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História As desvantagens de conhecer Kim Taehyung - Saudades.


Escrita por: httpaozinha

Capítulo 13 - Saudades.


Já haviam se passado duas semanas desde o que aconteceu entre mim e Taehyung, aquele maldito dia que me trazia os piores pesadelos todas as noites. Eu não continha minha vontade de chorar, aliás, era a única coisa que eu sabia fazer. 

Por um momento havia cogitado a ideia de voltar para a casa de mamãe, me explicar, tentar resolver tudo com ele. Mas não era tão fácil assim... não mesmo. 

Passar esses dias na casa do Suga tem sido muito mais tranquilo do que eu imaginava. Ele cuida muito bem de mim, melhor até do que eu mereço. Ele disse que era melhor, por hora, deixar que as coisas se arrumassem, o tempo era o remédio que podia curar todas as dores. Só tinha medo que esse tempo fosse maior do que eu suportava. Céus... Como eu sentia sua falta. Ficar longe de seus toques, seus beijos e, principalmente dele, tem sido uma tortura pra mim. 

Eu precisava mesmo tomar alguma atitude e não apenas ficar aqui, de braços cruzados, esperando que ele apareça na porta dizendo que me ama. E essa atitude eu tomaria hoje mesmo. Hoje eu resolveria de uma vez. 

 

(…) 

 

- O que você disse? - Yoongi tratava de retrucar meu pedido. 

- Vou atrás dele... Da Omma, resolver tudo. 

-Tinha concordado em dar o tempo que ele precisava, não tinha?

- Relaxa... - suspirei - Eu apenas... Quero que tudo fique bem de novo. 

- Você sabe que é mais do que isso, não sabe? Aprenda a respeitar os pedidos dele. - virou-se em direção a cozinha. 

- Suga, você sempre vem com esse papo de dar o tempo dele, como se soubesse de algo que eu não sei. 

- Então vai. - ele me olhava preocupado, eu sabia que era pro nosso bem, mas eu não queria mais. 

Desculpe Suga, desculpe Omma., desculpe Tae. Hoje acaba, eu juro. 

 

(…)  

 

Logo que cheguei ao portão de casa, meu coração aqueceu e uma dose de felicidade que a semanas eu não sentia, me preencheu. Fui recebida por um porre de perguntas dos funcionários. Pelo visto o Kim já havia avisado que eu passaria os dias fora de casa, pergunto qual será sua reação ao me ver.

Parada em frente à porta, crio coragem de abri-la, mas com um grande receio do que poderia acontecer. Assim que abri, fui surpreendida por dois braços familiares e aconchegantes. 

- Querida, nunca mais assuste sua omma assim. - seu abraço era repleto de preocupação e de saudade, eu retribuía da mesma maneira. 

- Ommaaaaa, p-porfavor... - as lágrimas teimavam em aparecer e, por mais que eu eu estivesse ansiosa para saber de tudo o que havia acontecido em casa nas últimas semanas, tinha algo mais importante para ser resolvido. - preciso tanto da sua ajuda... 

- Ah querida... Sabe que precisamos conversar, não sabe? - suas mãos me puxaram gentilmente pelo braço me trazendo em direção à sala. Ainda sentia o perfume de Taehyung circulando por lá, me embriagava de tantas saudades. - Então? 

- Omma e-eu... e-eu cometi um grande erro, grande demais. E agora Tae me odeia! Eu não suporto mais passar os dias longe dele Omma, quero tanto vê-lo, tanto... Dizer que foi tudo um grande erro e que eu faria de tudo pra que ele me perdoasse.

- Tudo? - seu olhar questionador me intrigava. 

- S-sim, porque? - enxuguei as lágrimas que continuavam a escorrer. 

- Taehyung foi embora, achei que soubesse.

Deveria ser algum tipo de piadinha sem graça ou algo parecido. Pensar na possibilidade de viver uma vida em que ele não estivesse comigo, mesmo que fosse apenas para me irritar, me fazia revirar os olhos sentindo marejarem. 

