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História I Love Her Anyway - Dançando na Escuridão


Escrita por: noirdetails

Notas do Autor


VOLTEEEEEEEI PESSOAL! UHUUUUUUH 😂❤🎉
Fogos e mais fogos pela minha volta *tá bom parei kkk* bem trouxe a vocês o que realmente interessa : O CAPÍTULO e uma escritorazinha que espera ser amada pelos leitores.
Ah, e eu voltei para ficar meus lindos.

Aproveitem e depois digam suas opiniões.

Capítulo 3 - Dançando na Escuridão


Adrien acordara desanimado como de costume, sabendo, que mais uma vez teria que tomar seu dejejum desacompanhado, porém , já havia acostumado-se com a solidão; há quem pense que a felicidade vem junto com o dinheiro. Ah se viesse não haveria tanta tristeza no coração de Adrien, e muito menos existiria o enorme vazio emocional que parece aumentar a medida que Gabriel se afasta.

 

Duas batidas são ouvidas do lado de fora do enorme quarto.

– Pode entrar!

– Bom dia Adrien. – Nathalie disse.

– Bom dia.

– Hoje depois da escola você tem duas sessões de fotos, aula de esgrima e tem uma última aula de piano com a senhorita Elizabeth. Entendido ?

– Entendido. – Adrien falou, dessinteressado. – Nada que eu já não esteja acostumado, nessa minha ‘empolgante’ vida.

– Ah Adrien. – Nathalie lamentou, tudo mudara na mansão desde que Amélie morrera.

– Não adianta se lamentar Nathalie, se a cada lamentação um problema se resolvesse, estava bom. Reclamar não resolve problemas e se esconder não significa que eles deixarão de existir. Devemos enfrentar e resolver isso com garra e não ter a covarde atitude de achar que a ignorância diante das adversidades é a melhor escolha.

Nathalie estava surpresa, nunca pensou que Adrien amadureceria tão rápido. Desde o enterro simbólico feito à Amélie, Gabriel afastou-se de Adrien e o encheu de atividades na esperança de ocupar a mente do filho. Enquanto ele mesmo ocupava-se com trabalho dia e noite.

– Vou descer para tomar o dejejum.

– Okay. – ela respondeu de modo direto.

Assim que Adrien chegou na sala de jantar viu a mesa posta, e sentado em uma das cadeiras estava Gabriel; tomando uma xícara de café, enquanto revisava os mais novos modelos de sua coleção de inverno.

Ele não podia negar que ficou desconfiado com uma atitude tão atípica da parte de seu pai, mas, como um bom filho e com o objetivo de chamar a atenção.

Cumprimentou-o.

– Bom dia pai.

– Bom dia Adrien. – ele respondeu olhando brevemente nos olhos do filho.

– Algum motivo especial para que o senhor esteja tomando café... na sala de jantar ?

– Sim. Tem um motivo especial. – ele disse.

– E qual seria ? – Adrien estava desconfortável com a conversa seca que estava tendo com o pai, parecia mais um diálogo entre patrão e empregado. Se é que Gabriel o considerava realmente como filho.

– Seu irmão está na cidade.

***

O cheiro de bolo assando tomou conta do ambiente aconchegante da padaria, Tom e Sabine atendiam os clientes com satisfação, mas faltava algo. E não era mais açúcar na receita.

Marinette. Era isso o que faltava.

– Querido, nossa filha já acordou ?

– Acho que sim. Ela deve estar se arrumando para o colégio, sabe como são essas adolescentes de hoje. Sempre querem estar bonitas.

– Entendo – Sabine disse entre risos.

Tom e Marinette possuiam uma relação de pai e filha maravilhosa, e tinham uma grande amizade também. Tal como Sabine e ela.

Do quarto da jovem era possível sentir o cheiro do bolo assando, e também o aroma dos croissants e pães frescos. Cheiros que Marinette adorava sentir pela manhã.

– Acho que não falta mais nada. – ela disse se olhando uma última vez no espelho.

– Vamos Marinette ?

– Vamos, Tikki.

Marinette sorriu e desceu as escadas com uma animação que não cabia dentro de seu peito, não sabia do que se tratava, mas, tinha a impressão que teria um ótimo dia.

Duas maçãs. Foi tudo o que Marinette pegou para comer. Comeria uma no caminho da escola e a outra guardaria para quando sentisse fome. Mas, é claro que ela não se esqueceu de Tikki, pegou alguns cookies e guardou na bolsinha onde a kwami sempre ficava.

