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História I Hate You - Imagine G-Dragon - Eu vou cuidar de você


Escrita por: KYB e theBL

Notas do Autor


Finalmente chegou o capitulo que vai esclarecer um pouco do que aconteceu à _______.

Capítulo 33 - Eu vou cuidar de você


Fanfic / Fanfiction I Hate You - Imagine G-Dragon - Eu vou cuidar de você


- Quero saber se uma pessoa está hospedada aqui nesse mesmo hospital que eu.

- Isso só é possível na recepção senhor. Disse a enfermeira e me levantei. Ela tentou impedir-me mandando que eu voltasse e me deitar onde era o “meu lugar”.

- Eu vou até a recepção. Sai sem me importar com mais nada mas quando olho pra porta, recuo no mesmo momento quando vejo que através da mesma estavam vários fotógrafos e pessoas fazendo um aglomerado e alguns guardas do hospital estavam tentando afastar toda aquela gente. Percebi que eu não poderia ir livremente ate a recepção como “um paciente normal” e tive que voltar para o quarto se quisesse evitar exposição da minha figura. Não que eu estivesse me importando tanto com isso mas era pela _____ que eu mantinha algum cuidado.

Droga! Voltei caminhando lentamente até o quarto e chamei alguém novamente por aquele botãozinho, no mínimo intrigante, quando enfim a mesma enfermeira volta.

- Eu preciso que a senhora vá à recepção por favor e me diga se _____ _____ está aqui. Por favor. (nome e sobrenome)

- Eu não sou a pessoa certa para lhe dizer isso senhor.

- Então por favor, pode ir buscar quem possa me informar? E claro que pode, sabe quem está falando com a senhora neste momento?

Eu estava nervoso. Ainda não havia visto a _____ desde que tudo aquilo aconteceu. Eu iria ve-la agora mesmo custe o que custar. Só precisava disso para convencer a minha mente de que tudo havia acabado e em breve as coisas ficariam melhores e voltariam a paz e calma de antes.

- Ou eu a vejo agora nesse momento ou eu vou sair desse quarto e fazer um escândalo lá fora.

Não demorou muito para ela voltar com a informação que eu queria. A _____ havia sim dado entrada nesse hospital, e mais nenhuma informação.

Vejo Youngbae na porta e ele vem ate mim, olhando dos lados para assegurar que não haveria ninguém. Ele sussurra quando alcança a cama onde estou sentado.

- Horário de visitas só amanhã. Ele me informa, indicando que só amanhã poderiam vir me ver.

- E a _____? Me diz noticia dela.

- Não sei, ela foi ser atendida pela equipe medica.

- Como assim você não sabe? Esta escondendo algo de mim Youngbae? Ela corre risco de vida? Eu o olhava furioso. Se eu dissesse que estava segurando o choro não estaria mentindo.

- Clama Jiyong. Olha, todo o hospital esta em tensão. A mídia esta lá fora, nos nem podemos ficar em paz na ala de espera. Você viu a tv? “Artistas da Yg foram vistos no hospital central, ao que parece aconteceu algo ao líder do BigBang.

- Foda-se, foda-se. Estou pouco me fodendo pra imprensa, Youngbae!

- Eu se, eu sei Jiyong. Escuta, ta legal. O medico que atendeu ela quando ela deu entrada, chamou o responsável e como você estava sendo examinado também, ele falou apenas com a Suhee e depois disso eu não vi mais as meninas, porém fiquei sabendo pelo Seungri que elas disseram a ele que a ______ esta sendo submetida a exames agora.

- Ainda?

Não entendi direito. Mas se ela estivesse correndo risco todos estariam sabendo não é mesmo? Nesse momento entra uma enfermeira no quarto e logo avista Youngbae.

- Senhor, o horário de visitas e só amanhã.

- Eu sei, eu sei. Disse Bae se retirando não sem antes me lançar aquele olhar que tentava me tranquilizar.

- Tente ve-la, saber noticias sobre ela, alguma coisa por favor. Pedi antes que ele saísse e me virei para a enfermeira que agora já era outra.

- Eu quero falar com meu médico. Que diabos ele esta fazendo que eu ainda não o vi?