Taehyung havia se tornado tudo aquilo que eu não poderia e nem queria viver sem.

- Omma... 

- Ele me deu isso.. - ela me entregava um pequeno envelope com uma carta dentro. 

Eu estava com medo, com muito medo. Com medo de abrir aquela carta e ler palavras que eu não queria. Medo de que ele realmente tivesse posto um fim a toda nossa história. Medo de perdê-lo. Abri a carta. 

"Você sabe muito bem que o que eu sinto é muito mais forte do que qualquer distância, não sabe? Agora, o que eu realmente preciso saber, é que se o que você sente, também ultrapassa o limite do tempo e da distância. Preciso de um tempo pra pensar, espairecer, saber se consigo te perdoar. Talvez, seja apenas daquelas minhas doses de drama diário, mas eu preciso deles. Não perca seu tempo perguntando pra metade do mundo onde eu fui, ninguém sabe, a não ser eu. Fique bem...  

PS: Não fuja do que voce sabe ser inevitavel."

- Não preciso que ninguém diga... sei onde te achar. - sussurrei pressionando a carta contra meu peito. - Omma, preciso de um favor seu. 

 

( …) 

 

Se eu bem conhecia Kim Taehyung, eu sabia que aquele não era um pedido que ele faria, mesmo magoado. Eu sempre soube que Tae era o tipo de pessoa que precisava de provas, demonstrações e era exatamente o que eu lhe daria. 

A moça cortava mechas e mais mechas do meu cabelo que antes chegavam na altura da cintura. Eu queria mudar, queria que tudo fosse diferente. Queria que Taehyung me visse com outros olhos, que conseguisse deixar os erros cometidos para trás. Eu faria de tudo para reverter a nossa situação. 

Meus antigos cabelos negros agora estavam em um adorável ruivo. Não muito chamativo, mas que trazia inúmeros olhares por onde é que eu passasse. 

Não foi apenas o cabelo, foi tudo. Criei uma coragem absurda de colocar alguns piercings espalhados pela região da orelha. E por fim, fiz duas tatuagens. Uma na região do quadril, pequena e discreta bailarina preta e outro no pulso, a metade de um pequeno coração esperando para ser completado. Eu estava totalmente diferente, absolutamente diferente. Eu tinha um plano absurdo de sair em busca dele. Era mais que óbvio que ele tinha voltado para o intercâmbio. Ele já havia me falado a respeito algumas vezes. Era um dos Campus que ficavam no interior de Toronto, no Canadá com um nome esquisito. Era apenas essa a informação que eu precisava. 

 

(…) 

 

"Onde diabos você está? " -  Jungkook perguntava preocupado do outro lado da linha. 

- Não se preocupe comigo coelhinho - ri, mesmo ainda estando sem graça com nossa recente discussão. 

"Não estou preocupado com você, estou preocupado é comigo!  Você faz ideia do porre de perguntas que vão me fazer? "

- Eu preciso desligar. Obrigada pela a ajuda. Sabe que eu amo você, não é? 

"Por favor, tome cuidado. "

Eu sempre fiquei feliz por ter bons amigos que sempre me apoiavam. Já fazia 5 horas que eu estava viajando rumo ao Canada. Minha ansiedade não cabia dentro de mim. Por mais que uma parte pequena de mim ainda achasse que o melhor seria esperar o tempo pedido, outro lado, muito maior me diz que eu devo lutar até que ele ceda. 

Ainda não estava acostumada com meu cabelo curto. Sentia falta do meu antigo corte. Me pergunto se ele irá gostar. Eu queria muito vê-lo assim que eu chegasse, mas não era tão simples como parecia. Eu estava armando toda uma situação pra que o nosso reencontro fosse perfeito. 

 

(…) 

 

A viajem logo havia chegado ao fim. Era muito estranho pisar em terras que não fossem coreanas. Os rostos eram completamente diferentes do nosso. Fico feliz por ter fluência em inglês, caso contrário, tudo se tornaria mais difícil. 

