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História I Have Questions (Camren) - Happy ellipses


Escrita por: Rcode

Notas do Autor


Chegamos ao último capítulo. Tá sendo uma coisa complicada para mim.

Quando cheguei a cogitar a ideia de escrever Camren, achei que iria "flopar" e que a minha estória não seria lida por ninguém e para a minha surpresa, isso foi diferente.

Olha meus amores, eu sou a pessoa mais feliz do mundo pelo espaçozinho que vocês me concederam aqui, lembro que eu ouvi a Camila cantar e essa ideia só veio na cabeça e eu comecei a escrever o primeiro capítulo e o segundo... por ai foi indo.

Preparei um capítulo maior.
Espero que vocês gostem!
Boa leitura, amoras.

Capítulo 10 - Happy ellipses


Fanfic / Fanfiction I Have Questions (Camren) - Happy ellipses

Pov Lauren

Acabei de fechar a última mala para viajar. Camila e eu escolhemos Grécia para uma viagem de uma semana, vamos aproveitar que estamos sem compromissos e finalmente dividirmos alguns momentos. Camila está no banheiro, posso ouvi-la cantar daqui, isso até merece uma espiada. Faço um rabo no cabelo e vou até a porta do banheiro, giro a maçaneta com cuidado, dando de cara com a Camila fazendo barba de espuma.

Como pode ser tão linda e ao mesmo tempo uma criançona. Eu a amo tanto, mais tanto que olhar para ela é a coisa mais incansável do mundo.

– Amor, você quer ajuda com as costas? – Pergunto, vendo ela se espantar com a minha presença.

– Bê, não me mate dessa forma. Estou jovem para uma parada cardíaca! – Ouço sua risada e acabo por ser contagiada. – Vem, assim eu te ajudo também! – Exclama.

Afirmo com a cabeça e começo a descer as alças do meu vestido, fazendo com que ele caía no chão conforme desço o zíper. Retiro meu sutiã e por último, minha calcinha voltando a soltar o cabelo. Camila abriu o box e me puxou para dentro, o que meu corpo ir contra o dela e o dela, contra a parede. A água começou a cair na minha cabeça, molhando meu ombro, minhas costas e meus seios.

Como é bom sentir os seios dela assim nos meus.

Camila parece querer me seduzir arranhando meus braços com suas unhas, descendo até as minhas mãos e segurando-as com firmeza. Ela foi subindo minhas mãos por seu abdômen até me fazer agarrar em seus seios maravilhosos. Suspiro, com a sensualidade de Camila e mordo meu lábio. Camila gira a torneira do duche diminuindo um pouco a força da água e puxa meu rosto para o dela, respirando contra os meus lábios enquanto solta uns gemidinhos conforme acaricio seus seios e ponho minha perna entre as suas pernas.

– Você é tão linda e gostosa ao mesmo tempo. – Profere e morde meu queixo. – Eu quero você agora. – Sussurra em meu ouvido, apertando a minha bunda.

– Oh Camz. – Minha pele arrepia com seu sussurro.

Viro ela, pondo seus seios contra parede, ponho seu cabelo de lado e começo a morder sua nuca, enquanto a minha mão direita passeia por seu corpo até meu dedo chegar no seu clítoris.

– Oh, isso, iss-oooo.

Faço movimentos com os dedos e senti-la assim excitada estira-me ao delírio total. Ponho meu dedo na minha boca e volto a virá-la para mim, beijando a sua boca. Vou para o seu pescoço, trilhando a minha língua entre seus seios, barriga, cintura, umbigo. Fico de joelhos bem na sua frente, apertando suas coxas com as minhas mãos e a encaro, pronta para chupá-la toda. Passo a minha língua em sua coxa esquerda e dou uma leve mordida. Deslizo para a sua virilha e finalmente minha língua alcança sua boceta.

Camila segura meu cabelo com um pouco de força à mais; julgo que seja a empolgação e ainda assim eu gosto. Intercalo meus movimentos com a língua entre os circulares e pressões em seu clítoris e isso causa gemidos abafados de Camila. Posso sentir o meu clítoris pulsar de desejo e tesão, enquanto a minha boca dar prazer à ela. Camila travou a minha cabeça e sorriu.

– Olha para mim, olha. – Exige ela e eu olho. – Me dá a ponta da sua língua.

Ponho a ponta da língua para fora e isso foi extremamente excitante, principalmente quando ela começou a foder a minha boca sem pudor. Ela melava meus lábios e conforme acelerava seus movimentos, ficava mais fácil para ela manusear seus movimentos em meus lábios.

Posso sentir o corpo dela exigindo que goze, como também posso sentir ela segurar isso.

Que delícia sentir ela assim.

Camila fechou a água completamente e puxou meu cabelo para cima. Ela está mais picante do que me lembrava. Entre o banheiro até a cama, nos beijamos. Fiquei de costas para a cama e ela apenas me empurrou pelos braços, obrigando-me a deitar primeiro.

– Uau, quer ficar em cima é? – Digo com uma voz em provocante.

– Como se eu não amasse ficar por cima.

Ela sorrir maliciosamente e vem pra cima. Voltamos a nos beijar, só que dessa vez, eu que segurei a Camila pelo cabelo.

– Abre as pernas. – Seu tom é tão exigente que eu só me sinto pronta para obedecer. – Agora!

Abri e ela retribuiu ficando de joelhos na cama, fitando-me enquanto se masturba. Minha respiração ficou frenética e o tesão foi deixando-me louca. Deslizei minha mão até a minha boceta, pus meus dedos para me tocar e pronta para começar, Camila segurou a minha mão e impediu-me.

– No. – Eu mordi a minha boca.

– Karla Camila, eu não aguento mais.