- Ok senhor, eu vou chama-lo. Ela disse pacientemente como se já esperasse por essa atitude minha e assim ela fez.

Meu medico chegou e passou recomendações para mim, justificando-se dizendo que haviam chegado mais emergências e ele teve que atender. Eu teria alta amanhã, mas ok, não era o que eu queria saber agora.

- Eu quero saber o seguinte doutor. Eu tenho uma namorada e ela foi interna nesse mesmo hospital que eu e tudo o que eu quero é informações sobre como ela esta. E como único responsável por ela aqui, sendo que ela é estrangeira eu estou tentando há horas e ninguém me conta nada como se eu fosse um sem direitos, nem nada. Estou a ponto de explodir!

- Calma senhor Kwon. Aqui o senhor é nosso paciente e estamos tentando tratá-lo da melhor forma, como tratamos a todos os nossos outros pacientes. Mas sobre a sua namorada, a senhorita ______? É isso?

- Sim, é ela mesma. E eu exijo sigilo quanto a essas informações também.

- Claro senhor, pode ter certeza que de minha parte assim será. Eu já estava vindo mesmo aqui falar que o senhor poderá ve-la no horário de visitas amanhã. Ela ainda estava sendo encaminhada antes de eu vir pra cá, para mais alguns exames.

- Como assim? Ela está mal?

- Eu não sou o medico dela então não posso lhe dar essa informação.

- Beleza. Eu preciso do medico dela então.

É claro que eu sai do quarto depois que o médico inútil deixou o mesmo e passei a perambular pelo hospital sem saber onde ir exatamente. Com roupa de paciente não ajudava muito, duas vezes me mandaram de volta para meu leito mas como bom insistente que sou não desisti.

Com cautela, claro.

Ainda haviam fotógrafos do lado de fora o que me faz pensar se aquelas malditos não dormem. Já passavam das onze da noite. Youngbae devia ter ido embora e os meninos também pois só poderiam me ver amanhã. Fui até a área onde Bae me disse que haviam ficado para fugir das câmeras, era uma área ao redor da capela do hospital. Mas ao contrario do que pensei eu vi as meninas ao longe, as nossas dançarinas amigas da _____. Fui em direção a elas, correndo tanto quanto minha perna ferida me permitia.

Quando elas me viram foi como se estivessem visto um fantasma.

- Jiyong-ssi? Disse assustada a ruivinha. Oh meu Deus, você esta aqui. - Não sei se ela se referiu ao hospital ou a estar fora do meu quarto. Vi a Suhee me olhar em seguida desviar o olhar.

- Jiyong- ssi, como é que se sente? Pergunta a Mi Chae e eu não achei a palavra certa para responde-la. Olhei para a Suhee e perguntei

- Como esta a _____? Quero saber e ninguém aqui nesse hospital é eficaz em me da uma informação decente, acredita?

- Isso é porque é uma situação delicada, Jiyong. Disse a Mi Chae.

- Ela foi submetida a diversos exames Kwon- ssi. Ela deve ter sido levada agora mesmo para o quarto mas não podemos entrar, ela está em repouso.

- Ela passou por muita coisa ruim. Disse a Suhee olhando em meus olhos.

É eu sabia disso e eu me culpava internamente por isso por dentro. E machucava. Muito. Eu ignorava bem os meus sentimentos mais obscuros.

O rosto delas eram de choro e preocupação. É compreensível mas eu sei que ela tinha a informação.

- Suhee... quero que me diga como ela está, sei que você sabe e não pode me negar isso.

- É claro Jiyong. Você tem todo o direito de saber, mas não deveria ser o médico a fazer isso?

- Sem mais, por favor. Eu não sei se vou encontrar o médico dela agora e é provável que me mandem de volta pro quarto se eu voltar pra aquele corredor de novo.

- Se os médicos te descobrirem aqui...

Apesar de perceber certo receio em seu olhar ela me levou pro canto mais reservado onde haviam uns bancos de concreto, para conversarmos sobre a ________.

- Acho melhor você se sentar ai. Disse ela sentando também e eu fiquei apreensivo. As outras meninas ficaram de longe. Era com o se, esse tempo todo, estivessem escondendo algo de mim. Com certeza algo de ruim.

