História I Hate You - Imagine G-Dragon - Aunque el mundo se parta te buscaré

- Sentindo falta de alguém especial?

- Onde esta _______? Perguntei me alterando.

- Calma, assim não podemos conversar.

- Eu quero falar com a ______ agora! Você esta com ela não é, desgraçado...

- Você não esta na posição de exigir nada... e sem xingamentos por favor.

De repente escutei um disparo de arma, meu Deus, o que esta acontecendo?

- O que foi isso!?

Ouvi barulhos do outro lado, a ansiedade só me consumia e eu andava de um lado pro outro sem saber o que fazer.

- Alô? Alô?

Eu só ouvia as vozes se alterarem do outro lado e finalmente eles passaram o telefone pra ela.

- Jiyong? Finalmente escutei a voz da ______. Ela estava com a voz embargada, quantas coisas ela deve estar passando?

- Meu amor, como você esta? Onde você esta?

– Ji, eles querem... eles querem 1,000,000 ₩. Oh, meu Deus isso é demais!

- Não se preocupe, meu amor. Vai ficar tudo bem!

- Estou com medo, Jiyong. Senti um aperto no meu coração e já sentia meus olhos arderem e a raiva subia mais dentro de mim. Apertei os dedos na testa como se aquilo fizesse a distancia entre nos sumir.

- Eu vou te trazer de volta, eu prometo, mas me diz, eles estão te machucando? Sim ou não?

- Ta, ja chega. Eles tiraram o telefone dela e outra voz falou, dessa vez sem aquele efeito.

- Alo? Escuta, escuta. Vocês machucaram ela?

- Não, não. Olha aqui senhor estrela, queremos o dinheiro! E você tem até a quinta pra nos dar, esta ouvindo? Três dias!

- Como? Droga! Filhos da mãe!

Desligaram.

Eram duas pessoas que eu pude ouvir. Droga, um milhão para esses filhos da mãe! Eu preciso dar um jeito de ter a _______ de volta. Nem rastro do número no registro. Como vou encontra-la? Preciso ir a delegacia agora mesmo.

Voce pov

Eles tomaram o telefone de mim e saíram me deixando sozinha. Um deles ainda apontou a arma em minha direção fazendo-me me encolher de medo na cadeira e logo sua risada tomou o cômodo úmido, seguido da repreensão do outro que estava ao seu lado e eu senti meu corpo estremecer. Ter ouvido a voz de Jiyong a segundos atrás me deixou ainda mais chorosa e abalada.

Eu nunca imaginei passar por uma coisa dessas, ser alvo de um sequestro com um pedido de resgate. Eu me sentia sozinha, desamparada e vulnerável. Eu não parava de chorar compulsivamente ate que senti fortes dores se formarem em minha barriga. Minhas mãos tremiam e eu permanecia sentada pois sabia que não poderia me sustentar sob meus pés no momento por causa de todo o susto e aquela pressão toda, tão forte em cima de mim. As dores não cessavam, o que me fez levar as mãos a barriga e apertar o local com força.

- Ah! Socorro! O que é isso? Eu chorava e sussurrava desesperada mas ninguém me ouvia. Algo estava errado comigo e eu acabo desmaiando por não aguentar a dor, mas antes de perder totalmente os sentidos eu juro que vi uma silhueta abrir a porta e entrar no mesmo cômodo que eu.

Jiyong

Fui a polícia e contei tudo sobre a ligação que recebi. Eles grampearam meu telefone esperando pela próxima vez que me ligariam, mas dessa vez eu recebo uma mensagem de Youngbae dizendo sobre a turnê ter sido adiada e ele estava voltando pra Seul.

Suspirei olhando ainda a tela do meu celular onde havia um papel de parede colorido qualquer do telefone. Fui até a galeria escolhendo uma foto onde aparecia eu e a _____ no Japão juntos e coloco como meu novo papel de parede e aperto o botão “home” permanecendo ainda alguns segundos observando o aparelho quando meu telefone tocava com o numero desconhecido novamente.

Eu atendo rapidamente olhando para o agente ao meu lado que fazia algumas anotações e dava algumas ordens a seus comandados a respeito das buscas.

- Alô?

- É o nosso cavaleiro Jedi? (Lê-se Jedai)* Ele riu debochado do outro lado e a voz estava sem efeitos, como da ultima vez. Posso jurar que era o mesmo que me antedeu antes de passar o telefone para a _____.

- Sim, sou eu. Pode falar. Eu quero saber sobre a _____. O agente que estava cuidando do caso ao meu lado me dava palpites do que eu deveria dizer na ligação - E... precisamos falar sobre o dinheiro.

