História I Hate You - Imagine G-Dragon - The final act.

Você pov

Era hoje. O concerto final em Seul, Bigbang 0 to 10, The final act.

Ao invés de nervosos, os meninos brincavam pelo camarim, Daesung fazia piadas com as dançarinas, inclusive eu ouvia e dava risadas. Ele era uma pessoa linda. Me admira ele estar solteiro, quer dizer, isso é o que eu acho, eu não conheço tanto a vida pessoal deles para responder assim sobre isso.

Youngbae conversava animadamente com o produtor e depois estava aquecendo a voz num canto qualquer enquanto Top estava sentado no sofá ao lado. Hyorin ja devia estar na área vip para prestigiar o show, torcendo por ele e por todos nós. 

Seungri eu não o havia visto desde que ele havia saido para atender o telefone, ele estava tratando de negócios, segundo palavras dele e G-Dragon, aka Jiyong, meu noivo praticava bullying com o mais novo, só para não perder o costume.

- Seungri, o Top disse que você não entende de negócios. E melhor ficar com a memória do que foi no Bigbang para contar a seus filhos – se um dia você os tiver.

- Pra mim ele vai dar um ótimo tiozão do ramem. – Disse Daesung quando eu fui chamada pelo coreógrafo chefe para o nosso camarim. Já íamos entrar, assim que o BigBang estivesse no palco.

Jiyong me chamou para um beijinho de boa sorte antes do show, como era costume seu fazer isso, e só então eu fui.

Apesar do clima alegre, eu sabia da áurea meio melancólica e de nostalgia antecipada que seria dona daquele lugar naquela noite.

O BigBang completara dez anos, o que ninguém queria que acontecesse, um dia aconteceria. E esse dia estava mais perto do que gostaríamos que estivesse.

As promoções diminuiriam, os shows dariam uma parada, os meninos estavam se alistando muito em breve e eu sei como Jiyong estava.

No fundo, por mais que ele tentasse disfarçar, ele estava emotivo e ele se sentia nostálgico só de lembrar do começo, e num possível quase fim.

Trabalhadores normais se aposentam um dia. Eles não eram trabalhadores normais, mas um possível próximo hiatus estava chegando. Jiyong estava até mais magro esses dias, eu percebia isso.

Eu também chorei ao ouvir a canção que ele compôs para as fãs. Ouvir os meninos reunidos em uma sala e discutir sobre isso também foi uma experiência única. Eles planejando o futuro e suposições do tipo, quando voltassem do hiatus. Será que seu público os esperaria?

Quando Jiyong e eu estivéssemos já casados, Youngbae com um casal de filhos andando pelo corredor e querendo entrar no palco, como seria? Eu não aguentava esses meninos. Eles haviam se tornado uma parte bem especial da minha vida.

Memórias em um telão, em forma de vídeos e fotografias, para que todo o público pudesse assistir e se emocionar juntos.

Eu adorei prestigiar cada um daqueles momentos. Ver Jiyong de topete e cabelo loiro, apesar de hoje ele estar bem diferente do que eu costumava ver, eu me sentia privilegiada de estar participando disso tudo agora.

Vi Jiyong não segurar as lágrimas no palco e ir ao chão, Seungri tentar carrega-lo nas costas enquanto Daesung tentava me puxar até ele, e claro que eu não fui. Jiyong precisava do seu momento com seu público, suas fãs e eu sabia respeitar isso.

No final de tudo, com a roupa molhada e o coração querendo mais, ele me abraçou quando estávamos no camarim novamente. O rapaz de cabelos verdes neon e molhados de suor, encostado à porta, balançava uma espécie de bilhetes nas mãos e olhava para mim, me convidando a me aproximar.

- O que e que você tem ai? Meu Deus, eu ainda não consegui me acostumar com seu cabelo. – ei disse e levei às mãos à boca o fitando. Jiyong ficava incrivelmente bonito até com uma cor de papagaio na cabeça.

- Quer saber mesmo? E o nosso primeiro presente de casamento.

- Omo! Como assim? – perguntei e Jiyong sorriu.

- Lua de mel na Tailandia, o que acha? Esta bom pra você, ou tem um lugar especial que gostaria de ir?

Ual, nossa. Alguém me segura, Jiyong me segura porque não estou bem.

- É perfeito. Quem te deu isso, e quando?