Então ela começou, a _______ havia chegado ao hospital desacordada, com muita febre. Foi submetida a exames e foi constatado que ela... estava grávida!

O que?? O que está me dizendo é... tem certeza?

Eles não tem certeza de quanto tempo, precisariam falar com ela pra saber isso. Mas o fato é que ela não sabia disso.

Meus batimentos estavam alterados, eu não sabia como receber aquela notícia. Surpreso era pouco pra descrever como comecei a me sentir naquele momento, porém para uma notícia de gravidez a cara dela não era das melhores.

As roupas dela estavam sujas quando chegou. De início pensaram que ela havia sido...

Não, eu mataria um milhão de vezes se alguém houvesse feito isso com ela.

Mas fizeram exames e foi descoberto que ela sofreu um aborto espontâneo e foi enquanto esteve cativa, durante o sequestro.

Eu não queria acreditar em cada palavra que a Suhee dizia, era como sofrer cada coisa que a ______ havia passado esses dias. Eu senti o sangue fugindo de meu corpo, como um formigamento em minhas têmporas e pernas. Era essa a sensação de perder o chão, talvez.

Minha namorada estava grávida.

Grávida de um filho meu.

Meus olhos arderam e encheram de lágrimas. Desviei olhar, voltando os olhos para o céu estrelado do local. O ar faltou no momento em que os busquei ela plenos pulmões.

- Ela foi submetida a uma curetagem, para a limpeza. Por isso a febre. Se ela tivesse demorado um pouco mais talvez ela tivesse complicações.

Não quis mais ouvir uma palavra que a Suhee tinha para me dizer. Simplesmente me levantei sem saber para onde nem ter como correr. Balançava a cabeça com a brisa e não segurei mais minhas lágrimas. Percebi os olhares das outras voltarem-se para mim no momento. Era como se todos ali presentes me olhassem e eu me sentia vulnerável. Como nunca me senti antes em minha vida.

Acho que alguma delas tentou falar comigo, eu não me lembro dessa parte direito, a partir dai foi como se tudo ficasse nublado na minha mente. Eu realmente faço esforço mas não me lembro mais do que flashes que se passam como um filme. Um filme muito ruim que desejei que não estivesse acontecendo conosco.

Me afastei um pouco delas, eu não podia ir muito longe. Encontrei outro banco onde me sentei, abaixando a cabeça entre as pernas e fiquei ali, não sei por quanto tempo, talvez umas duas horas. Por sorte nenhuma delas vieram atrapalhar o silêncio barulhento que era a minha mente naquele momento. Eu caia de um precipício e do outro lado estava a ______ precisando da minha força e da minha ajuda.

Tudo era minha culpa.

Eu não tinha mais a mesma certeza e confiança de querer vê-la de quando cheguei ali.

Eu não sei o que pensar, apenas me deixem aqui.

Eu não dormi mais uma noite. A noite demorou uma eternidade para passar, eu também não me lembro muito de como passei ela. Só sei que quando amanheceu e chegou a hora de meu médico vir me dar alta eu não queria ir embora do hospital.

- Você receberá alta à tarde, senhor Kwon. Depois do horário de visitas.

Levantei, indo até o banheiro do hospital, tomei um banho e liguei para Youngbae, para que quando ele viesse mais tarde aqui trouxesse uma roupa para que eu pudesse me trocar e finalmente tirar essa bata. Me troquei pondo outro lindo modelito listrado verde-água. Me olhei no pequeno espelho do local e parei um pouco no tempo fitando minha figura ali, refletida naquele espelho. Meus olhos doíam um pouco desde cedo, eu apertava- os com força para saber a origem daquela dor repentina e resolvi observar mais de perto na superfície espelhada, enfim vendo um ponto avermelhado bem ali no canto do olho esquerdo. Alguns vasinhos se romperam provavelmente devido àquela tensão toda.

Levei a mão à testa, saindo dali em seguida.

Enfim chega a tarde, depois do almoço que engoli algumas colheradas sem nenhum gosto em faze-lo. Vejo Youngbae cruzar a porta do refeitório com suas sacolas.

