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História I Hate You - Imagine G-Dragon - Broken heart


Escrita por: KYB e theBL

Notas do Autor


Agradeço a todos vcs favoritinhos lindos do meu kokoro <3 e a cada comentário lindo que as vezes nem sabemos como responder. Espero que gostem!

Capítulo 24 - Broken heart


Fanfic / Fanfiction I Hate You - Imagine G-Dragon - Broken heart

Jiyong


“Aroma doce e intenso. Na boca, de início, como frutas tropicais de terras exóticas e brioche. Deliciosamente complexo. Cremoso ao paladar, como uma extensão espumante leve e sedosa. Deixando ao final, um sabor longo e persistente.”

Encaro o champanhe Midas, Armando de Brignac que havia sido colocado em uma embalagem bege sobre a escrivaninha do quarto, com uma fita dourada e com meu nome artístico GD escrito em letras cursivas e douradas também, deixada em minha suíte pela direção do hotel. Junto im bilhete que me dizia para comemorar ao final do concerto de hoje. Um belo presente.

Hoje eu havia acordado tão cedo quanto o sol de Nagoya. Parece até que havia formigas na cama do hotel. Caminho até a janela com meu cigarro aceso dispensando a fumaça enquanto tamborilava os dedos sobre as grades da varanda, vendo os raios de sol aumentando no horizonte a cada momento que passava.

Passo meus compromissos mentalmente calculando quanto tempo eu tinha de descanso antes e após o concerto de hoje, que será às cinco da tarde. Hoje eu estava me sentindo um pouco mais patético que nos outros dias. Em dias como esse eu costumava escrever alguns versos e compor alguma música. Hoje não. Não, não. Estou cansado disso. Sempre escrevo quando estou me sentindo péssimo.

Saio da varanda, vou tomar meu café da manhã. Nada melhor que uma dose de conhaque francês para começar o dia. O champanhe ficaria para quando eu realmente tivesse algo para comemorar.

Dou mais um trago sentindo meus olhos arderem um pouco - talvez seja um pouco de sono - em seguida tomo minha bebida e sinto o celular tocar no bolso.

- YoungBae? Atendi de pronto.

- Jiyong. Como vai aí em Nagoya? Já soube que está ai.

- Hm... – dou o último gole – Está indo bem. Respondo.

- Mentira, Jiyong. Riu anasalado após concluir o grande mago Bae, leitor de mentes e meu conselheiro nunca ouvido.

- O que? Pergunto sabendo que não queria ter essa com conversa agora.

YoungBae às vezes me lembrava o meu pai. O senhor Kwon é assim. Sorrateiro, sempre querendo e pensando que pode resolver as coisas com conselhos. O mundo não se faz de conselhos. O inferno está cheio de boas intenções e eu sou prova disso.

- Como está a _______, você?

- Estamos trabalhando. – Apaguei o cigarro no cinzeiro próximo a mesa.

- Eu soube como foi o concerto em Toquio pelo Seungri.

- É, ele esteve aqui. Ele te contou que beijou a ______ no aeroporto? Cara, foi bonito!

Tentei ser sarcástico, mas acho que só pareci um idiota choramingando a concorrência da garota que gosta. Me xinguei mentalmente e escutei o YoungBae murmurar um palavrão também, e olha que ele não é disso.

- Como é Jiyong? Do que está falando?

- Eu estou de boa, se é o que quer saber. Vou deixa-la um tempo pra ver até onde ela vai. Respondo já irritado de continuar essa conversa.

- O Seungri fez isso? Vou conversar com ele.

- YoungBae? Não queira dar uma de pai ou de conselheiro de boa conduta com Seungri, por favor.

- Mas ele é o maknae. Se eu não fizer isso, quem vai fazer?

- Eu estou focando nos meus concertos, certo? Bom, se não estava tanto quanto deveria, estarei focando neles a partir de agora.

O YounBae falou mais alguma coisa, eu apenas deixei ele falar. No fundo ele ficou preocupado com o concerto mais tarde, mas o assegurei que não tinha com o que se preocupar.

Sinceramente, o erro foi meu. Eu faria e farei de tudo que for possível para voltar meu namoro com a ______, mas e se não for assim? Se ela no final não conseguir me perdoar? Eu vou ter que seguir com minha vida como antes.