Estava nervoso demais.

- Escuta aqui desgraçado, nada de policia evolvida nessa historia, ta me ouvindo? SAI DAI, SAI DAI AGORA, ESTA ME OUVINDO?

Droga, como eles descobriram? Merda, estão me rastreando?

Kyung pov

Um dos capangas do Lotto havia me ligado dizendo que haviam me dado até sexta-feira para terem o dinheiro em mãos. Eu tinha um maldito prazo até a sexta-feira mas agora eu tinha a solução perfeita para conseguir esse dinheiro. Eu estava falando agora com o riquinho ao telefone e a garota estava no quarto como Sehun a encontrou, devia estar ainda desmaiada e ele havia a colocado em sua cama. Se eu soubesse que essa garota era tão problemática teria pensado em outra coisa para roubar esse dinheiro desse cara.

Agora eu queria apressar as coisas e ter esse dinheiro, quando Sehun aponta pra mim a tela do notebook, onde no programa que mostrava a localização do celular do idol que apontava a delegacia central de Seul.

- Kyung... olha isso aqui.

“Desgraçado, desgraçado!”

- Escuta aqui seu desgraçado, nada de polícia envolvida nessa história! Saia dai agora! Pelo bem da sua garota, eu não quero policiais envolvidos nessa, ta me ouvindo?

- Ok, ok. Eles grampearam meu telefone. Não faça nada com ela por favor.

- Haha, será que sua namoradinha vai ter que pagar por isso também?

- Ei! Não faça nada ouviu? Absolutamente nada a ela ou pode esquecer o seu dinheiro. Eu quero ela intacta, fisicamente e psicologicamente também!

- Então sai, dai sai dai agora seu desgraçado! E não vou mais ligar para seu telefone, tá me ouvindo?! - Traz a garota. Pedi a Sehun, mas obviamente estava blefando.

- Ok, ok, calma. Me de seu numero que eu vou ligar de outro telefone!

- Você é idiota ou o que? “Anda, traz a garota, ouviu o que eu disse?” Insisti. – Você ainda esta ai seu idiota! O que você pensa que não sou capaz de fazer?

- Espera, não! Não a machuque por favor!

Jiyong pov

- Então sai, dai sai dai agora seu desgraçado! E não vou mais ligar para seu telefone, tá me ouvindo?! Ele diz isso em seguida pede para alguém que estava lá com ele: “Traz a garota”

- Ok, ok, calma. Me de seu numero que eu vou ligar de outro telefone!

- Você é idiota ou o que? “Anda, traz a garota, ouviu o que eu disse?” – Você ainda esta ai seu idiota! O que você pensa que não sou capaz de fazer?

- Espera, não! Não a machuque por favor!

Eu sai correndo pra fora da delegacia e impedi dos policiais e o próprio agente que queriam me seguir. Eu estaria surtando com tantos xingamentos que ele já me havia feito se eu não soubesse que ele fazia tudo isso pra me intimidar, e se eu não estivesse realmente intimidado, na verdade eu estava com muito medo do que acontecia com ela. Queria poupa-la de tudo isso e pensar nisso só me deixa mais frustrado comigo mesmo.

- Não vai adiantar. O que você pensa, que eu sou um idiota? O que você esta pensando seu filho da puta?

- O que? Eu já sai, não estou mais na delegacia. Eu fui embora, não pode ver? Não esta me vendo dai?

Dei um tempo e ouvi silencio. Logo ele voltou a falar. Eu tenho quase certeza que este e o maldito ex namorado da Emmi. Será que ele sabe do que aconteceu?

- Ok, assim que eu gosto, Jedi. Agora escuta bem, eu não quero policiais ou a sua namorada estará ferrada! E eu disse que não vou te dar o meu número!

- É, certo. Eu vou te dar outro número. O número de um amigo.

- Não tem policiais ai com você não é?

- Não, eu os impedi de virem atrás de mim.

- Ok, Jedi. Saiba que se seu novo numero estiver grampeado eu terei como descobrir.

Eu passei pra ele o único número que eu tinha em mente no momento, e o único que eu poderia confiar, o do Youngbae.

- Eu liguei pra avisar que mudei o seu prazo... eu quero o dinheiro pra amanha.

- Amanha, por que a troca? Eu quero falar com ela...

- Não pergunta, apenas faça. Não quer ver a sua namorada? Então, apenas faça o que eu disse.

- Eu quero saber se ela esta bem...

Quando ele desligou eu tive que ir correndo procurar o Youngbae, pelo que ele havia me dito já estava em Seul, ele e o Daesung já haviam voltado e eu só teria que avisa-lo disso tudo e esperar a próxima ligação que o maldito sequestrador faria.

