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História I Hate Scared People - Just Explain!!


Escrita por: LianOsby

Notas do Autor


EsterNW, acho que desta vez não tem nada em itálico pra eu corrigir :v

Aqui está uma explicação que eu devia pra vocês há muuuuuito tempo.

Sobre Linhas Temporais, Clara Oswald e o nosso enigma: Louisa Song Smith. Boa leitura ❤❤❤

Capítulo 11 - Just Explain!!


Clnoara chegou na Tardis cheia de sacolas. Estava saltitante e muito feliz e isso deixou o Doutor curioso.

- O que a está deixando assim tão contente? – ele era sempre direto, o que às vezes incomodava Clara. Mas não hoje.

- Recebi o reembolso do imposto de renda e pensei em fazer um jantar para nós – ela corria pelos corredores à procura da cozinha.

- Jantar? – o outro levantou uma sobrancelha em expressão de desconfiança. Clara não sabia cozinhar.

- Bem, não exatamente um jantar. Eu trouxe comida congelada – ela tirou uma embalagem resfriada da sacola, colocando-a num estratégico microondas – Eu trouxe algo para bebermos também.

- Não bebo nada alcoólico – se apressou em dizer o Doutor, afastando-se rapidamente de Clara.

- E quem disse que tem álcool aqui? – pela primeira vez a mulher conseguiu disfarçar decentemente o tom de mentira em sua voz – São só alguns refrigerantes, nada de mais.

Clara arrumou uma mesa com dois pratos, duas taças, talheres e a Tardis imediatamente entendeu o que se passava, então preparou uma iluminação diferente e uma ambientação apropriada para tal. A comida era uma lasanha ao molho sugo acompanhada de tirinhas de frango empanado. Nada saudável, na opinião do Doutor, mas comeu mesmo assim.

Clara estava muito empolgada com aquele jantar. Falava pelos cotovelos sobre amenidades e coisas que geralmente ela não tinha o costume de falar para ele. Conversaram sobre os alunos de Clara e sobre como Wilson, o repetente da turma a incomodava todos os dias. Falaram sobre a próxima viagem no tempo-espaço, e o quão feliz a Oswald era por estar ao lado do Doutor.

Eis que na quinta ou sexta taça de refrigerante, o Timelord deu a primeira baqueada. Estava com o olhar enevoado e riso frouxo, gesticulando além do que costumava fazer e falando bastante alto. Era a hora. Clara se ofereceu para levar o Doutor até um quarto qualquer, visto que não estava bem.

A certa altura do caminho, ele olhou profundamente nas orbes castanho-escuras de Clara Oswald.

- Você fez alguma coisa, não fez? – ele tinha a voz bastante arrastada – Você é mesmo minha Clara? Há algo de errado com você...

- Sou eu. Sou só eu. Clara Oswin Oswald – foi um pequeno mas imperceptível deslize. Naquela época a Clara não apreciava seu nome do meio, mas o Doutor estava tão alterado que não notara nada.

Ao colocar o Senhor do Tempo na cama, propositalmente ela se colocou por cima dele. O Doutor estava alheio a quase tudo naquele momento, menos ao confuso e quente toque do corpo da mulher sobre o seu. Clara se aproveitou ao máximo daquilo, e conseguiu o que buscava: um Timelord sem pudor – ou o mais perto disso que ele conseguiria ficar depois de bêbado.

E eles passaram a noite juntos.

Do lado de fora da Tardis, Ashildr estava à espera da garota congelada. A Clara que armou aquilo para o Doutor era a mesma que o deixaria futuramente no meio do deserto de Nevada; era a que estava congelada entre uma batida e a última. Elas voltaram no tempo até um dia antes da morte de Clara pela ação do Corvo para colocar o plano em prática. A humana parada no tempo se passou por ela mesma quando ainda viva. Misturaram duas doses de vodka ao refrigerante que o Doutor beberia e armaram aquele jantar, como se fosse a Clara da época a oferecê-lo. O Doutor só não tinha ideia de que um dia antes de ser enviado ao Disco de Confissão, Clara Oswald estava viajando para realizar um curso de formação pela escola em que dava aula. Era a armadilha perfeita.

******

A humana só não contava com o peso do genoma gallifreyniano. Sem nenhuma proteção, não era incomum que uma mulher normal engravidasse e claro que isso aconteceu apesar do útero de Clara estar paralisado. Isso se deu devido à energia liberada pelo Doutor na consumação do ato. Uma energia frágil, mas suficiente para permitir a sobrevivência e desenvolvimento da criança.

Quando descobriu a gravidez, Clara ficou atônita e radiante ao mesmo tempo, saltitando em torno do console da Tardis enquanto olhava a todo momento o monitor frontal que mostrava uma imagem de raio-x de um pequenino feto em formação.

Quando a Tardis detectou o sexo do bebê, Ashildr comemorou junto e até arranjou chocolates para a amiga humana – justo ela que surtara anteriormente por não querer crianças lhe atormentando. Fora um período difícil esse, em que Ashildr e Clara brigavam constantemente acerca da concepção daquela pequena criatura. Mas quando lhe foi exibido o resultado do exame, a imortal sorriu. Queria ter sido capaz de ter uma família como qualquer outra, mas o Doutor não deixou. Ficou feliz e passou a apoiar a amiga.

Quando Clara sentiu o primeiro chute em sua barriga, afagou-a carinhosamente. Agora era capaz de sentir que uma vida crescia dentro de si e que logo teria a filha nos braços. Começou a comprar roupas mais confortáveis para si e a fazer o enxoval do bebê e percebeu que não daria mais conta dos serviços da lanchonete.

