-James, não achas que exageraste? -perguntou pela milésima vez Sirius.
Estavam no dormitório masculino com Remus, e enquanto o mesmo estudava, Sirius punha gelo no lábio e James brincava com o pomo de ouro.
-NAO! Estou farto de nadar oceanos por alguém que não saltaria uma possa por mim. Ela já não significa nada para mim.
James não sabia o quanto estava errado...
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No dia seguinte, Lílian acordou de manhãzinha. Não achou justo estar a acordar as colegas de quarto por isso fez os possíveis para se arrumar em silêncio. O seu plano foi por água abaixo quando, sem querer, deu um pontapé na cama de Marlene.
A melhor amiga de infância da ruiva sentou-se na cama atordoada.
-Lilian... O que fazes a esta hora já acordada?
-Nao consigo dormir. -admitiu moribunda.
-Va... Conta lá...
-o.. O que?
-Lilian eu conheço te, esqueceste te???
Lílian refletiu longamente, sabia que se havia alguém capaz de a compreender era a morena, se havia alguem que a pudesse ajudar, era ela com certeza.
Por isso, Lílian sentou-se perto da amiga, na cama da mesma.
-Eu... Eu descobri uma coisa. Que não devia ter descoberto. E nem faças essa cara que eu não te vou dizer. Mas... Eu discuti com o James...
-E qual é a surpresa?
-Ele disse que estava farto. E que se eu achava que não éramos amigos, entao não éramos.. E que.. Eu... -sem que pudesse conter uma lágrima teimosa molhou a sua face rosada, no segundo a seguir Marlene amparada nos braços uma Lílian lavada em lágrimas.
-O que? Que tu o que lily? -perguntou a morena de uma maneira carinhosa.
Lily sentia-se frustrada por estar a chorar por um assunto tão reles. Ele iria deixar de a incomodar, iria deixar de lhe dirigir a palavra, ia deixar de lhe sorrir, ia deixar de a provocar... Isso... Isso era bom certo? Mas o vazio que o seu coração sustentava desde aquela maldita frase "Tu morreste para mim" tornava-se cada vez maior.
James ia esquecer-se que ela existia. E, ela acabara de perceber que ele existia.
Lílian não queria, mas admitiu a si própria, pois não estava pronta para o admitir ao mundo. Ela apaixonara-se pelo idiota que agora a odiava. Por ele, ela afogar-se-ia nas suas lágrimas... Por ele ela nadaria oceanos.
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Mais tarde, no mesmo dia, Lílian e Marlene desceram juntas para tomar o pequeno almoço. Lílian forçava um leve sorriso, e tentava não voltar a chorar. Por um lado, confessar à melhor amiga o que a preocupava havia-lhe feito bem. Por outro, agora auê se via apaixonada pelo cara que a odiava, só lhe apetecia amandar-se de um precipício de 100 m de altura, no mínimo.
Mas, em vez disso, levantou a cabeça e andou até à mesa dos Griffindor, onde Remus e Black já comiam desalmadamente.
-Nao querem ter calma não? -perguntou ironicamente Marlene ao ver Remus tentar imitar uma torrada e um pudim ao mesmo tempo na boca e Sirius bebendo o suco de abóbora como se não pudesse amanhã.
-Teste.... Dcat.... Atrasados.... Estudar ...-tentou dizer Sirius enquanto comia uma torrada do tamanho de um prato de uma vez só.
-Ah... Vocês não têm remédio...
-Lil's! -chamou baixinho Remus, fazendo uma pausa na sua refeiçao pré-fim do mundo -aobre aquilo do salgueiro.. Eu
-Nai te preocupes, não vou contar -assegurei-o.O mesmo sorriu e pegou em mais uma torrada para depois se levantar e correr com Sirius dali para fora.
-Bm... Boa sorte -gritou Marlene mesmo tendo a certeza que os marotos não ião ouvir .Rimos.
-Eles não têm jeito mesmo...
-Eles sabem que o teste é só a tarde não é??? -perguntou ironicamente Lílian.
-Achas que lhe devíamos ter dito..? -fingiu-se culpada Marlene. Voltaram a cair na gargalhada. Minutos depois Alice juntou-se as mesmas e começaram a falar alegremente. Lílian quase que esquecia as suas ideias suicidas quando dois rapazes adentraram no salão. E o precipício voltou a mente da ruiva, agora mais real do que nunca.
Os olhares dos dois cruzaram-se. E ele começou a andar, na direção dela. O coração da ruiva falhou uma batida. Por momentos pensou que tivesse sonhado tudo aquilo. Remus não era um lobisomem e eles não eram animagos. Ela e James não tinham discutido e James não a odiava. Ele ia chegar e dizer o seu matinal "Oi lírio ".Ia provoca-la na aula de poções em que faziam par.Depois iam todos os amigos para o jardim falar. Lá ele iria por o braço à volta dos seus ombros e iria provoca-la mais. Mais tarde iria desejar-lhe a bia noite. E ainda mais tarde eles iriam encontrar-se durante a ronda de monitora onde ele a ia encontrar para a provocar mais. Tudo estava como sempre. BEM.
Mas este pensamento foi rasgado, partido,amachucado e amandado para o precipício, junto com o coração da mesma,quando o moreno passou reto por ela, como quem passa por uma parede.
" I pulled a you on you, you wouldn't like that shit
I put this real out, but you wouldn't bite that shit
I type a text but then I nevermind that shit
I got these feelings but you never mind that shit"
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