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História I hate You, I love You - Dezoito de fevereiro


Escrita por: BeARMY

Notas do Autor


Hello meu trouxas favoritos!! 😊mais um cap espero que gostem.❤️😁

Capítulo 2 - Dezoito de fevereiro


5 anos antes...

Minha mente viajava em vários sonhos,possibilidades, desejos,que hoje finalmente poderiam se tornar realidade.
Já faz mais ou menos quatro meses que não vejo Yoongi, já que ele se mudou para Seul e só nos comunicamos em seus dias livres, isto é, já faz dois meses que ele não responde Minhas mensagens. Para o meu espanto, ele me mandou uma mensagem ontem à noite as dez horas. A mensagem foi rápida, simples,objetiva, sem muita emoção , o que significa que ele continua o mesmo.
" Suga: amanhã irei ir ai te ver, no mesmo lugar de sempre ok? As seis horas da tarde estarei lá."
Foi simples, mas foi o bastante para aquecer de novo meu coração. Eu simplesmente não consegui dormir essa madrugada, pensando em varias formas de passar alguns minutos ou até mesmo horas com Yoongi.

Os raios solares transpassam a minha janela e refletem com força no meu rosto sorridente, me incomodo e tento achar uma melhor posição para esconder meu rosto do sol.

Viro meu corpo para o lado oposto da janela e continuo sonhando com a minha tarde de hoje.

-Hoseok! Eu sei que hoje é seu aniversário, mas mesmo assim você tem aula! Acorde!

Minha mãe entra sem avisos empurrando a porta com força e falando como se eu fosse um surdo.
Hoje eu não quero mesmo, não estou afim de ir a lugar nenhum, a não ser a pracinha pela tarde.
Finjo que não a ouvi, ela bufa, fecha a janela do meu quarto e da um beijo na minha testa.

-Bom dia filho! Parabéns !

-te amo mãe... -sussurrei de forma que ela ouvisse mas que denunciasse meu sono pesado.

-só hoje.-ela sussurrou em quanto andava pelo meu quarto, provavelmente coletando minhas roupas pelo chão .

-Hummm- foi minha forma preguiçosa de falar um belo "obrigado".
Ouvi seus passos se afastarem e a posta ser encostada , agradeço mentalmente por minha mãe ser tão doce comigo, algo raro.

-GAROTO LEVANTA AGORA! 

Estava demorando. Dessa vez ela soltou seu famoso grito de impaciência e abriu a porta com um soco. Essa era minha mãe.
Me sentei meio zonzo na cama.

-Mãe eu não To afim hoje...-minha voz saiu rouca e pesada, enquanto coçava Meus olhos tentando acordar do sono.

- olha você decide , ou vai para a escola ou arruma esse quarto. - ela disse apontando para mim furiosa, com algumas peças de roupas minhas na mão.

-Arrumo o quarto, pode ser?- levantei a sobrancelha deixando a mostra minha cara de abuso.

-Você pede pra apanhar! -ela ameaçou me dar um tapa, mas eu me levantei e ainda tonto comecei a dobrar o meu cobertor.

-Já estou arrumando! 
Ela abriu um sorriso e quase soltou uma risada.

-você é o melhor.- ela disse com um sorriso, pondo as roupas que estavam em sua mão em cima da minha cabeceira e indo até a porta , saindo pela mesma.

-eu sei que sou!

Demorou bastante para organizar minha pequena bagunça, já que meu quarto é um pouco grande e minhas gavetas já não fechavam devido ao empilhamento de várias peças de roupas.
Dobrar,passar aspirador de pó, passar pano,bater o tapete de pelo gigante e pesado, arrumar a cama, passar pano nos móveis,tudo tão cansativo.

Eu adoraria ignorar minha mãe e ter continuado a dormir, porém se eu fizesse isso , não teria passe livre para sair hoje a tarde. Fiquei exausto após esse trabalho de faxina, me dirigi ao banheiro para relaxar com cada gota de água gelada do chuveiro.

.....

Ao descer as escadas me deparei com um cheiro de panquecas deliciosas da minha mãe, meu estômago roncou e eu como um bom filho fui rapidamente preparar meu café da manhã.

