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História I Have a Crush on You - Invadindo a Muralha


Escrita por: LolaFly

Notas do Autor


Alô! Alô!
Cheguei
Aviso: Está fic é bem idiota

Edit: Muitas pessoas me questionaram nos comentários sobre o signo do Kihyun estar errado, contudo, eu gostaria de avisar que ele na verdade é uma cúspide, ou seja, nasceu no dia de transição dos signos, então só saberíamos o real signo dele se analisassem o seu mapa astral inteirinho. Para essa estória, resolvi coloca-lo como escorpião pois combina mais com sua personalidade. Tudo explicadinho? Beijos de luz para vocês!

Boa leitura :3

Capítulo 2 - Invadindo a Muralha


Changkyun não se importava com muitas coisas.

Na vida do músico, poucas coisas eram realmente importantes e dignas de sua atenção e, consequentemente, felicidade. Como por exemplo: O lançamento de um álbum de algum de seus artistas preferidos; O exemplar de um livro esperado por si a muitos meses; O primeiro pedaço de pizza que deveria ser pego somente por ele e mais ninguém; A sorte de achar alguma moeda em seu caminho; ou até mesmo o fato de ter comprado algo online e ter chegado o produto certo ao invés de uma pedra embrulhada.

Sim, estas eram realmente coisas que deixavam Changkyun animado. E não algo que faria a maioria das pessoas ansiosas e felizes como um encontro com um ator famoso com muito dinheiro e fãs, aquele era o tipo de coisa que jamais deixaria Changkyun feliz, pelo contrário, o deixaria de mau humor.

E era exatamente por isso que Changkyun se encontrava sentado no banco de passageiro no carro que era conduzido por Haejin com uma expressão fria, beirando a irritação.

Havia alguns minutos que Haejin havia parado na frente de sua casa, esta qual ele teve que dar o endereço para o secretário, e o pego para seguir em direção a residência do ser humano mais irritante que Changkyun conhecerá, em sua opinião.

O músico não tinha gostado do primeiro contato com Kihyun na reunião para comemorar o aniversário do filho de seu amigo Hoseok. Odiara ter que ficar perto de pessoas que não conheciam limite e insistiam em invadir seu espaço pessoal, ou seja, Yoo Kihyun. Ele não tratou o outro de maneira rude naquele dia, não queria estragar a festa que parecia tão animada mesmo sendo uma tarde de outono quase no inverno, somente sorriu e fingiu não se importar com as provocações do outro, entretanto, ele se importava e muito.

Agradeceu por não ver mais o rosto do ator, modelo e cantor sem ser nas capas de revistas das bancas ou nos outdoors ou até mesmo na televisão quando assistia o drama que tinha Hoseok no elenco, querendo assistir e se orgulhar pelo tão bem feito trabalho do amigo, mas consequentemente acabava por ver várias vezes Kihyun já que este era o ator principal.

Changkyun ficaria feliz se passasse o resto da vida vendo Kihyun somente daquela maneira, distante e menos irritante, porém, a vida é algo engraçado.

A semana que passara ao lado do cantor foi extremamente irritante. Kihyun a cada dois minutos direcionava algumas palavras para si afim de chamar sua atenção, entretanto, quase todas estas palavras eram sem sentido e tão fúteis quanto a própria imagem do artista.

Changkyun se arrepende por ter dito aquelas coisas sobre o trabalho de Kihyun, não por assumir estar errado e sim porque se não tivesse falado aquilo, jamais seria obrigado a fazer parte daquele teatrinho ridículo de primeiro encontro.

Quando Haejin deu aquela insana ideia, nem Changkyun nem Kihyun concordaram de primeira. Changkyun odiava encontro e o fato de ser acompanhado por Kihyun só piorava a situação enquanto que Kihyun achava aquilo algo muito chato, afinal, ele queria conquistar o músico de maneira menos grotesca como um encontro falso. Mas no momento em que o secretário murmurou – A não ser que vocês estejam com medo um do outro. – Uma provocação infantil, entretanto, muito efetiva quando se tratava de pessoas difíceis como Kihyun e Changkyun. Os dois levaram aquilo como um desafio.

