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História I Have a Crush on You - Fogo com Fogo


Escrita por: LolaFly

Notas do Autor


Eu demorei, mas finalmente surgi com a side Kikyun que havia prometido para meus amados leitores de The Nanny. Ufa!
Vocês não sabem o custo que foi para esse capitulo sair hoje. Eu havia escrito três capitulos inteiros, mas odiei tudo e exclui pra recomeçar tudo na quinta-feira. Até pensei em adiar mais uma vez, mas vi que seria injusto.

Lutei para postar esse capitulo dessa minha humilde Short fic, esta que será focada mais numa vibe comedizinha boba, bem diferente de The Nanny.

Boa leitura :3

Obs: Para quem não leu The Nanny (vai lá dá uma conferida gata(o), não vai morrer por causa disso), isto é uma side com um casal que apareceu brevemente. Nada foi aprofundado na outra fic e nesta eu não vou citar tanto isto.

Obs 2: Por mais que seja universo ABO (alfa, beta e ômega) eu não sou o tipo de autora que foca nisso a todo momento. É como uma fic comum, só que alguns detalhes a mais.

Capítulo 1 - Fogo com Fogo


- Eu quero um álbum e quero um álbum de sucesso.

- Somente pelo fato de ser meu álbum, pode ter certeza que será sucesso, senhor. Não se preocupe, eu sou puro talento.

Kihyun lembrava-se perfeitamente da conversa que teve com o CEO de sua empresa em uma quarta-feira de inverno. Lembrava-se também do secretário sentando em uma cadeira nos extremos da sala de negócios disfarçando seu celular com as pastas de arquivos de outros artistas. Kihyun supôs que o secretário, Park Haejin, estava jogando Candy Crush como sempre fazia nos “momentos vagos”.

- Kihyun, eu sei que você é um dos nossos maiores artistas e é muito talentoso. – Kihyun se perguntava o porquê do CEO, conhecido por sua imagem fria e séria, estava fazendo tantos elogios, mas não era como se achasse ruim. O que Kihyun não sabia era que o CEO conhecia muito bem a personalidade difícil de seu funcionário e estava preparando o terreno para a bomba. E a bomba chegou. – A questão é que temos que fazer um álbum bom e.... suas letras são desastrosas.

Infelizmente, preparar o terreno não adiantava de nada quando se tratava de Yoo Kihyun, a celebridade mais conhecida da Coréia do Sul e também a mais polêmica, adjetivo este que se dava a sua personalidade extremamente explosiva.

Kihyun era alguém muito dramático, não era atoa que tinha se tornado um ator. Abriu a boca, colocou a mão no peito e arregalou os olhos em uma face totalmente ofendida e surpresa, logo em seguida tentou falar, mas palavras não saiam de sua boca então estralou os dedos da mão direita três vezes antes de levantar o indicador e o mover como se formasse ondas verticais invisíveis. – Olha aqui, mesmo que você seja o CEO não signifique que você saiba o que é talento. Minhas letras são extremamente profundas e não é qualquer um que pode entender. Não me ataque se não quer ser atacado, please.

Kihyun pode ver Haejin revirar os olhos sem desviar os mesmos do celular escondido com um sorriso de lado nos lábios. “Ah mas que vontade de bancar o filho da puta” Kihyun pensou.

- Não podemos contar com letras tão profundas ao ponto do nosso público não entender. Vamos aproveitar que você está em alta graças ao novo dorama e vamos lançar o álbum daqui a dois meses, as chances de sucesso são altas, a não ser que você cause confusão.

Sim, Kihyun não era famoso apenas por ser talentoso como ator, cantor e modelo. Parte de sua fama se dava as polêmicas frequentes em sua vida profissional.

A primeira ocorrerá há dois anos atrás quando gravou seu primeiro drama onde era protagonista; fora um grande tumulto, seu nome ficou nos assuntos mais comentados por quase três semanas seguidas e foram abertos vários debates tanto na televisão quanto na vida cotidiana apenas porque Kihyun assumirá que era um ômega. Ele entendia que ser homem e ômega não era algo comum e bem visto na sociedade, principalmente na coreana que ainda mantinha suas raízes tradicionais, apesar de estar se liberando da ignorância aos poucos, mas, mesmo assim, não se importou em entrevista, quando a repórter falou que era um alfa desejado por muitas mulheres, em se declarar ômega.

