História I hate you,I love you (Romance gay) - Os conselhos do Gustavo

João On 

Acordei sentindo uma dor de cabeça muito forte e quando olhei para o lado a noite passada veio em flashes na minha mente. Eu tinha transado com o Gustavo, que merda, eu tenho sérios problemas mentais. Me levantei da cama e fui tomar um banho, estava distraído quando o Gustavo entrou no banheiro e ficou analisando meu corpo de cima a baixo várias vezes. Ele sorriu e olhou para mim novamente.

-Acho melhor você esperar lá fora. Já estou de saída- falei rapidamente fazendo sinal para ele se retirar-Que coisa feia maninho, aproveita de mim e depois me joga fora? Esperava mais de você. - ele respondeu debochado e mordeu os lábios encarando o meu corpo. - Por favor, vai lá para fora-falei já perdendo a paciência-Ok, ok não precisa ficar bravo-ele fez sinal de rendição e saiu do banheiro. Fiquei por lá mais alguns minutos e saí o encontrando sentado em minha cama olhando para o nada.

-Você fica muito sexy com essa toalha na cintura e o cabelo molhado- ele disse sorrindo e se levantou vindo em minha direção-Gustavo para com isso, foi um erro tudo o que aconteceu, nunca devíamos ter permitido isso-eu respondi me afastando dele e ele sorriu novamente antes de dizer- Sim, foi realmente um erro,mas foi o melhor erro da minha vida. Sei que você ama o André mesmo ele indo embora e te deixando; o amor de vocês é muito grande para acabar aqui ne? Você não devia desistir dele e do amor de vocês. Eu queria muito ficar com você, mas você é meu irmão e isso é impossível. Então só me resta desejar felicidade pra você e pro André e não se preocupe : o que é pra acontecer sempre acontece, não importa quando e como só tenha a certeza de que se for pra ser será. - Dito isso ele saiu do quarto e me deixou sozinho pensando em tudo que tinha acontecido . 

~1 semana depois~

Na última semana eu conversei muito com o Gustavo e ele está me ajudando muito com os meus sentimentos. Sempre me dando apoio nas decisões e me xingando quando eu digo que quero desistir.  Estávamos na mesa tomando nosso café da manhã quando a Andressa chega correndo eufórica.  Todos nós direcionamos os olhares para ela e eu perguntei o que tinha acontecido.

-A tia do André ligou e disse  que ele está muito mal e "tá" internado. Ele está precisando de você. Você vai lá visitá-lo ne João? -ela perguntou e todos olharam para mim esperando minha resposta-Eer.. claro que eu vou vê-lo. Na verdade já estou indo.

Nem terminei o meu café e corri para a casa da dona Andreia e ela me disse que eles sairiam em uma hora. Voltei para a minha casa e arrumei minha mochila , esperei ansioso até a hora de sair.  Fomos para o ponto do ônibus que nos levaria para a cidade e entramos no mesmo, não consegui pregar os olhos durante a viagem e quando finalmente chegamos fomos para a casa da tia do André.  Eu estranhei um pouco a cidade e a casa, não estava acostumado com coisas tão exageradas assim. Guardei minhas coisas em um quarto de hóspedes e desci as escadas em direção a sala, mas acabei chegando na cozinha. 

-Ah, oi, você deve ser o João ne?-uma menina bonita perguntou e eu apenas assenti -O meu primo tem um bom gosto-ela abriu a boca em um sorriso gigantesco e eu apenas sorri amarelo.  Ela me guiou até a sala , chegando lá seguimos direto para o endereço do hospital passado pela Rita (tia do André) . Era um lugar muito grande e bonito, apesar de me dar medo. Eu sentia calafrios percorrendo a minha espinha e isso não melhorou quando o moço de branco, vulgo médico,  disse que podíamos visitá-lo , porém ele estaria dormindo e não deveríamos incomodar, mas antes que ele nos deixasse ir disse que precisavámos saber de algo. Os pais dele pediram para que eu fosse primeiro e eu assenti rapidamente indo em direção ao quarto indicado por uma enfermeira. Quando entrei no quarto vi aquele corpo tão pequeno e frágil cheio de tubos e meu coração se partiu. Fiquei ali por muito tempo , pois a dona Andreia estava resolvendo umas coisas burocráticas do hospital e como eu não havia dormido mais cedo acabei adormecendo todo torto na cadeira. 

------------------(N/A: não vou colocar a conversa de novo)

Depois que saí do quarto disparei a chorar no corredor e uma enfermeira me trouxe água com açúcar para tentar me acalmar , o que não funcionou muito e logo eu estava chorando novamente. Saí do hospital e resolvi arriscar ir para a casa da Rita sozinho, foi difícil, mas depois de perguntar muito eu finalmente cheguei a casa. Decidi entrar sem fazer muito barulho e fui para o meu quarto, não queria falar com estranhos, precisava de alguém que me entendesse.

Chamada On 

Eu-Gustavo?  Você está ocupado?

Gustavo-Caramba que demora, todo mundo quer saber notícias do André

Eu-Foi mal , não deu tempo de ligar antes e ele ta.....

Gustavo- Como ele está ? Fala logo

Eu-Ele está doente, o médico disse que ele tem câncer, mas que suas chances são muito grandes se ele se dedicar muito ao tratamento. 

Gustavo-Nossa que pesado, cara relaxa o André vai ficar bem, tenho certeza que ele vai se dedicar ao tratamento e vai sair bem dessa.

Eu-Credo Guh, isso foi meloso, mas você tem razão. Não podemos desistir. 

Gustavo-Claro que não, agora tenta dormir um pouco. Amanhã você tem que estar firme e forte do lado do amor da sua vida.

Eu-Valeu Guh, você é 10

Gustavo-Na verdade eu sou 1000 , haha te amo irmão

Eu-Também te amo irmão

Chamada Off

Desliguei o telefone e fui tomar um banho rápido para não chamar atenção.  Assim que terminei fui para o quarto e me deitei na cama adormecendo rapidamente e sonhando com o meu baixinho.