E assim aconteceu.

O automóvel parou em frente há uma casa grande, porém, não tão chamativa quanto Changkyun pensou ser a residência de um idol tão polêmico como Kihyun, se localizando em um bairro de classe média alta que não era tão conhecido por ter famosos como moradores.

Bastou algumas buzinadas e quase quinze minutos de espera para que uma figura de roupas de grife passasse pela porta de entrada da residência. Kihyun vestia uma camisa de botões branca por baixo de um casaco grosso negro com a calça no mesmo tom, combinando com os óculos escuros e o chapéu.

- Está atrasado. – Changkyun falou assim que a batida da porta do carro soou no ambiente, anunciando a entrada do ator no automóvel.

- Eu sou bonito naturalmente, mas isso não significa que eu não tenha que me cuidar. – Kihyun respondeu do banco de trás. Haejin nada falou, somente deu partida no carro em direção ao restaurante escolhido para a ocasião.

 

         (*3*)

 

No restaurante, Changkyun olhava para todos os lados menos para o rosto do modelo, ator e cantor a sua frente, este que fazia questão de não quebrar o olhar em seu corpo em nenhum momento, chegando a ser até mesmo desconfortável. Parecia que Kihyun estava lhe comendo com os olhos e realmente estava.

O garçom se aproximou da mesa silenciosa. – Com licença, aquele homem ali pediu para eu dar um recado a vocês. – O funcionário apontou para uma mesa um tanto quanto afastada, onde estava sentado solitariamente Park Haejin, observando cada movimento do dois. – Ele disse: Hajam como um casal.

E assim o garçom saiu, deixando um Kihyun irritado por ser observado daquela maneira, igualmente com Changkyun que odiava as pessoas invadindo sua privacidade.

- Não aguento esse cara. Ele acha que manda em alguma coisa. – Changkyun ditou.

- Ele tenta ter controle de tudo por mais que não saiba nem mesmo o que está fazendo. – Kihyun respondeu. – Finalmente achamos algo em que concordamos.

- Tanto faz. – O músico levou o copo com agua até os lábios, sabendo que estava sendo observado por Kihyun, mas não se sentia tão incomodado quanto antes.

- Vamos tentar recomeçar, hum? – Kihyun perguntou, recebendo um olhar de Changkyun. – Eu sei que as vezes eu sou insuportável, mas juro que se você me der uma chance eu vou parar com isso. Aproveita a oportunidade, eu não sou de abaixar a guarda para ninguém, estou abrindo uma exceção para você porque você é muito bonito.

- Me elogiar não muda nada. Não sou como os outros caras que você namorou.

- Isso foi tão frase clichê de menina de dorama, mas, pela minha experiência, no final elas sempre param de ser duronas e cheias de si depois que conhecem o verdadeiro amor. Viram um doce de pessoa, chegam até a serem trouxas. – Kihyun disse divertido. Changkyun não conseguiu esconder o risinho discreto ao escutar aquilo. – Eu vi você rindo? Meu Deus!

- Tudo bem. Vamos recomeçar, mas com a condição de que você vai parar de ser esse cara chato. – Changkyun disse olhando fixamente para Kihyun. As vezes o ator pensava se Changkyun sabia o quanto que certos olhares dele afetava as pessoas a sua volta. – Você não precisa ser o Kihyun da televisão comigo, seja apenas você mesmo.

- Quem disse que eu não sou eu mesmo? – Changkyun revirou os olhos. – Tudo bem, eu vou ser esse tal Kihyun que você fala que é o verdadeiro.

- Ótimo.

- Então... – Kihyun começou tentando pensar em algum assunto para começar. – Qual é seu signo?

