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História I hate you, I love you - Chapter One - I hate you


Escrita por: MrsPriorEaton

Notas do Autor


Oi pessoas,
Não me matem, por favor!
Eu sei que estou atolada com muitas coisas acontecendo á minha vida, mas me empolguei e decidi postar mais uma de minhas histórias!
Espero que gostem e não irei me delonganr muito por aqui!
Beijinhos ❤❤❤

Capítulo 1 - Chapter One - I hate you


Beatrice

- Mamãe estamos chegando?! – Pergunta Amélia empolgada no banco detrás. 

- Estamos quase minha filha! – Digo suspirando pesadamente. 

Continuo caminhando pelas ruas de New York sentindo-me um pouco estressada, pelo fato do pai de Amélia decidir morar quase no final da cidade e termos que fazer quase uma viagem, sempre que eu tinha que levar ela para passar uns dias com aquele ser desprezível. 

Paro o meu carro na frente de um portão luxuoso e logo um empregado aparece abrindo o portão para que eu pudesse adentrar no jardim daquela mansão exagerada. Dou partida em meu carro e começo a adentrar o pequeno caminho de pedras, até a frente da mansão. Estaciono meu carro de qualquer forma e desço dele, dirigindo-me para a porta detrás. Abro a porta e estico meu corpo até o feixe do cinto da cadeirinha de Amélia. 

- Olha meu amor, eu quero que você se comporte muito bem, está me ouvindo? Não de trabalho e nem estresse o seu pai! Durma cedo e se alimente direitinho, ok? – Digo sentindo minhas mãos suarem.

- Por que você sempre diz a mesma coisa mamãe? – Pergunta ela enquanto eu levantava o seu corpo da cadeirinha. 

- Por que o seu pai é um irresponsável. – Digo batendo a porta do carro  e apertando um dos botões da minha chave para abrir o porta malas. 

- Ele não é não, mamãe! – Diz ela fazendo um bicão com seus lábios. 

- Eu não irei discutir isso com você Amélia! – Digo sentindo meus nervos ficarem lá em cima. 

Amélia amava o pai dela, ela tinha um grude com ele inexplicável, então tudo o que eu tentasse falar mal sobre o traste do pai dela, ela o defendia. É olha que quem gerou ela por nove meses foi eu e não o imbecil do pai dela. 

- Pensava que não fossem mais chegar hoje! – Diz aquele idiota com aquela voz rouca de sempre. 

- Se você não morasse quase no final da cidade, talvez chegássemos mais cedo! – Digo sarcasticamente enquanto fechava o porta malas e colocava no chão uma pequena mala rosa. 

- Papai! – Diz Amélia empolgando-se em meus braços. 

Aproximo-me do traste com um tanto receio e Amélia estica os seus pequenos bracinhos em direção ao pai. Ele apanha ela com cuidado e á ajeita  em seu colo depositando um leve beijo na sua testa. 

- Aqui esta as coisas dela! Desta vez eu coloquei os remédios dela dentro de uma nécessaire da Barbie, então por favor Tobias não esqueça de dar para ela esta certo? – Digo com olhares de súplica para ele. 

- Eu nunca esquecerei! – Diz ele com convicção.

- Acho bom mesmo, por que se eu tiver que ir correndo, pela segunda vez, para um hospital por que você se esqueceu de novo de dar o remédios dela, eu quebro a sua cara e nunca mais trago ela! – Digo em um tom ameaçador.

- Tudo bem, eu sei que eu errei naquele dia, mas não deixaria mais isso acontecer. – Diz ele suspirando pesadamente, provavelmente por ainda sentir culpa por quase ter matado a nossa filha. Matado é uma palavra muito forte, mas por tê-la deixado em uma situação bastante crítica por causa da irresponsabilidade dele.

Amélia tinha problemas com asma. Nós já a levamos em tudo quanto é médico e até uns meses atrás nenhum tratamento convencional a ajudou de verdade. Mas graças ao meu pai, havíamos conhecido um médico mais moderno, que aplicava tratamentos diferenciados dos tradicionais e por conta dele Amélia estava tendo uma quantidade menor de crises agora. No entanto, graças ao pai dela, ela teve uma crise muito feia e desde então eu venho jogando isso na cara de Tobias.  

- Bom...- Digo desviando o meu olhar daquele embriagante olhar castanho-mel. – A mamãe já está indo, então se comporte! E se precisar de mim, você já sabe o que fazer, não sabe? 

- Sim mamãe! – Diz ela dando um suspiro. 

- Então tá bom, se divirta e cuide-se! – Digo aproximando-me de Tobias e depositando um leve beijo na bochecha de minha filha. Afasto-me cuidadosamente deles e encaro aquele homem completamente apreensiva. – Cuide dela!

- Eu irei! – Diz ele jogando-me um sorriso fraco. 

- Então, tchau! – Digo dando um sorriso largo para Amélia. 

- Tchau mamãe! – Diz ela jogando um beijo no ar para eu. 

Antes que meus olhos enchessem de lágrimas, eu dou-lhe as costas e começo a caminhar apressadamente em direção ao meu carro. Entro rapidamente dentro do veículo e dou-lhe partida, tentando sair o mais rápido possível daquela casa. 

