Amy Pov On
- Se abaixe! – Digo e dou um meio giro chutando um dos pequenos monstros atrás de mim e lançando duas adagas em um que estaria prestes a pular em Jc logo a minha frente. – Essas pragas não param de brotar de todos os lados! – Já irritada arranco as adagas da cria de Beséker logo as atirando em outro e pegando uma Colt, atirando nos que avançavam e me posicionando de costas para o garoto.
- Encontramos um ninho cheio dessa vez. – Ouço sua voz em certo tom brincalhão seguido de tiros de sua Glock cromada, me fazendo abrir um sorriso de canto. – Aposto que o grandão também está por perto.
- Não duvido nada. – Guardo a arma novamente e pego as adagas enfiadas em um dos monstros morto ao chão, atacando e mutilando as criaturas. – Mas que merda eles não acabam nunca! – Sua gargalhada ecoa pelo lugar infestado e sinto meus olhos faiscarem. – Pelo menos alguém está se divertindo.
- Não minta dizendo que também não está- Amy! – Quando vejo já é tarde e há uma horda em cima de mim.
- Pestes malditas! – Ranjo os dentes tentando me livrar deles e urro quando me fazem cair e bater a cabeça no chão com força, minha visão fica turva por um momento mas logo se estabiliza.
Amy Pov Off
Jc Pov On
- Amy! Merda- – Do mesmo jeito que os pequenos demônios se aglomeraram em cima de Amy, um punhado deles se juntam em cima de mim e momentos antes de cair um rápido brilho branco irradia e consigo ver a garota se libertar dos monstros e rasgá-los com ferocidade, expondo garras afiadas assim como orelhas e cauda de lobo.
- Jc! – Sua voz se faz perto e paro de atirar temendo acertá-la, logo estou livre das criaturas que agora estão mortas ao meu redor. – Heh, vem levanta, não têm mais tantos. – Ela estende sua mão.
- Assim é fácil. – Sorrio e a seguro me levantando e a puxando, fazendo com que a menor gire e estourando a cabeça de três que a atacariam pelas costas.
- Uh, agora não é lá a hora perfeita pra dançar sabia? – Sua voz sarcástica é seguida de um pequeno riso e tiros que ela desfere.
- Por que? Nós dois sabemos que você dança bem. – E dizendo isso eu a giro de novo a segurando pela mão esquerda e cruzando o braço direito por trás de minha cabeça para atirar em algumas crias que se aproximavam.
- Pffft, chega até a ser engraçado. – Ela ri e vejo seus olhos faiscarem e mudarem de castanho para dourado. – Como se você pudesse falar alguma coisa.
- Não sei do que está falando, eu sou um ótimo dançarino. – Guardo a Glock assim que a munição acaba e pego uma das adagas que ela guarda nos bolsos do hodie roxo, a puxando para trás de mim e chutando uma das pragas.
- Hey! – Ela rodopia e também guarda a sua Colt, pegando a outra adaga. – Ta bom, e eu sou a Megan Fox.
- É tão atraente quanto ela. – Digo rasgando a garganta de outro das crias.
- Ah é, realmente, sou muito atraente, para vampiros, besékers, metamorfos e todo tipo de yokai que queira meu colar ou minha cabeça. – Debocha caprichando no sarcasmo e eu não consigo evitar de rir. – Viu!
- É, vi sim, vi que acabamos com as pragas. – Digo soltando sua mão.
- Finalmente! – Ela suspira e passa a mão agora livre pela franja caída em seu rosto.
- Oh. – Me aproximo dela e passo o polegar em seu queixo, limpando uma mancha de sangue. – Está coberta de sangue.
- Você também.. – Ela entreabre os lábios encarando meus olhos fixamente por alguns instantes e depois sacode a cabeça se afastando. – Foi um baita banho de sangue afinal. – Ela ri nervosamente passando a mão pelo pescoço e puxando o capuz do hodie por cima de sua cabeça, abaixando as orelhas ao ponto de só conseguir ver a pontinha delas, e seus olhos voltam ao castanho ligeiramente claro.