- Que tipo de pergunta é essa?

- Só me responda.

- Aquário. E o seu?

- Escorpião.

- Tinha que ser.... – Changkyun falou. – Não acredito tanto nessa coisa de signos.

- Como não? – Kihyun questionou em um tom quase ofendido. – O meu signo bate perfeitamente comigo. E você bem que tem um jeitinho de aquário, apesar de carregar em seu coração a frieza de um capricorniano.

- Eu não entendo nada disso.

- Seria muita ousadia minha perguntar quantas horas você nasceu? – Kihyun nem ao menos esperou o outro responder. – Seu signo é um amor, não entendo como você é assim. Com certeza seu ascendente deve ser um bem irritante tipo aries, virgem ou até mesmo gêmeos. Sério, se você for de virgem, por favor, nem olha na minha cara.

- Por que esse problema todo com virgem? – Changkyun perguntou. – Isso é inveja da pureza deles que você nunca teve?

- Sua piada foi tão engraçada que eu vou até ignorar. – Changkyun se permitiu dar uma risada zombeira. Ele estava realmente se divertindo com aquela conversa um tanto quanto estranha. – Eu só não gosto de virgem. Simplesmente.

- Não é como se eu gostasse de escorpião.

- Como você não gosta de escorpião? É um dos melhores signos! – Kihyun falou, aumento um pouco o tom, mas não o suficiente para irritar profundamente o aquariano.

- Eu só não gosto de escorpião. Simplesmente. – Changkyun riu mais espontâneo ao ver os lábios de Kihyun se moverem proferindo silenciosamente xingamentos. – Então, como conheceu Hoseok?

- Nós trabalhos juntos, mas creio que você já saiba disso e falou somente para puxar assunto. Dou parabéns pela tentativa. – Kihyun riu ao ver o outro desviar o olhar, talvez estivesse envergonhado. – E você?

- Pela faculdade.

- E como Shin Hoseok conseguiu se quebrar essa muralha envolta de Lim Changkyun?

- Ah... Hoseok é alguém muito insistente. Ele fazia aulas em outra ala, mas sempre me via sozinho no almoço até o dia em que tentou falar comigo. Demorou muito tempo e muita força de vontade por parte dele, e quando eu percebi já estávamos no meu apartamento dividindo pizza e brigando para decidir quem escolheria o Ken no Street Fighter.

- Interessante. – Kihyun curvou seu tronco, se apoiando na mesa para se aproximar um pouco de Changkyun com um sorriso de canto nos lábios. – E eu? Como faço para quebrar a muralha?

- Você pod-

- Kihyun? – Uma terceira voz se fez presente no ambiente, fazendo com que os dois pares de olhos, que antes estavam focados um no outro, se dirigissem a dona da voz parada em pé ao lado da mesa. – Meu Deus! É você mesmo!

- Sim. – Kihyun sorriu simpático mesmo estando com uma certa raiva por aquela garota ter quebrado totalmente o clima que o ator lutará para criar.

- Meu Deus! Eu te amo tanto, você não tem noção! – A menina falou alto e rápido, chamando a atenção dos outros presentes no ambiente que até então nem tinham notado a presença de alguém famoso. Changkyun achou a garota realmente irritante. – Eu vi todos os seus doramas. Não existe no mundo alguém mais fã do que eu!

- Obrigada por apreciar meu trabalho. – Kihyun respondeu calmo, algo que jamais fazia, mas quando se tratava de seus fãs ele era a pessoa mais amorosa do mundo.

- Quem é esse? – A garota dirigiu um olhar de desgosto para Changkyun. – Esse é mais um de seus namorados, oppa? Aish, eu realmente odeio quando você inventa de ficar namorando esses caras. Eu sempre estive te esperando, mas você insiste em ficar indo atrás da pessoa errada. Minha vontade é de colocar esse homem na mesa e cortar a cabeça fora.