– Ohh baby, sim você aguenta.

Volta a sorrir cheia de malicia, ficando de quatro bem na minha frente. Em seguida, ela pegou meu dedo e pôs dentro da sua boca o que provou uma erosão dentro de mim. Ela fez uma sucção na ponta do meu dedo e brincou com a língua em seguida. Não estou bem, na verdade eu estou ótima, completamente excitada e melada.

– Chega de torturas. – Peço, quase súplico.

– Pede para ser chupada, pede! – Seu ar convencido só foi aumentando meu desejo.

– Eu imploro. ME. CHUPA. AGORA.

Sem hesitar ela pôs sua boca em mim, apertei os lençóis da cama com força enquanto sua língua me leva ao êxtase. Camila sabe bem usar a língua e isso é delicioso. Estava prestes a gozar em sua boca, quando Camila simplesmente parou e começou a me beijar.

– Eu preciso sentir você. – Indagou, encaixando sua perna. – Preciso e, vou.  

Ao dizer isso, ela colocou sua boceta na minha e encaixou nossos clítoris. O céu é bem perto comparado aonde eu fui com essa sensação maravilhosa. Camila acabou por erguer um pouco seu corpo, jogando seu cabelo para trás, segurando meus seios e gemendo. Gemendo tanto, que posso sentir seu calor. Pus minhas mãos em seu quadril, ajudando os movimentos e a puxei, colando nossos corpos. Desci minhas mãos para a sua bunda.

E que bunda.

Nossas bocetas estão bem encaixadas, o desejo de gozar está nos olhos dela, também estou nessa sintonia. Camila colocando seus cotovelos na cama e repetidas vezes foi falando o quanto me amava e que ela me pertencia. O melhor sinal de todos que ela está gozando. Ela foi ficando mole apertando meus braços e minha boceta ficou toda gozada. Delícia. Girei na cama indo para cima dela.

– Goza na minha boca! – Pede, mesmo estando toda mole sobre a cama. – Eu ainda estou no controle, baby.

Fui engatinhando até a sua boca e ao sentir a mão dela na minha bunda, pus minha boceta em sua boca. Comecei a foder sua boca até que gozei. Senti a língua de Camila buscando cada gota do meu gozo, e mesmo sensível permiti. Com cuidado saí de cima dela e me deitei, vendo-a colocar seu indicador dentro da boca, mantendo seus olhos fechados.

– Como senti falta disso. – Diz e abri os olhos. – Eu acho que sou mesmo gay. – Brinca, dando um sorrisinho maroto.

– Camz, meu amor, o que você fez durante esses anos?

– Por quê? – Franzi a testa e vira-se param mim.

– Sei lá. Você está diferente na cama. – Lanço e ela rir, ainda não vi a graça.

– Minha vida sexual virou uma piada. – Rir-se ainda mais, pondo sua direita em meu seio. – Esses peitos sim, faz uma latina arder em mim.

– Camila à hétero. – Ironizo, vendo ela vir para cima de mim, prendendo minhas mãos.

– Karla, a insaciável.

– HAAHHAHA. Camila!

– O quê? – Ela começa a me beijar, estalando seus lábios. – Eu te amo, sabia?

– Eu também amo você.

Passei minha mão suavemente em seu rosto e a puxei para mim. Encostei sua cabeça entre meu ombro e pescoço, acariciando o casco da sua cabeça. Ponho-me a pensar na gente, é bom, muito bom pensar como consigo agora. Tê-la agora em meus braços, seu suor em minha pele junto com o doce aroma de seu perfume novo, seu cabelo cheiro e sua pele macia repousada na minha.

Sua respiração foi ficando bem tranquila, até demais. Chamei ela duas vezes até me dar conta que minha Karla dormiu. Com muito cuidado, deitei ela na cama e cobri seu corpo com o lençol, deixando o tempo passar mesmo sabendo que daqui umas horas temos que ir até as meninas na casa de Dinah. Coloquei meu cotovelo no colchão e minha cabeça na mão, cobrindo meus seios com o mesmo lençol.

Decido levantar-me e ir para a cozinha, deixando a Camila descansando. Pego uma calcinha e uma regata no armário mesmo e saiu sem pisar forte. A minha garota anda bem cansada e não é atoa, tenho consciência de como sua agenda anda cheia e exaustiva. Nessa vida, não tem vitamina que nos ajude e isso torna ela uma ídola minha também; Não é fácil sorrir o tempo todo e ser considerada a famosa mais adorável do pop.

Abri a geladeira e fiquei fitando-a. Olhei os morangos, uvas, melão. Hmm. Pego tudo e um prato de vidro. Cortei os morangos no meio, lavei as uvas e duas fatias de melão. Fui até o armário e procurei pelo achocolatado. Podia jurar que o deixei aqui? Sim. Fico nas pontas dos pés e finalmente o encontro, a Mani que adora isso, nem sou tão fã assim; sempre Normila bebendo achocolatado. Risos. Arrumo tudo na mesa e vou para o jardim. O bom de ter um pequeno jardim e plantar flores neles quando se está triste, é que, no momento de felicidade você pode colher uma e dar para a razão de se estar feliz.

Camila deixa meus sentimentos bipolares, pelo menos deixava. Certo? Espero que sim.

Coloquei a rosa amarela na mesa e fui até o meu carro, só para ter certeza que deixei o documento dentro do porta-luvas.

– Amor? – Ouço Camila.

– Oi, estou na garagem. – Respondo.

Saí do carro e fui para o interior da casa, vendo ela estirada no sofá com uma das minhas blusas. Seu rosto inchado da soneca, seu cabelo semi molhado e a preguiça estampada em seu rosto.