O Jiyong que sempre levava e aguentava as pressões da empresa, o peso de levar o nome de líder do grupo mais conhecido da Ásia... eu posso fazer isso.

Confesso que ter conhecido e começado um relacionamento com a _____ me ajudou a aliviar meu stress, que antes era todo focado nas pressões que sentia sobre mim por conta do trabalho, mas agora, meu stress é ela. A falta dela. Me diga em que isso ajuda? Estou voltando a ficar como antes, só que agora o escolhido pra levar as patadas é meu melhor amigo YoungBae.

Pus meu celular no modo avião, coloquei pra despertar em três horas e liguei para a recepção do telefone do hotel para que ninguém, em hipótese nenhuma, me incomodasse hoje até o hora que meu manager viesse me buscar, provavelmente umas duas e meia da tarde.

Eu gostava de chegar cedo sempre, tanto para os preparativos normais como roupa e maquiagem – óbvio – quanto para verificar o palco e o som antes do concerto. Se eu tinha algum transtorno obsessivo compulsivo, seria esse. Caminhar toda extensão que o palco tivesse com o microfone em mãos, como se já estive ali lotado de fãs e a adrenalina era sempre a mesma, antes ou na hora do show.

Pus os fones de ouvido no máximo volume e deitei no chão frio do quarto, longe do tapete felpudo. Botei Mozart pra acalmar meus pensamentos. Um hábito que eu tinha quando era criança era me deitar no chão frio de casa quando era verão.

Hoje eu ia encher minha mente com meu trabalho, mas transborda-la tanto, tentar o máximo de mim para não levar minhas piores emoções para o palco, afinal as vips não mereciam isso.

Arranjei outra maneira de tentar tirar a ______ dos lugares profundos da minha mente, seria o meu trabalho.

Mas, infelizmente me vêm à mente justo aquele dia, aa primeira vez que ficamos juntos na praia, deitados no chão, na areia pra ser mais preciso – estava tão frio como esse piso no qual eu me encontro.

A imagem da ______ traz logo seu cheiro à minha mente. Me levanto irritado e me jogo na cama macia dali afastando a lembrança. Eu podia fazer isso.



Voce pov


Estava pensando como é a vida, em uma hora esta tudo perfeito e em questão de segundos tudo pode mudar e não existe uma tecla delete para refazer tudo de novo, tentar mudar o destino.

As vezes eu penso que se eu tivesse ido para outro lugar em vez da Coreia como seria? Mas não posso mudar o passado, o que esta feito esta.

Queria ter dado uma chance para o Jiyong naquele jantar mas não o fiz. Pensei que ele iria me mandar mensagem depois do jantar, ficar atrás de mim, tentar falar comigo, mas não também. Não trocamos nem uma palavra desde que chegamos aqui em Nagoya, eu mandei mensagem para ele mas nem visualizar ele visualizou.

Dessa vez eu vou dividir o quarto com outra dançarina, a Yansoo. Ao menos não vou ficar sozinha. Até saímos do hotel para ir uma cafeteria ali perto com as outras duas meninas mas não podemos explorar muito o lugar pois a nossa prioridade era focar no concerto, e sempre éramos um dos primeiros a chegar para ensaiar no palco antes de começar, pois tínhamos que deixar o palco livre para o Jiyong na hora certa, quando fosse a vez dele de fazer as verificações.

O Show foi muito bom em Nagoya, Jiyong sempre com sua pose segura e firme interagindo com os fãs e com todos a sua volta, mas pelo que percebi ele parecia um pouco cansado. Logo no outro dia de manha viajamos para Fukuoka e não nos demoramos muito para partimos para Osaka e no outro dia fomos ainda para Nagasaki para terminar essa turnê.

De Fukuoka para Osaka fomos de um concerto a outro direto, quero dizer, não tivemos tempo para descansar. Foi apenas fazer o show e correr para o próximo avião e fazer o concerto. A noite nos hospedamos em Osaka e então tivemos um tempinho para descansar. No outro dia voamos para Nagasaki e após o concerto e um fanmeeting, não fomos para o hotel mas pegamos o avião de volta para a Coréia assim que o concerto foi encerrado.

Nessa hora que percebo que a vida que Jiyong leva é muito cansativa e estressante. Agora entendo seu jeito quando o conheci. No ultimo show ele tinha um pouco de olheiras, pela falta de descanso apropriado. E ele ainda tinha que performar daquele jeito enérgico no palco, as vezes ele performava alguma musica sentado e na volta pra casa não o vi nem cheguei perto dele, mas eu também estava cansada, queria muito chegar em casa.