Mas quando notou que seu corpo começava a se deteriorar por precisar suportar uma criança gallifreyniana, Clara se desesperou. Sentiu que o bebê estava bem mais desenvolvido do que uma criança humana e seu útero não estava aguentando. Soube daquilo quando em uma das movimentações do bebê em seu ventre Clara quase desmaiou de dor. Seu corpo estava se forçando a funcionar mesmo que de maneira descoordenada por estar parada no tempo e ao mesmo tempo gastando uma vida. Uma vida que seria muito mais forte que ela e que, segundo um exame detalhado estatisticamente pela Tardis, seria capaz de matá-la se saísse no tempo correto.

Então lembraram da esposa do Doutor e tiveram a ideia de pedir ajuda. Graças à mecânica de rastreamento das Tardis daquele modelo específico, as duas encontraram o esconderijo de River e iniciaram a viagem na esperança de conseguir alguma ajuda.

Eis que o mais inesperado aconteceu durante a viagem: Clara deu a luz ao bebê. E quem fez o parto foi Ashildr. A menininha era forte e sadia e em poucos segundos sugava avidamente o leite no seio da mãe. O nascimento prematuro foi o que salvou o corpo de Clara, mesmo assim a mulher mal tinha forças para respirar ao término do parto. Segurou protetoramente a filha.

- Louisa. É o seu nome. Louisa Oswald... – ela sorria, já com lágrimas nos olhos. Não queria ter de deixar a filha recém-nascida para trás, mas sequer tinha forças para se levantar depois do parto.

River não hesitou em cuidar do bebê. A ideia de ter um filho àquela altura a deixou contente demais para recusar, tirando que era bem visível a completa incapacidade de Clara para realizar qualquer tarefa. Estava muito debilitada e ainda corria riscos: seu corpo estava perdendo o pouco de energia que auxiliara no crescimento do bebê enquanto retornava para o estado paralisado entre uma batida e a última. Se a energia regenerativa se esgotasse antes da recuperação completa, Clara permaneceria com a saúde que estava no momento. Poderia passar o resto da eternidade como uma doente, sentindo dor e fadada a viver como inválida.

River sugeriu que ficassem em sua casa até saber como Clara ficaria. A proposta foi aceita de imediato e ainda serviu como pretexto para acompanhar Louisa em seu veloz desenvolvimento. Clara conseguira amamentar por cinco dias. A filha estava sempre faminta e nesse intervalo de tempo, a mãe já não tinha mais leite. Ashildr ficou responsável por conseguir o estoque de leite que a não tão frágil Louisa precisaria dali para diante.

No décimo dia ficou constatado o retorno total da paralisia do corpo de Clara. Ela havia conseguido se recuperar durante o processo como num milagre (ou numa coisa estranha daquelas que só acontecia com ela nessa coisa toda de viajante no tempo).

Então se despediram. Ficou combinado que Clara e Ashildr apareceriam recorrentemente para visitar Lou e acompanhar seu desenvolvimento e crescimento, como se fossem tia e madrinha da menina, respectivamente.

******

Concluída a parte difícil, Clara quis um pouco de diversão. Nunca fora inconsequente no que tangia viagem no tempo-espaço, mas dessa vez ela o foi. Muito. Clara foi tão irresponsável no manejo da Tardis que em certa ocasião sequer lembrava do que havia feito de errado. Sabia que interferira em algo de alguma maneira, mas não sabia de mais nada. Ashildr era outra que entrara na onda e fizera a coisa errada junto. Estavam completamente perdidas e abertas em suas loucuras no tempo. Mas sabiam que haviam se divertido. E também sabiam que precisavam consertar aquilo. Como a principal causadora daquela lambança toda fora Clara, teve uma ideia: trocar de lugar com a Clara Oswald da linha temporal de outra pessoa. E como Ashildr era a cúmplice daquilo, só lhe restou oferecer sua linha temporal para tal.

Era arriscado. Clara soubera por cima do perigo que corria em mudar de linha do tempo assim, mas já havia feito a coisa errada e agora precisava dar um jeito na bagunça. Esperta que era, descobrira mais um mecanismo oculto naquela Tardis: o Replicador Intratemporal.

No manual, servia para retirar objetos de uma linha temporal especifica e transportá-lo para outra. Era um recurso para ser utilizado em emergências, mas quem disse que aquilo não era uma emergência? Clara programou o dispositivo para que transportasse simultaneamente a si mesma e a Clara da linha temporal de Ashildr – a de pouco antes de fazerem aquela bagunça toda – e as trocasse de lugar.

Foi Ashildr quem acionou o dispositivo. Ela fitou Clara desaparecer na sua frente e reaparecer logo depois. Nunca souberam se o processo deu certo, pois a Clara que reaparecera aparentava ser a mesma que sumira poucos segundos antes. Sem catástrofes, sem explosões, sem divisão de consciência, sem aumento ou diminuição da realidade.

Nada.

Só notaram que a ideia louca de Clara dera certo depois que Lou e Lily apareceram com o Doutor na lanchonete e ajudaram na concepção da mais velha. E então perceberam a consequência de seus atos: com a troca das Claras, cerca de um ano antes e depois daquilo fora alterado, o que significava que Louisa nunca havia sido concebida. A sorte naquilo foi que a própria River estava fora de sua linha do tempo por ter conseguido fugir da própria morte, então não houve a corrupção da linha temporal de Louisa e ela junto da irmã mais nova reescreveram a história.

Louisa recriou o próprio passado por ser um paradoxo criado pela mãe Clara Oswald.


Notas Finais


Eu sei que essa Tardis é bem Overpower, mas creio que é mesmo ainda mais se tratando de um modelo tão recente. Espero vocês nos reviews ❤


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