- Com certeza. – Franzo o cenho e a ouço suspirar. – E agora?
- Agora? – Ela olha ao redor lentamente. – Agora nós voltamos.
- Mas e o Beséker? – A encaro com uma sobrancelha erguida.
- Não precisamos ir atrás dele, assim que ver esse genocídio, virá atrás de nós, e aí o pegamos. – E dito isso vejo suas garras orelhas e cauda de lobo desaparecerem. – Sabe bem o quanto Besékers podem ser vingativos. – Ela abre um meio sorriso sarcástico.
- Não me lembre. – Digo e a ouço rir.
- Vamos embora, aposto que o Loui deve estar apreensivo. – Ela pega a adaga de minha mão e a junta com a outra, as guardando e começando a andar para fora da caverna.
- É. – A acompanho com as mãos no bolso.
(Quebra de Tempo.....)
- Jc p-para- – A garota é interrompida por sua própria tosse..quem é ela? Não consigo ver o rosto, por que minhas mãos estão em seu pescoço? Não consigo me mover. – Jc... por.. favor- argh! – O capuz caí de sua cabeça quando ela arfa e uma luz se faz presente revelando...Amy. – Jc eu não c-consigo respirar.. – Ela se debate em baixo de mim lutando contra minhas mãos firmes em seu pescoço, não consigo soltá-la, não quero fazer isso..POR QUE NÃO CONSIGO SOLTÁ-LA? POR QUE EU NÃO CONSIGO PARAR DE SORRIR?! – J-Jc.. – Ela revira os olhos e tateia meus braços até meu rosto, desesperada, sangue escorre de sua boca e lágrimas de seus olhos, logo depois ela para de se debater, deixando os braços caírem ao lado de sua cabeça.
- .... – Me levanto e posso ver o estado horrível em que ela se encontra, machucada, ensanguentada, mutilada, os olhos abertos, arregalados cheios de pavor. Sinto desespero crescendo ardentemente em mim mas não consigo me mover, eu a matei, a matei e estou sorrindo, matei Amy, eu matei ela, por que estou sorrindo?...
- Muito bem caçador, sabia que poderia contar com você, afinal, ela nunca o machucaria, foi fácil de mais,fiz uma ótima escolha. – Uma voz masculina grave ecoa pelo local seguida de uma risada e eu finalmente me movo, olhando para trás onde posso ver uma silhueta, alguém sentado em uma cadeira grande, uma espécie de trono. – Sem a garota no meu caminho posso fazer o que quiser, e tudo graças a você.. Johnn Collins. – Sinto que meu semblante agora é sério e minhas mãos arrumam a gola de minha camisa, mas ainda não estou me movendo por conta própria, ando a passos lentos pelo lugar e passo pela pessoa que estava falando, mas ainda sem ver seu rosto, ao lado direito há um espelho no qual eu me olho, coberto de sangue, mas que não é meu, saber disso me faz sentir uma pontada no coração e um enorme pavor ao olhar para minhas mãos onde posso ver o colar de lua que Amy usava encharcado de sangue, sorrio de canto e continuo andando, mas não sou eu, não sou eu, eu não matei ela, eu não matei ela!
- Jc.. Jc... Jc... – Sua voz fraca se repete na minha cabeça repetidamente e tudo se faz escuro.
- Jc! – Acordo sobressaltado e com a respiração descompassada ao ouvir o grito de Cau que estava sentada na minha barriga. – Você ta bem? – Ela vira a cabeça pro lado com uma sobrancelha erguida.
- Sai de cima de miiim. – Arrasto o “i” e a empurro, a fazendo cair do sofá.
- Ou! Isso lá é jeito de tratar sua irmã? – Ela faz bico
- Cadê a Amy? – Me levanto.
- Saiu mais cedo com o Loui pra comprar doce. – Ela também faz o mesmo e eu suspiro passando a mão por meu rosto e andando até meu quarto apressadamente.
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