História I Have To Go - Party

Olhei para o lado, encarando o rosto angelical de Shawn, como ele conseguiu ficar tão lindo? Fechei os olhos, respirando fundo tentando manter o controle. Continuei andando, ficando incomodada com o barulho da moto de Shawn, que me seguia lentamente. 

-Angeline. - Ele me chamou e eu parei, encarando-o. - Sobe logo. 

-Não quero. - Respondi e me virei, seguindo meu caminho. 

-Para de ser marrenta. - Ele disse e eu revirei os olhos. - Sobe logo, caralho. 

-Desde quando você xinga? - Perguntei e ele riu, nasalado. - Eu posso ir sozinha. 

-Mas eu não quero que você vá sozinha. - Ele retrucou e eu revirei os olhos novamente. 

-E desde quando você se preocupa comigo? - Parei de andar e pus as mãos na cintura. Ele parou a moto e se aproximou de mim, fazendo com que eu recuasse. 

-Eu sempre me preocupei com você. - Ele respondeu, sério. Confesso que seu semblante me assustou um pouco, nunca vi Shawn dessa maneira mas mesmo assim, soltei uma risada. 

-E eu sou o Papai Noel. - Falei rindo e ele continuou sério, fazendo com que eu desmanchasse o sorriso. - Agora você já pode ir. 

-Eu vou te levar e acabou. Não adianta fugir de mim. - Ele se aproximou e segurou forte meus pulsos. Respirei fundo sentindo seu cheiro entrar pelas minhas narinas, me senti tonta mas tentei manter o controle. -Uma hora a gente vai ter que conversar. 

-E não precisa ser agora. - Soltei meus pulsos e dei um passo para trás. 

-Agora, sobe! Eu vou te levar você querendo ou não. - Dei uma risada e virei as costas, e quando tentei andar, ele segurou meu braço, me puxando forte fazendo com que nossos corpos colassem. - Sobe na moto. Agora. - Ele sussurrou de um modo assustador. Puxei meu braço e ele sorriu, subindo na moto logo em seguida. Hesitei em ir mas sabia que ele não ia desistir, então subi na moto, segurando na garupa, me recusei a ter contatos físicos com ele. Shawn olhou para mim por cima dos ombros e eu revirei os olhos, segurando em sua cintura. Ele acelerou fazendo com que eu desse um salto de medo e segurasse mais forte em sua cintura. Eu sempre tive medo de motos. Shawn estava me assustando, ele acelerava cada vez mais. Encostei a cabeça em suas costas e pressionei os olhos desejando que chegasse logo mas a presença de Shawn ali parecia me tranquilizar. -Gostaria muito de ficar assim com você mas nós já chegamos. - Ele disse e eu abri os olhos, vendo que já estava de frente pra minha casa. 

-É-é... Tchau, obrigada. - Falei e sai rapidamente, me afastando de seu corpo mas ele foi mais rápido e segurou meu braço. 

-Não foge de mim, Angeline. - Ele pediu, seus olhos transbordavam sinceridade mas eu tinha que manter a minha pose então puxei meu braço novamente. 

-Shawn, por favor. Vai embora. - Pedi, com os olhos fechados e quando abri, Shawn já estava subindo em sua moto. Observei-o saindo dali e entrei correndo em casa. 

-Oi, filha! Está sabendo que o Shaw... - Não deixei minha mãe terminar, apenas subi as escadas correndo, tentando controlar o choro. 

Shawn Mendes 

E eu pensei que fosse ser recebido com um abraço ou algo parecido. Eu até entendo essa reação da Angeline, eu realmente a "abandonei" mas foi necessário pra mim. Eu estava mal, eu estava me sentindo sozinho do mesmo jeito que ela estava e achei melhor me afastar dela, foi um jeito de esquecer e funcionou. Eu a esqueci totalmente mas senti tudo voltar a partir do momento que meus amigos decidiram que voltaríamos para o Canadá. Conheci os garotos em Nova York, quando fui expulso do colégio de Portugal e minha mãe achou que o problema fosse o país. Talvez eu tenha virado um "garoto problema", como os meus pais gostam de me classificar. Fiz coisas que não me orgulho muito mas não é por isso que vou mudar. Minha mãe faz questão de dizer que fiquei assim por causa da ausência da Angeline mas NÃO É ISSO! Só pra deixar claro. 

