Flashback
― Você tem cinco minutos.
― Como se você tivesse algo melhor pra fazer, Leigh-Anne. ― ele se escora na parede e põe a mão nos bolsos.
― Não me tente a deixar você falando sozinho, Lucas.
Ele ri fraco e me olha, tomando fôlego.
― Certo, não vou entrar nesse ponto novamente com você. É bem óbvio que troca meu nome para me provocar ― ele rola os olhos. ― Eu quero saber que merda é Harry e de onde esse otário surgiu?
Eu só o encaro sem saber se primeiro dava um soco na cara dele ou mandava-o retirar o que disse. Uma coisa era encher meu saco, outra era ofender meu melhor amigo.
― Não há merda em nenhum lugar, Lucas ― sorrio cinicamente, controlando-me para não cuspir na cara dele. ― Ou você fala direito comigo, ou eu mesma faço questão de manter você o mais longe possível de Perrie.
Ele parece tentado a retrucar, mas mesmo assim, dá de ombros, desistindo.
― Olha, Leigh-Anne, deve ser difícil pra você entender sobre essas coisas já que Jordan te deu um pé na bunda ― eu arqueio as sobrancelhas. ―, mas eu realmente gosto da Perrie. ― há algo em seu tom de voz que me causa repulsa.
Perrie realmente se dirigiu a esse garoto como “legal”? Por Deus!
Decido que nem valia à pena mencionar ou se quer corrigi-lo com relação a Jordan. Eu, sinceramente, não ligava. Se Luke realmente acreditava que eu iria ajudá-lo com informações sobre Perrie, ele estava bem enganado.
― Oh, você realmente gosta dela uhu? ― cruzo os braços sorrindo cinicamente.
― Muito.
― Isso é realmente uma pena ― suspiro pesadamente. ― Sabe o que é mais engraçado? ― Ele me olha com curiosidade. ― Você realmente achar que eu me importo!
Luke revira os olhos e se desencosta da parede.
― Nunca irei entender porque você não gosta de mim. ― passa a mão no queixo, me olhando com interesse. Quase tremo de repulsa.
― Não há um motivo tão assustador assim ― dou de ombros. ― Eu só não vou com a sua cara. Sabe aquela história de santo que não bate? Então…
― Eu não me importo com isso. Eu não irei desistir da Perrie tão facilmente. Corri atrás dela tempo demais para entregá-la de mãos beijadas para outro cara! ― só consigo encará-lo.
Como tanta besteira pode sair de uma boca só?
― Entregá-la de mãos beijadas? ― repito. ― Por Deus, Luke! Perrie não é um objeto, alguma coisa que já foi sua para você entregar a alguém! ― ele se surpreende, recuando um passo. ― Ela é uma pessoa. Uma pessoa que tem sentimentos e que tem opinião própria. Uma pessoa que já deixou bem claro que não sente nada por você. Só aceite isso.
― Você não entende, Leigh-Anne, eu―
― Tem razão, eu não entendo. E sinceramente, nem quero. Olha se você ainda não cansou de ser ignorado, então só posso te desejar boa sorte! ― aceno de forma forçada e logo fecho a cara, dando-lhe as costas.
― DIGA A ESSE TAL DE HARRY, QUE PERRIE É MINHA E NINGUÉM IRÁ TIRÁ-LA DE MIM!
Tarde demais, Lucas.
-x-
― Que tal esse? ― Harry balança animadamente um ursinho do Olaf, sorrindo e deixando bem visível suas invejáveis covinhas.
― É uma opção, mas estava esperando algo mais…
― Maduro? ― Louis se aproxima, levando o canudo do seu mocaccino aos lábios.
― Não fale do Olaf assim! ― Harry empurra o namorado levemente, fazendo o mesmo sorrir.
― Vamos até aquela papelaria do outro lado do shopping. Vai que eu encontre a coisa perfeita! ― dou de ombros e puxo Harry pela manga do seu casaco.