E assim como eu imaginei acontece. Eu cheguei na casa do Bae, por sorte ele não estava dormindo, entrei e contei tudo a ele, depois que sai do hospital e recebi a primeira ligação do maldito sequestrador e quando finalmente pude ouvir a voz dela, confirmando que aquilo era um pesadelo real.

- Eu nem posso imaginar como me sentiria se eu estivesse no seu lugar, e em fosse a Hyorin no lugar da _____.

- Eu estou enlouquecendo YoungBae. – desabafei para meu melhor amigo – Eu te juro que estou a ponto de fazer uma besteira. O pior é que eu nem tenho como fazer nada!

Youngbae ficou calado, só me olhava com aquele olhar dele que nem precisava de palavras para entende-lo. Seungri e Seunghyun estariam voltando mais tarde.

Eu precisava de soluções.

- Você precisaria rastreá-los, mas fica difícil se eles já estão rastreando você. Está difícil até usar a ajuda da polícia!

- Eu não vou usar, YoungBae.

- Não se preocupe, eles vão dar um jeito.

- Eu não posso permitir que mais nada aconteça à ela por minha culpa.

- Não foi sua culpa Jiyong...

É claro que eu me culpava, e por isso mesmo eu deveria fazer de tudo para resgata-la.

- Eu preciso rastreá-los, como vou saber se quando eu der o dinheiro eles vão trazer a _____ e se eles...

- Eles não vão fazer nada com ela Jiyong, eles só querem o dinheiro.

- Não sei, não sei mais o que pensar.

Youngbae poderia esta certo mas eu tinha medo, medo de perder a ______, eu sei do que essas pessoas são capazes e principalmente se foi o ex namorado da Emmi. Mas eu tinha um plano na cabeça, pode ser muito ariscado mas eu faço tudo por ela.

- Youngbae, você não conhece alguém que possa rastreá-los?

- Bem, o Daesung conhece alguém que pode fazer isso mas os policiais já estão trabalhado nisso Jiyong

- Eu não posso esperar Youngbae, me sinto um inútil sem fazer nada, liga pro Daesung e pede pra ele vir aqui.

- Tudo bem Jiyong. Suspirou ele. Minha dor de cabeça só estava aumentando, não consigo tirar a ______ da cabeça por um segundo, tenho muitas perguntas na cabeça como ela esta, se ela voltou a passar mal.

~x~

- Ele já esta vindo. Avisou Youngbae depois de alguns minutos que estávamos esperando ate que a campainha da casa do Bae toca.

- Cheguei. Disse o Daesung entrando na sala. – Jiyong como vai a busca?

- Muito lenta. Resmunguei. Mas então, vamos ao assunto.

- Sim, o Younbae me falou pouca coisa pelo telefone mas você quer rastrear o cara que sequestrou a ______?

- Isso, você conhece alguém pelo que o Youngbae disse.

- Sim, conheço e ele é muito bom nessas coisas, já vi ele fazer isso antes. Ele trabalha como detetive.

- Ele ajuda muitas esposas a pegar os maridos que pulam a cerca, é isso? Pergunta Youngbae mesmo ainda sério. 

- Sim, o cara recebe um bom salario com isso, acredita?

- Hm, imagino. Resmunguei. Eu pago o que for necessário se conseguir o que quero.

- Relaxa, ele é meu amigo. Posso ligar para saber se ele esta em casa. Pegou o celular e ligou para pessoa, por sorte ele estava chegando em casa e marcamos de nos encontrarmos todos lá.

~×~

Fazia um tempo que havíamos chegado lá, o cara que se chamava Chung-Ho estava no computador tentando encontrar de quem era o numero que me ligou mais cedo.

- O telefone é ******** (imagine qualquer número)

- Não tem como descobrir a quem pertence?

- Posso tentar entrar no registro da companhia telefônica mas... – ele passa um tempo digitando alguma coisa e logo tem informações – Pertence a Chin Bon-Hwa.

- Você pode puxar a ficha dele? Perguntei ansioso. Será que havíamos encontrado o cara?

- Infelizmente eu não posso entrar nos arquivos da policia..

- Droga.... Agora ele vai ligar pro numero do Bae! Olhei para YoungBae que me olhou de volta e eu expliquei a ele que havia dado seu número ao cara que sequestrou a _______ porque no calor do nervosismo eu acabei dizendo a ele que o meu numero havia sido grampeado. Fiz isso também para ganhar confiança dele mas é claro que ele não ia mais ligar para meu numero.

- Você pode perguntar a policia sobre isso Jiyong. Disse o Youngbae.