Me levanto e já trocado com outras roupas e entro com ele no quarto, espero até dar a hora em que seria a minha vez, pois fiquei sabendo que as meninas haviam entrado no quarto da _____ e estavam visitando ela. Eu só não entrei primeiro porque ter ido trocar de roupa. A ansiedade me consumia quando eu finalmente adentrei aquela porta branca, sentindo a diferença no ar da sala e fitando sua figura frágil ali deitada, de olho fechados. Com o coração na mão me aproximei dela, como se temesse tocar seu corpo. Eu estava sentindo chegar o choro quando ela abrir os olhos e então nossos olhares se encontram. Sua testa franziu e no mesmo momento nada mais importava para nós dois. Ela ergueu o corpo devagar e eu impulsivamente a abracei, apertei-a de leve contra meu corpo. Eu já ouvia seu choro e sentia seus dedos a apertar minha camisa com força.

Nosso reencontro depois do pesadelo. Ontem eu não sabia se estava apto para esse momento mas hoje logo tudo mudou. Eu não sabia o que dizer, então ficamos calados naquele momento, durante muito tempo nos abraçando. Eu soltava o ar como um bebê chorando contra seus ombros e ouvia seus pequenos soluços que me partiam por completo. Segurei mais firme em seus ombros quando nos separei e olhei brevemente em seus olhos. Tristes. Não sei, mas instintivamente uni meus lábios aos dela, num selar tão esperado quanto desesperado, com o gosto de nossas lágrimas.

- Acabou... – sussurrei – acabou meu amor.

Ela chorou ainda mais depois de eu fazer ouvida a minha voz.

- O pesadelo acabou, shiiii... tentei acalma-la mas ela maneava a cabeça. Eu sabia que ela queria me dizer coisas, coisas que eu não estava pronto para encarar agora.

- Não fala nada meu amor. Apenas me deixe cuidar de você agora.

Em certo momento alguém bate na porta e se apresenta como assistente social e psicóloga do hospital. Entendi que ela havia sido mandada para uma conversa com a ________.

- Desculpe, estou interrompendo?

- Não, pode entrar. Acho que já acabou o horário de visitas. Eu nem vi, a hora passou tão rápido e teria que me separar dela, depois de tanto tempo ficarmos separados, ainda bem que logo mais quando eu recebesse alta ia até a recepção pedir pra ficar aqui como acompanhante dela.

- Bem, esse pode ser meu favorzinho em troca de atrapalhar vocês agora. Disse a doutora insinuando que me deixaria estar presente à visita que ela fazia à ______ naquele momento.

- Eu me chamo Lee Hi. Sou assistente social e psicóloga do hospital. Nós vamos ter alguns encontros, senhorita ______. Ela sorriu pra minha namorada que permanecia quieta. Me partia o coração ve-la assim.

- Fui informada que serão os dois juntos, não é mesmo?

- Sim. Somos namorados.

- Ok, senhor... Kwon Jiyong, não é? Ela olhou na pasta.

- Isso...

- Pois bem, com licença. Ela se senta em uma poltrona que havia perto da cama da _______. Eu estava sentado na beirada de sua cama, apenas me ajeitei na mesma, sem saber se deveria procurar outro lugar para sentar.

- Não seria hoje o dia que iríamos começar com as visitas mas eu vim aqui para primeiro conhecê-la, certo? Ela sorriu novamente. Parecia muito simpática essa doutora Lee, mas sorriso era o que não tínhamos muita vontade de retribuir no momento.

Ficávamos calados e deixando ela falar. Ela continuou explicando sobre a _____ ter passado por um momento muito difícil e tenso, juntamente comigo e a carga e tensão emocional dos pacientes como ela seria necessário passar por terapia.

- Preciso que você passe um tempo fazendo, se não for comigo tudo bem mas você precisa...

- Ela já estava se tratando com um psicólogo. Inclusive tomava remédios pra depressão. Expliquei e olhei pra a ________. Nesse momento também levei minha mão até a dela, entrelaçando nossos dedos, passando força para minha pequena Mine. Eu sei que agora seríamos eu e ela, precisaríamos um do outro pra passar por isso.