- Não fale assim com ele. – Kihyun falou sério. Droga! Ele gostava muito de suas fãs, mas odiava as tais loucas que se chamavam de fãs. – Por favor, trate com mais educação os outros.

- Não aja assim, oppa! – A garota falou alto. Changkyun já podia estar os cochichos das outras mesas sobre a cena.

- Então não tenha essa atitude de merda! – Kihyun não era a pessoa mais controlada do mundo. Principalmente quando tinha que ficar escutando meninas irritantes gritando ‘oppa’ pra cá, ‘oppa’ pra lá.

- Por que você está gritando comigo?! – A garota gritou batendo o pé. Changkyun observava a cena totalmente irritado por tamanho show, a menina não tinha noção? – Oppa só está agindo assim por causa dessa coisa!

Kihyun não aguentou escutar aquilo vindo da garota enquanto está apontava na cara de Changkyun. Aproveitou o garçom que passava ao seu lado no momento carregando uma bandeja com dois pratos de macarrão e pegou um deles, fazendo questão de jogar a comida na cabeça da garota. – Não sou seu oppa!

Changkyun abriu a boca e segurou a risada. A cena era séria, mas sua vontade era de rir até perder o folego.

- Como você pode fazer isso?! – Ela, dessa vez, gritava. Estava toda suja de macarrão e com raiva enquanto que Kihyun só a olhava daquele seu jeito mais esnobe possível.

- Não quero fãs como você.

- Seu ator de merda! Quem você que é para fazer isso comigo? – Ela colocou o dedo na cara de Kihyun, mas este deu um tapa no mesmo. – Você só pode estar louco! Seu ômega nojento! Aberração!

- Ei! – Dessa vez foi Changkyun quem falou, se levantando e ficando frente a frente com a garota. E assim iniciou-se uma discussão dentro do restaurante, uma terrível discussão que provavelmente estaria nos assuntos mais comentados da Coreia do Sul em poucas horas.

 

(*3*)

 

- Mas que merda! – Kihyun gritou procurando algo para chutar, mas não achando nada e acabando por chutar o chão mesmo. O que era algo bem idiota, entretanto, não era como se a raiva de Kihyun o deixasse pensar direito. – Por que Haejin tem que fazer isso comigo justamente hoje?

Depois da discussão com a tal fã louca que provavelmente deixará de ser fã de Kihyun depois daquela noite, todos os envolvidos foram expulsos e proibidos de entrar no restaurante. A única coisa que Kihyun queria depois daquele momento estressante era ir para sua casa e dormir na sua cama macia, tinha perdido até mesmo o clima para dar uns beijos e olha que isso era algo bem incomum.

Para piorar a situação, Haejin tinha desaparecido. Não respondia as mensagens ou atendido as ligações, simplesmente desaparecerá do mapa e isso pouco importaria para Kihyun se não fosse pelo pequeno detalhe de que Haejin tinha desaparecido junto com o carro.

E tudo isso foi o que trouxe ao momento atual.

Kihyun jamais pensará que pisaria novamente em um ponto de ônibus. Odiava ter que andar no meio de um monte de gente que não conhecia e que, na maioria das vezes, fedia como se nunca tivesse visto um tal de desodorante na vida. Uma das motivações para trabalhar cada vez mais para aumentar sua riqueza foi em pensar que quanto mais rico ficasse, menos chances teria em voltar a andar de ônibus.

Mas parece que isso não funcionara muito bem.

Por sorte, ou não, estava de noite e estava tudo vazio, em outras palavras, não tinha ninguém fedorento próximo de Kihyun porque, graças a Deus, Changkyun conhecia o famoso perfume.

- Você parece muito idiota agora. – A voz rouca de Changkyun, que até então se encontrava em silencio sentado no banco de olhos fechados à espera do automóvel público. – Quem usa óculos escuros de noite?

