História I Hate You - Imagine G-Dragon - Almost perfect

Você pov 

We're almost legends you and me,

We're almost perfect.

We're almost like the people in the painting.

Its like we're almost,

Its like we're almost famous.

Noah Cyrus - almost famous

Jiyong apressou-se ao sair do barco, passando para a ponte e estendeu-me a mão para ajudar-me.

A enorme ponte sobre o mar azul da cor do céu da manhã, em frente à grande montanha verde, de onde podíamos ver os chalés a alugar.

Jiyong e eu estamos literalmente no paraíso.

A brisa soprava forte e bagunçava meus cabelos quando passamos pela entrada coberta de arvores e palmeiras de espécies que nunca vi.

Fizemos a escalada pelo caminho até chegarmos lá em cima onde um guia nos levou até onde seria nossa casa por quatro dias.

Ficaríamos quatro dias nesse paraíso, era mesmo um sonho.

- Pra mim é como se não existisse mais nada, mais ninguém. Aqui é só você e eu. – ele encostou o queixo em meu ombro enquanto o guia nos mostrava o lugar. O moço todo vestido de cor de rosa falava em inglês e nós estávamos o entendendo bem, só não me arriscava muito em responde-lo, Jiyong é quem ficou encarregado disso.

- Estou no paraíso, Ji. Obrigada. – eu disse e o mesmo me virou para ele para beijar meus lábios rapidamente.

- Você está mesmo, mas calma porque está só começando.

A parede virada para o mar era toda de vidro, tudo ao nosso redor era verde e azul. Estávamos em uma ilha da Tailândia, a uma hora de avião de Bankok, e a quarenta minutos de barco de Puket. No meio do mar, longe de todos. Poderíamos ficar ali pra sempre se quiséssemos.

Mentira, não podíamos, mas eu gostava de pensar que sim.

Depois que o guia nos deixou a sós e tiramos um tempinho de descanso, era de se supor que Jiyong ia querer me levar para conhecer o lugar e eu também estava animadíssima.

- Talvez fosse bom se fossemos comer agora. Tem um restaurante onde servem na beira da praia, o que acha?

- Perfeito. Tudo aqui parece maravilhoso.

- E está só começando baby.

- O melhor de tudo é que o lugar parece alugado só pra nós, isso é incrível.

- Ah, sim. Com certeza. Você gosta disso?

- É claro, e maravilhoso. Nenhuma preocupação com vida social.

O vi acenar com a cabeça e então saímos. Eu sabia que Jiyong não podia estar mais satisfeito. Ele precisava daquilo também.

Eu sentia meu coração quase acelerar quando ele olhava pra mim e me pegava o encarando. Ele me lançava um sorrisinho de volta e voltava a comer. Ele estava muito feliz e isso me fazia bem.

- Eu sabia que ia gostar. Esse lugar é perfeito pra nós. Podíamos morar aqui, sei lá. Começamos a rir, eu a gargalhar na verdade. Isso era falar sobre um sonho impossível que nunca aconteceria, mas me alegrou ouvir aquilo da boca dele. Isso só poderia provar que o nível de importância que eu tenho na vida dele não é como qualquer coisa.

Eu passei a observa-lo quando o mesmo puxou uma listinha dobrada do bolso e começou a lê-la.

- Você tem um roteiro? Eu ri. Era bonito o quanto ele parecia feliz e empenhado nesse nosso passeio. Eu perdi a conta de quantos sorrisos ele deu desde que chegamos aqui.

- Esse lugar é incrível. Eu não me canso de dizer. Maravilhoso.

- Você nunca imaginou que um dia estaria aqui, não é mesmo? – balancei a cabeça em resposta.

- Todas as viagens que nunca imaginei que faria, fiz por causa do Bigbang. E agora, com você, essa é a melhor de todas.

- Prepara o coraçãozinho, porque... Vem surpresa por ai. – voltei a gargalhar mais uma vez quando ele disse aquilo, porque eu estava realmente feliz e porque eu via que nem ele estava podendo se conter.

- Que surpresa? Nem você está se contendo, está doido para dar com a língua nos dentes, olha. Conta, vai. Disse quando consegui conter o riso.

- As coisas que vamos fazer. – ele me cutucou – Ei, o que é tão engraçado? Viu o tamanho dessa lista? – o mesmo balançou o papel na mão.

- Mas não vamos fazer isso tudo hoje, não e mesmo? – dizendo isso ele abriu um sorrisinho de canto dos lábios. Nós já havíamos terminado o almoço.

- ________, você duvida de algo que noivo aqui seja capaz, duvida?

- Agora fiquei com medo. – sorri para descontrair – Não, não duvido Jiyong. Eu me levantei da mesa quando o vi se levantando.

- Então qual o nosso primeiro destino?

- Passeio de barco.