O hotel ficava bem próximo ao aeroporto. O preço era meio salgado, mas nada que não podia ser pago. Ele era de uma luxúria só. Espalhava candelabros por toda a zona do Hall, tapete branco felpudo e inúmeros empregados te paparicando. Foi até engraçado ver a forma como eles me agradavam apenas para conseguir alguma gorjeta. 

Ao entrar na suíte, ela também não me decepcionou nada. A cama era tão espaçosa que cabia mais umas dez pessoas nela. A vista era incrível, de tirar o fôlego de qualquer um. Deixei minhas malas num canto qualquer da espaçoso quarto e corri em direção ao telefone, tanto para pedir algo para comer, como para encontrar o telefone do campus. 

- Hm, Por favor, tem como arranjar o número do campus daqui da região? - pedi ansiosa. 

- Só um momento - ouço a mulher do outro lado transferir a linha para o local. 

Aquela demora estava me matando, eu queria muito descobrir onde ficava aquele maldito lugar. 

- Posso ajudar? - uma voz masculina perguntou. 

- Claro... Eu sou uma aluna transferida. Infelizmente perdi o endereço do local e tive que ficar em um hotel. Teria como me informar o local? - balbuciei num perfeito inglês. 

- Me desculpe pelo transtorno, mas hoje o campus está fechado devido à festa. Como a senhora é matriculada, está convidada a se juntar à nós. 

Ele passou mais algumas informações e o endereço do local que não ficava muito longe do centro da cidade. 

Festa hm? Parece que a sorte está à minha mercê. Pelo que parecia, seria um baile de máscaras, onde todos deveriam ir com roupas de gala e uma máscara obviamente. 

Decidi tomar um banho antes de sair rumo a caçada de uma roupa perfeita. 

 

(…) 

 

Já era noite, quase na hora de ir.

 A maquiagem não estava tão carregada, exceto pelo batom vermelho vinho. O vestido, tal como a mascara, acompanhavam a tonalidade do batom. Nada muito chamativo nem muito discreto.

- Tudo bem, tudo bem. Calma. Vai dar tudo certo!

Desci até o Hall e procurei por algum táxi. 

 

(…) 

 

O caminho até o campus foi silencioso. De vez ou outra trocávamos algumas palavras. Ao nos aproximarmos do local, havia inúmeros carros estacionados que ostentavam sua riqueza. Eu já estava acostumada com ambientes assim. O lugar parecia estar aberto para quem quisesse entrar, e que não teria nenhum problema se eu entrasse. Fiquei com a consciência pesada por ter mentido pro moço do telefone. 

Desci do carro e fui em direção ao salão onde todos estavam seguindo. As fantasias eram extremamente elegantes. Eu estava ansiosa para encontrá-lo, mas em meio aquela multidão imensa, eu estava roceosa de que talvez eu não o encontrasse. 

Via milhares de pessoas dançando, bebendo, se drogando, se comendo. Aquele lugar agitado me fazia pensar em como eu amava ficar em casa hibernando. Ando, ando e nada dele. Já fazia meia hora que eu estava de pé procurando. Sentar parecia ser a melhor opção, no entanto, logo vi que não. Um típico garoto atleta americano veio me abordar. Era tudo que eu precisava. 

- Está sozinha? - a voz do sujeito parecia alterada, provavelmente bêbado. 

- Graças a você não. - Cortei imediatamente

- Alguém parece irritadinha. Vamos lá, pare de ser tão difícil. 

- Faça um favor pra sociedade e vai à merda. - levantei deixando o mesmo pra trás . 

Sua mão me puxou de volta. 

- Que isso ruivinha, deixa eu dar um trato em você. 

- De um trato na vadia da sua mãe. - tento soltar meu braço, mas cada vez que puxava ele aumentava a força. - Me solta seu bastardinho de merda, vá comer alguma piranha e me deixe em paz. 

- Sua... 