– Vem, cortei frutas para você. – Anuncio, puxando ela do sofá.

Chegamos na cozinha, Camz sentou-se e eu fui buscar o leite para preparar o seu achocolatado. Ela logo pegou um dos morangos e mordeu o melão. Típico, gulosa. Peguei um copo grande, coloquei três cubos de gelo, achocolatado e leite, mexi e pus a colher na boca.

– Beba tudo em.

– Oras, uma hora sou uma latina quente e outra, um bebê que ama achocolatado.

– Comigo, pode ser o que quiser. Eu amo todas as suas versões, Camz.

Chegamos na casa da Dinah, não sua casa oficial, apenas a de férias. Ao entrarmos, Camila e eu fomos recebidas por Ally, que corre para nos abraçar. Dinah surge na porta, cruzando seus braços, esperando que Ally nos leve.

– Chancho!

– Cheechee!

Elas se abraçaram e eu fiquei pro fim, indo até a Normani que está com um lindo sorriso esboçado em seu rosto. Eu entendo bem esse sorriso, ele é efeito do amor.

Pov Camila

Me senti no céu quando Dinah e eu falamos sobre coisas de noivas, não evitei e nem conseguiria fingir que isso me encanta. Eu e Lolo de noivas e uma dança. Passar os anos filhos, quem sabe um do meu ventre e outro dela? Seria ótimo.

Seria um sonho.

Normani pediu a ajuda de Lauren para irem buscar o almoço e Ally aproveitou o embalo para ajudar e comer as fritas da Mani que ela sempre adorou. Dinah entre encostou no sofá e ficou muito calada, para não dizer em transe. Fechei a minha revista e a olhei.

– O que foi? – Pergunto.

– Você quer casar, não é?

– Claro Chee. – Suspiro forte. – Mas antes quero promover algumas coisas.

Foco meu olhar na Dinah mas meu pensamento foi para algumas coisas além. Eu quero sim casar com a Lauren, constituir uma família linda e feliz. Entretanto, quando eu saí do grupo, nós perdemos muitas coisas juntas, nos afastamos, criamos algumas diferenças, deixamos de nos conhecer de certa forma. Dinah e Normani tem todo direito de casar, elas nunca sofreram esse choque e se chatearam. Eu e Lolo nos casaremos? Sim. Que dia? Talvez depois de aproveitarmos o namoro.

Quero conhecer a Lauren mulher e quero que ela me conheça também. Quero ouvir sobre seus planos e tentar copilar aos meus. Não se constrói castelos em um dia, é preciso tempo para ele ser grande, forte e bonito.

É assim que eu nos vejo, precisando retomar a nossa construção. Juntas somos melhores e vamos fazer tudo daqui para frente tudo ser parte do futuro, até que esse futuro seja o nosso para sempre.

– Eu entendo. Essa viagem será ótima para vocês. – Dinah alisa a minha mão. – Eu te amo, qualquer estarei sempre aqui por você e por Laur.

– Eu sei.

Nos abraçamos de um jeito bem confortante, é sim, um abraço da minha amiga.

– Hey, vamos comer! – Normani nos chama.

– Graças a Deus, que fome. – Ally indaga.

Nos reunimos em volta da mesa, cada qual com sua companheira exceto óbvio Ally, que no momento não se diz interessadas em namoro. Gosto da ideia de Ally estar focada em seu livro: Better Together. Quando ela nos disse qual será o nome, foi um momento bastante simbólico. Segundo ela, o livro contará sobre esses anos dentro da banda e servirá como uma máquina do tempo, mostrando a Ally antes e depois. Pediu-nos autorização para sermos suas “personagens” e por que não? Aceitamos sim. Devemos sempre nos apoio. Acima de tudo, continuarei nessa linha de pensamento.

– Agora que está tudo bem, temos uma confissão à fazer para vocês duas. – Dinah fez uma carinha marota e levantou. – Acho que a Mila percebeu. – Começou a rir.

– Amor, deixe eu falar. – Mani se intrometeu e Dinah sentou novamente. – Simon me chamou antes de tudo para perguntar o que eu achava de convidar a Mila. – Ela sorriu fraco e me pediu para ir até ela. – “Normani, Ally diz sim para tudo. Lauren é ex dela e Dinah é mais impulsiva. Preciso de você, a mais sensata para me ajudar.” – Rimos de Normani imitando o Simon. – Eu pedi um tempinho para ele, fui para casa e pensei, só, eu não podia falar sobre isso até então.

– Eu fiquei um pouco puta quando ela me contou. – Dinah interfere e rimos outra vez.

– Mila, eu pensei muito mesmo e lembrei das vezes que esse grupo foi feliz com você e como eu e você nos divertíamos. Nesse pensamento eu liguei para o Simon e disse assim: Vamos à isso, ligue e a convide. Ela vai querer isso. Eu chamei Ally e Dinah para uma conversa e contei a elas antes de contar para a Laur, pensei: Como fazer isso tudo ser um pouco como antes? Combinamos uma coisa e isso foi uma forma…

– O que vocês fizeram? – Pergunto, quase tendo um treco.

– Eu me toquei… – Lauren fala.

– Eu, Dinah e Ally só chamaríamos você de Camz, apelido de Lauren. – Parando para pensar, também percebi isso. – Dinah perdeu a hora do vôo de propósito. – Uau, elas pensaram em tudo. – E foi nos passando algumas informações de você. Achamos que injetando o Camz no seu cérebro, você sentiria falta de falar com a Laur e acho que deu certo.