- Não quero ser reconhecido. – Kihyun respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Como se tivesse alguém aqui além de mim para te reconhecer. – Changkyun resmungou para logo em seguida voltar a ficar em silencio.

Aquela ideia idiota, aos olhos do ator, tinha sido de Changkyun. O ponto não era longe do restaurante, pelo menos era isso que Changkyun tinha dito. Kihyun ainda sentia as pernas tremerem depois de andar quase seis quarteirões, estava quase que morrendo, no meio do caminho tinha pensado seriamente na possibilidade de dormir em um beco tendo como cama um papelão e como música de ninar, o som dos ratos procriando, mas, depois de muito pensar, decidiu que talvez aquela não fosse a melhor opção apesar de ser bem tentadora.

Kihyun tentava se esconder ao máximo usando seus óculos escuro de grife e chapéu preto escondendo boa parte da face, entretanto, não percebia que era aquele se modo de se esconder que chamava mais atenção.

Estava somente Kihyun e Changkyun no ponto de ônibus com cobertura. Nenhum deles falavam nada, Changkyun muito ocupado estando no seu próprio mundo e Kihyun entrando em desespero por ser tomado pela nostalgia de pertencer a classe média. Por estarem imersos demais, nem ao menos notaram a presença de um terceiro se aproximando, só percebendo este quando chegará dentro do ponto.

- Boa noite. – O homem que não parecia ser mais velho que os outros dois disse. Ele vestia uma jeans escura e um casaco grande demais mesmo sendo inverno.

- Boa noite. – Changkyun respondeu sem ao menos abrir os olhos.

- Boa noite. – Kihyun respondeu baixo, olhando brevemente para o homem que fez questão de se sentar ao seu lado mesmo tendo mais cinco lugares vagos. Por que não vá se sentar na outra cadeira, porra!

O ator pode perceber o bigode ralo do homem desconhecido, assim como as costeletas grossas e se tinha algo que Kihyun aprendeu em sua vida de ator era que nunca podia se confiar em caras com costeletas pois estes sempre eram os vilões.

- Noite boa? – O desconhecido puxou assunto, recebendo somente um concordar de Kihyun que permanecia de cabeça baixa na esperança de não ser reconhecido. – Legal. Minha noite também está sendo boa, mas ela vai melhorar.

- Interessante.

- Muito.

O silencio novamente tomou o lugar até que o desconhecido começasse a assoviar uma canção que Kihyun não reconhecerá, este que estava rezando para que o bendito ônibus chegasse logo e o tirasse daquela horrível situação.

Olhou para o lado e viu Changkyun ainda de olhos fechados, alheio a tudo e todos. Ele era realmente um aquariano de primeira.

- Gostei do seu chapéu. – O desconhecido voltou a falar. – E os óculos? São de grife?

- Sim. – Kihyun respondeu baixo. Por que infernos aquele cara insistia em puxar assunto?

- Devem ser bem caros. – O homem se levantou repentinamente. – Olha, você parece ser uma menininha rica que não conhece o mundo daqui, então vou ser bem breve. Me passa os óculos, o chapéu e o celular, isso é um assalto e se você gritar em vou ter que te bater.

- O que?! – Kihyun abriu a boca e finalmente olhou diretamente para o desconhecido, este tinha uma arma na destra.

- E você também ó brisa! – O assaltante se dirigiu a Changkyun que, ainda de olhos fechados, entregou o celular para o cara.

- Deixa pelo menos o dinheiro da passagem para a gente, parceiro. – Changkyun finalmente abriu os olhos, falando de modo ameno com o assaltante.

- Não posso ficar prejudicado, patrão. – O homem respondeu. – Eu até deixo o dinheiro da passagem, mas quero o tênis da sua gata e o seu.

Changkyun suspirou e olhou para Kihyun. – Tira o tênis.

O ônibus virava a esquina e se aproximava cada vez mais do ponto quando o casal entregou os calçados para o desconhecido. Este deu boa noite e saiu correndo antes que o ônibus parasse e assim eles pudessem embarcar.