Fora tempos difíceis, Kihyun quase perdeu seu papel de protagonista e fora expulso da empresa onde trabalhava, mas seus fãs e algumas outras pessoas que tinham mente aberta pediram para que ele continuasse. Depois de um tempo, a maioria ficou do seu lado o achando corajoso e revolucionário, embora alguns ainda forem contra sua pessoa. Aquilo fora muito bom para sua imagem, ficou ainda mais conhecido.

E assim se sucederam mais polêmicas, tanto envolvendo confusões de Kihyun quando este se irritava e abria a portinha de ofensas existente não-tão-secretamente em sua boca, quanto o modo que o ator se comportava, como também suas atitudes, mais especificamente sexual já que Kihyun trocava de namorado mais do que trocava de roupa antes de sair de casa.

Sem falar no twitter de Kihyun. Oh! Essa com certeza era a parte mais séria do capitulo “polêmicas de Yoo Kihyun”.

O twitter já é algo que, para a maioria da população utilizadora dessa rede social, é como o inferno na terra. Toda briga, intriga, discussão ou treta que existe nesse mundo para o povo comum ou surgiu no twitter ou foi noticiado primeiramente lá. Um ditado muito conhecido pelos corredores daquela empresa era:

“O twitter é o lar do diabo.”

No caso, Kihyun era o tal diabo. 

E essa frase se popularizou graças aos closes errados dados por Kihyun naquela rede social. Desde falar mal da roupa de uma das integrantes da Girls’ Generation as coisas mais inimagináveis. Aqui veremos alguns dos tweets mais polêmicos de Yoo Kihyun:

 

 

“Ficam me chamando de pequeno, mas minhas highnote são maiores que vocês.”

“Será que o Siwon gosta de coisas lindas? Se sim, pode vim falar comigo pois tenho interesse.”

“A madrugada é bandida, mas eu sou mais.”

“Key é tão poderosa, mas quando ele coloca essas roupas ridículas eu finjo que foi a estilista da SM que fez o estrago.”

“Estou apreciando Park Jimin a poucos metros de mim, e sim, a bunda dele é maravilhosa.”

“Meu deus! Até eu sou mais hétero que esse tal de Byun Baekhyun.”

“Se Deus não levar certas pessoas, eu juro que eu dou um jeito”

“Esses peitos da HyunA são naturais? Aham, e a bunda da Nicki Minaj também”

“YG é uma das maiores empresas da Coreia e mesmo assim não consegue pagar um cabelereiro decente. Olha a bosta que fizeram no cabelo do Bobby de novo”

 

 

Polêmicas e mais polêmicas, assim era a vida de Kihyun. Ele tinha sorte de saber cantar e atuar, caso contrário, provavelmente estaria morando com a mãe até os vinte quatro anos e escrevendo fanfics sobre Meu Namorado é Um SuperStar da categoria One Direction.

- Confusão? Jamais. – Kihyun resmungou ainda aborrecido pelo CEO ter ofendido suas letras profundas.

- Então. – O CEO começou. – Por conta disso, nós resolvemos contratar um compositor que vai lhe auxiliar na criação do álbum. Como estamos perto do fim do ano, logo, o Natal, quero como conceito amor doce. Acha que consegue?

- Não existe nada que eu não consiga fazer. – Kihyun disse convencido. – Of course, boss.

 Kihyun pode escutar as risadinhas fracas de Haejin do outro lado da sala, acabando por olhar o mesmo com raiva. O ego de Kihyun odiava risadinhas daquele tipo. E o motivo para estas, você se pergunta, é claro que era porque a pronuncia de Kihyun era extremamente ruim na língua estrangeira, mas este não aceitava o fato e continuava a encher a boca para falar que era fluente quando na verdade só sabia um pouquinho do verbo to be e todo seu vocabulário era baseado nas series que ele assistia em finais de semanas sem programação alguma.

