História I lived to love you - Bônus: Aniversário de heróis

Olivia Madison Queen

Meus pais, melhor dizendo meu pai, não sabe mesmo o que é dar uma festa simples e íntima.

O que era pra ser cerca de 50 convidados, está na média dos 500. Isso porque parei de contar depois que quase fiquei com dor de cabeça de tanto procurar por faces à mais aqui.

— Tio Olie sabe mesmo dar uma festa — Emy apareceu do meu lado com uma taça de refrigerante. Bufei.

— Papai sabe exagerar numa festa isso sim — Emy revirou os olhos.

— Não seja estraga prazeres, Liv, sabe que o tio só quer que você tenha a melhor festa de 16 anos da sua vida.

— Mas também não precisava ser a maior de toda a história de Star City — gesticulei com as mãos.

— Você é tão dramática — agora eu revirei os olhos.

— O que minhas lindas meninas estão fazendo aqui sozinhas? — tio Cisco apareceu do nada.

— A Liv tá falando sobre o como a festa que o tio Olie fez é exagerada demais — brincou Emy e eu a fuzilei com os olhos, ela apenas me olhou com uma de sonsa do tipo "o que eu fiz?".

— Sabe, Liv — tio Cisco se sentou com a gente — seu pai, desde que o conheço, só é discreto em algumas coisas e você sabe quais são, e infelizmente festas não são uma delas.

— Eu sei — suspirei.

— Então, não reclame muito porque eu, pra ser bem sincero, estou adorando esse monte de pessoas, principalmente as mulheres — gargalhamos quando tio Cisco piscou para nós — Não contém pra tia Cigana que eu disse isso.

— Pode deixar tio! — respondemos em uníssono.

— Aliás, viram ela por aí? — ele olhou em volta.

— Mesa de bebidas — Emy apontou com a cabeça —, e ela não está sozinha — sorriu divertida. Tio Cisco arregalou os olhos ao ver sua noiva conversando animadamente com o Robin.

— Meninas eu já volto — tão rápido disse quanto saiu de nossas vistas.

— Tio Cisco é uma figura mesmo — a morena do meu lado concordou rindo comigo.

— Você viu quem está ali? — corei quando ela apontou pro Henry ao lado do Robert e o mesmo acenou para nós assim que nos viu.

— Oh por favor não me faça passar vergonha de novo, Nora — tampei os olhos com as mãos, claramente envergonhada. Ela gargalhou.

— Vamos lá, Liv, Henry é meu irmão esqueceu? Gêmeo aliás. Sei que ele gosta de você também, vejo isso pelo olhar que ele tem quando a palavra Olivia é solta no ar — agora eu devo ser um tomate.

— Você sabe que eu não posso... — a morena me cortou.

— Não pode uma vírgula! Ele não é velho pra você nem aqui nem na terra 19 — bateu no meu ombro enquanto me dava uma olhada nada contente por minha covardia.

Emy e Henry tinham apenas um ano de diferença de mim, ficando apenas atrás do William, meu irmão mais velho. Ou seja, eu sou a caçula da família.

Olha só, bem simples de explicar essa cadeia de "crianças": Primeiro vem meu irmão William; depois os gêmeos Allen, Henry e Emy; as gêmeas Hailey e Taylor, filhas da tia Thea; Meus gêmeos Robert - apenas 5 minutos mais velho - e Tommy - 2,5 minutos - sobrando por fim, euzinha. A última a nascer de trigêmeos.

A princesinha do papai como Oliver Queen, meu coroa, me chama.

Aí você se pergunta porque a festa é só minha sendo que tenho outros dois irmãos gêmeos. Bom, eu nasci em outro dia que meus irmãos. Ou seja, o Robert e o Tommy nasceram antes da meia noite, as 23h57min e 23h59min respectivamente, e eu as 00h02min.