- Uma pergunta por vez. Estou acabado hoje. Vou precisar de uma coisa quando chegarmos em casa, e é um bom banho, rápido e refrescante em seguida me deitar ao seu lado, ou melhor agarrados, ok? E debaixo do nosso edredom, bem quentinho, o ar ligado...

- Ji, não fala isso. Me agarrei a ele ali mesmo sentindo meus pés doloridos relaxarem só de ouvir aquelas palavras.

- Papa Yang nos presenteou.

- Ual, agora estou surpresa de verdade.

Já no corredor, nos encontramos com alguns do pessoal da equipe. Vi as meninas de longe e fui até elas enquanto via a comida que haviam encomendado chegar juntamente com as bebidas que já eram abertas e espalhadas entre as pessoas do ambiente.

Jiyong estava um pouco estranho e em nossa volta pra casa eu percebi ainda mais isso. Estávamos saindo da van, quando entramos no estacionamento da YG, e ele e eu entramos em seu carro para dirigir até em casa.

- Aconteceu alguma coisa, ou... – por um momento achei que fosse por conta do fim do concerto, ainda aquela aurea de melancolia. Jiyong estava tenso mas ele não podia esconder as coisas de bem tão bem agora. Eu já conhecia cada expressão, seus ombros tensos na direção, seus olhos prestes a falarem sozinhos comigo.

- Espera pelo menos chegarmos em casa. Ele me olhou por um momento e voltou à fitar a pista forçando um sorriso no canto dos lábios.

Balancei positivamente a cabeça e vi ele suspirar e bater a mão contra o volante meio ansioso.

- Devo ficar preocupada com alguma coisa?

- Não. Vai ficar tudo bem. Eu tenho tudo sob controle. - não adianta, eu já estava a me preocupar – Confia em mim?

- Confio. Respondi.

- Me conta tudo. O que houve? Perguntei assim que já estávamos dentro da casa dele, Jiyong se despia de sua camisa e eu já estava sem os sapatos igualmente.

- Foi um lance com Yang.

- O que houve, o que Yang te falou?

- Sobre nós dois. – Jiyong bufou e eu não entendi.

- Mas, e aquela das passagens, nosso presente de casamento, por acaso... – Jiyong se aproximou ainda mais de mim e puxou -me pela cintura.

- Você sabe meu amor. Eu queria poder te dar... te dar uma festa como a de Youngbae e Hyorin. Estávamos até planejando. Ele sorriu e eu senti meu coração se aquecer. Andávamos falando muito sobre casamento esses últimos dias. Eu não podia estar mais feliz e ansiosa.

- Você falou algo com ele, sobre alguma coisa, a respeito de nós dois?

- Obviamente. Ele sabe do meu desejo, que por mim o nosso casamento seria no final desse ano, mas infelizmente não vai poder ser assim. - Percebi o descontentamento e a tristeza em sua expressão. – Me perdoa meu amor.

Olhei em seus olhos e ergui sua cabeça o fazendo olhar para mim.

- Mas quer dizer que não pode ser agora, ele acha que está muito cedo?

- O problema todo é porque sou eu. Com Youngbae não foi assim ou se fosse com qualquer um dos outros com certeza, seria sem problemas. As passagens foram so uma tentativa besta dele de me acalmar. Nos acalmar, para segurar -mos as pontas até que chegasse o "momento certo."

- Tudo bem, meu amor. Podemos esperar o tempo que for preciso, não é mesmo? Eu entendo.

- É claro, - Jiyong olhou dentro dos meus olhos – por você eu espero o necessário, mas não vou deixar que nada separe a gente. Mas, sinceramente, se formos esperar pelo aval do Yang eu fico solteiro. Por isso eu aceitei o presente dele, mas preciso saber se você aceitaria.

- É claro. – abri um sorriso. – So eu e você, em alguma praia da Tailandia? Seria um sonho.

- So eu e você, em alguma praia da Tailandia, ou no hotel, restaurante, onde for. Jiyong finalmente deixou escapar um sorriso e eu senti meu coração mais aliviado do quase susto.

- Ótimo.

- Eu tenho uma coisa em mente, mas não sei se você iria topar.

- E o que seria? Pergunto curiosa.

- Hm... vou pensar se devo te dizer, ou se deveria fazer surpresa.