- HEY JOSH, SOLTA ELA. - um menino alto de cabelos longos o interrompe. 

- Não se mete, Johnny. 

A mão do menino Johnny me puxa para perto, me soltando dos braços do outro. Suas mãos continuam me arrastando para fora do salão, indo em direção ao jardim. 

- Você é doida de ficar sozinha em um lugar desses ruivinha? 

- Desculpa, mas eu precisava muito vir. 

- Faz o que aqui? - sua voz parecia autoritária, mas talvez ele só é só estivesse preocupado. 

- Procurando alguém. Kim Taehyung, conhece?

- Todo mundo conhece o Kim. O que quer com ele? - cruzou os braços. 

- Nada que lhe diz respeito, só preciso achar ele. 

- Estúpida. - rebateu. 

- Desculpa... Realmente preciso achá-lo. 

- Você e metade das meninas da festa. Olha garota, você parece bem legal e eu não quero te decepcionar e até poderia tentar te ajudar, mas ele não está muito bem, então...

- Por favor, eu preciso esclarecer algo. Me ajude.

- Vou ver o que posso fazer. 

- Que seja, só me ajude. 

Voltamos para dentro do salão, desta vez, ele me levou para um outro canto, próximo a alguns camarins. Havia uma grande circulação de meninas implorando para entrar, me senti privilegiada de ter conhecido Johnny. O ambiente escuro mostrava o quanto aquilo parecia um bordel. Cheio de pessoas se engolindo. Uma verdadeira tortura. 

- Ali ruiva. - apontou para uma mesa com no mínimo dez pessoas. - cola na minha ok? 

 Fomos em direção à mesa, ele parecia não estar lá. Mesmo fantasiado eu reconheceria ele de longe. 

- Cade o V? - Perguntou Johnny. 

- Foi pegar uma bebida. - uma menina loira, um tanto nojenta, pra ser bem sincera. - Quem é  a ruiva? 

- Julie. - menti. 

- Nova aqui? - olhei para o lado e vi um perfil familiar. 

Eu sabia que você não conseguiria fugir de mim.

- Hm, sim.

Ele pediu espaço e se sentou próximo da menina loira. Quando nossos olhares se cruzaram, rapidamente foi desviado para outro canto daquele lugar. Seu ombro tenso e sua respiração que até mesmo de longe era tão nítida pra mim.

Qualquer movimento em falso e talvez eu colocasse tudo a perder, então, fiz aquilo no que eu era boa.

Provocá-lo.

As batidas fortes de The Strokes transmitiram coragem para fazer o que era necessário. Por sorte, o vestido curto ajudava em todo o trabalho e quando sai daquela mesa apertada, todos os olhares se voltaram pra mim, inclusive o que eu mais queria. 

Cada passo sincronizado, cada movimento. Todos feitos com um único objetivo. 

Se levante logo, Kim Taehyung. 

Johnny sussurrava alguma coisa em seu ouvido, e você ria como um garotinho travesso. E quando você levantou e veio em minha direção, eu pensei que fosse morrer.

- Vem comigo. 

Caminhamos até os corredores onde milagrosamente não havia ninguém, exceto nós dois e esses trilhões de sentimentos prestes a explodir. 

- Você realmente não consegue esperar, não é? 

Ele sabia, sempre soube. Não era pra menos. 

Involuntária e estúpida como só eu conseguia ser, o abracei tão forte ao ponto de quebrá-lo com tamanha fragilidade de ambos. 

- Eu amo você, Taehyung. 

 

 

Querido diário, 
Eu me apaixonei sem querer. 

 

 

 

 


Notas Finais


Oi *¬*

ESTAMOS CHEGANDO A QUASE 200 FAVORITOOOSSS!!!!

Eu só tenho que agradecer por todo o amor que eu tenho recebido de vocêsssssss, todas são incríveis.

Deixem aqueles maravilhosos comentários fofos e fiquem de olho pq o próximo capítulo vai ser bafonico. ❤


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