Segurei em sua mão quando saímos das cadeiras de frente ao mar e fomos caminhando em direção a ponte onde haviam os barcos ancorados. Jiyong nos guiou até um homem em pé parecia ser o instrutor. O mesmo nos cumprimentou e Jiyong me ajudou a entrar no barco. O vento batia contra os meus cabelos enquanto Jiyong me abraçava.

Quando chegamos o barco parou. Estávamos no meio de um lugar lindo, a água era quase cristalina. Haviam mais barcos estacionados há alguns metros de nós mas fomos para o que o instrutor disse serem cavernas.

No meio das grandes rochas que pareciam montanhas cobertas de verde que nos cercavam logo percebi entradas. Era mais como a entrada de uma gruta. Cada detalhe daquela ilha estava sendo incrível. Eu jamais iria esquecer.

A noite quando voltamos para o nosso chalé alugado estava chovendo mas nada que atrapalhasse nosso próximo passeio. Jiyong disse que iríamos assistir uma apresentação cultural.

Tomamos banho juntos assistindo o por do sol. Acho que mais nada pode me surpreender hoje. Ao sairmos Jiyong pôs-se a colocar sua camisa e eu fui procurar o que vestir.

- Coloca aquele vestido que você comprou hoje. Ele disse atrás de mim abraçando-me e depositou um beijo no meu ombro. Jiyong saiu de meu campo de visão, sumindo no terraço exterior do chalé.

Eu sorri e tirei o vestido longo, branco rendado da mala. O celular de Ji apitou com um bipe, ele deixou em cima da mesinha de madeira perto da estante.

O vestido que ele mesmo havia feito questão de compra-lo para mim era lindo, bem praiano mesmo e quando vesti me senti uma princesa havaiana ou algo do tipo e Jiyong disse que eu precisava de roupas de turista.

- Vamos ou iremos perder o começo da apresentação.

- Estou ansiosa. - Lhe respondi mordendo os lábios.- Seu celular. – peguei o aparelho junto com minha bolsa e olhei no visor antes de entrega-lo. Já eram sete e meia.

- Você tem uma mensagem, e é da Suhee? Era o número dela, ela acabou de me mandar uma mensagem mas meu celular estava sem rede. – eu ri.

- Ah. Ela deve estar querendo falar com você.

- Não vai me dizer que minhas amigas ficam te perturbando atrás de mim?

- Não é sempre. Vamos? Acho bom você levar algo para cobrir os ombros. Pode fazer frio. Jiyong pegou seu aparelho de minhas mãos e tocou em minhas costas.

- Ok, estou levando. Mas quem precisa de agasalho quando se tem um noivo, não é mesmo?

Chegamos no local que parecia um auditório grande do hotel principal e nos sentamos em uma mesa perto do palco, onde além de apresentações também servem o jantar.

Um grupo de pessoas subiu no palco trajando roupas que pareciam de guerreiros antigos e eles começaram uma apresentação. Uma dança cultural que representa o Muay Thay, a arte marcial que é originada da Tailândia.

- Eu não sabia como a Tailândia poderia ser tão interessante. E ter ilhas lindas.

-E porque você ainda não viu onde vamos amanhã.

- Eu me sinto muito bem aqui. Falei enquanto segurava sua mão, ele levantou minha mão e deixou um selar na mesma.

A apresentação se encerou e nos aplaudimos, o jantar foi servido com comidas típicas daqui. Nada podia estar mais perfeito.

- Youngbae me ligou mais cedo.

- Foi? Como esta ele e a Hyorin?

- Estão bem. Ele queria poder ter viajado em lua de mel com ela como nós, mas ainda não pode.

- Ele merecia, você não pode o ajudar com isso ?

- Eu acho que não querida, e mais depois do que eu irei fazer.

- Fazer o que?

- Além de passar os melhores quatro dias de toda minha vida num paraíso com você? Ele sorriu e me deu um beijo. – Infelizmente, uns tem a festa, outros a viajem.

- Jiyong...! O repreendi com uma mão na boca e a outra batendo de leve em seu braço.

- Se eu disser que não me bateu uma pontinha de inveja, estaria mentindo. E pra você eu não posso mentir. Ele é o meu melhor amigo, mas você como o tratamento é diferente entre nós dois naquela empresa.

Eu não queria ter achado engraçado, mas eu entendo o lado dele. Pensando bem agora, eu também sinto muito por não podermos ser como qualquer outro casal da Yg.

No final do jantar eu achava que iriamos para o chalé, eu estava cansada e queria muito me deitar naquela cama quentinha agarrada a ele mas Jiyong queria passear pela praia.

- Sabe... Dizia enquanto andávamos de mãos dadas na beira da praia. - Eu tenho uma surpresa para você.

- Surpresa? Mais surpresas, você quer dizer? E o que seria agora?