- Se for como estou pensando, como eles usam um programa que altera voz no computador como você me disse – o Chung dizia olhomando em minha direção – Ele também deve estar usando o mesmo programa que eu uso. Se for assim... se eu conseguir entrar no pc dele, eu posso ter a localização exata dele e ele não vai descobrir que esta sendo monitorado. Mas apenas se usarmos o mesmo programa.

Daesung, Youngbae e eu nos entreolhamos e em seguida Youngbae tira o celular do bolso para Chung conecta-lo ao computador quando ele começa a tocar, numero desconhecido. Eram eles!

- São eles! Meu coração acelera e rapidamente Chung conecta o telefone de Youngbae e ele me da seu fone bluetooth para que eu possa atender a chamada.

- Alo? Sou eu. GD.

- Onde esta, Jedi? – Maldito insistia com esses apelidos.

- Eu estou na casa de um amigo, o dono do numero. Ele é do Bigbang e não é um policial.

- Hm... estou vendo que não está na delegacia... – Ótimo. Isso quer dizer que ele estava conectado a um computador, o Chung disse que seria necessário.

- É, eu estou sendo sincero com você, espero que isso possa ser recíproco.

- É claro Jedi, mas vamos falar do que interessa. E o dinheiro?

Enquanto nos falávamos o Chung procurava rastrear a localização através da rede do computador deles.

- Escuta, eu vou levar eu mesmo ai. Sem polícias, apenas eu, o dinheiro, e meu amigo Youngbae vai dirigindo pra mim. Chegando ai eu so quero encontrar você e a ________. E eu já vou avisando que se fizerem algo com ela não terão o dinheiro!

- Hm... eu não quero amigo nenhum seu. É apenas você, eu, a grana e a garota!

Suspirei.

- Ok, ok! Ele só vai dirigir comigo até o local que você indicar eu vou até vocês sozinho.

ele riu. ok.

- Ok. É claro. Mas só tenho mais algo a exigir, é que eu quero a quantia em ouro! E não se preocupe, não fizemos nada com ela. A garota esta intacta.

- Não tratem ela mal seus infelizes ou...

- Vou dar o endereço a você amanha de manha. Esteja atento ao telefone.

- Posso saber o seu nome? – Queria saber se era mesmo aquele nome que havia descoberto.

- Não é necessário, não vamos nos casar Jedi.

- Apenas um código pra quando nos encontrarmos. Eu não sei como eu não havia perdido ainda a paciência com o imbecil. Tudo pela ______.

- Você vai saber quando nos encontrarmos. Ok, me chame de “o lado negro da força” hehe.

O infeliz além de ficar tirando uma com a minha cara o tempo todo desligou.

- E agora ele queria o dinheiro em barras de ouro.

- O que? Pergunta o Bae.

Nessa hora o Chung-ho quase da um salto da cadeira e começa a sorrir balançado a cabeça para mim. Meu coração salta e quase não aguento a ansiedade. Daesung e Bae se aproximam dele e pelo jeito ele havia conseguido.

Havíamos conseguido!

Youngbae da uns tapas em minhas costas e eles comemoram o êxito enquanto eu queria logo saber onde era que haviam levado a minha ______.

- O local onde indica a rede deles é na província de Gangwon, em Sokcho. Bem numa estrada velha e deserta que quase não é mais utilizada, apenas por trabalhadores rurais da área.

- Nossa, é perto. Dizia o Dae me olhando.

Minha vontade era de resgata-la agora, meu coração havia se alegrado demais. Esse pesadelo devia passar logo. Eu rezava para a _______ estar sã e salva logo, ao meu lado.

Passava as mãos pelo cabelo pensando no que eu iria fazer. Esses dias estavam sendo mais tensos que os próprios dias da preparação para o comeback, que acabou sendo adiado. Eu preferia dez turnês MADE a estar passando por isso nesse momento. Yang já estava ligando em meu celular, mas felizmente dessa vez era pra saber como eu estava e se a polícia tinha respostas.

- Sim Yang, já estamos quase localizando ela... – vou ate a porta do local me afastando um pouco dos outros e falando com Yang. Eu não ia entrar em detalhes com ele mas eu sabia que o Yang não ia falar com a policia sobre nada se eu estava lhe dizendo que estava quase resolvendo o caso.

Eu pensei em ir na delegacia e pesquisar o nome do dono do celular e acabamos indo lá ao sairmos da casa do Chung e então descobrindo que o celular pertencia a um cidadão comum, o cara não tinha ficha na policia mas tinha prestado uma ocorrência, exatamente sobre seu celular que havia sido roubado há dois anos trás, perto de uma reabilitação, pelo que consta na descrição dos registros.