- Então agora você não deve deixar de tomar os remédios e continue visitando seu médico. Durante o tempo em que eu estiver aqui no hospital eu serei sua terapeuta, mas depois que sair daqui pode seguir com suas consultas normalmente.

- Ok, doutora. Eu posso participar de todas ela não é? Eu respondia a todas as perguntas e falava com a médica em vez da _____.

- Sim. Ela me olhou séria. - Nesse momento sua presença será de extrema importância para a senhorita ______.

Ela voltou o olhar para _____ e lhe perguntou.

- Tem algo que queira falar?

A ______ não disse nada, eu apenas vi seus olhos se encherem de lágrimas e ela levou as mãos a boca tentando conter o choro que vinha. Eu a abracei e a doutora balançou a cabeça em minha direção como se dissesse que eu deveria consola-la.

- Tudo bem, nesses momentos é difícil falar. Bem, se vocês quiserem a nossa visita pode ficar por aqui, amanhã será nosso encontro oficial.

- Okay doutora, ficamos combinados então.

Eu continuava abraçando a ______ que chorava em meu ombro e a doutora saiu um pouco comovida com a situação mas acredito que ela já tenha passado por muitos casos assim no hospital.

Quando uma enfermeira entrou na sala, ela quis me tirar de lá e viu o estado emocional em que a ______ estava então foi providenciar um calmante via intra-venosa para ela. Eu tive que sair quando vi que ela ficaria mais calma pois o remédio lhe daria um pouco de sono. Fui correndo cuidar de recolher minhas poucas coisas e ir até a recepção. Eu não podia mais dormir aqui essa noite como paciente pois havia recebido alta mas também não iria pra casa. E foi assim que fiz. Vi que a Yumi estava escrita como acompanhante dela mas me disseram que poderiam ser até duas pessoas. Eu falaria com a Yumi e diria a ela que passaria essa noite no hospital com a ______ como acompanhante.

Youngbae, Seungri e Daesung vieram quando souberam que eu havia recebido alta e mas estaria no hospital ainda. A Yumi e a Mi Chae também estavam ali mas depois foram embora quando eu avisei que estaria com a _____ hoje.

Fiquei conversando com os garotos um pouco por ali até chegar a noitinha. Falávamos sobre o momento do resgate, Youngbae falava mais que eu, deixei os detalhes para ele explicar aos outros enquanto as perguntas ficavam por parte do Daesung e Seungri. Eu nem sei se o Youngbae sabia do que havia acontecido por completo a ela, ou qualquer um deles ali sabiam. Contei a eles e a reação foi de surpresa e choque como esperado de uma notícia desse porte.

- Cara que, nojentos!

- Nem me fale, sinceramente eu me arrependi de não o ter matado...

- Jiyong... – Não sei se Youngbae entendeu que eu não disse aquilo brincando. Eu não queria pensar no que seria capaz se visse o maldito responsável por isso de novo em minha frente. Eu juro que sairia do meu juízo perfeito.

Mais tarde quando voltei para o quarto ela estava acordada e parecia um pouco melhor.

Me aproximei de sua cama afastando uma mecha de seu cabelo com ternura. Seus olhos demonstravam o vestígio do cansaço dos últimos dias. Eu tinha tantas perguntas que queria fazer a ela. A haviam machucado? Como foi que tudo aconteceu, como ela se sentiu... Eu sei que a polícia ia querer que ela deposse a respeito do sequestro mas ela não havia podido agora por causa das circunstâncias em que ela chegou ao hospital, mas em breve ela faria isso, e eu ia querer estar ao seu lado.

Ficava parado às vezes a olhando, pensando se falar sobre isso agora a faria mal.

- Eu vou ficar com você meu amor, de hoje em diante. Recebi alta e sou seu acompanhante agora.

Minha perna doía pouco e eu andava meio mancando, além dos machucados e roxos que eram aparentes em meu rosto, mas isso era o de menos.