– Bom dia mãe, pai. – ela disse depositando um beijo na bochecha de cada um.

– Bom dia filha. – eles responderam em uníssono.

– Tenha um bom dia, querida.

– Vou ter pai, eu sei que vou.

Marinette aproveitou sua curta caminhada até a escola para sentir o calor do sol e a brisa leve que balançava seu cabelo preto-azulado, era incrivél como qualquer sensação de liberdade refletia imediatamente na mente da jovem, Ladybug. Sem seu alter-ego ela não seria quem é hoje, a super-heroina de Paris fazia parte de cada pedacinho dela e era isso que a fazia se sentir única.

Sem perceber Marinette chegou a escola e a primeira coisa que a jovem fez foi vasculhar cada canto da quadra a procura de Alya.

– Procurando alguém ?

– Adrien ? – Marinette disse surpresa. – Sim, estou procurando a Alya. Você a viu por aí ?

– Infelizmente não. Viu o Nino ?

– Também não. – ela disse. – Aonde esses dois se meteram ?

– Não faço idéia.

– Muito menos eu... – ela disse gargalhando. – Quem sabe não estão juntos.

– Juntos ?

– Sim, juntos. Eles devem estar no mesmo lugar.

– Então vamos procurar. – Adrien disse, pegando na mão de Marinette logo em seguida.

Procuraram na sala, no laboratório, nos vestiários e nada mas ainda faltava um lugar : a biblioteca.

Nenhum dos jovens percebeu a agitação dos kwamis na caça aos melhores amigos. Tikki e Plagg sentiram a presença um do outro e ambos estavam perplexos, além de Marinette e Adrien serem amigos e colegas de classe, também eram parceiros.

– Plagg ? – Tikki disse, mentalmente.

– Tikki ?

– Ironia, não ?

– Completamente.

***

Ao abrirem a porta da biblioteca eles confirmam o palpite, Alya e Nino estavam sentados em uma das várias mesas conversando e rindo.

– Tiro certeiro ehm Marinette. – Adrien disse.

– Obrigada. – ela disse encarando o jovem loiro.

Em uma fração de segundos o motivo de estarem na biblioteca desapareceu, uma profunda troca de olhares foi estabelecida entre eles. Verde no azul e vice-versa.

O coração de Marinette batia descompassado, enquanto Adrien perdia-se no olhar que achara tão familiar, o rubor cresceu nas bochechas da jovem franco-chinesa, a mente do loiro girava. Tudo em Marinette lhe era familiar.

O cabelo. O sorriso. E principalmente os olhos.

Olhos que podem ser compassivos e frios. Doces e calculistas . Qualidades completando defeitos e vice-versa.

Já Marinette, conhecia aqueles olhos verde-esmeralda e como conhecia, eles lembravam-na imediatamente de Chat Noir e em seguida vinham cenas dele jogando charme, fazendo piadas, beijando a mão dela e chamando-a de ‘My lady’ e não menos importante o sorrisinho de canto, a marca registrada do loiro.

Um flash rápido e...boom. Marinette imagina Adrien como Chat Noir e Adrien imagina Marinette como Ladybug.

Ambos balançam a cabeça ao mesmo tempo voltando a se concentrar.

“O Chat é muito presunçoso. E o Adrien é tão...perfeito”, pensou Marinette.

“A Ladybug é super-determinada e é cheia de personalidade. Já a Marinette é tão doce e bondosa”, pensou Adrien.

– Impossível! – disseram em uníssono. – O que é impossível ?

– Nada, nada. – Marinette disse caminhando na direção de Alya e Nino.

– Marinette ? – Alya disse surpresa. – O que faz aqui ? Quero dizer...chegou cedo hoje.

Assim que o olhar da morena parou em Adrien, ela completou.

– Vocês chegaram cedo hoje. – ela pontuou, prosseguindo. – O que houve caíram da cama ?

– Não, não caímos da cama. – Marinette disse. – Eu acordei cedo por conta de uma animação inexplicavél.

– Eu acordei cedo por que faz parte da minha rotina.

O som do alarme toca, interrompendo qualquer coisa que pudesse ser dita.

– E por falar em rotina lá vamos nós.