- Park Haejin. – O CEO chamou a atenção do outro, levando o olhar em direção ao mesmo e fazendo com que o secretário se mexesse assustado, escondendo o celular no bolso rapidamente e sentando-se com a postura correta em ambiente de trabalho.

Haejin tossiu um pouco antes de retomar sua postura profissional. – Sim?

- Você não tem feito muito aqui na base da empresa, o trabalho está sendo dividido e não tem sobrado muito para você, não é mesmo? – O CEO não esperou uma confirmação para continuar. – Atualmente, Kihyun está sem nenhum manager depois de ter demitido o último.

- Não tenho culpa se o babaca não sabe a diferença entre um americano morno e um americano quente. Minha voz podia estragar com a temperatura errada daquele café. – Kihyun se defendeu ao ver o chefe dirigindo um olhar repreendedor para si.

- De qualquer forma, quero que você fique com ele durante esse tempo. O acompanhe nas gravações e também no estúdio. – O CEO falou não percebendo a cara de indignação que o secretário fez ao escutar aquilo por estar distraído olhando para o próprio celular. Não havia emprego pior do que cuidar de Yoo Kihyun, todos, inclusive Park Haejin, sabiam disso. – O deixe longe de confusões por esse tempo.

O CEO se levantou se dirigindo para a saída sem esperar a resposta do funcionário, principalmente porque este não tinha escolha, ou fazia o que era mandado ou podia procurar algum emprego no jornal no dia seguinte. Antes de sair, o chefe ainda se virou e falou seriamente. – E também não o deixe, em nenhuma circunstância, tweetar. Trabalhem duro.

Kihyun abriu um sorriso sacana em direção ao secretário, este que suspirou alto e perguntou mentalmente para qualquer ser divino que o escutasse o porquê de tanta desgraça em sua simples vida.

 

(*3*)

 

Kihyun era alguém difícil de se lidar, mas era o difícil escandaloso, narcisista e cheio de amor por dinheiro e se próprio, querendo sempre ser o dono da verdade final. É, esse tipo de difícil era realmente irritante, mas não era pior ou melhor que o difícil de Lim Changkyun.

O destino é algo realmente engraçado. Kihyun ainda podia se lembrar daquela tarde de outono onde fora convidado por seu colega de trabalho, Shin Hoseok, mas conhecido publicamente como Wonho, para uma reunião familiar de respeito, o tipo de comemoração muito incomum na vida extravagante de Kihyun, porém, o mesmo aceitou por conta da amizade e, claro, comida de graça de gente rica que costumava ser muito gostosa.

A reunião era o aniversário do, aparentemente, filho de Hoseok, Minhyuk. Kihyun assumi que foi uma tarde bem divertida mesmo que ele não tivesse simpatia por crianças, mas Minhyuk não era do tipo catarrenta, irritante, insuportável e mãe-eu-quero-ver-galinha-pintadinha.

Se Kihyun fosse listar qual fora o momento mais interessante daquela tarde com certeza diria que foi no momento em que Hoseok o apresentou e, logo em seguida, o deixou na mesa ao lado de seu antigo amigo de faculdade de artes, Lim Changkyun, que Hoseok contará estudar música.

 

- Posso escutar sua música algum dia? – Kihyun perguntou simpático.

- Não. – A resposta fora fria e curta. Changkyun nem se deu o trabalho de olhar para si, mantendo-se concentrado no desenho imaginário que fazia com os dedos no pano da mesa.

Kihyun, por alguns segundos, esqueceu da sua máscara simpática e charmosa com a resposta fria que receberá do outro. Demorou alguns segundos e um suspiro fundo para que o sorriso voltasse a tomar seus lábios, dessa vez mais ladino e maldoso.

- A não ser que você seja um artista ruim. Sinceramente, eu sou alguém muito seletivo e exigente, sem falar da franqueza que tenho comigo desde criança, ou seja, se sua música for uma verdadeira merda, eu com certeza direi. Então é melhor você nem me mostrar.

Changkyun suspirou tão profundo quanto o outro, levantou a cabeça e olhou para Kihyun. O ator esperou uma atitude selvagem e ignorante do alfa, porém, este lhe surpreendeu totalmente quando abriu um largo sorriso e tombou a cabeça em um ato infantil.

