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História I Hate You, but I Think Love You - Capítulo 04: Leigh-Anne


Escrita por: WildBoy

Notas do Autor


Olá, olá

Capítulo 4 - Capítulo 04: Leigh-Anne


Fanfic / Fanfiction I Hate You, but I Think Love You - Capítulo 04: Leigh-Anne

Vamos Leigh-Anne, responda!, encaro a mensagem de Jordan com tédio, quase revirando os olhos ao ver que ele continuava digitando. Olha amor, quero mesmo me acertar com você, mas brigando assim nunca que iremos conseguir!

Minha vontade era de ignorá-lo por completo, mas me obrigo a responder, minhas unhas pintadas de vermelho movendo-se agilmente ao digitar. Tenho coisas demais pra me preocupar agora do que com o que você quer ou deixa de querer, Jordan. Me esquece um pouco ok?

Vejo-o começar a digitar uma resposta, mas sou mais rápida. Porque não vai jogar uma bola oval de um lado pro outro do seu quintal como um cachorrinho e me deixa em paz?

Solto um bufo e jogo meu celular na cama, pondo-me em pé e me espreguiçando demoradamente. Meus músculos estralam dando ênfase ainda mais no quanto de tempo que não me mexia. Observo a tela do meu notebook ainda sobre o colchão. Estava tentando há horas escrever uma redação para minha aula de história, mas tudo o que consegui foi um "Grandes historiadores dizem".

Resolvo dar uma volta antes que minha cabeça explodisse. Pego meu celular e saio do quarto, encontrando a porta de Perrie meio aberta. Seu quarto ficava defronte ao meu, o que às vezes permitia a mim, saber o que ela fazia. Não que me interessasse por isso, por favor!

Me aproximo e tento enxergar algo lá dentro.

Perrie andava de um lado para o outro ao telefone, provavelmente conversando com Jade. Molho os lábios, tendo certeza que seria errado ouvir sua conversa. Além do mais, nada que Perrie fizesse parecia ser interessente e nem merecia minha atenção.

Desço as escadas e vou diretamente a cozinha. Debora estava em frente ao fogão, ora encarando o livro de receitas, ora encarando a gororoba que fazia.  Passo por ela e abro a geladeira, puxando uma garrafinha de água. Escoro-me no balcão e tomo um longo gole da água, ainda olhando para mamãe.

Ela me percebe, mas finge que não.

Fecho a garrafa e sorrio ao vê-la revirar os olhos, sentindo meu olhar. Ela parecia compenetrada em não estragar o jantar ― lê-se experiência química que poderia explodir a qualquer momento.

― Que é Leigh-Anne? ― Ainda não me olha.

― Onde está Alex? ― Controlo-me para não sorrir, não queria que ela percebesse minha cutucada.

― No trabalho, porque? ― Dou de ombros, mesmo sabendo que ela não veria já que nem me olhar ainda ela olhou.

― Nada, apenas imaginei que ele já estaria em casa ― finjo-me de inocente e abro minha garrafinha novamente. Olho ao redor, tentando me distrair com qualquer coisa que não fosse aquele cheiro horrendo de alho ― ou morte.

― Como andam as coisas com Jordan? ― Debora finalmente larga a colher na panela e vai até a pia para lavar as mãos. Ela me olha por sobre o ombro.

― Saudável ― sorrio sarcasticamente.

Mamãe sabia que eu tinha uma rixa com a academia do meu namorado e, é claro, ela não concordava em nada comigo. Ela nunca concordava comigo, na verdade. Para Debora, Jordan gostar de malhar, significava que ele queria ficar com um corpo bonito para mim e para se manter com saúde.

Besteira.

― Ainda estão brigando por bobagens? ― Debora solta o pano de prato sobre a mesa e tampa a panela. ― Ou resolveu aceitar que seu namorado se preocupa com sua saúde?

Rio friamente e me afasto do balcão. Jogo a garrafinha de água na lixeira e olho para mamãe.

― Cansei ― dou de ombros.

― O que isso quer dizer? ― Une suas sobrancelhas, ainda me olhando.

― Quer dizer que irei terminar com Jordan.

 


(...)



Após o jantar, sentamos todos na sala. Era um tipo de regra que Alexander e mamãe haviam inventado, como um programa em família. A TV estava ligada em um canal aleatório de notícias locais e mamãe estava encolhida em um dos sofás com uma manta ao redor do corpo. Alex e eu estávamos sentados no chão, ao redor da mesa de centro, nos encarando firmemente.

― Sua vez, Leigh-Anne ― diz ele, sério.

Mordo o lábio inferior com força, sabendo que qualquer passo em falso e eu me entregaria de bandeja a ele. Relaxo meus ombros e estalo a língua, avançando em direção a peça.

Entretanto, congelo no meio do caminho. Faço menção de mover outra peça, porém volto atrás e torno a observar minhas opções. Alex estava ganhando, mas eu ainda tinha chances de virar o jogo e fazer um cheque. As minhas costas, o barulho do lápis de Perrie raspando no papel, parecia ecoar pelo recinto e me fazendo suar frio.

Diabos!

― Nervosa, Leigh-Anne? ― provoca-me o homem.

Ignoro-o.

Um sorrisinho travesso toma conta dos meus lábios e resolvo fazer meu movimento. Deslizo meu bispo pelo tabuleiro e vejo o sorriso convencido de Alexander morrer instantaneamente. Ele pigarreia seco e pega uma das suas torres. Vejo-o hesitar, mas já era tarde demais.

Com um ar de vitória, movo minha peça e com todas as letras digo.

― Mate.

Alex se ergue e acaba por rir. Não era a primeira vez que ele perdia para mim, mas poderia dizer que estávamos empatados. Ele me ajuda a guardar as coisas e pouco tempo depois anuncia que estava subindo para tomar um banho.

― Você vem, querida?

― Claro ― mamãe afasta a manta do seu corpo e se ergue, arquejando. Estrala suas costas e joga um sorrisinho a mim e a Perrie. Observo-os subir as escadas conversando cobre como foi bom exercitar a mente com um jogo de xadrez.

Após colocar o tabuleiro de xadrez na estante, volto-me a garota sentada no sofá compenetrada em passar suas palavras para o papel. Cruzo os braços, sem conseguir controlar o sorriso ao observá-la. Era nesses momentos que eu me sentia meio culpada por tratá-la tão mal. Perrie parecia uma criança quando escrevia. Ela fazia um biquinho e ficava murmurando coisas desconexas, enquanto seu pé se mexia em um ritmo qualquer.

Só que uma parte de mim ― a maior ― tinha medo de me aproximar dela e acabar me envolvendo em algo que no final acabaria por me arrepender. Desde quando nossos pais haviam se casado, eu a “odiava”, afinal ela havia roubado meu lugar como a filhinha da mamãe, se bem que eu nunca havia sido.

Debora queria uma filha que fosse capaz de controlar e moldar com sua imagem. Uma garota dócil, educada e pronta para obedecer. Eu jamais fui assim e nunca iria ser. A Leigh aqui não era o tipo de pessoa que acata ordens ou deixa alguém decidir como ela deveria ser ou se comportar. Não mesmo!

Além do mais, odiar Perrie era o que eu sabia fazer de melhor, mesmo que por dentro, sempre que eu olhasse demais para seus lábios, eu sentisse aquela vontade insana de beijá-la. Beijá-la até sentir sua doce alma em meus lábios. 

 


Notas Finais


Leigh melhor pessoa


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