Conheci a Angeline quando eu tinha 5 anos de idade e sempre fui apaixonado por ela. E não é exagero. Até os meus 14 anos, eu não consegui olhar outras meninas e pensar maliciosamente ou sentir o coração disparar como eu me sentia ao ver Angeline mas ela fazia o favor de me ignorar ou simplesmente me abandonar na friendzone. Ela preferia ficar olhando para os outros garotos da minha sala e me ignorar. Ignorar a mim que sempre estive do seu lado e que faria qualquer coisa por ela e às vezes eu até penso em concordar com a minha mãe, foi ela quem me deixou assim. E agora deixando todas as garotas aos meus pés, eu fico satisfeito. 

E puta que pariu, vale ressaltar que a Angeline está linda e extremamente gostosa. Quando a vi se aproximando, primeiro eu tive vontade de agarrá-la ali mesmo e depois tive vontade de matar aquele filho da puta que estava de mãos dadas com ela, eu não o conheço mas já tenho ódio mortal. Sim, eu ainda sinto ciúmes dela e nem devia pois tenho uma namorada gostosa. E por falar na Bethany, eu esqueci dela então saí acelerando a moto dali quando lembrei que a deixei com cara de cu junto com os meninos que a odeiam. Eu dou razão a eles, Bethany consegue ser insuportável e eu não sei porque eu ainda estou com ela. 

-Aonde você foi? - Bethany perguntou assim que eu parei a moto. Os garotos me encararam, esperando uma resposta. 

-Esses são Ethan, Dolan, Nate e Sam. - Matthew me apresentou os garotos, me salvando de dar uma resposta idiota para Bethany, que cruzou os braços. 

-E aí. - Acenei para eles. - Quem é quem? - Perguntei para os gêmeos. 

-Eu sou Grayson. - O gêmeo com a mecha loira disse. 

-E eu o Ethan. - O outro disse. - Nos conhece desde pequenos e ainda não soube diferenciar, filho da puta? 

-Dolan Twins, caralho! - Falei rindo e me levantei indo cumprimentar os irmãos de Angeline. 

-Nós nem mudamos. - Grayson disse e eu concordei. - Ainda perdido pela Angeline? 

-Cala a boca, Grayson. - Falei, baixo. 

-Quem é Angeline? - Bethany perguntou.

-Vamos fazer uma festa hoje? - Nash perguntou e todos nós assentimos. 

-Eu preciso ir embora. - Falei ainda com a minha cabeça presa no rosto perfeito de Angeline. 

-Não vai me levar? - Bethany perguntou, envolvendo meu pescoço. 

-Vai com os meninos. - Falei e tirei seus braços do meu pescoço, subindo na moto logo em seguida e saí dali, antes de aguentar o turbilhão de perguntar que Bethany faria. Eu realmente precisava pensar, a imagem de Angeline não sai da minha cabeça, é como se todos os 4 anos afastado dela tivessem sido em vão e eu ainda me sentisse um garotinho que ainda está aprendendo a lidar com a saudade. Parei a moto na minha antiga casa, eu não voltei para o Canadá com os meus pais, voltei com os meninos e os meus pais ficaram em Portugal. Dei tanto desgosto a eles, que eles decidiram ficar longe de mim. 

Impressionante como tudo continua no mesmo lugar. A grama do quintal continua baixinha, com flores e um caminho de pedras no meio. Desci da moto, a encostando na calçada e segui a pequena estrada de pedras até a minha casa da árvore que também continua do mesmo jeito que eu a deixei. Subi as escadas devagar, sentindo todas as lembranças virem à tona e a primeira delas foi o dia que eu contei a Angeline que eu iria embora. Naquele dia, eu dei o meu primeiro beijo, foi um beijo inocente, eu tinha quatorze anos e ela doze mas deixei transbordar naquele simples beijo todo amor - também inocente - que eu sentia. E eu acho que ela nem ligou. Óbvio que ela ficou triste com a minha partida, nunca vi Angeline chorar tanto mas o único sentimento que ela tinha dentro de si, era a amizade, muito diferente do meu. Eu amava aquela menina e como eu disse, ela apenas me ignorava. Me sentei no chão da casa da árvore, olhando em cada canto dela, lembrando de quando vinha aqui para estudar com Angeline. 

Angeline sempre teve muita dificuldade em Matemática e eu me esforçava o máximo que eu podia para poder explicar para ela. E eu ficava horas admirando seu rosto angelical com a mesma expressão de dúvida, seus cabelos caíam em seu rosto, ela mordia o lábio inferior e franzia o cenho, e sempre falava: "Shawn, eu não entendi nada." E com a maior paciência, eu ficava explicando até ela entender e quando não tinha jeito, ela mudava de assunto com uma rapidez, fazia eu me perder com uma rapidez impressionante. 