 

(*3*)

 

- Eu não acredito! Eu passei minha vida toda tentando fugir desse ar de gente classe média e justamente no dia que eu resolvo dar uma da Santa Madre Tereza e conhecer o ambiente do povão, eu sou roubado. Eu nunca mais vou ser bom, posso até ser chamado de esnobe, mas vou ser chamado assim enquanto estou na minha hidromassagem tomando vinho tinto sem o perigo de ser roubado. Você sabe o quanto custava aqueles óculos? Nem eu sei, mas devia ser cara porque meu patrocinador é bem grande e só me dá luxo. Eu queria tanto socar a cara do Haejin! Isso tudo é culpa dele!

- Você poderia, por favor, calar a boca, Kihyun? – Changkyun interrompeu o outro com uma expressão entediada. Já fazia alguns minutos desde que tinha entrado no ônibus e desde então Kihyun não parava de reclamar e isso era extremamente irritante.

- Eu tenho o direito de ficar com raiva, tudo bem? Você que teve essa ideia idiota de vim pegar ônibus. – Kihyun viu o outro revirar os olhos e teve uma enorme vontade de socar a cara do mesmo, entretanto, não perderia a classe por tão pouco. – Eu perdi meu celular, e agora estou vestido ridiculamente. Você sabe o que aconteceria se, uma figura pública como eu, fosse pega no ônibus, sem sapato e todo bagunçado? Por mais que pareça idiota, meu amigo, as pessoas desse mundo não têm o que fazer e por isso vivem falando mal de tudo. Já teve o escândalo no restaurante, mais uma foto minha no ônibus, eu vou viver um verdadeiro inferno amanhã.

- Pode ficar tranquilo que já está muito tarde e não tem ninguém no ônibus. – Changkyun acalmou o ator com seu tom tranquilo. Ele conseguia entender um pouco do drama de Kihyun, mas fazer aquele show era desnecessário. – Logo você chegará em casa e Haejin resolve tudo amanhã. Uma polêmica a mais na sua vida não vai fazer diferença, não é mesmo?

Kihyun concordou ficando realmente mais calmo com as palavras do outro. Ele até mesmo pensou que tudo poderia se resolver facilmente.

Porém, como todos nós sabemos, a vida é algo engraçado.

O ônibus mais uma vez parou e, contrariando o que o músico falou anteriormente, um grupo de jovens com no mínimo cinco pessoas entrou rindo alto. Era o fim de Kihyun. Com certeza aquele bando de adolescentes irritantes iria reconhecer a face do ator famoso e tirariam foto daquela situação ridícula, Kihyun nem ao menos tinha para onde fugir.

- Fudeu. – Falou baixo ao ver os adolescentes, ainda distraídos, se aproximaram cada vez mais do assento duplo onde estava sentado com Changkyun. Não demoraria muito para os jovens o notar, mesmo estando no fundo e com a iluminação um tanto quanto precária.

Os jovens riram cada vez mais alto e se sentaram dois assentos a frente, olharam brevemente para os outros dois presentes ali, entretanto, não acharam nada de interessante para manterem o olhar.

- Fique assim. Silencio. – Changkyun falou perto do ouvido de Kihyun, este que estava totalmente surpreso pela atitude do músico em puxa-lo para perto e acomodar o rosto do ator em seu peito, assim escondendo a face das pessoas que olhavam de longe. Kihyun não sabia o que pensar, mas decidiu permanecer daquela maneira para não ser reconhecido pelos jovens, sem falar que, o perfume de Changkyun conseguia ser ainda melhor quando se estava próximo demais.

 

(*3*)

 

- Vamos. – Changkyun ditou depois de longos minutos, afastando o rosto de Kihyun, que estava quase dormindo, de seu peito. O ator olhou para os lados, estando sonolento e tentando entender o que se passava. – Eles já foram embora, mas não foram antes da gente passar no ponto perto da sua casa. É melhor você passar a noite na minha casa hoje, se você quiser é claro.