– Vocês pensaram em tudo. Cabronas. – Disse. – Eu tinha tanta mágoa e foi bom sabe? Quando eu vi a Dinah antes de vocês meu coração acabou por se abrandar e o Camz realmente. Teve uma vez que quase perguntei porque vocês estavam me induzindo a memórias boas me chamando assim, nossa… eu só tenho que agradecer ao apoio e a vida. Se o destino existe, ele nos escreveu juntas.

Sorri e abracei Normani agradecendo-lhe por ter feito tudo isso para hoje estarmos dividindo o almoço. Voltamos a nos sentar, por debaixo da mesa segurei a mão de Lauren, fazendo-a olhar para mim. O que encontrei foi bem melhor do que imaginava. Soltei e passei a olhar para cada uma delas, com o coração acalentado e seguro. Sim, considero-me segura agora. Quem destrói também pode reconstruir. De certo, sempre soube que tínhamos chances de refazer a ligação amizade, até porque sempre encarei que o impossível mesmo era voltar a ter algo com Lauren.

Começamos a comer, conversando sobre a viagem à Grécia antiga que Lolo planejou, também vamos se der tempo, passar pela Espanha e assistir um jogo do Real Madrid com Barcelona; acredite se quiser, Lauren fez questão que tudo desse certo e abrisse uma possibilidade para este jogo. Prefiro assistir Peppa Pig, mas vai ser divertido.

5 meses depois. (Sim, não vou detalhar a viagem delas).

Vejo Normani inquieta, ao ponto de parecer uma surtada. Será que vou ficar assim também quando me casar? Vou até ela e peço para ela ter calma, o que fez ela olhar para mim como alguém que quer arrancar meus olhos e ao mesmo tempo, gritar. Pego mais uma vez o meu telefone e tento ligar para a Lauren que neste instante está com Dinah.

Parece que as coisas lá não estão diferentes, segundo Lolo a Dinah está comendo os dedos, porque as unhas já não existem.

Volto a me concentrar na Normani e peço mais uma vez que ela pare de ir e vir no corredor, já estou ficando tonta e ela só está suando e gastando seu salto. Dessa vez, ela me ouviu. Parou e sentou. Uffa. Me sentei ao lado dela e sentindo sua mão gelada, pude constatar que quando casar, preciso de muito cházinho. O Sr. Kordei chegou e veio até ela, afirmando que todos na igreja já estão prontos. Me despedi da Mani e desejou sorte, pois preciso voltar para as meninas; eu, Lauren e Ally vamos nos preparar para entrar com a Mani.

No ensaio do casamento, os padrinhos e madrinhas entram primeiro, depois a Mani entra com o seu pai, depois entra Dinah.

Os convidados estão em volta, Dinah e Normani decidiram deixar filmarem o casamento delas, e eu amei, quero deixar também. Precisamos dar esse tapa de realidade na sociedade tradicional. A música de entrada dos padrinhos começou, eu curvei meu braço e Lauren entrelaçou o dela no meu. Ally vai entrar com Gustave e assim sucessivamente. Comecei a caminhar na frente, sabe, eu estou tão feliz pelas meninas que já estou chorando. O clima é o mais alegre e inspirador possível.

Lauren e eu fomos até o microfone, Ally soltou o Gustave e se juntou a nós duas. Normani escolheu Adele - One and Only. Ally quem repartiu a música e dividiu para nós três – maravilhosa – e então começamos a cantá-la. Lá vem ela, regozijar esse momento com sua beleza única. Vou pondo força na música, subindo-a até o máximo que consigo. Lauren tomou sua parte, sendo mais doce durante as notas e Ally sendo a mais poderosa, como combinado. O Pai de Normani a deixou perto do juiz. Pousamos nosso microfone e voltamos para o nosso lugar. Tudo à volta ficou em silêncio, vi de relance um rapaz carregando um microfone para o fundo e sussurrei para Lauren, que não pareceu surpresa.

Dinah apareceu, dando duas batidinhas em seu microfone e o pianista foi dando vida a música que, nossa, que música perfeita. Dinah começou a cantá-la e isso foi o bastante para fazer quase todos, senão todos, chorarem.

É inegável que devemos ficar juntos
É inacreditável como eu dizia que jamais me apaixonaria
Você precisa saber
Se já não sabe como me sinto
Então deixe-me mostrá-la agora que eu estou falando sério
Se todas as coisas, na hora certa, o tempo revelará

 

Sim...

 

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente
Que você é a única para mim
E quatro: repita os passos de um a três
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

Sim...

 

É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
É tudo emocionante quando você descobre do que se trata, ei
E é indesejável que nós fiquemos separados
Eu jamais teria ido muito longe
Porque você sabe que tem as chaves do meu coração

Porque...

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente
Que você é a única para mim
E quatro: repita os passos de um a três
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
(Então voltarei para o primeiro passo)

 

Diga adeus a escuridão da noite
Eu vejo o sol se aproximando
Sinto-me como uma criança cuja vida está começando
Você chegou e trouxe uma vida nova dentro deste meu coração solitário
Você me salvou
Na hora exata

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente
Que você é a única para mim
E quatro: repita os passos de um a três
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
(Então voltarei para o primeiro passo)

– Céus, isso é tão lindo. – Sussurro novamente.

– Um dia será nós duas, meu amor. – Lauren sussurra.

Sorrio e volto a ter atenção na cerimônia. Assim que Dinah chegou em Normani, ganhou um beijo estalado nos lábios, digo porque pudemos ouvir graças ao microfone. As duas deram as mãos e foram até o juiz. Todos os clichês de casamento, desde o falatório necessário do juiz, até a troca de alianças aconteceu cheio de coisas fofas. Os votos delas foram a coisa mais linda de se ouvir; Normani, nunca imaginei ela comparando Dinah à um lindo por do sol. Quem diria.

A cerimônia terminou e advinha? Chuva de arroz!