― Ei, relaxe, Pinnock! ― ria, mas não tenta me impedir.
Andamos por mais algumas lojas do shopping antes de finalmente alcançarmos a papelaria. Eu precisava encontrar algum presente para Perrie. O Valentine's Day seria na terça e sempre fui uma pessoa indecisa para comprar coisas para os outros, por isso arrastei Louis e Harry comigo com alguns dias de antecedência.
Mamãe e Alexander haviam viajado dois dias atrás e, felizmente, as coisas entre Pezz e eu estavam indo muito bem. Obrigada. Tentávamos ao máximo nos controlar, pois não queríamos apressar as coisas. Se bem que, era meio difícil beijar Perrie e não querer ir mais além, porém eu a respeitaria acima de tudo.
Era durante a noite que tudo se complicava. Havia algo de extremamente excitante em passar a noite agarrada a ela. Mal nos tocávamos e todos os pelos do meu corpo se arrepiavam. Dormíamos juntas, mas Perrie sempre se levantava primeiro. Ela corou violentamente quando a questionei do por que.
― Não pode mesmo ser amanhã? Eu precisava terminar o projeto da faculdade, Leigh. Quero me dedicar inteiramente a isso no final de semana.
― E a mim. Claro. ― Louis inclui, pondo o braço ao redor do pescoço do namorado.
― Vou vomitar. ― reviro os olhos, fazendo-os rir.
― Além do mais, você não concorda que seria tremendamente previsível ir até o trabalho do garoto? ― eu pondero aquilo. ― Ele claramente perceberia que estamos lá para provocá-lo.
― E seria mais sexy se Harry chegasse lá em seu Impala, provocando suspiros nas garotinhas.
― Pedófilo. ― provoco.
― Como se fôssemos muito mais velhos ― Harry amassa o papel do seu hambúrguer e limpa os lábios com um guardanapo. ― E então, amanhã?
― Certo. Vou mandar uma mensagem pra Perrie pra ver se ela concorda. ― tomo um gole do meu suco horrível de melão e puxo meu celular do bolso da jaqueta.
Já havia uma mensagem sua estampando a tela de bloqueio. Oops.
― Que houve? ― Louis percebe minha expressão nervosa.
― Nada.
Eu meio que havia pegado um trauminha depois de ter sem querer ignorado aquelas mensagens de Perrie. Agora quando eu não via suas mensagens, já pensava o pior.
Deslizo a tela, soltando um suspiro aliviado ao ler o SMS.
Pezz <3: percebi hoje que eu não sei fazer compras
vc gosta de macarrão instantâneo?
Você: eu posso fazer o jantar se vc quiser ;)
Louis parecia uma matraca falando sobre seu trabalho no hospital. Harry obviamente o olhava com a doçura de alguém profundamente apaixonado.
Volto-me ao celular, sorrindo ao ver a resposta da loira.
Pezz <3: e desperdiçar comida??
Nah
Você: ei!
Não fale assim :c
Pezz <3: own ela ficou magoada
Desculpa bb
...
Isso foi broxante como eu acho q foi?
Você: na vdd eu gostei :3
Continue
Pezz <3: acho q vamos ter q pedir pizza de novo
Você: decidimos isso mais tarde, agora preciso te fazer uma pergunta u.u
Pezz <3: faça
Você: Harry sugeriu que amanhã ele busque vc na escola
para, sutilmente, é claro, fazermos Luke ver a cena
Pezz <3: vc finalmente vai me contar sobre oq vocês dois conversaram
???
Você: não acho q valha a pena
Ele foi, basicamente, desrespeitoso Perrie
Pezz <3: mesmo assim
Foi sobre mim que vocês conversaram
Eu mereço saber, Leigh-Anne
Você: tudo bem
Posso dizer ao Harry para buscá-la amanhã? :)
Pezz <3: pode e diga a ele para colocar o visual mais hétero que ele tiver no armário
Você: certo, vou dizer a ele que precisamos fazer compras xoxo
Pezz <3: kkkkkkkkkkk
-X-
Tento abrir a casa com uma mão só, o que resulta em uma confusão de sacolas, uma chave voando ao chão e uma Leigh-Anne puta da vida.