Ela só precisava sorrir. 

Sacudi a minha cabeça na esperança de espantar todas aquelas lembranças e saí rapidamente daquela casa. Parei no jardim, olhando para a casa ao lado, que por sinal, é a casa de Angeline. Pela janela, dá pra perceber que seu quarto continua o mesmo. A mesma decoração fofa, as mesmas cores, por mais que agora ela esteja com essa pose, ela continua sendo uma menininha. Notei isso quando acelerei a moto e imediatamente, ela se agarrou ao meu corpo, com medo. Realmente, ela sempre teve medo de motos, toda vez que estávamos indo ou voltando da escola e uma moto passava por nós, ela pressionava os olhos e encolhia os ombros. Sabe quando um flashback passa pela sua cabeça? Foi assim que eu me senti quando ela me tocou. Continuei olhando, vidrado na janela do seu quarto até ela aparecer. Angeline parecia estar bastante aborrecida, ela tirou sua blusa, ficando apenas de sutiã e se jogou na sua cama. 

Meu Deus, que garota é essa? 

-Perdido pela Angeline, como pensávamos. - Ouvi a voz de um dos Twins e olhei para trás, depois de revirar os olhos. 

-Claro que não, calem a boca. - Respondi e eles riram.

-Vai pra festa mais tarde? - Grayson perguntou. 

-Ah, vai ter mesmo essa festa? - Eles assentiram, juntos. - Vou, né. 

-Então, se prepara porque se você ainda tem aquele instinto protetor e ciumento, você vai ter motivo para se preocupar. - Ethan falou e eu o olhei confuso. 

-Por que? Não entendi. 

-Ah, a Angeline mudou bastante depois que você foi embora. - Grayson respondeu. - Quando ela se junta com a Kristen e April, ninguém segura essas três, principalmente quando elas bebem. - Revirei os olhos e passei a mão pelos cabelos. 

-Boa sorte, viado. - Ethan falou, antes de dar um tapa fraco nas minhas costas. 

Deus que me segure. Eu espero não ter que levar Angeline embora dessa festa carregada. 

Angeline Dolan

Depois de chorar por alguns minutos, me levantei e desci para comer alguma coisa. Minha mãe apenas me encarou, preocupada. Fiz um sanduíche rápido e subi. Tirei a blusa e me joguei na cama, eu precisava descansar. Fechei os olhos na tentativa falha de dormir pois logo depois, meus irmãos invadiram meu quarto e se jogaram na minha cama. 

-O que vocês querem? - Perguntei, entediada. 

-Queremos saber se você vai na festa mais tarde. 

-Não. - Respondi, direta e eles riram. - Qual é a graça? 

-É claro que você vai, você nunca perde uma festa. As meninas vão. - Ethan disse e eu dei de ombros. 

-E o Shawn também. - Grayson sussurrou e eu enfiei a cara no travesseiro. 

-Quem disse que eu quero saber se o Shawn vai ou não? - Gritei. - Saiam daqui! - Eles se levantaram e correram para fora do quarto.

Eu não vou, pode ter certeza que eu não vou, ainda mais agora que eu soube que o Shawn vai, eu quero evitar olhar para a cara dele. Apertei os olhos, forçando o sono e rezando para não sonhar com Shawn. 

*

-Hora da festa! - Acordei num salto, devido ao susto. April e Kris já gritavam no meu quarto e eu revirei os olhos, antes de enfiar a cara no travesseiro novamente. - Nem pense nisso, você vai e acabou! - April disse e me puxou da cama, fazendo com que eu caísse no chão.

-Por que você está desse jeito? - Kris perguntou. - O que aconteceu? 

-Vocês lembram daquele garoto que eu contei pra vocês que sumiu quando eu tinha 12 anos? - Perguntei e elas assentiram, se sentando na cama com expressões preocupadas. - Então, é o Shawn. 

-Aquele gostoso da moto? - April perguntou e eu assenti. -Ih, amiga. Desencana desse garoto, levanta desse chão, toma um banho que nós vamos pra essa festa. 

-Ok! - Suspirei e levantei as mãos em rendição. Fui para o banheiro e tomei um banho quente, tentando relaxar. Me enrolei na toalha e saí do quarto, vendo que as meninas já tinha escolhido uma roupa pra mim. - Por que biquíni? Por que você estão de biquíni? 

-Tem uma piscina na casa dos garotos. E você sabe que gostamos de aproveitar, não é? - Assenti, com um sorriso no rosto. Me vesti rapidamente e fiz uma maquiagem leve. - Pronta? - Assenti, novamente e nós descemos as escadas. 