Só achei realmente estranho o Jiyong não responder minha mensagem. Até havia ligado pra ele em Osaka mas deu desligado.

Agora estávamos no avião, todos acomodados e a maioria de nós havia caído no sono, inclusive eu havia tirado uma soneca até pousarmos em solo coreano após algumas horas. Era madrugada.



~ Quebra de tempo ~


Acordei no outro dia e já havia passado muito da hora do almoço. Ao menos eu havia descansado bastante da viajem. Olhei no celular a hora e a data. Lembranças e uma tristeza enorme me invadiram. Exatamente hoje fazem seis meses da morte dos meus pais.

Não tive vontade de me levantar da cama, estava com fome, podia sentir meu estomago começar a roncar mas não queria ter que me levantar pra comer.

Todos esses meses sempre tentei botar na cabeça que tinha aceitado a morte deles, fiz de tudo pra seguir em frente, porque tudo que minha mãe queria era que eu me tornasse independente e hoje eu era, ao menos batalhava pra isso. Se eles estivessem vivos estariam orgulhosos da filha forte que eu havia me tornado, mas hoje foi o dia que me senti diferente. Como se finalmente tivesse caído a fixa.

Comecei a chorar compulsivamente, talvez tudo que eu havia deixado de chorar tantas vezes que havia tentado ser forte. Chorei tanto que comecei a soluçar e sinto minha barriga doer e me senti enjoada. Respiro fundo tentando recuperar o fôlego e me acalmar.

Parando para pensar eu estava praticamente sozinha. Tinha alguns amigos, claro. Mas no fim do dia, quando eu volto pra casa depois do trabalho cansativo era como estar sozinha. Se minha vida em Seul não desse certo algum dia, por algum motivo, eu não tinha pra quem voltar.

Nunca tive muitos amigos verdadeiros no Brasil, os poucos contatos que eu tinha deixaram de ser “contatos” quando vim aqui para Seul. Muito menos familiares com quem eu possa realmente contar, apenas alguns parentes distantes .

Meu celular toca e rapidamente eu o procuro escondido entre meus lençóis, pensando ser uma pessoa em especial mas me engano quando vejo o número do maknae do BigBang.

Penso se deveria atender mas deixo o celular tocar até parar. Havia também uma mensagem da Mi Cha me parabenizando pela turnê e me desejando um bom descanso após as viagens cansativas.

Tento me levantar mas me sinto tonta então desisto. Afundei o rosto num travesseiro. Por favor, só me acordem quando esse dia acabar.

Pego no sono mais uma vez.



Jiyong



Quando voltei pra casa, finalmente, lar doce lar! Pude tirar o descanso que estava precisando. Apaguei até de tardezinha quando acordei e percebi que não queria ficar por aqui a noite também.

- Jiyong, já está em casa? Era uma mensagem do Youngbae.

- Sim, mas vou sair agora mesmo.

- Onde esta indo?

- Vou visitar meus pais. Mandei em seguida e bloqueei meu celular.

Tomei um banho rápido e liguei para mamãe. Pedi que fechasse a pensão e me reservasse um quarto pois eu estaria indo para lá. Ela ficou muito feliz com minha ligação mas estranhou de eu estar indo assim de repente.

Quando eu ia visita-los eu sempre avisava no final de semana e ia na segunda, assim eles fechavam a dolce vita para que eu tivesse privacidade. Eu disse a ela que não se preocupasse, apenas fosse discreta e não ia acontecer nenhum problema. Em seguida dirigi com meu carro até Pocheon, chegando lá em menos de uma hora.



~ Quebra de tempo ~


- Como está indo filho? Perguntou meu pai e eu me aproximei lhe dando um abraço.

Minha mãe veio logo após e a abracei e beijei o topo de sua cabeça.

- Meu menino. Saudades, Jiyong. Disse mamãe.

- Acabo de voltar de uma turnê solo pelo Japão. Disse com um sorriso. Minha mãe me segurava pelos ombros. Estávamos dentro do quarto reservado pra mim. Esse era especial, digamos. Apesar de eu ter entrado escondido e estarmos falando baixo o quarto tinha isolamento acústico. Seria difícil se alguém que estivesse hospedado em outro quarto soubesse que eu estava aqui.