Eu parei de falar quando vi o caminho se tornava iluminado por tochas a medida que andávamos. A praia a noite seria muito escura se não fosse pelas tochas e a luz da lua que davam um brilho prateado nas águas do mar.

Então eu vi. Um pequeno altar com flores encima e também havia flores ao redor. Havia um homem parado atrás trajado com uma manta grande e uma senhora se aproximou de nos dois com coroa de flores nas mãos. Ela veio por elas nas nossas cabeças e eu já não estava entendendo nada.

-Jiyong, o que esta acontecendo aqui?

Jiyong me olhava e eu percebi que haviam um brilho em suas orbes negras, ele soltou a minha mão e eu continue sem entender.

-Você gostaria mesmo de ser casar comigo? Assim, você toparia mesmo ou era algo que talvez não fosse a hora. O que você pens sobre isso, sobre nós?

Eu fiquei surpresa com sua pergunta e o olhei por instantes, mas o que dizer para acalmar meu coração que naquela hora começou a pulsar mais forte?

- Jiyong, você já me pediu em casamento, lembra? E eu aceitei. Claro que sim – maneei a cabeça - Mas eu ainda não estou entendendo o que está acontecendo aqui e porque me pergunta isso.

Eu acho que eu não sentia as minhas pernas, eu estava muito surpresa e não sabia o que aconteceria a seguir. Jiyong me abraçou de lado e começou a me explicar.

- Já que nós não podemos nos casar agora eu pensei...Eu ainda queria muito que nos casássemos, eu achei que seria uma surpresa para você e que te deixaria feliz. Por isso preparei isso.

- Isso é.. o que eu estou pensando?

- É uma cerimônia local e cultural. Eu sei que não é nada do que pensávamos. E sim, eu estou te pedindo em casamento, aqui e agora

- Oh my gosh. Pra mim esta perfeito!

Me aproximei dele, puxando seu rosto para perto do meu e selando nossos lábios. Jiyong apertou minha cintura. O homem que estava atrás do altarzinho florido começa a falar em inglês e pergunta se estamos prontos e podemos começar.

Ele falava coisas relativas a união de duas pessoas e o resto eu não vou mentir, não prestei muita atenção. Eu estava aérea com tudo aquilo, ainda não acreditando. Depois ele começou a falar em Tailandês e nós não entendemos nada mas eu sei que fazia parte da cerimônia. Logo chegou a parte dos votos e a minha vez de cair em lágrimas, porque Jiyong virou-se para mim e começou a falar.

- Eu me preparei... – Jiyong sorriu – Eu fiz de tudo... Pra gente ficar junto e agora nada vai nos separar. ________, me da sua mão.

Assim eu fiz. Minhas lágrimas já tinham rolado mesmo e ele já tinha visto que eu tinha uma cachoeira nos meus olhos, então só o deixei continuar.

- ... Eu quero que a gente fique junto pra sempre. Você aceita ser oficialmente minha, pra sempre? Por que depois de hoje, nem mesmo Yang vai poder nos separar, caso ele quisesse.

Eu sorri. Sorri em meio as minhas lágrimas enquanto eu balançava a cabeça positivamente repetidas vezes.

- Eu prometo te ter pra sempre, fazer de tudo pra te fazer feliz, do meu lado. Te cuidar como minha princesa.

- Eu te amo. – eu disse num sussurro – Eu prometo, ser pra sempre sua. Te amar como meu único e fazer de tudo pra te fazer feliz. Eu te aceito.

Uma ideia maluca dessas como as que sempre Jiyong, é claro que eu sempre acabaria aceitando.

Nos casar sem ninguém saber, estávamos parecendo fugitivos. Se isso iria dar certo depois que os outros descobrissem, eu não sei, mas como Jiyong mesmo disse, não haveria mais nada a se fazer.

- Você tem certeza disso? Pergunto baixinho, antes de ele me dar o beijo no final da cerimonia quando nos foi permitido.

Mentir dizendo que eu não fiquei feliz com a proposta, eu realmente estou feliz. Jiyong e eu estávamos nos casando com Jiyong, o homem que eu amo.

Jiyong tirou as alianças do bolso e eu nem sabia que ele tinha comprado alianças novas.

– Não vai querer desistir agora?

- Claro que não!

Colocamos nossas alianças e ainda assinamos depois os nossos nomes em papéis oficiais de cartório. Estávamos nos casando de verdade mesmo e minha fixa ainda estava caindo. Virei-me para ele e disse baixinho.

- Então, não era mesmo apenas uma cerimonia simbólica? Eu ri. Jiyong balançou a cabeça negativamente.

- Não. Se arrependeu agora?

- Claro que não! Estou mais feliz.

- Que ótimo, porque agora você será a nova senhora Kwon ________.