– Quem sabe um dia eu te mostro o que sou capaz de fazer.

 

Kihyun tinha que assumir que, apesar de ficar irritado com o tratamento inicial frio do tal colega de faculdade de Hoseok, ele se sentindo totalmente excitado com aquelas palavras que carregavam um tremendo duplo sentido.

Esta foi a última vez que virá Changkyun.

Todos aqui sabemos que esse fato não foi citado aleatoriamente e que o destino em histórias como é algo extremamente óbvio. Como vocês já devem imaginar, no dia seguinte, quando Kihyun apareceu no estúdio acompanhado de seu mais novo manager - que já estava de saco cheio sendo que não tinha começado a trabalhar há menos de uma hora depois de uma discussão com Kihyun por causa da cor do seu casaco não combinar com a roupa do ator metido, mais conhecido como Megera Yoo. Changkyun estava lá, o esperando como se fossem totais desconhecidos, o que na realidade era quase isso.

Kihyun ficou surpreso, dramático como sempre, fez questão de soltar um gritinho surpreso e colocar a mão no peito enquanto dizia: - Você?!

Changkyun não fez questão de responder, continuando com sua face inexpressível. Ele sabia com quem ia trabalhar já que fora avisado anteriormente e também sabia da fama do cantor, não que fosse do tipo que prestava atenção em rumores da mídia sugadora.

- Não acredito que nos encontramos dessa maneira depois de meses. – Kihyun sorriu sedutor mexendo em seu cabelo em um charme que aprendeu enquanto lia a revista na qual foi capa há algum tempo atrás. Revista feminina, diga-se de passagem. – Acho que isso é o destino querendo nos juntar.

- Quando quer começar a trabalhar? – Changkyun perguntou indiferente.

Kihyun conhecia bem aquelas respostas frias do músico, ainda estavam frescas em sua mente. Não se estressaria naquele momento. – Pode ser agora mesmo.

- Ótimo.

E assim o dia começou. Changyun fingia que jamais vira Kihyun fora do ambiente de trabalho e Kihyun tentava utilizar de seus charmes para ao mesmo receber alguma frase mais carinhosa do outro, mas esta nunca vinha. As tentativas de Yoo eram falhas em Changkyun, mas eram puro sucesso quando se tratava de fazer Haejin rir, este que observava tudo com risadinhas maléficas. Finalmente Kihyun achou alguém que o tirasse o trono de ouro.

Como já dito anteriormente, Kihyun era uma pessoa difícil, mas Changkyun também era.

O difícil de Lim Changkyun podia ser classificado como... realmente difícil. A personalidade do músico alfa de vinte anos era fria e calada, entretanto, quando questionado ou desafiado, Changkyun sempre tinha uma resposta na ponta da língua e está, normalmente, era mal-educada e ofensiva.

Em questão de amor próprio, ele era exatamente como Kihyun, mas preferia guardar seus elogios a si próprio para si mesmo. Tinha um terrível defeito de mentir sempre que possível e sempre que a lhe convinha, mas nada drástico demais para o tornar um psicopata, apenas mentiras simples que o impedia de entrar em más situações.

Na faculdade, tinha somente Hoseok como amigo justamente por sua pessoa difícil, não confiava nos outros e quando confiava, tendia a levar essa amizade para o resto da vida. E quando se tratava de trabalho, a perfeição era o mínimo que podia alcançar, abaixo disso era o próprio fracasso.

Changkyun não sabia medir as palavras, não conseguia ser gentil e sempre acabava por magoar alguma pessoa. Isso acontecia incontáveis vezes:

“Acha que eu estou gorda?” Uma ex namorada de Changkyun perguntara uma vez.

“Gorda? Não sei porque você paga se vai na academia uma vez por mês e, quando vai, fica andando naquela esteira conversando com as outras mulheres. É uma pergunta bem idiota, não vou responder que você está com uma barriga de cerveja porque senão você vai ficar com raiva.” 

Eles terminaram no dia seguinte. Changkyun não se importou muito, afinal, ela era um tanto quanto irritante.