- Querido, quer tomar alguma coisa, um café ou chá? Eu trago até aqui.

- Eu aceito mãe. Mas agora não, pode ser daqui a pouco. Fui caminhando ate a cama e tirei os chinelos colocando-os ao lado, ficando apenas de meias sob o tapete e me sentei na cama.

- Como vão as coisas com os outros meninos?

- Eles vão bem.

- E o Taeyang, ele já se casou?

- Ainda não pai, mas do jeito que ele é louco pela namorada, não demora.

- Ele está certo então, se o menino Bae encontrou o amor da vida dele tem mais é que segurar ela mesmo! Disse minha mãe e eu me joguei de costas na cama, encarando a paisagem através da parede de vidro ao lado tendo a ______ invadindo meus pensamentos mais uma vez.

- Como vai o trabalho por aqui? Muita coisa pra vocês? Pergunto a eles. – Eu já disse que se acharem melhor colocar alguém para ajudar vocês aqui eu faço isso.

- Não, não filho. Nós estamos indo bem, por enquanto pelo menos. Não de preocupe.

Meus pais adoravam cuidar daquela pensão, a cada dia vinham fãs diferentes de lugares diferentes visitar a dolce vita e segundo minha mãe, isso fazia ela se sentir mais próxima de mim apesar da distância e do meu trabalho.

- Você tem comido bem, Jiyong? Ela me pergunta ao pé da cama.

Pocheon é um lugar tranquilo. A _____ adoraria visitar esse lugar. Imagina, acho que ela nem sabe da existência desse lugar. Acho que eu não havia contado a ela exatamente onde viviam meus pais.

- Sim... Respondo minha mãe que continuava a falar mas acabei não prestando muita atenção.

- Querido, vá verificar onde está a Hee e também a recepção. Minha mãe pediu a meu pai e ele assentiu amável como sempre e saiu trancando a porta.

- A Hee está aqui? Ela é a filha pequena da minha irmã Demi.

- Sim, a Demi deixou ela aqui pois hoje é um evento especial da loja dela.

- Ah, sim eu fiquei sabendo pelo Instagram. Acabo de me lembrar, até havia prometido à Demi por mensagem que passaria por lá. Que péssimo.

- Bem, e as namoradas filho?

- Que? Desperto dos meus pensamentos com a pergunta da minha mãe.

- Quando vai trazer alguém aqui pra a mãe conhecer? Já faz bastante tempo da ultima vez.

- Mãe, eu não estou namorando... Ela abre a boca e estreita os olhos como se não acreditasse em mim e logo a senhora Kwon se senta ao meu lado na cama.

- O meu Jiyong não deve focar só no trabalho, você deve conhecer uma boa moça também filho, sair juntos escondido da mídia, se divertir. Não deixe que o Yang roube sua vida particular também, já dissemos isso a você Ji.

Ela conseguiu me fazer rir sem muita vontade.

- Mãe, não é o Yang. Ele não está me impedindo de nada agora.

- Já está com 28 anos meu bebê, quando é que vai me dar uma nora?

- Ai mãe, la vem a senhora. Olho pra ela com uma cara não muito bonita.

- Olha só isso filho – ela toca em meu rosto. Essas olheiras!

- Você sabe, é o cansaço, viagens... Suspiro.

- Seus olhos estão tão apagadinhos...

- Aish mãe... Viro o olhar para o teto. Acho que vou aceitar o café agora. Viro novamente para ela que ainda estava me encarando.

- Me diga o motivo de ter vindo assim de repente. E me diga se não é uma garota.

É possível que eu falhei em esconder isso da minha mãe?

- Tá mãe. Eu estava namorando a pouco tempo. Ela era incrível. Mas acabou por minha culpa. Me rendi. Ela não ia tirar da cabeça enquanto eu não dissesse.

Ela não pareceu muito surpresa mas fez uma cara de “eu sabia Kwon Jiyong” estreitando as sobrancelhas e em seguida afagou meus cabelos.

- Posso ver que você ainda gosta dela, não é mesmo?

- Sabe a Emmi?

- Emmi? A garota que disse que teria um filho com você?

- Essa mesmo.

- E sabe se ele filho não é mesmo seu Jiyong?

- Não mãe! Claro que não é meu. Ela me traiu mãe, você sabe.

- Filho, se ele for meu neto, ou neta...