Elas entraram em uma limousine alugada e os demais foram para a festa. Quando chegamos, Lauren, Ally e eu começamos a brincar, nos perguntando quem seria a madrinha bêbada pronta pro pior discurso do século. Entre brincadeiras, vimos as meninas chegarem e já receberem taças de champanhe.

Se continuarem assim, não vai haver lua-de-mel.

Vou até elas e tiro a taça delas, bebendo em goles e salvando-as. Pedi para evitarem essa bebedeira até o primeiro ano de casamento, claro, em tom divertido. As duas foram para a festa e eu fui procurar a Lauren, pegando mais uma taça de champanhe.

– Hey Camz, vai com calma! – Lauren diz, me vendo virar a taça.

– Oh cariño, estou calma. – Digo. – Cadê a baixinha?

– Não sei, ela estava aqui agora. – Lauren junta as sobrancelhas e soa confusa.

– Ela deve ter ido se atracar com o padrinho. – Vejo a Lolo olhar para mim, como quem não acredita com o que acabei de falar. – Eu to brincando, Jauregui.

– Ata. Pode ir com calma nesse champanhe, Cabello. Agora vamos dançar.

Segui a Lauren, pegando mais uma taça no caminho, ela semicerrou seus olhos e eu finge que não ligo, pelo menos, não agora. Ouço a valsa, os braços de Lauren em volta do meu corpo. Estava me empolgando, até o DJ da festa anunciar a dança das noivas, o clichê nunca caiu tão bem. Fiquei observando elas, toques com maestrias e delicados. Só quem sabe, decifra bem o que os olhos delas dizem uma para outra.

Voltei a me emocionar abraçando o braço de Lauren, suspiro e sinto algumas lágrimas escorrendo por meu rosto. O amor é o som mais bonito, ele não possuí notas, mas se soubermos tocá-lo, é o som mais inspirador e forte de todas nossas vidas. Realmente, o amor inspira o que há de bom dentro do ser-humano.

A dança entre elas acabou e os garçons voltaram a servir. Lauren me deixou, falou que ia dançar com a Mani e eu até pensei em fazer as honras com Dinah se Ally não tivesse sido tão rápida. Peguei mais uma taça de champanhe e fui para a mesa aonde está nossos nomes, as pessoas olham para mim todo tempo; não que isso me incomode mas… será que estou bêbada?

O garçom acaba de estacionar outra taça, vou bebendo e olhando para as meninas dançando. Por muito tempo, quando via elas assim parte de mim era só dor e tristeza, eu sei lá, sempre pensei que teria essa imagem como uma coisa boa e feliz novamente. Agora é bom, confortante. Ver Lauren e Normani compartilhando uma dança, as duas rirem instantaneamente… ver Ally com a cara nos peitos de Dinah e mesmo assim, conseguir acompanhar a dança e eu aqui, sentada, assistindo a esse momento como se tivesse assistindo o melhor filme do mundo.

Bebi mais duas taças e parei, realmente estou me sentindo bem mais bem tonta mesmo.

Normani e Lauren vieram até a minha mesa e ao ouvir Normani reclamar das dores nos pés, ri. Lauren sentou ao meu lado, selando meus lábios, agora que tudo está tranquilo sem a mídia, achei melhor mesmo que a festa seja privada.

Pov Lauren

Descuidei de Camila conversando com as meninas. Eu não poderia, ela está bêbada e realmente, ela não é adaptada a isso. Deixei as meninas continuarem a conversa, procurando com a cabeça pela Camz e não a vejo.

– Isso aqui tá funcionando? – Puta merda. – Vocês estão me ouvindo pessoal? – Camila pergunta, batendo no microfone.

Olhei para as meninas e automaticamente as quatro levantaram da cadeira, para ir até onde Camila está. Ela não para de rir, mas pelo menos todos estão olhando para ela neste exato momento.

– Nossa, eu vou realizar o clichê dos casamentos! – Ela volta a dar risadas e dá um gole numa taça de champanhe. – A felicidade é uma coisa incrível…

– Devemos interditá-la? – Ally pergunta, sem tirar os olhos de Camila.

– Não… – Dinah responde. – Camila nunca decepciona.

Sorri de canto, cruzando os braços fitando-a, realmente Dinah está certa, talvez, só talvez, Camila ame tanto as pessoas que acaba sendo decepcionada. Mas decepcionar? Não, nunca tive isso dela, pelo menos não além do que ela tenha precisado… mas não vou voltar no passado; não hoje, não agora… talvez isso eu prefira enterrar.

– Desculpa meninas, mas Camila será a madrinha bêbada com um discurso horrível. – Ela acaba por arrancar risadas de todos. – Quando me lembro de tudo, das coisas maravilhosas e de vocês duas, penso; Isso ainda demorou. Sempre brinquei com a Lauren falando que vocês são um belo exemplo. – Faz cara de boba e dá outro gole em sua taça. – Um casal perfeito, sim, vocês duas são. Dinah a engraçada e impulsiva, brincalhona e extrovertida. Tem um coração do tamanho que não cabe no peito, e seus motivos para dedicar-se a banda sempre foram os mais nobres; família. A Mani, ohh, a Mani... – Suspira e entorta a boca para o lado. – A pessoa mais centrada do mundo. Inteligente e observadora; sempre pronta para o close. – Mani riu dela. Como não rir? – Ela sempre saí quando algo está errado, ela pensa e pensa até achar um jeito de concertar as coisas. Sabe, é como pegar uma coisa que está partida em duas, segura bem forte e voltar a unir. Vocês merecem toda a felicidade do mundo. Vocês foram fortes e souberam levar tudo do melhor jeito. Quando parecia estar desmoronando, vocês duas demonstraram o amor para o mundo; Ei ainda estamos aqui. Desejar amor? Vocês já possuem. Desejar felicidade? Vocês já tem. Desejar muito sex… – parou e começou a rir. – Se eu posso e devo desejar algo, é que vocês nunca deixem de ser quem são, pois quem vocês são é o que acaba por torna-las o casal mais lindo que tive o prazer de conhecer. Tudo de bom para #Norminah. Eu amo vocês duas.