É, Changkyun era alguém difícil de se lidar e Kihyun também.

Fogo com fogo tende a dar incêndio.

 

(*3*)

 

Uma semana se passou. A rotina de Kihyun era basicamente gravar cenas de seu drama pela tarde, dar entrevista em programas de noite e, o momento mais estressante, trabalhar em seu álbum pela manhã antes.

Kihyun pode sentir na pele o que as pessoas sentiam quando lidavam com alguém difícil. Changkyun se tornará extremamente insuportável, o ignorando, dando respostas curtas e nem ao menos olhando para si. Um dia desses Kihyun comprou bolinhos para o músico e lhe deu com um sorriso simpático nos lábios, entretanto, este sorriso sumiu no momento em que Changkyun olhou com desdém os bolinhos e os empurrou para o lado dizendo odiar bolinhos com sabor de coco.

Naquele dia, Kihyun pensou seriamente em cometer um assassinato. Enfiar o bolinho na garganta de Changkyun e ver ele morrer sufocado parecia uma opção tão tentadora.

Mas ao contrário do que queria, Kihyun somente sorriu amargo e se sentou para trabalhar em melodias ignorando os risinhos vindos da cadeira na extremidade da sala que tinham um dono com nome e sobrenome. Park Haejin.

Um dia eu demito esse cara, Kihyun pensou.

 

Na quinta-feira, a primeira música do álbum fora concluída.

Changkyun, Kihyun e Haejin se sentaram confortavelmente longes enquanto a inédita música tomava o estúdio, uma melodia doce mesclada com a poderosa voz de Yoo.

Não posso negar, esse filho da puta canta muito, Haejin assumiu mentalmente. Jamais falaria aquilo para tornar o dono da tal voz ainda mais convencido e, logo, insuportável.

Três minutos e alguns segundos se passaram até que a canção se encerrou e deixou o local em total silencio. De um lado, Kihyun sorria orgulhoso do próprio trabalho, esperava receber elogios tanto do CEO, como do público e, principalmente, de Changkyun.

Kihyun, por mais que achasse Changkyun terrível, tinha que assumir que tinha um pequeno-grande-crush pelo músico. Talvez fosse a irreverência, ou a aura misteriosa ou até mesmo o sorriso simples e discreto que Changkyun dava quando se sentia satisfeito com seu próprio trabalho. Kihyun não sabia bem o porquê, só sabia que não sabia o que estava acontecendo. Mesmo que Changkyun fosse rude com Kihyun, o ator gostava disso como se fosse uma verdadeira mulher de bandido, o tratamento diferenciado que recebia fazia com que tudo se tornasse mais excitante.

Mas, como sempre, Changkyun surpreendia Kihyun de um jeito terrível. Sentado na cadeira com uma expressão séria, o músico falou algo que simplesmente tirou o sorriso de Kihyun:

- Isso está uma verdadeira merda.

Okay. Um assassinato em minha carreira não vai fazer muita diferença, Kihyun considerou.

A boca de Haejin simplesmente se abriu em total choque com as palavras do músico. Ele sempre achava engraçado as patatas de Changkyun, mas aquilo já era demais. A música ficará boa na opinião de Haejin, mas quem era ele para falar alguma coisa?

- Como assim? Ficou boa. – Kihyun falou calmamente. Haejin sabia que estava vindo uma tempestade, até porque, Kihyun jamais era calmo. – Se você me odeia, tudo bem, mas isso não é motivo para você desmerecer meu trabalho, principalmente quando ele também é seu.

- Não ficou boa. – Changkyun respondeu no mesmo tom. Pela primeira vez, ele dirigiu um olhar diretamente para Kihyun e este fora intenso. Por alguns segundos, Kihyun se sentiu assustado, mas depois voltará a si encarando o músico com a mesma intensidade. Afinal, Kihyun não era o tipo que recuava quando era afrontado. – Não tem nada demais nela. É somente uma música como as outras, não tem sentimento. O erro não foi meu e sim seu.

Kihyun abriu um sorriso irônico e venenoso, como ele próprio. – Meu erro? Meu querido, eu nunca erro.