 Minha mãe apesar do mau humor constante,é uma ótima cozinheira. Ela me disse que  antes de descobrir que estava grávida,ela planejava fazer faculdade de gastronomia, mas tudo mudou quando ela viu o resultado positivo para gravidez.
Ela pra mim, foi um exemplo de guerreira,meu pai a abandonou no sexto mês de gravidez,Meus avós a expulsaram de casa e por mais que ela tivesse todos os motivos para abortar,ela preferiu me ter e me amar.

A sorte da minha mãe,foi que meu tio parte de pai era o melhor amigo dela e a abrigou em sua casa.
Isso foi ótimo,porque meu tio era e é rico,e pode cuidar muito bem dela. Faz um ano que ele morreu e deixou pra ela toda sua herança. 

Eu ainda me culpo as vezes, por pensar que sou o filho errado para uma mulher tão guerreira. Sabe eu sou reclamão,tenho medo de me lançar atrás de meus sonhos,sou totalmente dependente da minha mãe. As vezes sinto que sou uma carga para ela.

-Que cheiro delicioso!- a abracei por trás enquanto ela virava a panqueca na frigideira.

-você está meloso de mais hoje. -disse com um sorriso terno nos lábios .

-é pra combinar com a panqueca , e claro,contrastar com seu humor azedo.-a soltei e fui até a grande mesa redonda de madeira no canto da cozinha.
 

-tenho que falar algo sério com você querido.- ela desligou o fogo e pôs a panqueca em um prato,trazendo até a mim que estava sentado na mesa .

-odeio quando você me chama de querido... - ela respirou fundo, o que denuncia que o assunto é realmente sério .

-já faz alguns meses que reencontrei seu pai, eu estava indo para o trabalho quando ao atravessar a rua ele me viu e me parou. De início eu não quis ouvir o que ele tinha pra falar, mas acabei aceitando o seu convite para tomarmos um café e  conversarmos sobre tudo o que aconteceu no passado.

Eu não queria ouvir, não queria saber dele, mas eu precisava fingir que estava curioso para saber o que eles conversaram,na verdade eu não precisava fingir, eu estava curioso.

-filho-minha mãe se sentou à minha frente e me encarou-seu pai quer muito te vê...
Ela falou como um pedido, como se ela estivesse implorando para eu aceitar aquilo. Mas não era possível,eu não podia acreditar que minha mãe acha mesmo que eu aceitaria um pedido desses.

-Não, eu não quero.-me levantei indo em direção à sala.

-Filho ... Filho ele é seu pai! - ela veio atrás de mim , aparentando estar um pouco nervosa.

-o meu pai, não abandonaria minha mãe grávida, muito menos sumiria da minha vida durante todos esses anos, sem ao menos me procurar,saber se eu estava vivo.... Ele não é meu pai!- disse me virando em sua direção. Estávamos no meio da sala de estar, eu e ela de frente um para o outro,cada um com sentimentos à flor da pele.

-Meu amor , eu te entendo... Mas eu ... Seu pai parece está mudado e ele era tão novo naquela época. Vamos dar uma chance a ele.

-que? Vamos? Então você quer voltar com ele?! Depois de tudo que ele fez? VC ESTA LOUCA?- Meus olhos se encheram d'Água e eu mal conseguia discernir o que realmente estava acontecendo.

-HOSEOK EU SOU SUA MÃE,NÃO AUMENTE SUA VOZ COMIGO!

-Se você voltar com ele -respirei fundo -Eu não terei mais mãe!

Foi o suficiente para sentir sua mão em minha face,meu rosto ficou completamente quente, a dor, a dor não era nada comparada ao que meu coração sentia naquele momento. Meus olhos encaravam o chão, e eu não sabia o que pensar,minha mente estava uma confusão. As lágrimas desceram  pelo meu rosto sem controle e eu simplesmente não  conseguia nem raciocinar para secar minhas lagrimas .

-Filho... Eu ... Me desculpe. -ela tentou se aproximar mas eu me afastei, levantei meu rosto e a encarei.

-Não me chame de filho.

Sem mais nem menos eu corri para fora de casa, o mais rápido que podia,corri para longe,para qualquer lugar sem rumo certo.
"Hoje é o meu aniversário e de presente ganhei um tapa na cara",eu pensava.
Eu ria,enquanto desacelerava meus passos, á vida é cômica as vezes.