- Será que eu... - Pedi a ela para que me desse um espaço para deitar com ela na cama. A essa hora o hospital ficava quase deserto. Ela havia ficado em um quarto sozinha por sorte. Quer dizer, havia uma cama ao lado mas estava sem paciente e eu preferia estar mais perto. O mais perto dela que eu pudesse. Me deitei e trouxe sua cabeça apoiando-a em mim. Ficamos um tempo assim, enquanto eu passava meus dedos por seus braços a acariciando sua pele macia.

- Perdi um filho. Uma criança sua, Jiyong.

Ela me desperta de meus pensamentos. - Oh, meu amor...

Sua voz foi baixa e triste. Quando eu cheguei ali não imaginava quando teríamos essa conversa.

- O que você pensa sobre isso? Ela me perguntou. - O que você pensaria se soubesse que eu ia ter um filho?

Nessa hora eu realmente parei um pouco e pensei. Talvez mais do que eu imaginei um dia, essa notícia havia me abalado. Eu não sabia o que sentir na hora que soube pela Suhee.

- Eu adoraria ter esse filho, com você. Era um filho seu e meu... Pensei um pouco alto demais. Precisávamos falar sobre isso. Ela abaixou o olhar para a própria barriga e tocou ali.

- Mas agora não tenho mais.

Retirei suas mãos de seu ventre apertando- as nas minhas próprias mãos.

- Eu sei, eu sei. Nós ainda... termos tempo. Um dia, quem sabe, poderíamos tentar. Poderíamos tentar de novo, quem sabe.

Nós nunca havíamos “tentado”. Eu só não soube o que deveria dizer para consola-la no momento. O que fazer quando eu também não entendia meus próprios sentimentos?

- Eu... queria ir embora daqui, não sei.

- Você vai passar alguns dias aqui, internada, e eu vou estar todos os dias que estiver, com você, está bem? Vou te levar pra casa depois e tudo vai ficar bem, tudo vai voltar a ser como era, você vai ver.




Voce pov


A partir daquele momento que o medico havia saído da sala não podia acreditar no que escutei. A verdade era a que eu não queria acreditar mas no fundo eu sabia. Sabia que algo de mais sério havia acontecido comigo quando estava cativa ali por aqueles dois sequestradores e a palavras do médico veiram para confirmar aquele pesadelo.

Eu não sentia mais nada além de dor. Uma dor grande por dentro. Era como se eu estivesse em outro mundo a partir daquele momento, apenas as lagrimas caiam e eu já não escondia os soluços. As palavras do médico gritavam e minha mente.

Não conseguia ter nenhuma reação diferente quando as meninas entraram na sala. Elas apenas me abraçaram pois sabiam que eu estaria precisando disso agora.

- Jiyong esta lá fora, vai entrar depois de nos. Disse a Suhee depois de um pequeno tempo. Eu apenas assenti de leve com a cabeça mas por dentro eu senti a agitação. Eu iria ver ele de novo, finalmente depois de tudo o que passamos, não sabia como agir. Eu queria ve-lo, eu queria desesperadamente , mas ao mesmo tempo eu tinha um sentimento de medo com nervosismo que não podia explicar. Talvez eu nem conseguisse falar com ele direito, expressar tudo que eu queria em palavras.

- Como me dói pensar em tudo que você passou. Yumi disse secando lágrimas suas.

Quando as garotas saíram da sala apenas fechei meus olhos e respirei fundo imaginando a hora que Jiyong entraria pela aquela porta.

Minha reação foi apenas abraça-lo e chorar. Depois de um tempo junto a ele em meu leito – o abraço dele que conseguiu me passar um pouco de força – eu consegui falar alguma coisa, mas ainda havia muita coisa presa na minha garganta e eu queria evitar a dor. Seu calor me transmitiu cuidado e eu precisava disso agora, precisava dele, do cuidado dele e de sua presença. Ao menos isso eu podia ter.

Tudo vai voltar a ser como era, - ele me dizia. Eu esperava por esse dia mas eu não podia vê-lo em minha mente, parecia um pouco distante.


Notas Finais


O que muitos temiam foi real
;-;
Espero que a ____ melhore logo.

Deem uma olhada na nova fic da theBL em parceira com a KYB (ou seja nos de novo)
https://spiritfanfics.com/historia/beautiful-8066099

obrigada e ate a próxima.


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