Ela levantou sua taça e sorriu – Tim-tim.

Todos deram um gole na taça e as meninas foram até a Camila abraçá-la. Fiquei daqui, observando por um longo tempo. As noivas foram para o outro lado com o fotógrafo tirarem fotos e Camila veio meio que tropicando em minha direção, segurei ela pela mão e puxei para mim, tirando seu cabelo dos olhos. A levei para o banheiro, peguei no colo e a sentei na pia. Comecei a molhar seu rosto, até que Camz começou a cantar a mesma música que Dinah cantou para Normani.

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente
Que você é a única para mim
E quatro: repita os passos de um a três
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
(Então voltarei para o primeiro passo)

– Minha bebadazinha. – Brinco.

– Lolo, meu coração… meu coração tá estranho.

– Como assim estranho, Camz? – Fico ligeiramente preocupada.

– Não sei. Deve ser porque ele já está transbordando os sentimentos. Vou precisar de mais um coração para caber todo o amor que sinto por você.

Um sorriso bobo tomou conta dos meus lábios. Camila põe suas mãos em meu rosto, aproximando seu rosto do meu para beijar-me.

Eu tenho perguntas para você.
Número um:

 

– Camila, isso agora? – Pergunto chateada.

Será que você consegue enxergar todo meu amor por você?
Eu tenho perguntas para você…
Número dois:
Você consegue nos ver felizes daqui meio século e, sorrirá como sempre faz pela manhã?
Número três:
Eu tenho perguntas para você…
Baby, você pode abrir os seus olhos e entender que eu te quero para sempre?

Ela desceu da pia e encarou-me como nunca antes.

Eu tenho perguntas para você…
Número quatro:
Você quer casar comigo, Miss. Jauregui? Tornar-te minha e fazer-me sua para sempre?

Consideravelmente, Camila está bêbada. Pelo menos aparenta. No entendo, agora ela parece bem lúcida sobre o que fala. Confesso, transformar a música que me julga em um pedido de casamento é estrategicamente, inegável. Por um minuto a observei, busquei por uma risada que indicasse ser piada, um olhar, qualquer coisa. Até a minha ficha cair e eu ter certeza que Camz fala sério, ainda fiquei em silêncio.

– Camz, você está falando sério?

– Eu tô. – Arregala os olhos. – Por que eu não estaria?

– Porque provavelmente você está bêbada.

– Ah…você sabia que a bebida trás para fora nossos maiores desejos e quem realmente somos? – Ela passa a mão em meu queixo. – Querida, bêbada ou sóbria, meu coração só quer você.

Eu tenho perguntas para você…
Número quatro:
Você quer casar comigo, Miss. Jauregui? Tornar-te minha e fazer-me sua para sempre?

Volta a cantar, mas dessa vez eu a beijo. Entre os estalados dos selinhos vou dizendo sim e Camila afaga suas mãos em meus fios de cabelo, colando nossas testas. Lá de fora pude ouvir uma música bem lenta, envolvi meus braços na sua cintura, dando dois passos pra lá e um cá, dando início há nossa dança. Camila manteve suas mãos em meu cabelo, massageando.

Dia após dia o orgulho me afastou da Camila. Cheguei a pensar que ela não era mais a minha prioridade e que meu amor por ela, havia acabado. Tolice. Eu já estive com tantas mulheres – não me orgulho disso – mas Camila sempre foi diferente. Acho que é mesmo assim, você conhece pessoas, se apaixona várias vezes e pode até sentir amor, entretanto, apenas uma entre todas elas é capaz de fazer os nossos olhos encará-la e pensar: Essa é a pessoa que eu quero passar o resto da minha vida.

– Temos que fazer algo melhor. – Diz, mas dessa vez seu tom é bastante cômico. – Pedir a mulher que quero engravidar em casamento, no banheiro não é nada romântico.

Riu e concordo, ela têm mesmo razão. Vou tratar de melhorar essa lembrança, embora tenha sido fofo.

– Eu prometo que vamos.

Voltamos para a festa, Normani avisou que está na hora de jogar o buquê e quem não quer? Risos. As mulheres foram se amontoando e eu fiquei só observando Camila entre elas, nem parece que já está há um anel para casar. Tudo bem, ela está se divertindo, implicando com a Ally, falando que ela está encalhada e desfavorecida pelo tamanho. Elas fora se debatendo, Mani ficou de costas e fez contagem regressiva de 3 a 0.

Meu Deus, ela pegou.

Depois de quase se matarem, Ally Brooke pegou o buquê, pelo menos parte dele. Ela foi dando saltinhos comemorando, e sabe, eu vi bem a Camz empurrando as meninas para facilitar.

Dinah e Normani foram para o rumo da noite de núpcias. Ficamos com Ally até as duas da manhã e fomos para o hotel, terminando dentro da banheira com água fria. Encostei as costas na banheira enquanto Camila ficou entre minhas pernas. Motivo para estar de molho às três? Bebida.

Precisamos de música.

Pedi para Camila erguer-se um pouco e estiquei para pegar meu Iphone encima do bidê. Coloquei One Last Time, baixinho e voltei a sentar, pondo Camila entre as minhas pernas. Ficamos como duas malucas assim; sem depois, sem amanhã. Só o agora é maravilhoso.

