~Dois anos depois~
André On
Estou tendo uma vida perfeita; minha família está feliz e unida e eu estou super satisfeito com o meu "casamento". Depois que saí do hospital decidi que não iria mais perder tempo, pois a vida passa rápido demais e tudo acontece em um curto espaço de tempo. Antes de sair do hospital eu já havia feito muitos planos com o João e alguns já tinham se concretizado.
-Amor, cadê a minha blusa branca do serviço? -ouvi o João gritar lá do banheiro e continuei deitado logo fechando os olhos-Amoooooooor ,eu te perguntei onde está a minha camisa- senti o João se aproximar de mim , me sacudindo logo em seguida -Hum, sai-respondi batendo em seu peito e me escondendo debaixo do edredom. Logo senti o mesmo ser puxado e me encolhi pelo ar frio que entrava pela janela já aberta mesmo sendo tão cedo -Pelo amor de Deus amor, eu tô atrasado. Onde você colocou minha blusa?-perguntou novamente e era óbvio que já estava sem paciência- Aonde ficam as roupas depois de lavadas e passadas? Ah no guarda-roupas . Então aprende a procurar e para de me atrapalhar caramba -respondo com raiva e agressividade batendo forte em seu peito e o fazendo cair-Ah pelo amor ne , já está na hora de levantar e tomar café-ouvi o João dizer chegando em frente ao guarda-roupas e respondi sendo rude- Ah pelo amor ne, já está na hora de você ir cuidar da sua vida. E nem vem me dizer que eu sou sua vida porque isso é muito clichê-terminei de dizer e afundei minha cabeça no travesseiro-Nossa credo, você é muito mal humorado. Te amo, mesmo você sendo insuportável quando acorda-ele disse depositando um beijo no topo da minha cabeça e saindo logo em seguida.
O João estava trabalhando em uma empresa como segurança e eu era gerente de uma loja de artigos para festa. Tudo corria perfeitamente bem e o João estava ansioso já que iríamos ir a um orfanato na semana seguinte, uma assistente social havia nos ligado para avisar que nossa vez na fila de espera havia chegado e estávamos loucos para finalmente ter um filho ou filha.
A semana passou rapidamente e no sábado fomos visitar meus pais, tenho que admitir que sinto muita falta de morar no interior e principalmente de morar com meus pais, mas são sacrifícios que valem a pena. Chegamos na porta da casa e já fomos recebidos por um Júnior eufórico e muito sorridente que saiu nos arrastando para dentro imediatamente, o dia foi muito agradável e deu para matar boa parte da saudade dos meus pais e do Junior, eu só não vi a Juliana , pois ela estava fazendo curso mais a Andressa e passavam pouco tempo em casa; acabamos por decidir em dormir lá mesmo e voltarmos para a cidade de manhã.
Acordei e fiz minhas higienes logo saindo de casa e encontrando meu pai e o João conversando no jardim, me aproximei deles e pedi a benção ao meu pai e beijei o João. Ficamos conversando por algum tempo e decidimos ir embora, pegamos estrada e o trânsito estava um caos, demoramos duas horas a mais do que o normal e estávamos exaustos, passamos em um restaurante e compramos comida. Após comer , fomos descansar e quando me dei conta já era outro dia.
-Amor acorda senão vamos nos atrasar-chamei o João enquanto me levantava e ia em direção ao banheiro -Nossa, eu apaguei ontem-ele disse entrando no banheiro -Vem tomar banho comigo? - perguntei inocente -Claro- ele respondeu maliciosamente -Nem pense nisso-respondi quando ele me abraçou por trás e começou a beijar o meu pescoço logo descendo para os meus mamilos e mordiscando os mesmo -Ai amor para, nós temos que ir para o orfanato-falei relutante e ele sorriu entre o beijo-Nós ainda temos uma hora e o orfanato fica a 15 minutos daqui, não se preocupe, vou ser rápido- protestei um pouco, mas foi em vão então apenas aceitei e aproveitei aquela sensação maravilhosa de dor e prazer ao ser penetrado pelo meu amor. Saímos do banho e tínhamos trinta minutos para estar no orfanato, nos vestimos e resolvemos comer antes de sair.
Chegamos no orfanato e haviam várias crianças correndo e brincando, sorri involuntariamente ao vê-los tão felizes; a diretora do orfanato nos recebeu e fez uma espécie de tour pelo local para vermos as crianças. Olhei para cada uma atentamente e tudo que eu mais queria era levar todas para a minha casa, mas eu infelizmente não podia então teria que me decidir e sabia que isso seria muito difícil.
-O que achou de nossas crianças? -ela perguntou curiosa- Eu quero levar todas essas crianças para a minha casa-respondi rapidamente-Bom saber que eu não sou a única-ela me olhou sorridente e eu sorri com seu comentário. Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até eu decidir ir procurar o João.
João On
Eu já estava perdido dentro daquele lugar e não achava nada que parecesse familiar até que avistei duas crianças sorrindo sem parar, eles pareciam comemorar algo. Me aproximei deles e os analisei melhor; a menina parecia ter 4 ou 5 anos e o menino era mais novo talvez tivesse 2, cheguei mais perto e pude ouvir a conversa deles ou melhor da menina, o garotinho só sabia rir.
-Ririririririririririririririririririri
-Nós somos inteligentes demais
-Riririririririririri
-Vamos dividir
-Riririririririririri sim sim sim
-Ei, o que vocês fizeram? -perguntei quando vi a garota retirar dos bolsos algumas balas e umas moedas-Ai meu Deus corre-a garota gritou e o garotinho riu novamente-Não conta nada para a tia Vic, por favor-a garota pediu fazendo uma carinha muito fofa-Pode parar com isso, só me conta onde conseguiu essas balas e esse dinheiro-falei sorrindo e ela relaxou um pouco a sua expressão e me contou tudo.
-Nós estamos pedindo dinheiro. Quando alguém vai na porta do banheiro a gente pede dinheiro e quando a criança não tem dinheiro ela paga com doces aí vendemos os doces ou comemos- ela terminou de falar sorrindo satisfeita e eu também sorri devido a sua felicidade-Então qual o nome de vocês? - perguntei curioso-Viti-o garotinho mais novo falou empolgado-Ele chama João Vitor, mas todo mundo chama ele de Viti- acenei com a cabeça indicando que havia entendido-E qual é o seu nome?- perguntei me dirigindo a menina e ela sorriu antes de responder.
-Clara
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