― Mas que droga!
Quando finalmente consigo encaixar a chave na fechadura, a mesma se abre rudemente, revelando uma Perrie toda descabelada e vestindo seu clássico pijama da Disney.
― Você me acordou… ― ela esfrega os olhos, bocejando de uma forma infantil.
Meu coração automaticamente aquece vendo aquela cena. Passo por ela, fechando a porta com um chute.
― O que são essas coisas? ― me segue escada a cima. Entro em meu quarto, jogando tudo sobre a cama e me viro em sua direção. ― Resolveu descarregar as suas frustrações em compras? ― um sorriso travesso toma conta dos meus lábios.
― Na verdade, são compras sim. ― ela parece desconfiada, mas eu apenas rio e a puxo, beijando seus lábios lentamente. Perrie apenas rodeia meu pescoço e fica na ponta dos pés para facilitar o contato de nossas bocas.
Seus lábios tinham gosto de gloss de morango e sorvete que ela provavelmente estava comendo antes de pegar no sono.
― Jantar, senhorita. ― ela afasta seus lábios dos meus, dando uma suave mordidinha.
― Está com fome, uhu? ― sorrio maliciosamente.
― Sim, de comida, mas aparentemente você está com fome de outra coisa ― se não estivéssemos tão grudadas, eu provavelmente estaria vermelha agora, porém eu apenas lhe dirijo um sorriso malicioso. ― Leigh-Anne!
― Tá bom ― reviro olhos, soltando-a e a puxo em direção as escadas. ― Vamos fazer seu jantar.
A cozinha se encontrava em uma completa bagunça. Panelas sobre o balcão, vasilhas sobre a pia e as sacolas de compras por todos os cantos.
― Eu meio que… não sabia o que fazer. ― volto-me para uma Perrie corada e encolhida contra o batente da porta.
Uma risadinha quer escapar, porém tudo que faço é começar a recolher tudo.
― Preciso saber o que você comprou. ― ela começa a me ajudar a guardar as coisas.
― Algumas verduras. Carne e… macarrão? ― prendo a risada novamente, negando.
― Podemos fazer espaguete com almôndegas. ― sugiro a olhando com um sorrisinho bobo.
― E você sabe fazer isso?!
― Sua surpresa me magoa profundamente, Srta. Edwards. ― Perrie revira os olhos e guarda algumas panelas no armário.
― Você sabe ou não?
― É claro que sei. Ver mamãe cozinhar serve para alguma coisa afinal. O.K, é entediante e desanimador porque ela é péssima, mas é, eu consigo sim.
― Só acredito vendo. ― ela sorri, me provocando.
― Pois então você verá. ― lhe roubo um selinho, fazendo-a rir.
Logo já estamos com tudo preparado para fazermos o jantar. Perrie apenas me observava encher a panela com água e colocar para ferver.
― Porque não me ajuda com os temperos? ― pergunto despejando a massa na água fervendo.
― Hum? ― ela pisca, despertando do seu transe.
― Impressão minha ou estava olhando para minha bunda, Srta. Edwards?
― Eu diria admirando, Srta. Pinnock. ― ela pula do balcão onde estava sentada e sorri, escolhendo os temperos que cortaria.
Eu apenas rio, negando.
Trabalhávamos lado a lado, trocando sorrisinhos idiotas e piadas mais idiotas ainda. Estávamos em um clima tão agradável e brincalhão, que mal percebo meu celular tocando.
― Leigh! ― Perrie se inclina sobre a mesa, buscando pelo aparelho. ― É sua mãe. ― me entrega.
― Droga, estava bom demais ― resmungo atendendo a ligação. ― Diga, Debbie. ― me afasto das almôndegas que fazia.