-Ah, eu não vou na festa. - Grayson disse, tentando imitar a minha voz e eu lhe mostrei o dedo do meio. - Querem que a gente leve vocês? - Assentimos e nós saímos depois de dar um beijo caloroso em nossos pais. 

-Juízo, crianças! - Minha mãe gritou e nós entramos no carro. Ethan ligou o som do carro e as meninas deram um grito, acompanhando a música logo em seguida. Ao chegarmos na mansão, era visível a grande quantidade de pessoas, já que estava meio complicado até para entrar. 

-Vocês vieram! - Carter gritou e nós assentimos. 

-Vocês estão lindas. - Matthew disse e eu dei um beijo em seu rosto. 

-Querem beber algo? - Cameron perguntou e eu assenti, o seguindo até o bar. 

-Algum drink especial, morena? - O barman, igualmente moreno e com olhos brilhantes verdes perguntou e eu me sentei no balcão, me aproximando do seu rosto. 

-Um Sexy On The Beach, por favor. - Pedi, manhosa e ele assentiu, se afastando logo em seguida. 

-Já incorporou a vadia? - Kris perguntou, se aproximando de mim e eu ri. 

-Ela não incorpora, ela é. - April disse e eu lhe mostrei o dedo do meio. 

-Aqui, gatinha. - O barman disse, me entregando o copo. Virei-o por completo, sentindo o líquido ardente descer pela minha garganta, deixando meu corpo tão ardente quanto. 

-Esqueceu que tem namorado? - Sam apareceu e parou no meio das minhas pernas. Segurei em seus cabelos, puxando seu rosto para próximo do meu, grudando seus lábios nos meus. 

-Se controla, hein. - Nate disse, parando ao nosso lado e eu assenti. 

-E aí, gente? O que acham de um jogo? - Hayes apareceu.

-Não acha que é muito novo para estar em uma festa dessas? - Sam perguntou e ele revirou os olhos. 

-Novo mas muito mais maduro e experiente que você. - Hayes retrucou e eu coloquei as mãos na boca, controlando o riso. Desci do balcão e envolvi seus ombros. 

-Eu topo. - Respondi. - Vocês vem? - Me virei para Kris, April, Nate e Sam que concordaram. Seguimos Hayes até uma área mais vazia da casa onde já tinha um círculo formado. Nele estavam Carter, Nash, Matt, Cam, Jacob, Taylor, Aaron, os Jacks, Shawn, uma loira com cara de metida e uma ruiva muito fofa. Meu olhar foi ao encontro do olhar de Shawn, que sorriu maliciosamente. 

-Finalmente! - Nash exclamou e a ruiva levantou. 

-Prazer, sou Mahogany. - Ela disse e nos cumprimentou, sendo extremamente simpática. 

-Nate. 

-Sam. 

-Kristen mas pode me chamar de Kris. 

-April. 

-Angeline. - Falei, sorrindo e ela me encarou, confusa. 

-Eu conheço esse nome. - Ela disse. - Qual de vocês já...

-Vamos começar o jogo? - Shawn a interrompeu e nós assentimos, nos sentando na roda. Peguei o narguilé no meio e traguei uma vez, me sentindo mais leve. 

Kristen McGomorry 

Aqueles garotos só podem ter caído do céu mas um especial me fez sentir extremamente atraída. Seu corpo não é malhado ou algo do tipo mas ele é gostoso demais, sua pele branca e os cabelos sempre presos numa bandana, o que o deixa extremamente sexy. Acho que seu nome é Taylor ou algo assim. 

-Vamos começar a brincadeira? - O gostoso de olhos brilhantes azuis perguntou e nós assentimos, empolgados. 

-E qual vai ser a brincadeira? - Perguntei, confusa. 

-Pode ser 7 minutos no paraíso? - Taylor perguntou, me encarando e eu abaixei o olhar, me sentindo envergonhada pela primeira vez. De nós três - April, eu e Angeline -, eu sempre fui a mais descarada, nunca liguei pra nada, sempre fiz tudo que foi preciso, desde que eu tenha ficado satisfeita mas esse olhar de Taylor fez com que eu sentisse meu rosto queimar e provavelmente, meu rosto estava vermelho. 

-Boa escolha, soldado. - Jacob disse, brincando. - Vou girar a garrafa, vamos lá. - Jacob riu, girando a garrafa logo em seguida e parou em quem? Em mim, isso mesmo amigos. Todos gritaram, empolgados e eu me levantei. 