- Tudo bem. – Kihyun, pela primeira vez, não tinha malicia em sua voz. Ele não estava pensando na oportunidade de dar uns beijos de tirar o folego em Changkyun ou até mesmo algo a mais que isso, a única coisa que passava na cabeça do ômega é que ele não queria de modo algum ir para casa naquele estado e também sobre o quanto queria sentir mais o cheiro de Changkyun.

Demorou alguns minutos para que chegassem ao simples apartamento de Changkyun. Diferente do ator, o músico tinha acabado de iniciar a carreira profissional e não tivera tempo o suficiente para juntar seu próprio dinheiro e se mudar para um lugar melhor, mas este era um dos seus planos para o futuro.

 O apartamento só tinha uma sala acoplada com a cozinha, um quarto e um pequeno banheiro. Era quase toda em tons amadeirados e mais alguns detalhes que Kihyun não percebeu tanta pela sonolência quanto pela timidez repentina que lhe tomara.

- Pode ficar à vontade. Eu vou pegar alguns cobertores para você dormir no sofá. – Changkyun disse sem olhar para Kihyun, adentrando a casa com tranquilidade.

Kihyun se sentou no sofá, esperando a volta de Changkyun.

Não demorou muito para que o alfa surgisse novamente carregando dois cobertores em tons claros, os deixando descansar em cima do estofado. Sentou-se ao lado de Kihyun e olhou para esse do mesmo modo como olhará durante o jantar.

- Espero que você fique confortável.

- Posso te fazer uma pergunta? – Changkyun assentiu. – Na verdade, refazer. Como destruo a muralha envolta de Lim Changkyun?

- Você não a quebra. – Changkyun podia se julgar um louco. Aquilo não era do seu estilo, não era normal ser daquele jeito, mas mesmo assim estava sendo. Talvez fosse a carência por estar alguns meses sem uma companhia sexual, ou talvez fosse por conta de toda aquela tensão envolta deles ou talvez fosse por causa do cheiro de Kihyun que lhe afetou em todo o caminho. Changkyun não sabia o porquê, só sabia que acordaria na manhã seguinte se considerando um louco. – Você a invade.

Sim. Changkyun acordaria se chamando de louco por naquele momento ter tomado a iniciativa de beijar a pessoa mais problemática, metida, esnobe, irritante, insuportável, teimosa, os adjetivos eram muitos, da Coreia; mas, com certeza, não se arrependeria de ter tomado aqueles lábios de sabor tão doce, totalmente o oposto dos donos deste.

 

É, Changkyun não se arrependeria de ter abrindo passagem para Kihyun e Kihyun não se arrependeria de ter invadido a muralha envolta de Changkyun.

 

 

Mas a realidade é que Kihyun não queria invadir e sim ser invadido por Changkyun, mas isto fica para outro momento.


Notas Finais


Vocês não sabem quanto eu lutei para postar essa fic.
Desculpa por não ter postado no sabado, eu tive uns problemas e vai demorar um tempo para que eu retorne a minha rotina de atualizaçôes.

Normalmente eu não curto fazer beijo antes do quinto capitulo, mas aqui a gente tá em uma shor então eu resolvi tirar o pé da janta. To loca pra escrever putaria (desculpa o palavriado). Kihyun é loca sim e Changkyun tá ficando mais soltinho, adoro.

QUASE 100 FAVORITOS NO PRIMEIRO CAPITULO E EU TO BERRANDO
VCS SÃO MUITO TOP

"Ihh! Falou top, menos um favorito"

Desculpa ai

Sou loca dos signos sim e se você não acredita nisso beleza, respeito, provavelmente deve ser capricornio mas blz.

Gente, eu vou indo, mas depois eu volto. Okay?
Tchauzinho


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