus olhos)! A história dela era bem longa e complicada, a Angel Moore tinha dois irmãos gêmeos somente 1 ano mais novos. Os pais deles eram negros, o que fazia muita gente questionar se a Angel era realmente filha deles, mas ninguém da família ligava para aquilo, até porque não era uma coisa que afetava tanto já que a família Moore eram advogados muitos respeitados na cidade, porém, a primogênita e eu tínhamos nojo deles principalmente do desgraçado do avô dela, o motivo? Quando estávamos Sook, Angel e eu brincando de bonecas e as fazendo se casarem umas com as outras com 6 anos de idade, o infeliz começou a passar as mãos nojentas em nós, mas com a própria neta ele foi mais longe e ele obrigou que eu e a Sook assistíssemos tudo. No final contamos para os Moore, porém só riram e mandaram nunca mais tocar no assunto, depois o fudido veio e nos ameaçou falando que se uma de nós falássemos algo iria fazer coisas bem piores, patético.


        A vida da Sook era menos complicada, era vivia com os tios hippies em uma casa bem aconchegante. Os Davies tinha uma boa condição, mas não eram como os outros dessa cidade ridícula, por isso a Sook foi morar com eles e por isso que eu também quero morar naquela casa. A Sook era perfeita, uma garota simples e ruiva, com o sorriso mais lindo que já vi, ela odiava por ser um pouco “cheinha”, mas quem liga para uma coisa dessa?
 

-Asuna, se você não me responder agora, eu vou te bater! - disse Angel já me batendo com uma força ultrapassada.

-O que? - passei direto por elas indo a caminho da nossa sala, tentava ao máximo não dar a mínima para o resto das pessoas, já que eram só restos.

-Eu quero dar pro seu primo...- ela falou tão baixo que se não tivesse falado do Hoseok, eu iria definitivamente deixar de lado, não era muita novidade a Angel falando que queria dar pra alguém.

-O...que? M-mas e o Tomas? Ele é o namorado perfeito pra você...né? E ele namora. - porra, odeio quando fico com ciúmes e não consigo disfarçar, mas é inevitável.

-E daí? Não to nem aí pro Tomás nesse momento, eu quero é o gostoso do Hoseok, olha aquilo! Uau! - o infeliz fez o favor de virar o rosto para a gente e da aquele sorriso de lado desgraçado, ninguém merece...

-Deixa ela ficar com ele, e até agora ninguém sabe quem é essa namorada dele, certo? Então é como se não existisse e todo mundo sabe que o Hoseok transa com vários. - namorado* corrigir a Sook mentalmente. Dava um ódio o fato de ele e o Taehyung não admitirem o namoro de vez, por mais que fosse um relacionamento aberto, todo mundo já sabiam que eles gostavam das duas frutas?!

-Hm. Faça o que você quiser. - saí andando disparada pra sala, chegando e dando de cara com a única pessoa na sala, o Ranzinza em pessoa, ótimo.

-Porra, Asuna! Você pelo menos devia disfarçar esse negócio pelo Hose...- a Sook fez o favor de chegar praticamente gritando na sala, dando abertura pro diabo em pessoa começar fazer a festa.

-Pois é, Asuna! Tá na hora que esquecer essa coisa com o Hoseok, supera, pirralha...- falou ele com aquele sorrisinho ciníco que eu tanto odeio.

-Eu quero que você vá á merda, Yoongi.- joguei minha bolsa em uma mesa próxima a dele e sentei, e ele continuava dando as risadinhas nojentas dele e tentando acertar bolinhas de papel no lixeiro, que tava beeem longe. - Será que dá pra parar com essa merda, Min Yoongi?

-Não, Asuna Lewis. - dessa vez ele começou a jogar em mim e que acabava acertando na Sook também.

-Yoongi...tem como você parar, por favor? É que tá me incomodando um pouco...- a Sook pedindo toda fofa, ainda ficou corada, até parece que ele vai parar...

-Claro, me desculpe. Você é muito fofa, sabia? - mas que caralho era aquilo? Aquele ser humano estava doente por acaso???? Obediente, educado, elogiando alguém e puxando assunto? E pelo jeito ela gostou, mas que diabos?