Pov Camila

3 meses depois…

Abro os olhos com dificuldades, o sol entra pelas gretas da janela e o som que vem de fora é tão familiar que manter-me dormindo é um desconjuro ao propósito de estar em Cuba com Lauren a passeio. Ela ainda dorme, como um anjo. Ontem fizemos nossa última performance. Nossa jornada como dupla foi mesmo um sucesso. I Know You Care foi para o 100 hot Billboard. Tivemos várias performances elogiadas pela mídia e ainda ganhamos um prêmio no Teen Choice. Em entrevistas perguntaram se pensamos em um projeto futuro, ainda discuti isso com a Lolo, e sim, é discutível.

Mas agora. Hmm. Agora eu quero só estar sossegada com ela. Ontem eu fiz um Show e anunciei que estaria dando uma pausa na carreira para poder viver um pouco minha vida pessoal. Eu já tinha preparado os meus fãs para isso, nas redes sociais, propriamente no instagram, postei uma foto com Lauren e pus a legenda: Pronta para uma nova fase. Nem sempre parar é ficar estagnada. Os fãs me apoiaram bastante nos comentários, recebi tanto amor que ao me deparar com isso, percebi que eles estão comigo, muito mais do imaginava. Deve ser o efeito recíproco, desde o começo estou por eles, agora, eles estão por mim.

– Camz?

– Oi, amor. – Respondo-a.

– Te amo.

Sua voz soa bastante sonolenta, embargada de preguiça. Ela joga seu braço direito em minha barriga e aconchega-se mais. A pouca claridade no quarto me permite olhar para ela, o meu bem-querer.

Acho que vou fazer um snap. Será que ela vai me matar?

Pego o meu celular, abro o aplicativo e faço uma gravação de oito segundos. Ela dormindo feito um anjo e no final, apareço sorrindo para a câmera. Vai dar o que falar? Com certeza. Acredito que isso aumente a probabilidade dela me matar. Postei usando a Hashtag #Felicidade.

Ela acaba por vira novamente para o outro lado, pensei em acordá-la mas evito isso, ela merece dormir. Eu estou inquieta demais para ficar deitada, já descansei o suficiente. Levanto e nas pontas dos pés saiu do quarto, deparando-me com uma paisagem invejável da praia de Cayo Largo. Lauren e eu queríamos vir para Cuba, mas ainda assim nos mantermos mais discreta, por isso viemos para uma das ilhas.

Pego o telefone do quarto, discando para o serviço de quarto, pedindo um bom café-da-manhã, ao ser atendida, voltei a por o telefone no lugar fui até os cortinados laterais e os abri. Abri a porta que leva para uma extensa sacada, sentindo o sol queimar minha pele, o vento comodamente avoaçar meus fios de cabelo e uma energia boa sendo injetada em meu coração, corpo e espírito.

Nessa época do ano não há muitos turistas, na verdade, aqui quase não tem ninguém; Escolhemos uma parte da ilha mais isolada. Tão concentrada com a vista pro mar, nem me dei conta que Lauren estava atrás de mim, pelo menos até ela me abraçar por trás e beijar meu rosto.

– Já está há muito tempo acordada? – Pergunta.

– Não amor. – Viro-me para ela. – Nossa, meu coração.

– Que foi? Está bem.

– Lolo, você é um tiro no coração de uma mulher sem defesa para a sua beleza surreal. – Riu e selou nossos lábios. – Nosso café já está chegando.

– Vou escovar os dentes. – Saí do abraço, mas ainda sigo-a, pois também preciso.

Depois de algumas horas, Lauren e eu nos trocamos. Eu vesti um biquíni azul e coloquei uma canga amarrada na cintura. Lauren colocou um biquíni preto, uma bermuda e um chapéu, para passearmos na praia. Antes de irmos, ligamos para todos inclusive as meninas para avisar que chegamos bem. Lauren me pediu para ir na frente, pois esqueceu algo na mala.

Do jeito que ela é, provavelmente é o protetor solar fator 50.

– Pronto, vamos. – Disse, ofegante.

Ficamos de mãos dadas, descendo para a areia da praia. Nossa caminhada começou na parte aonde a onda termina, a cada passo ela ia só apagando. Lauren pôs seu braço em volta do meu ombro, beijando o meu rosto. Sabe o que é não dizer nada, mas mesmo assim entender tudo? O sorriso dela, o som do mar, a areia quente na sola dos meus pés e nós duas.

Se eu pensasse em todos os meus sonhos, ainda acabaria aqui, nessa caminhada com Lauren. Eu vejo tanta luz nesse cenário e lembrei de como tava me tornando uma pessimista a nível do futuro. Eu achando que não dava para ter tudo, me conformando com os desvios de Lauren. Não devo mais pensar no futuro, não mais. Agora o que era um pensamento futuro se tornou meu presente. Meu agora.

Posso explicar o quanto me sinto feliz? Sim e ao mesmo tempo, não.

Isso deve-se a força de tudo que estou sentindo, uma força tão poderosa que apenas exige ser sentida. Chega de perguntas, chega de ouvir perguntas do meu subconsciente; sobre, porque, estar, ir, vir. Agora é preciso apenas esvaziar-me e deixar essa força cheia de magnitude sobressair, espantando tantas perguntas que me afundaram num lado bem triste da pessoa que estava me tornando. Tomada por medos, receios, culpa, tristezas e aparentemente feliz. Quem já interpretou uma pessoa feliz, enquanto na verdade está triste, sabe como isso é depressivo e aniquilador de esperança.