.......

Reparei ao redor,eu estava exatamente na praça que ficava alguns quarteirões da minha casa. Exatamente no lugar em que marquei de encontrar o Yoongi. Quando éramos crianças nos sempre nos encontrávamos aqui,para brincar,desabafar e as vezes só para passar o tempo,nós chamávamos de "nosso lugar". Talvez meus pés foram guiados pelo meu coração,pelas minhas lembranças e por isso cheguei aqui.

Eu fiquei sentado no banco da praça das nove da manhã até as seis da tarde. Eu não tinha pra onde ir e estava perdido em meus próprios pensamentos,que nem reparei no tempo,que passava e passava. Fui acordada de meus devaneios pelo som do meu estômago."que merda de fome", pensei.

Peguei meu celular e vi que já eram seis e meia,meu estômago doía mas eu queria ver muito ele,queria abraçar ele,sentir seu cheiro,ver sua boca... Me sinto tão  sujo por pensar assim sobre meu amigo,meu melhor amigo.

Esperei,esperei,esperei,até não aguentar mais esperar.
Ele não pareceu,talvez eu esteja tentando esconder o fato de que ele não quer mais minha amizade,ou talvez ele... Ele... É melhor eu parar de me iludir.

Eu andava tonto pelas ruas de volta para casa,minha preção abaixou por ter passado mais doze horas sem comer. Ao chegar em casa não vi minha mãe, talvez ela esteja me procurando  preocupado comigo. Fui até a cozinha e comi mais de três panquecas quase de uma vez só. Ouvi a porta da sala abrir e fechar, fui a passos rápidos até lá e lá estava ela,me encarando com uma cara de raiva. Eu ignorei,simplesmente disse " boa noite" e subi as escadas para meu quarto.
Não tomei banho,não chorei,desliguei meu celular,pois não queria ver nenhuma mensagem com mais uma desculpa de Suga. Simplesmente deitei e dormi,permiti minha mente esvaziar de vez e dormi.

.....

Eu acordei, mas mina vontade era de continuar dormindo. Me levantei e fui ao banheiro fazer minhas higienes pessoais. Eu estava tão lerdo quanto uma tartaruga,até ouvir aquela voz,eu reconheceria aquela voz a milhares de quilômetro de distância. Era ele, mas pq? Pq agora? Pus uma roupa aconchegante e fiquei sentado na cama, sabia que ele chegaria uma hora ou outra.
Ouvi uma batida na porta e me ajeitei na cama largando de lado o livro que estava lendo.

-pode entrar.

Ele estava lindo, ele é lindo. Pele pálida cabelos pintados de cinza, diferente das cores usadas por ele tempos atrás. Bem vestido,fazer o que se ele tem bom gosto, e seus olhos... Bem eu amo seus olhos,calmos mas que no profundo retratavam um vendaval pronto a me levar à perdição. Ele me encarava com um pequeno e fino sorriso que se desmanchou ao ver que não retribui o mesmo.

-quanto tempo Hoseok, você continua ...

-não sabe mais né?!-levantei e fui em direção a ele, até ficarmos frente a frente.

-o que ?

-você não sabe mais como eu era, muito menos como sou. Você estava muito ocupado, com seus estudos,sua vida, talvez até uma namorada...-meu coração apertou, mais eu não podia mentir pra mim mesmo,com certeza ele devia ter encontrado alguém, as meninas da escola sempre ficavam com yoongi e ele sempre brincava com os sentimentos delas.

-Hoseok... Eu...-ele abaixou seus olhos, e percebi que eu finalmente acordei pra realidade: suga nunca iria gostar de mim como eu dele,nunca.

-vai embora, eu não preciso de sua pena e nem de um amigo que nunca esteve aqui pra mim.

Quando me virei ele pegou em meu pulso e me puxou para perto, tão perto que seus lábios estavam a menos de três sentimentos dos meus.  Eu sentia a sua respiração em minha face e Meus olhos já estavam fechados, esperando por algo que aconteceu,um beijo. O desgraçado,o idiota, o ignorante,frio e ... O garoto que sempre amei,me beijou.



 


Notas Finais


E então? OQ ue acharam? Amo vcs!! Bjss meus trouxinhas😘


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