— Olivia Madison Queen, eu ordeno que tome uma atitude! — exclamou enquanto mexia seus lindos fios castanhos para o lado — Mostre seu lado Queen charmoso pro meu maninho — sorri atrevida — Aposto que ele não resistiria a essa beldade loura de olhos mais azuis que a roupa do tio Clark do Super Man.

— Emy! — a repreendi — Sabe que não podemos falar assim em voz alta.

— Foi mal — encolheu os ombros envergonhada.

— Eu até poderia, mas sabe que não podemos ficar juntos — sorri triste — Meu pai mataria o Henry só com aquele olhar dele de deixar qualquer um traumatizado.

— O tio Oliver nunca faria isso — fala como se ela mesma acreditasse nisso — Não vejo o porque de não ficarem juntos, formariam um casal tão lindo — sorri romântica.

— Quem formaria um casal tão lindo? — Droga. Mil vezes droga. Logo agora pai?

— Ah... Sabe qual é tio?... — a morena se embolou com as palavras — Nós estávamos falando do... do...

— Do como o William e a Martha ficariam lindos como um casal — falei rápida.

Meu pai cruzou os braços. Ele não estava caindo.

— Martha Wayne? Filha do Bruce? — balançamos a cabeça ainda nervosas — Jura?

— Sim pai, o senhor não vê? Olha eles ali, os dois quase se engolindo com o olhar — até eu mesma tive certa surpresa ao notar que realmente os dois estavam se olhando como dois caçadores para sua presa, no caso eles próprios.

— Eu... — Ele parou de falar ao notar que o tio Bruce também reparava nos dois e caminhava em direção a sua filha — Vou salvar seu irmão antes que o Bruce quebre ele ao meio.

— Até tio — Emy acenou enquanto víamos meu pai se afastar rapidamente até a mesma direção que Bruce Wayne ia. Coitado do William.

— Essa foi por pouco — ela concordou enquanto soltavamos um suspiro de alívio.

— Vem, vamos dançar — se levantou — Hoje a noite é sua e não quero mais ver essa sua carinha de cachorrinha triste pelo meu irmão — e antes que eu pudesse protestar, Emy me arrastou até a pista de dança.

Dirty Vibe do Skrillex e Diplo preenchia o salão com suas batidas maravilhosas.

Dançamos e dançamos até meus pés pedirem arrego. Jesus. Preciso sentar.

Enquanto me alimentava de alguns salgadinhos, Henry Allen surgiu do nada se sentando do meu lado.

Como que se respira mesmo?

— Oi Meg — Henry era o único que me chamava de Meg quase o tempo todo — Cansada?

Sorrimos.

— Sua irmã que me cansa — Henry concorda ainda sorrindo.

— Emy sempre faz isso — Resmungou risonho.

— Então... — que momento constrangedor — O que você acha de irmos dar uma volta no jardim? Eu estou cansada de ficar aqui.

— Seria ótimo, Meg — nos levantamos e fomos até o enorme jardim da casa de férias da família Wayne, ou seja, a mansão do lago do tio Bruce em Star City.

Meu pai havia pedido o terreno pro tio Bruce para que a festa pudesse ser ainda maior que o planejado por mim.

— Tio Oliver caprichou mesmo — Henry comentou quando passamos pela enorme escultura de flores com as minhas iniciais na quase na entrada do jardim.

— Papai exagerou mesmo isso sim.

— Eu adoro quando você fica emburrada, faz uma carinha tão fofa — ele apertou minhas bochechas levemente, afastei suas mãos delicadamente do meu rosto antes que eu fizesse uma burrada e me declarasse pra ele aqui mesmo — Meg eu... Queria — pigarreou — Quero te dizer uma coisa que eu venho tentando te falar há tempos — ele suspira e passa suas mãos em seus lindo cabelos castanhos — Isso é mais difícil do que eu pensei...

— Henry, o que você — tento falar algo mas ele logo me impede.