- Mãe... por favor. Deixa eu terminar, você está querendo saber sobre a ______, ou não?

- ________? Esse é o nome dela?

- Sim, é.

- Estranho, mas é bonito. Ela é cantora também?

- Não mãe, mas ela é estrangeira. Vi minha mãe ficar surpresa agora.

Contei a minha mãe que por um erro meu com a Emmi afastei a ______ de mim e ainda gosto dela, mas ela não consegue acreditar em mim então acho que devo aceitar a possibilidade de que talvez não votarmos mais.

Depois disso, meu pai disse que não havia ninguém do lado de fora então resolvi sair do quarto deixando minhas coisas lá e fui tomar um café com ele na varanda. Quando a Hee me viu veio correndo me dar um abraço e mamãe disse que iria ficar com ela para podermos comer.

- Ela já tem quantos anos? Perguntei a meu pai.

- Quatro. E é super esperta.

- Nossa. O tempo passa rápido.




Voce pov


Me acordei com o celular vibrando em cima da cama. Tenho o sono muito leve e até isso me acorda. Abro os olhos ainda sonolenta e desorientada, pensando que era no outro dia. Olhei o celular e vi que estávamos no mesmo dia, só era de noite mesmo. Havia uma chamada perdida de Seungri e logo ele estava ligando novamente.

Levantei sentindo que a tontura havia melhorado, mas ainda estava um pouco zonza. Resolvi atender o celular.

- Alô? Disse com a voz ainda de sono.

- _____?

- Seungri? Oi. Respondo indo até a cozinha. Acho que se eu preparar um café vai ser bom. Não comi nada o dia todo, deve ser por isso que me senti assim.

- Eu posso entrar, noona?

- Como?

- Estou na porta da sua casa.

Abro a porta para Seungri que entra e então lhe ofereço um café. Fiquei surpresa de ele estar ali.

Me sentei na mesa e ele à minha frente. Tomamos o café e lhe ofereci alguns biscoitos. Seungri me observava calado até que ele finalmente fala alguma coisa.

- Noona, como está? Descansou bastante?

- Sim. Descansei hoje o dia todo.

- Eu te acordei?

- É, o celular me acordou, mas tudo bem. Levantei da mesa indo colocar a xícara na pia.

- Noona, me desculpa pelo que eu fiz lá no aeroporto.

- Ah, tudo bem. Voltei até ele caminhando pela cozinha.

- Não está brava?

- Não, não estou.

- Então o que tem? Está com o rosto triste.

Me sentei na mesa novamente.

- Seungri, hoje fazem seis meses da morte dos meus pais.

- Oh, eu sinto muito, ______. Não sabia.

- Tudo bem.

- Noona, você passou o dia todo aqui?

-Sim, estava dormindo. Assim pude descansar bastante.

- Não queria sair, dar um passei. Talvez fosse bom pra você.

- Não sei, não estou com vontade.

- Eu estou indo agora na casa de um amigo que é DJ, por isso passei aqui na sua casa antes. Se quiser ir comigo pode ser bom, pra esvaziar um pouco a cabeça.

- Hoje eu não me senti muito bem. Estava meio tonta, mas já estou melhor. Porém prefiro ficar em casa.

- Tudo bem. Eu gostaria de ficar um pouco mais aqui com você noona.

Nessa hora meu celular que estava sobre a mesa toca com uma notificação de mensagem de um número desconhecido. Apenas olho e tela acesa e ignoro a mensagem por enquanto.

- Tudo bem Seungri. Pode ir tranquilo para o seu compromisso. Eu estou bem, apenas não havia comido nada hoje o dia todo.

- Noona, não pode fazer isso. Tem que comer direito e dormir bem, você é uma das mais importantes dançarinas da YG!

Sorri revirando os olhos com seu comentário e ele então se levantou da mesa.

- Ok, eu farei isso.

- Por favor, prometa que vai ficar bem e qualquer coisa é só ligar pra mim que eu passo aqui. Se precisar de alguém pra conversar também. Ele caminhou até a porta e eu o segui.

- Obrigada panda. Falei brincando. Abri a porta pra ele sair.

- É só me ligar. Olhou pra mim mais uma vez e veio me dar um braço, por impulso desviei o rosto e acabei o abraçando de leve e sorri ao final.

- É só me ligar! Ele repetiu.