- Um.... como saberemos quem foi que roubou o celular?

Pegamos o endereço do centro de reabilitação indo ate o local. Chegando lá pedimos para falar com a direção do local e buscar alguma informação de dois anos atrás.

- Ha dois anos atrás. Esse telefone foi roubado por alguém que fugiu desse lugar. Você saberia nos dar informação se há alguém que fugiu daqui exatamente nessa época? Pedi para o diretor, que antes de me dar a informação que eu queria veio nos dando uma gama de informações sobre a casa de reabilitação, os problemas das pessoas que se abrigavam ali, - como se não soubessem. Bem, eu era coreano afinal, eu conhecia os problemas do meu pais.

- Infelizmente senhor, não podemos dar informação sobre nossos acolhidos aqui.

- A não ser que tenhamos uma ordem não é? Diz Youngbae e eu coloco o documento que tínhamos sobre a mesa, assim ele não teve como negar e acabou procurando nos registros.

- Há dois anos atrás, apenas dois de nossos acolhidos que não estão mais conosco hoje, fugiram. E as datas batem com o que vocês estão perguntando.

- Cadê os nomes?

- Lia Young e Oh Sehun.

- Oh Sehun. Era o único suspeito por ser homem. Mas ainda havia outro cara na historia, isso tudo estava muito confuso. O diretor do abrigo havia dito que ele era de 1995. Não devia ser ele o ex da Emmi. Eu o vi naquele dia e ele aparentava ter mais que apenas vinte e dois anos. Droga, isso não ajudou em muita coisa. Acabamos indo embora, fomos todos pra minha casa.

Voce pov

Eu acordo sentindo uma sensação estranha entre minhas pernas. Acho que eu havia desmaiado e quando eu vejo estava em lugar totalmente diferente. Eu estava deitada em uma cama macia, tentei me levantar mas me sentia fraca e minha cabeça rodou e doeu, logo a porta é aberta, devia ser mais uma vez aquele cara, deve ter sido ele quem me pôs aqui. Minha cabeça doía, eu também devia estar com febre e minha vontade agora era chorar. Eu estava com medo das coisas que estava sentindo no meu corpo, eu precisava ir ao banheiro.

- Meu amigo me deixou trocar você de quarto. – Ele se aproxima ligando a luz e senta na beira da cama e eu acabo me encolhendo um pouco – aqui não tem tanto cheiro de mofo como naquele outro local. Você havia desmaiado. Seu namorado precisa acertar logo as coisas conosco para podermos te devolver.

Nessa hora eu não aguento mais conter o choro e sinto uma lagrima grossa e quente escorrer pelo lado esquerdo do meu rosto e em seguida acontece o mesmo do lado direito.

- Você se sente como? Ele estende a mão para checar minha temperatura e eu me sinto estranha a seu toque. Por que ele cuida de mim se esta me fazendo tanto mal?

Eu apenas balanço a cabeça devagar, eu não queria falar. Fechei os olhos com força tentado não chorar mais e acho que ele entendeu pois se levantou e disse que me deixaria descansar sozinha.

- Você esta com febre de novo, eu volto com remédios pra você.

- Eu não quero remédios... – sussurrei me sentindo fraca – por que não me deixa ir embora?

Ele parou por uns instantes na porta.

- Eu sei que pode parecer idiota da minha parte, e gostaria que você não dissesse nada ao... você sabe. - Ele se referia ao outro cara, que pelo jeito devia ser quem o comandava. Eu... bem, eu digo quando voltar, vou ver se ainda tem remédio pra febre e pra dor. Vou trancar a porta mas qualquer coisa você bate nela ou grita pra me chamar. Ah, e pode tomar um banho também se quiser no banheiro, mas não diga nada que eu te disse isso. Ele sussurrava a ultima parte saindo e trancado o quarto.

Mas eu me sentia mal, muito mal mesmo. Fiz um esforço me levantando, minhas pernas tremiam. Quando me levanto e olho pra o local onde eu estava deitada na cama, vejo o lugar sujo de sangue. Mas não era pouco, senti minha alma quase deixar o meu corpo. Me desesperei indo rápido ate o banheiro me apoiando pelas paredes. Encontrei minha calcinha encharcada de pedaços de sangue coagulado e eu fiquei estática, o que estava acontecendo comigo? Minha menstruação havia ido embora a pouco tempo. Algumas coisas passam pela minha mente como um flash, sintomas que eu havia passado assim como meu recente ganho de peso, isso não poderia ser o que eu estava pensando. Estava com medo, muito medo de pensar no que poderia ser isso. Sentia minhas forças desfalecerem de novo.