— Eu amo você, Meg — santo Zeus todo poderoso — Eu amo você desde os meus 13 anos, até antes eu acho — nessas horas eu queria ser como minha mãe e falar alguma coisa, mesmo que sem sentido, só pra fugir daqui — Eu amo seus cabelos louros e o quanto eles são cheirosos e me lembram morangos frescos. Amo o seu sorriso que ilumina tudo, até mesmo a mais escura noite, e o quanto ele faz meu coração palpitar cada vez mais forte. Amo seu jeito meio certinho e doidinho ao mesmo tempo — demos uma risada fraca — Eu adoro ver você treinando com arco e flecha, ver você fazendo o que ama sempre me deixou feliz porque, porque te ver feliz me faz feliz.

— Henry, eu também amo você — finalmente, depois de quase 4 anos guardando isso no meu peito, eu admiti — Amo quando você está me fazendo sorrir até mesmo quando eu só quero chorar e chorar por algum motivo não tão triste. Eu adoro olhar nos seus olhos porque quando eu os encaro, consigo ver o seu verdadeiro eu. O você de verdade. O Henry que eu me apaixonei desde aquele dia que eu sem querer atirei em você com uma flecha — ele riu.

— Aquele dia foi maluco — concordei — Mas também foi o dia que eu ia finamente admiti pra mim mesmo que eu estava gostando de você — agora sim eu tô perplexa — Foi naquele dia que eu vi que a garota dos olhos azuis mais lindos que eu vi em toda minha vida era a grande dona do meu coração.

Meu mundo explodiu de tanta felicidade.

Sem que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, Henry me beijou. Não era meu primeiro beijo, mas com toda certeza do mundo tinha sido o mais especial de toda minha minha vida. E puta merda, HENRY ALLEN ESTÁ ME BEIJANDO!

Eu estou beijando Henry Allen.

— Eu sei que o que eu vou falar é precipitado — ele falou quando nos separamos do beijo — Olivia Madison Queen, você aceita ser minha namorada?

Fiquei sem palavras.

Tio Cisco que me perdoe, mas eu vou usar uma frase sobre super-heróis sem graça.

— Ah, o Super Homem gosta da Louis Lane?! — agora que eu falei pareceu super ridículo — É claro que sim! — pulei em seu pescoço e o beijei antes que ele falasse da linha piada sem graça.

— Essa frase que você usou foi muito estranha — droga, não adiantou nada.

— Sabe que...

— É, eu sei que você fala coisas nada ver quando está com vergonha ou nervosa — sorrimos.

— Posso fazer outra, ela é bem legal.

— Diga, namorada — namorada é a minha mais nova palavra favorita.

— Gato, eu não sou manteiga de cacau, mas eu adoraria amaciar sua boca — dito isso Henry gargalhou, me levando a rir junto com ele. 

— Só vem, bebê — ri e o beijei novamente.

— AEEEEE! — separei-me rápidamente de Henry — MEU CASAL FINALMENTE SE PEGOU, SOCORRO — Emy gritou e logo uma multidão de pessoas se aglomerou no jardim, nos deixando vermelhos que nem morangos.

Oh não, papai.

O olhar que meu pai fazia enquanto caminhava na nossa direção junto com mamãe era de fazer qualquer ter um trauma.

Senhor do céu amado, me proteja.

— Papai, nós...

— Eu quero que cuide da minha filha ou eu mesmo trato de te deixar aleijado Allen — meu pai grunhiu fazendo Henry dar um passo pra trás, claramente com medo — Estou brincando com vocês — meu pai suavizou o olhar e sorriu divertido, eu e Henry sorrimos também, só não sei se foi de alívio ou felicidade, talvez os dois.

— AGORA EU QUERO FOTO DO MEU OTP MENRY!

— Só você mesmo tio Cisco — eu amava minha família.

A família mais diversificada e poderosa do mundo. Mas com certeza a mais unida.