História I hate you,I love you (Romance gay) - Castigo? ?

~3 semanas depois~

André On 

Eu estava deitado na cama do hospital me preparando para fazer a cirurgia para a retirada de um pedaço do tumor, pois o médico havia dito que não seria capaz remové-lo por completo apenas com a intervenção cirúrgica.  Não vou mentir que estava com medo, muito medo , eu estava trêmulo e suava frio;  despertando a atenção de um dos médicos que veio me perguntar se eu estava bem .

-Está tudo bem, garoto? O que está sentindo? -perguntou me observando e logo olhando para a prancheta que estava em suas mãos-Bom, eu sinto medo,  isso vale?- o médico sorriu e segurou em minha mão-É normal sentir medo.  É o medo que nos faz mais humanos. Não se preocupe vai dar tudo certo e você vai ficar bem logo logo- acenei com a cabeça em concordância e fui sentindo meu corpo enfraquecer e logo já estava dormindo. 

Autora On 

Enquanto André estava passando pela cirurgia , seu noivo andava impacientemente de um lado para o outro na sala de espera , olhando para o relógio a todo instante. 

-Quanto tempo já passou?-perguntou ansioso para os pais de seu noivo que sorriram devido a grande aflição do mais novo -João senta aí,  não tem nem 20 minutos que eles entraram e você me fez essa pergunta 3 minutos atrás-respondeu sua sogra sorrindo novamente, mas a verdade era que todos estavan muito preocupados mesmo os riscos sendo mínimos. 

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Após algumas horas o médico caminhou em direção a família de seu pequeno paciente e lhes informou que tudo havia ocorrido perfeitamente bem e que o garoto estava a descansar. Em seguida, pediu para eles irem descansar também e voltarem mais dispostos para dar a atenção necessária ao garoto. Mesmo a contragosto João seguiu para casa sendo praticamente arrastado por seu sogro que o impedia de voltar ao hospital.

André On 

Abri meus olhos lentamente e minha cabeça doía muito, senti uma presença na sala comigo e pensei que pudesse ser um médico, mas quando me virei percebi que se tratava de uma criança que devia ter uns 5 ou 6 anos.

-Oi dorminhoco-a menina disse sorrindo e eu achei muito fofo o seu jeitinho envergonhado- Eer.. Oi, o que faz aqui?-perguntei retribuindo o sorriso simpático da garotinha- Eu estou fugindo do meu pai. Ele quer me dar mais remédios, mas eu estou cansada de tomar tantos remédios.  Ah você também tem câncer? -ela perguntou animada se aproximando um pouco mais de mim-Sim, eu descobri a pouco tempo-respondi tentando dar um sorriso, o que não funcionou muito -Nossa imagina que loucura, nós vamos ser dois carecas-ela respondeu dando uma risada gostosa me fazendo sorrir com tanta fofura.

De repente ela correu e se escondeu atrás de uma cortina e eu fiquei sem entender até o médico entrar na sala, sorri ao lembrar do seu desespero para esconder. 

-Como se sente?- ele me perguntou gentilmente-Bem, só estou com dor de cabeça-ele concordou com a cabeça e anotou algo em sua prancheta logo passando os olhos pela sala e sorrindo ao se deparar com pezinhos a mostra por debaixo da cortina. Eu sorri com a cena e ele me olhou com os olhos lacrimejando; ele andou até a área dos medicamentos na sala e a garotinha saiu correndo em direção a porta logo acenando um tchau bem rápido que eu correspondi da mesma forma.

-Ela é um anjo..-o doutor disse me assustando-...um anjo bagunceiro-ele completou me fazendo sorrir com sua expressão-Por quê essas coisas acontecem? Ela não viveu nada ainda e já tem essa doença assim tão grave- o homem me fitou por algum tempo e aparentemente não sabia a resposta também-Não sei também,  ela poderia viver tanta coisa-ele respondeu abaixando a cabeça-Ah, mas ela pode fazer o tratamento e se curar ne?-perguntei já temendo a resposta-Não, infelizmente não adianta mais. O câncer dela está em fase terminal. - ele respondeu e o meu coração se partiu.  O médico pediu licença e me mandou descansar, mas tanto eu como ele sabíamos que seria impossível isso acontecer. 

Quando eu descobri que estava com câncer pensei que fosse castigo de Deus por eu ter feito algo de ruim, mas agora que me deparei com essa garotinha e fiquei sabendo do seu estado , percebi que não tem nada a ver com isso. Por quê quedas da'gua Deus teria um motivo para castigar uma criança tão inocente e fofa como ela era? Realmente não foi um castigo, então vou encarar como uma missão, um desafio, uma prova.