― É bom ouvir sua voz também, filha. ― eu sorrio.
― Olá mamãe!
― Bem melhor… só queria ligar para saber como andam as coisas. Perrie e você não quebraram a casa, não é? Me diz que você não deu nenhuma festa!
― Está tudo bem, mãe. E sim, Perrie eu temos nos dado muito bem. Brigamos algumas vezes ― olho em direção a loira que limpava os dedos com os lábios, de uma forma distraída, mas sensual demais. ― Ahm… ― rio nervosamente, tentando focar no sermão que Debbie dava sobre brigas e bláh bláh bláh.
― … Vocês não são mais crianças. Aprendem a resolver os problemas dá forma certa, filha.
― Certo, mamãe ― cerro o punho, evitando olhar para Perrie novamente. ― Como foi o aniversário de casamento?
― Oh, foi incrível! Nos divertimos tanto! Fomos a torre, vimos o rio Sena… Alex foi tão doce e…
Perrie estava agora agachada recolhendo a faca que deixou cair. Sinto meu corpo pegar fogo com a visão da sua bunda em minha direção.
― Ótimo, ótimo. Ahm, mamãe, nos falamos amanhã, certo? Perrie e eu estamos fazendo o jantar e não quero deixar queimar.
― Claro, filha. Bom jantar e nos falamos amanhã. Cuide-se e cuide de Perrie!
Oh, eu irei cuidar. Cuidar muito bem, diga-se de passagem. Sorrindo travessamente, encerro a ligação e solto o celular na mesa. Paro atrás da loira, rodeando sua cintura e enterrando meu rosto na curva do seu pescoço.
― Mmm, Leigh… ― seu corpo amolece.
Afasto seu cabelo, dando-me liberdade e total visão da sua nuca. Meus lábios tocam sua pele macia, fazendo Perrie gemer baixinho e seus braços se arrepiarem.
― Você tem um cheiro tão bom… ― ela solta a faca, fazendo o som reverberar na cozinha. Com agilidade, giro seu corpo pondo-a de frente para mim.
Ela fecha os olhos, quando beijo seus lábios. Meu corpo pegava fogo e o seu não era diferente. Nossos lábios se moviam em perfeita sincronia, logo peço passagem invadindo sua boca. Sua língua aveludada toca a minha, fazendo-me gemer em seus lábios.
Eu não me importava com nosso jantar. Na verdade, eu não me importava com mais nada naquele momento.
― Leigh…
― Diga. ― deslizo meus beijos pelo seu pescoço.
― Temos que…
― Não temos nada, Pezz... ― olho em seus olhos.
― Vai deixar nosso macarrão queimar? ― ela sorri maliciosamente.
Olho em direção a panela, onde nossa massa já estava quase pronta. Olho então em seus olhos azuis, vendo que ela me desejava tanto quanto eu a desejava.
Alongo-me em direção ao fogão, e desligo a panela, fazendo Perrie me olhar com confusão.
― Deixa a porra desse jantar pra lá. ― ela ri e envolve meu pescoço, tornando a grudar seus lábios aos meus.
Envolvo sua cintura e a guio em direção a porta. Sem separar nossos lábios, eu nos levo escada à cima até seu quarto, pois esse já estava com a porta aberta. Perrie sorria, provavelmente adorando minha afobação.
― Perrie ― ofegante, eu nos afasto. ― Não quero…
― Ei, ei ― ela sorri divinamente. ― Eu quero isso. Você não sabe o quanto quero. ― sinto meu coração aquecer e eu a empurro levemente, jogando de costas em sua cama.
― Não farei nada que você não queira.
― Só cale a boca e me beije, Leigh-Anne. ― ela sorri de canto e me puxa para baixo pela barra da minha blusa. Eu caio sobre seu corpo, beijando-a com toda a sede e gana que eu sentia vibrando em meu corpo.
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