Sempre era desta forma, sempre o meu coração doía ao ter que deixar a minha filha junto de Tobias. Meu pai dizia que era uma besteira eu sentir-me assim, já que Amélia ficava somente dois dias na casa de Tobias e também pelo fato de que ela estava na casa do pai dela e não na casa de um desconhecido. Minha mãe por outro lado, compreendia a minha angústia e tentava amenizar as minhas paranoias toda vez que eu voltava da casa de Tobias, mas era praticamente impossível não sentir dor ao ter que me despedir da minha filha, era como se eu estivesse sempre deixando uma parte minha para trás. 

Paro em um dos milhares de sinais que eu ainda teria que enfrentar e deixo algumas lágrimas teimosas escorrem por meu rosto. Nem sempre foi desta forma, quando Amélia tinha um e dois anos ela não dormia fora de minha casa para nada. Por ela ainda ser pequena e ser completamente dependente do peito, eu não deixava ela dormir na casa de Tobias, então ele vinha para minha casa nos finais de semana e passava o dia todo ao nosso lado. Quando anoitecia ele retornava para a sua casa e voltava no dia seguinte. Foi desta forma até ela completar três anos e sair completamente do peito. Tobias queria que ela passasse mais tempo com ele, em vez de ser somente sábado e domingo, enquanto eu só queria permitir a ida dela nesses dois dias. Brigamos muito, ele até ameaçou-me de por o nosso caso na justiça e após muitas brigas decidimos que ela ficaria de segunda até  quinta comigo, e da sexta até o domingo com ele. Esse nosso trato durou por um ano e quando Amélia completou quatro anos, tivemos que mudar novamente a nossa rotina com ela. Como ela entrou para a escolinha, ela passou a ficar comigo a semana inteira e somente nos finais de semana ela vai para a casa do pai dela. Tobias não gostou muito da mudança, mas como a sua casa ficava muito distante da escolinha de Amélia, ele não pode argumentar muita coisa. 

Eu odiava aquela situação, odiava ter que dividir a minha filha, mas esta era a única solução já que eu e Tobias não éramos uma casal. Nós dois nunca fomos um casal, para falar a verdade nós dois só ficávamos, sem nenhum compromisso, sem nenhum estresse, era apenas transa, nada sério. Ou pelo menos era para ser nada sério!

Mas, um dia no meio de nossos encontros eu comecei a sentir coisas diferentes quando ele me tocava. Meu corpo inteiro se arrepiava, meu estômago embrulhava toda vez que ele chegava perto de mim, meu coração batia forte e foi então que eu percebi que estava apaixonada por ele. Eu estava decidida em contar aquilo para ele e um dia resolvi fazer uma surpresa para ele. Eu fui até a sua empresa e implorei para a secretaria não avisar para ele de minha chegada. Mas quando eu entrei na sala dele, meu mundo praticamente foi para o chão. Ele estava em cima da mesa, comendo uma secretáriazinha qualquer da empresa dele. Naquele dia eu dei um escândalo, um escândalo que eu nunca havia dado em minha vida toda. Eu o xinguei de todos os palavrões possíveis,  bati nele, cheguei até quebrar algumas coisas de sua sala e sai dali odiando Tobias Eaton como nunca havia odiado ninguém. 

Até que um belo dia, no meio de uma das minhas muitas sessões fotográficas eu comecei a sentir-me mal, um enjoou anormal subia em minha garganta e uma fraqueza incomparável tomava conta de meu corpo. Meu pai, no mesmo instante me levou ao médico com medo deu estar com alguma anorexia de tanto fazer dietas loucas por conta da profissão de modelo, mas quando os resultados de meus exames chegaram á mesa do médico, meu coração faltou parar de bater. 

Eu estava grávida. 

Eu estava grávida da pessoa que eu mais odiava na face da terra. Eu estava grávida de Tobias Eaton. 

É lógico que eu passei vários dias em choque e até pensei em abortar, mas no final eu acabei tomando a melhor decisão da minha vida! Eu decidi ter a minha filha e com toda a coragem do mundo eu fui novamente em sua empresa contar-lhe as boas novas! Tobias ficou em choque ao ouvir a palavra grávida, mas diferentemente do que eu imaginava ele agiu super bem e aceitou a nossa filha de primeira. 

Os nove meses seguintes foram um horror! Eu engordei como nunca havia engordado em minha vida e tive até uma pequena depressão por conta de meu peso. Tobias é claro, brigou tanto comigo que eu parei de ficar com aquela paranoia de ser magra. Mas, para uma modelo, a pior coisa que pode acontecer na vida dela é ficar gorda e durante nove meses eu fiquei gorda. 

Mas, mesmo eu e Tobias não estando juntos, ele nunca me abandonou. Ele sempre acompanhava-me em todas as minhas consultas e exames, ele sempre passava em minha casa no final do seu expediente para saber como eu estava e quando eu sentia algumas dores incômodas ele dormia no quarto de hóspedes de minha casa. Ele havia se tornando um ótimo pai, mesmo não tendo a sua filha fisicamente. 

Porém, mesmo com essa nossa proximidade nossa relação não é nada boa. Nós só conversamos o suficiente -  isto é sobre a Amélia – e tentávamos não brigar na frente dela, ela já sofria demais com os pais separados e não era culpa dela se os pais dela não se davam bem, a coitada não merecia passar por aquilo. 

Estaciono o meu carro em frente a minha casa e desço do veículo suspirando. Mas uma vez eu passaria o meu final de semana sozinha e agoniada, preocupada com a estadia de Amélia na casa de seu pai. 

Acho que eu que precisava beber um pouco  para afogar minhas mágoas! 



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