Lá estava eu curtindo um dia de folga, algo raro de se acontecer! Era minha terceira semana em Seul, e só o que eu fiz até aquele dia foi trabalhar, trabalhar e trabalhar mais um pouco! Nesse fatídico dia, uma das minhas amigas me chamou para uma noite regada á bebida é muita música, e o que poderia dar errado? Me arrumei da forma mais básica que pude, conforto em primeiro lugar! Peguei o primeiro short que vi, coloquei uma camiseta e me joguei!
Estávamos lá no meio daquele povo louco, dançando e bebendo como se não houvesse amanhã quando senti meu celular vibrar em minha cintura "MEU CELULAR TÁ TOCANDO!" eu disse no ouvido da minha amiga " NÃO ENTENDI NADA!" ela respondeu "MEU CELULAR!" sacudi meu celular para ela " VOU ATENDER!" apontei para a saída, ela confirmou com a cabeça e continuou dançando enquanto eu corri para o lado externo da boate . Eu havia acabado de desligar meu celular quando escutei alguns passos vindo em minha direção, me virei rapidamente " Sorry! Eu não queria atrapalhar." disse o homem enquanto tirava um cigarro do bolso " Tudo bem!" eu disse meio sem graça, o cara estava de óculos escuro em um lugar fechado, de boné e usando umas roupas que para alguns poderiam parecer estranhas, mas vi de longe que eram de grife " Eu não queria escutar sua conversa..." eu o interrompi " Mas escutou!" disse ao lhe dar as costas e voltar para dentro da boate, fui me espremendo em meio as pessoas até que encontrei minha amiga " Ha Ni! Estou indo embora, recebi uma ligação de trabalho!" fiz um bico " Agora?! Mas chegamos ainda há pouco!" disse ela fazendo um bico maior que o meu , " Eu preciso mesmo ir, você sabe que por mim eu não iria agora mas prometo que na próxima eu pago!" dei-lhe uma piscada de olho e sai correndo sem dar chance para que ela me convecesse de ficar.
Ainda eram duas e meia da manhã e eu que pensei que iria voltar para casa as seis, depois de uma balada daquelas mas o trabalho em primeiro lugar. Eu sai da boate e corri para a beira da calçada na tentativa de pegar um táxi, essa não era uma tarefa difícil em Seul mas por algum motivo eu não conseguia realiza-la, eu só pensava na hora em que eu chegaria em casa e no tanto de coisa que deveria fazer antes de dormir isso se eu consegui-se dormir. Após quase dez minutos plantada a espera de um táxi, um carro branco de vidros bem escuros parou na minha frente " Quem é?" eu me perguntei dando um passo para trás, foi quando o vidro do carona começou a baixar devagar e dei de cara com o mesmo homem estranho de antes " Quer uma carona?" disse ele, " Porque eu iria no carro de um estranho?" dei-lhe as costas " Você não vai consegui pegar uma táxi aqui, ainda mais a essa hora! E pelo visto você esta com pressa!" disse ele se enchendo de razão, e ele tinha, eu me virei para ele " OK! Você pode me deixar em qualquer lugar onde eu possa pegar um táxi!" engoli todo o meu orgulho e medo, mais medo do que orgulho naquele momento e entrei em seu carro, ele fechou o vidro virou-se para mim e tirou aquele óculos escuros ridículos abrindo um largo sorriso " Você é o intrometido de ainda pouco, não é?" eu franzi a testa, ele riu "Humhum." eu revirei os olhos " Por acaso alguém te pagou pra me seguir?" disse enquanto colocava o cinto, ele tornou a rir " Sério que alguém me pagaria pra isso?! Se soubesse antes não te seguiria de graça!" não resisti e dei uma risada " Para onde você vai?" disse ele , "Mapo, mas me deixe em um ponto de ônibus." eu respondi " Vou deixar você em Mapo, é caminho!" eu me virei para ele " Caminho?! Coincidência não?" ele tornou a rir " Agora tenho certeza de você está sendo pago!" disse rindo " Eu moro depois de Mapo, bem perto para dizer a verdade!" em menos de cinco minutos eu já estava com meu celular na mão, perdida em minhas anotações e ignorei completamente a existência do cara ao meu lado " Eu poderia estar tomando outro caminho é você nem saberia..." disse ele e eu continuei com os olhos vidrados no celular " Será que devo te sequestrar?" disse em voz alta " Sim, por mim tudo bem!" eu respondi sem nem se quer olhar para ele " Mwo?" ele disse, eu ri, " Se puder me sequestrar amanhã depois do meu trabalho, para mim é melhor! " eu disse " Você é uma garota estranha... " ele riu " Mas me diz, com o que você trabalha?" eu guardei meu celular na bolsa, achei que deveria dar um pouco de atenção a ele, já que estava indo de carona " Eu trabalho com fotografia, mas faço um pouco de tudo!" ele arregalou os olhos " NOSSA!", " Eu sei que é muita coisa, mas eu gosto!" eu sorri " Mas é para alguma revista ou algo assim?" ele estava muito curioso ao meu respeito enquanto eu nem queria saber nada sobre ele, afinal de contas, era apenas uma carona " Trabalho para "Reason", é uma revista Brasileira!" , "Mas o que exatamente você faz lá?" ele parou em um sinal olhou para mim " Então, eu falo sobre moda em geral, mas ultimamente meu foco é mostrar a moda urbana pelo mundo!" eu respondi enquanto apontava para o sinal " Abriu?" disse ele ao olhar o sinal verde " Isso explica seu interesse em escutar conversas alheias!" ele riu " Estou apenas curioso,te incomoda?" eu olhei para ele " Não, na verdade não!" eu amo falar sobre meu trabalho, então qualquer oportunidade eu não paro falar " Então suponho que esteja de férias aqui?!" perguntou ele, eu balancei a cabeça em negação " Na verdade estou á trabalho, justo hoje que tirei um dia de folga tenho que voltar para casa." suspirei " Eu só queria beber com as minhas amigas, mas o trabalho me chama!" dei de ombros " Mas você já morou aqui? Seu coreano é muito bom!" eu virei para ele " Vai escrever um livro sobre mim?" ele franziu a testa sem entender " Você é bipolar? Não tem nem cinco minutos que você disse que tudo bem eu per..." eu interrompi apontando para um prédio que estava a uns cinco metros à nossa frente " É ALI!" ele parou o carro em frente ao pequeno prédio " Obrigada!" eu coloquei a mão na maçaneta da porta , senti sua mão em meu braço me puxando "Espera!" eu me virei e ele estava me encarando " Pode me dar..." e antes que ele pudesse completar a frase eu aproximei e não pensei duas vez, tasquei-lhe um mega beijo. Com minhas mãos em seu rosto dei o beijo mais ardente que pude, as coisas estavam ficando quente até que fomos interrompidos pelo meu celular, me afastei " Preciso ir!" eu disse " Era seu telefone..." disse ele meio desnorteado , eu dei um pulo do carro " Desculpa querido não tenho tempo hoje, mas se for o destino nos veremos outra vez!" dei-lhe uma piscada e sai " MEU NOME É JIYONG! KWON JIYONG!" ele gritou, eu acenei sem ao menos olhar para trás e entrei no prédio.
Eu pensei " Porque não beijar?", para ser sincera ele é bem bonito e eu não sei porque quanto mais olhava para ele tinha a sensação de conhecia de algum lugar...
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