-An...muito obrigada! - ela sorriu, e não foi o sorriso normal, não posso acreditar nisso. O sinal tocou e todo mundo já estava entrando na classe antes do professor, menos o Hoseok e a Angel, óbvio.

                       ~\~

       Terceira aula. Tudo igual, Taehyung e Jimin conversando que nem duas matracas, Hoseok no pé de algum nerd pra passar cola, Jungkook e Yoongi conversando sobre algo que só parecia ser sério, mas quando vai ver é sobre anime ou jogos, Angel dormindo atrás de mim e a Sook perdendo tempo explicando para mim algo que já sei.


       Intervalo. Ótimo, tinha duas opções, ficar em uma mesa vendo Angel e Hoseok viçando ou ir pro campo comer maçã excluída do mundo.
Como as pessoas conseguiam ser tão insuportáveis, meu Deus?


      Sentei no gramado em baixo de um lugar escondido da arquibancada, coloquei meus fones de ouvido e relaxei, ficando em paz finalmente, porém, paz de gente azarento dura bem pouco, não é mesmo? Algum idiota fez o favor de arrancar os meus fones com tudo e me tirar do meu mundinho. Ah, Yoongi, tinha que ser ele.

 

-Não sabia que você ainda lembrava desse lugar, pirralha. - falou ele sentando do meu lado e pegando o meu celular para ver as músicas, tinha essa mania desde sempre. - ainda escuta Wonderwall? Essa foi a música que...

-Ficou nostálgico agora, é? - o interrompi bruscamente pegando o meu celular de volta, se ele visse o resto das músicas seria o cúmulo.

-Óbvio que não, bem...talvez. Soube que o Louis voltou, você vai atrás dele? - a raiva na voz dele me fez sentir uma pontada no peito.

      Mas por que, droga?

 

-Talvez, sinto falta dele. Yoongi...- vi ele virar o rosto de maneira brusca, aquele rostinho emburrado, a boquinha que quando falava com os mais íntimos fazia um biquinho fofo, ele parece tão doce, mas a feição amarga dele me encantava, tudo no Suga tinha esse efeito sobre mim. Caramba, quem ficou com nostalgia agora fui eu, como eu queria beija-lo. - Me beija?

         O dom de falar sem pensar era de família, porcaria!

 

-O que? Você tá louca? Alguém pode ver a gente. - sua feição incrédula não falava o mesmo que seus olhos, os mesmos fitavam minha boca á todo o resto do meu rosto com desejo vidente, desejo esse qual ele só demonstra quando a muralha em seu peito cai um pedacinho. - Sua cicatriz perto da boca sempre foi muito chamativa, odeio ela, te deixa mais irresistível que o normal....

-Por que você só fala comigo assim quando não tem ninguém por perto? - porra, pode não parecer, mas eu tenho sentimentos, talvez eu ainda tenha sentimentos por você, só talvez.

-Porque nunca daria certo...

        Então ele se aproximou de uma forma agressiva, do jeito que eu sempre gostei, do jeito que só o Yoongi tem...ele colocou uma das mãos frias na minha nuca puxando os fios do meu cabelo de forma meio brusca - mas na verdade era só ele querendo ser controlador como sempre. 
 

-Senta.- falou de maneira ríspida e até me deixava molhada.

-Mas e se al...

-Cala a boca e senta no meu colo, e me beija só do jeito que você faz.

        Impossível não o obedecer depois disso. Ele me puxou como se fosse uma boneca para o colo dele e isso tornou as coisas mais interessantes, porra...sentir o corpo dele, o hálito quente e as nossas línguas gulosas vasculhando cada canto da boca uma do outro, o jeito que ele finalizou o beijo com uma mordida no meu lábio inferior e com um puxada gostosa no meu cabelo foi auge pra mim, me remexi um pouco em cima do seu colo até sentir algo, foi impossível terminar só ali. Mas, porra, como o beijo dele pode ficar melhor a cada dia que passa? Como não consigo enjoar?


Mas que negócio confuso é esse que eu sinto dentro de mim???? Tesão, certeza.