- Vai logo! Sorri fechando a porta e voltei para pegar meu celular e sentei na cama para verificar a mensagem anterior.

Após alguns segundos de ter lido a mensagem, recebo uma ligação de Jiyong. Atendo no primeiro toque.

- _________? Desculpa está te ligando mas acho que... - como digo isso, aish! - Meu pai falou com você?

Ouvi ele murmurar um palavra feia logo depois.

- Acho que foi ele quem me mandou uma mensagem. Ri meio forçada.

- Me desculpa ________. Minha mãe pegou meu celular e provavelmente pegou seu número, me desculpa. Vou pedir pra ele pra não fazer mais isso. Que vergonha.

- Ele disse que queria me conhecer...

- Aish, porque comigo? – Desculpa mesmo. Olha, ignora ele ta, bloqueia, faz qualquer coisa que você quiser.

Jiyong falou visivelmente constrangido. Tudo bem que foi estranho mas eu não ia bloquear o pai do Jiyong, ele estava maluco? Não era pra tanto.

- Não precisa disso Jiyong, não foi nada demais.

- Eu sei mas não estamos mais juntos.

- Como que eles ficaram sabendo, você havia dito que sou sua namorada? Ou que era, sei la? Tentei puxar o assunto.

- Olha _______, eu...

- Talvez seja apenas um hábito falar das ex namoradas pros seus pais. É normal Jiyong, eu entendo. Não sabia o que dizer nessa situação, era constrangedor tanto pra ele como pra mim, então disse qualquer coisa.

- Não. Foi culpa da minha mãe. De mãe a gente não esconde nada, você sabe.

- Você, como está, depois da turnê? Está com seus pais hoje?

Nunca havia visto eles e essa era a primeira vez que ouvia de Jiyong que estava na companhia de seus pais nesse tempo que o conhecia.

- Bem. Estou bem, eu acho. Eu que vim visita-los. E você, como é que está?

- Bem, falando em pais, hoje faz seis meses, da morte dos meus. – Disse e Jiyong fez um pouco de silencio.

- Oh, eu sinto muito, ________. Exatamente hoje?

- Sim.

- Se eu soubesse eu teria ido te ver. Se você quisesse, claro.

- Onde seus pais moram? Perguntei tentando desconversar pra não chorar com Jiyong na linha.

- Aqui mesmo em Seul, Pocheon.

- Legal.

- Conhece? Ele pergunta um pouco animado.

- Não. Respondo.

- Você está com suas amigas? Ele pergunta curioso.

- Não, hoje estou sozinha. Tirando o Seungri que passou aqui mas já foi.

- Ah... o Seungri. Entendo.

- Entende?

- Esquece. Escuto-o suspirar do outro lado da linha.

- Olha, Seungri e eu...

- Vou falar! – ele me interrompeu - Eu vi ele te beijar no aeroporto!

Aquilo me surpreendeu. O Jiyong viu aquilo.

- Jiyong, eu não quis que ele fizesse aquilo. Respondo meio triste me sentindo um pouco culpada.

- Tudo bem, mas, olha eu só, quero te pedir uma coisa. Me promete que vai ser assim?

- O que Jiyong?

- No dia que eu não tiver mais nem sequer 0,000001 por cento de chance com você, por favor me diga. – ele disse uma quantidade de zeros que achei que não terminaria mais e suspirou ao final. Eu não sabia o que dizer então ele continuou.

- Por favor, vamos fazer isso. Eu não posso mais guardar esse pensamento comigo. Só me prometa. Se o Seungri ou outra pessoa estiver começando a entrar na sua vida e você vê que não vou mais poder voltar, me diga no mesmo instante, por favor.

- Jiyong, não há ninguém.

- Me promete?

- Jiyong, pra falar a verdade, até queria que você estivesse aqui. Eu não pensei duas vezes antes de dizer isto, eu apenas disse o que estava sentindo.

Eu estava me sentindo especialmente frágil hoje. Estar agora sem o Jiyong só estava fazendo tudo parecer pior pra mim, e eu estava sofrendo sem ele. É triste admitir, mas era a verdade.

Ele fez um pequeno silêncio mais uma vez.

- É serio? Isso quer dizer que eu tenho ao menos 0,00001 de chance? Sorri ao final de tudo o que ele falou.