- Pois errou dessa vez.

Kihyun empurrou a cadeira para trás ao se levantar bruscamente. Apontou para a cara de Changkyun daquele jeito que sua mãe sempre o repreenderá quando criança dizendo ser falta de educação. – Olha aqui meu amigo, nós fizemos essa música juntas. Meu erro nada, é nosso erro. Não me culpe, pois, você também a fez. Eu gostei e se você não gostou, problema é seu.

- Minha parte está ótima. O problema é seu vocal. – Changkyun contrabateu dando um leve tapa na mão de Kihyun para que este tirasse o dedo de sua cara, também se levantando e confrontando o outro. Haejin somente observava tudo com os olhos arregalados, não sabia se separava a briga ou se continuava a observar para ver até onde aquela treta insana chegava.

Kihyun o olhou indignado. - O que tem de errado com o meu vocal?!

- É uma música romântica. Você está cantando como se fosse a voz do google tradutor, não tem sentimento muito menos intensidade. Você não consegue passar sentimentos através de sua voz? Que tipo de cantor você é?

- Você acabou de falar que eu sou um mau cantor? – Kihyun revirou os olhos dramaticamente. – E você? Por acaso consegue alcançar alguma nota corretamente? Faça-me um favor, vai lavar louça, fazer aulas de canto e depois tomar um chá de semancol, criança.

Oh shit! Changkyun odiava que o chamassem de criança! Pela primeira vez, o músico mostrou para Kihyun um sentimento diferente de indiferença. A famosa raiva.

- Criança?! Só porque você é alguns anos mais velho não significa que seja mais sábio e maduro que eu. Pelo menos eu não sou um idiota que entra no twitter para falar bosta sem parar, pelo menos eu tenho noção do que faço. Não sou um atorzinho de merda que se acha o superior quando na verdade só ganhou fama por ser um ômega alfa.

- Veja bem com quem você está falando. – Kihyun, mesmo irritado, soltou um sorriso provocante. – Criança.

Changkyun rosnou e na sala já se podia sentir o cheiro dos hormônios raivosos soltados pelo alfa e o ômega. Haejin, como um bom beta, interferiu para não acabar tendo que dar testemunho para a polícia mais tarde.  – Calma, gente. Que tal se a gente se sentar e conversar como bons profissionais?

- Cala a boca! – Os dois gritaram em uníssono.

- Você é um cantor de merda. – Changkyun provocou.

- Minha conta bancaria é maior que seu apartamento, criança! – Kihyun contrabateu.

Haejin suspirou se pondo no espaço entre os dois. – O problema começou por que a música não ficou boa na opinião do Changkyun, não é mesmo? Segundo ele, falta o sentimento. – Os dois assentiram ainda irritados. – O álbum é sobre amor e é lógico que Kihyun não pode cantar com sentimento, até porque ele não namora com ninguém há muito tempo, quase três semanas. Então, nós podemos resolver isso facilmente.

- Como?

- Você e Changkyun podem começar a sair. Assim os dois vão ficar inspirados. Não precisam namorar nem nada do tipo, é só fingir. Não é vocês mesmo que dizem que fazem tudo para fazer algo perfeito?

E, por mais que a ideia fosse insana, Changkyun e Kihyun concordaram.

 

Fogo com fogo, tende a dar uma boa foda.


Notas Finais


E esta foi minha tentativa (falha?) de escrever uma comediazinha. Eu saí da minha zona de conforto pela primeira vez, por favor, não sejam tão terriveis nos comentários, mas digam sempre a verdade, okay?
A fic terá no minimo 3 capitulos e no máximo 5. Amo Changki.

Posso confessar uma coisa? A personalidade do Kihyun tem muito da minha, esse jeito extravagante e narcista, "exotico", foi herdado da autora. Eu sou quase isso na vida :3 só falta o dinheiro.

Eu amo Park Haejin. Jogue o nome dele no google só de curiosidade.

Eu tenho que correr, estou muito atrasada. Mais tarde eu reviso qualquer erro que tenha na fic.

Tchauzinho :3

Link de The Nanny: https://spiritfanfics.com/historia/the-nanny-5805562


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