 Perguntas as vezes machucam, elas sufocam e te apagam. Por que na maior parte das vezes, perguntas causam dúvidas, dúvidas causam uma perturbadora sensação de que falhamos. As falhas fazem você acredito que tudo é culpa sua. A culpa é a pior fase de uma pergunta não respondida. E ai, quando nos damos conta, as perguntas é uma arma e você quer apertar o gatilho.

Eu sei como é, esse buraco negro me sugou e por quatro anos estive dentro dele, fazendo o que me deixa feliz, mas, vivenciando coisas infelizes que vinham apenas de pessoas que amava.

O convite do Simon me puxou de lá, eu vi uma oportunidade de me vingar, meu coração nunca obteve ódio, mas essa pessoa que eu estava me tornando queria muito isso. Estalou um sentimento nobre quando Dinah me abraçou. Despertou esperança em mim quando Ally sorriu contente por ter aceitado. Minha aura obscura tomou luz quando Normani me aceitou e fez que tudo fosse como antes. Meu coração descongelou quando Lauren me tocou naquele carro e hoje, ele é quente e desesperado por ela. Eu voltei a me importar com nossa felicidade. Eu voltei a ser a pessoa que minha criança interior se orgulha.

O remédio para as perguntas é as respostas. Assim como para o ódio é o amor. Eu aprendi muito sobre isso durante esses anos, aprendi tanto que estou pronta para colher os frutos desse aprendizado. Tudo começou com o perdão e olha eu aqui, em Cuba com a mulher que quero pro resto da minha vida e vidas a mais se isso existir.

Saiu dos meus desvaneios assim que Lauren para, falando que devemos subir uma trilha que nos levará para um dos pontos mais altos da ilha. Foi bem cansativo mas finalmente chegamos. Lauren e eu nos sentamos na beirada e daqui de cima, conseguimos ver quase toda ilha. Ao pegar minha mão, Lauren volta a se levantar e me puxar.

Estou morta de cansada, Dios mío!

– O que está fazendo, amor? – Questiono, vendo ela pegar um canivete.

– Eu comprei essa árvore. – Riu e vejo que ela está falando mesmo sério.

– Por que comprou?

– Porque assim, ninguém pode arranca-la daqui. – Enfatiza.

– Tá… – Reviro os olhos. – Mas para quê?

– Ela vai registrar o dia de hoje.

Me aproximo dela e vejo ela marcar a data de hoje e nossos nomes. Acho fofo, Lauren quando tira para ser meiga, consegue. Ela bate uma mão na outra quando termina, sorrindo satisfeita com o que fez. Em seguida, ela segura as minhas duas mãos.

– Eu pensei muito no dia de hoje. Então comprei uma árvore para você. Pode soar estúpido, mas essa árvore ainda vai viver mais do que nós duas. Eu quero que Cuba sempre guarde essa data, o dia que me sinto a pessoa mais feliz do mundo por ser amada por você. Eu não sou uma garota de promessas, porém, àquele dia que você me pediu em casamento naquele banheiro eu prometi que iria melhorar essa lembrança. – Lauren abriu sua mão, revelando dois anéis de ouro. – E como sou rígida com promessas, esperei por hoje, o dia que todo alvoroço de nossas vidas ganha tranquilidade e que, oficialmente nos dedicaremos uma a outra, para cumprir. – Ela pega a minha mão direita e põe o anel. – Karla Camila. Minha Camz. Hoje eu declaro nossas vidas unidas, não por causa de um anel que é apenas uma referência sobre a decisão na qual tomamos que é nos casar, mas sim, por nossos corações que se pertencem desde os nossos 15 ou 16 anos… nossa faz bastante tempo. – Sorri fraco. – Tem uma citação que amo muito, sempre que lia lembrava de nós duas, e sempre que pensava em nós duas, lembrava dela.

Suspiro, derretendo-me com as palavras de Lauren. Não é atoa que sempre consigo amá-la mais todos os dias.

– Eu te amo contra a razão. Contra as promessas. Contra a paz. Contra a esperança. Eu te amo apesar de toda oposição existente. Obrigada por aceitar o meu amor e a mim de volta.

Comecei a chorar, as lágrimas de felicidade que por Lauren é ótimo derramar. Coloquei a aliança em seu dedo e fiquei olhando a sua mão, contrastando o dourado da aliança.

– Eu te amo e nunca vou me cansar de dizer isso. – Digo.

– Nem mesmo eu.

Solucei e Lauren acaba por rir de mim e eu rir dela. Fomos correndo para a praia, arranquei a minha canga e corri em direção da água. Esperei por ela e juntas mergulhamos. Ao emergir, observei Lauren tirar a água dos olhos e sorrir para mim, um sorriso que para mim diz: Tudo ficará bem. E sabe, dependendo de mim esse sorriso habitará sempre o seu lindo rosto, pois se tem uma coisa boa que aprendi, é que contra todos os males da vida, a felicidade é a melhor fórmula para um bom combatente.

Lembro de quando era uma garotinha e ouvia meu pai contar histórias de princesas e, no fim as histórias sempre terminavam com um “E eles tiveram um final feliz”. Vou reformular a minha história, porque esse é o início e não o final. Para Camren nunca haverá um final objetivo. Declaro tudo como: Uma história feliz, que nem sempre foi perfeita, mas nunca terá um final.

Já sei: Então Camren tiveram uma, reticências feliz.


Notas Finais


Vocês gostaram do final? Espero que me contem nos comentários!

Bom, foi muito bom estar aqui com todos vocês. Quero agradecer a todos os comentários e favoritos, que me empolgou bastante para continuar.

Foi um fanfic pequena, mas que trouxe um desejo enorme de permanecer escrevendo Camren.

Obrigada a quem me acompanhou até aqui, vocês são demais!

Quem quiser, segue lá no twitter: Harmozinho.


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