- Vamos deixar pra falar disso quando nos vermos na próxima vez. Eu disse. Eu realmente queria ter uma conversa com ele desde que a última vez que nos vimos.

- Quando? Será que eu deveria ir agora?

-Não Jiyong! Espere. Sorri. - Fica para a próxima vez que nos vermos.

- Okay. Mas podemos nos ver logo em breve.

- Aproveite bem ai na casa de seus pais, não é todo dia que você os visita, é?

- É verdade. Se achar bom ficar conversando com alguém, eu posso ficar na linha com você. Ele sugeriu.

- Certo. Concordei. E o que vamos falar?

- Caso queira me falar o que esta sentindo, estou aqui pra te ouvir, do outro lado da linha. Ou podemos falar sobre o concerto ontem, ou sobre Toquio, ou qualquer outra coisa que quiser.

- Hum, vamos falar sobre Japão então. Eu não quero falar sobre meus pais agora assim, por telefone.

- Okay, eu entendo. Talvez quando eu voltar, se você quiser me contar algo, ou não, enfim.

- O que então? Perguntei tentando mudar um pouco meu humor.

- Fala o que achou, como foi pra você ter ido a um concerto solo meu. Você nunca foi antes.

- Oh, seus fãs são mesmo enérgicos e tem muita paixão. Você é muito amado, Jiyong.

- Hm...

- Não é novidade, não é?

- O que mais gostou?

- Gostei de conhecer Ueno.

- Que legal! Foi ótima aquela nossa tarde juntos.

- Sim, foi. É um lugar tão tranquilo. Transmite uma paz!

- Sabe, aqui onde eu estou não é Ueno, mas é super tranquilo. Quer que eu ter descreva como é?

- Ah, ok.

- Bem, estou em um dos quartos, não sei se eu te disse, meus pais tem uma pensão.

- Sério? Que legal.

- Sim. – Ele continuou – E os quartos são ótimos, até porque eu que planejei como gostaria que fosse cada um deles, com os arquitetos claro.

- Nossa...

- Por trás da pensão tem uma vista linda, posso ver através da parede de vidro do quarto. Mas a essa hora só o que posso ver são poucas estrelas.

- Ual. Deve ser realmente lindo.

- Sim, é. Estou deitado agora em uma das camas conversando com você. Vim aqui correndo quando minha sobrinha contou o que ela e minha tia haviam feito com meu celular.

- Legal. Sorri com o que ele disse. Como assim?

- Minha mãe pediu a Hee, filha da minha irmã, pra achar seu número em meu celular e então minha mãe contou tudo a meu pai depois, sobre como eu estou sofrendo sem você e etc.

Ele falou as últimas palavras com uma voz forçada que mexeu comigo, não vou mentir.

- Hm... respondo ainda pensando nas suas palavras. Está entendido agora. Respondo seguido de um bocejo.

- Eita, alguém ai está com sono.

- Não, na verdade dormi o dia todo praticamente. Cansada de dormir o dia todo – completei e ouvi ele sorrir.

- Como eu queria estar ai agora, pra mimar você. Te dar um abraço.

- Jiyong...

- Está com sono agora?

- Não estou. Só com um pouco de preguiça. E você?

- Não, não estou. Já que nenhum de nós está com sono, podemos ficar conversando a noite toda.

-Ai, a noite toda não, Jiyong. Ouvi uma risadinha dele do outro lado da linha. Eu sentia falta daquela risada dele de toda manhã.

- Estou brincando meu amor – enquanto ele falava meu celular vibrou com outra chamada em espera – Você sabe que você é meu amor, não...

- Espera um pouco Jiyong. Tem outra pessoa me ligando. - Afastei o telefone do ouvido pra ver quem seria a essa hora. nossa bem na hora que Jiyong me vinha de novo me vindo com esse tipo de coisa. Tive vontade de rir mas conti a risada.

- Quem é? Ele me perguntou.

- Não sei, número desconhecido. Atendo?

- Se você quiser. Ouvi ele dizer.

- Espera um pouco aí na linha.

- Se terminar com 1171, juro que vou... ouvi escapar dele que soou um pouco amargo demais.

- Aish, não é o seu maknae. Eu tenho o numero dele registrado. Vou atender. Aish Jiyong. Você precisa tomar jeito.

Botei ele em espera e falei.

- Alo?


Notas Finais


Deixe seu comentario. Ate o proximo! Que ja ta sendo escrito. Bj


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