-Kris, para aquele quarto. - Ele apontou para a porta próxima dali. - Nós vamos girar a garrafa novamente pra saber quem vai entrar lá. - Nash disse e eu assenti, indo para o tal quarto. Era grande e espaçoso, pra falar a verdade enorme e muito espaçoso. Me olhei no grande espelho dali, arrumando meus cabelos e me sentei na cama, ansiosa para saber quem vai entrar no quarto. O ambiente estava extremamente escuro, eu quase não enxergava e como eu tenho muito medo, encolhi minhas pernas contra o meu corpo e escondi a cabeça entre os joelhos. Ouvi a porta abrindo mas me mantive na mesma posição. Os passos eram leves e se aproximavam cada vez mais. Me levantei e eu podia sentir cada vez mais aquele cheiro maravilhoso. 

Segurei em seus ombros, para ter certeza de que não era nenhuma das meninas e sorri. Ele segurou na minha cintura, me puxando para perto de seu corpo, suas mãos eram firmes e acariciavam a minha cintura fazendo com que eu sentisse arrepios por todas as partes do meu corpo. Envolvi seu pescoço e fui surpreendida pelos seus lábios que grudaram violentamente nos meus, sua língua invadiu a minha boca e eu cedi, iniciando um beijo urgente. Subi mais a minha mão até seus cabelos e meu coração deu um salto quando senti aquela bandana. 

Taylor. 

Continuei o beijo, estava querendo isso desde que encarei seus lábios pela primeira vez na sala de aula. E que lábios, delicados e ágeis. Suas mãos desceram pela minha cintura e pararam na minha bunda, que ele apertou forte, fazendo com que eu tomasse impulso suficiente para ficar em seu colo. Ele me empurrou contra a parede, descendo beijos molhados pelo meu pescoço e eu arranhei levemente a sua nuca. Seu beijo era viciante, como uma droga só que uma droga boa. 

-Acabou! - Ouvimos Nash gritar e imediatamente, eu saí de seu colo. 

-Sai primeiro. - Pedi e assim ele fez, saindo do quarto rapidamente. Arrumei o cabelo e passei os dedos pelos lábios. Saí do quarto e me sentei na rodinha novamente, encarando Taylor que tinha os lábios mais avermelhados e inchados. 

Angeline Dolan 

Ri quando vi Taylor saindo do quarto com os lábios inchados e Kris saiu logo em seguida, meio desnorteada. 

-Posso? - Nash perguntou, segurando a garrafa e eu assenti, virando um copo de vodka logo em seguida. Ele girou a garrafa e por azar - ou sorte - ela parou em mim. 

-Angeline... - Matt disse, apontando para a porta, assenti e me levantei, indo para o quarto. Era só o que me faltava. Sam provavelmente vai dar um jeito de entrar nesse quarto. Me sentei na cama, esperando a tal pessoa entrar no quarto. 

A porta se abriu e eu me levantei, imediatamente. Eu conseguia ver apenas a sua silhueta. Os cabelos arrepiados, os braços fortes, ele com certeza é mais alto que eu. Ele se aproximou e eu inalei aquele cheiro completamente familiar. Shawn. Me afastei rapidamente, empurrando-o em seguida mas ele foi ainda mais rápido e segurou em meus pulsos, empurrando-me contra a parede. 

-Você não vai fugir de mim, Angeline. - Ele disse, firme e eu tentei me soltar. 

-Shawn, eu não quero falar com você. 

-E por que? Nós éramos melhores amigos. - Ele falou, num tom mais alto e eu ri. 

-Éramos, falou certo. Melhores amigos não abandonam uns aos outros. - Respondi. - Você acha que eu irei falar contigo normalmente, como se nada tivesse acontecido? Você acha que eu vou ignorar todas as noites que passei chorando por sua causa? Não, Shawn, eu não sou babaca. - Juntei todas as minhas forças e o empurrei, saindo do quarto em seguida. 

-O tempo não... 

-Foda-se. - Respondi e saí dali, indo na direção do bar. 

-Voltou, morena? - Assenti e novamente, eu me sentei no balcão. - Bloody Mary ou Blue Lagoon? 

-A mais forte. - Ele assentiu e eu cruzei as pernas, esperando. 

-Blue Lagoon. - Ele me entregou o copo e eu o virei, imediatamente. Realmente, era muito forte, superando Sexy On The Beach. - Trás mais um. - Ele sorriu e trouxe mais um copo. Depois de três ou quatro copos daquele. Eu me levantei, ficando de pé no balcão, atraindo a atenção de todos, principalmente dos homens. 

Agora a festa vai começar de verdade.