***

Marinette estava cansada pscicologicamente, as aulas foram desgastantes, mas, em compensação estar em uma dupla com o Adrien era tudo o que Marinette precisava para amadurecer ainda mais a relação com o loiro.

E o tema do trabalho era tipos de dança. Algo que Marinette não tinha experiência, sabia saltar de prédio em prédio, tinha força suficiente para derrotar akumas, mas, dançar realmente não era uma de suas habilidades mais fortes.

– Marinette ?

– Sim ?

– Infelizmente, eu tenho alguns compromissos e não vai dar para que façamos o trabalho hoje cedo. – ele disse, desanimado.

– Entendo.

Uma louca idéia passa pela mente de Adrien e como sempre no meio da loucura há um pouco de sanidade, a idéia era perfeita.

– Mas, se não for te incomodar eu posso passar na sua casa assim que estiver livre.

– P-passar na minha casa ?

– Sim.

– T-tudo bem por mim.

– Okay então. – ele disse. – Até mais.

Adrien põe a mão na cintura de Marinette e deposita um beijo na bochecha da mesma. O coração da franco-chinesa batia a mil por hora, receber um beijo de Adrien foi como receber uma reanimação cardíaca, pois, Marinette havia morrido e revivido em apenas alguns segundos.

– Até...mais.

– Suspirando pelo Adrien ? – Alya pergunta, sorrindo de lado.

– Por quem mais eu suspiraria ? – Marinette responde, sorrindo timidamente.

– Por mais ninguém, amiga. Por mais ninguém.

***

A lua brilhava intensamente no céu estrelado parisiense, sua luz estava mais intensa e as estrelas pareciam ter adquirido mais brilho. A noite estava completamente linda. Marinette esperava anciosamente por Adrien, enquanto o mesmo, acabara de chegar em casa desgastado.

– Adrien ?

– Já sei, já sei... Q-U-E-I-J-O. – ele disse, dirigindo-se a porta. – Já estou indo buscar, plagg.

– Não era isso que eu ia dizer, mas, Camembert é sempre bom.

– Então diga.

– Você vai mesmo ir ver a menina da sua sala ? A Marinette ?

– Ah céus... eu havia me esquecido disso. – Adrien põe ambas as mãos na cabeça e começa a bagunçar os fios loiros freneticamente. – Plagg, se você me ajudar a ir bem rápido para a casa da Marinette te dou dois pedaços de queijo depois.

– Cinco.

– Três.

– Quatro e não se fala mais nisso.

– Feito. – ele disse. – Plagg, me transforme.

Adrien é envolto pelo brilho esverdeado transformando-se em Chat Noir.

***

Os pés de Adrien tocam o chão em frente a padaria e um sublime sorriso se forma em seus lábios e as lembranças das diversas vezes que estivera na casa tanto como Adrien e Chat Noir, voltam.

– Plagg, desligar.

O kwami entra no casaco de Adrien e espera que ele entre no estabelecimento, o loiro respira fundo antes de bater na porta.

Uma. Duas batidas e a porta é aberta.

– Boa noite Sra. Cheng. – ele disse de modo sussurrado e com o olhar fixo no chão.

– Boa noite, Adrien. – ela disse. – E pode me chamar de Sabine.

– Okay. Senh... – ele para de falar e inicia a frase novamente. – Sabine, será que eu posso entrar ? É claro, se não estiver muito tarde na sua concepção.

– Entre, entre.

– A Marinette está lá em cima ?

– Sim, está. – disse. – Qual o motivo da sua visita ? Não me diga que estão namorando ?

A face do loiro fica quente e em questão de minutos as bochechas de Adrien ficam rubras. Ele queria saber se Amélie também falaria isso caso fosse Marinette a estar na casa dele em uma hora não tão apropriada.

– Não, não. Somos só amigos. – ele disse, envergonhado.

Sabine sorriu.

– Filha você tem visita.

– Quem é mãe ? – ela grita.

– É seu colega de classe, o Adrien.

Marinette deixa escapar um curto grito de desespero causando uma risada da parte do loiro. Era possível ouvir do segundo andar os passos apressados e desordenados da jovem franco-chinesa.

Sabine segurou a risada para não demonstrar que o comportamento atípico de Marinette era comum quando se tratava dele.

– Posso subir Sabine ?

– Pode.

Adrien subia as escadas devagar, percorrendo o corrimão decorando cada pedaço daquela singela madeira; seus ouvidos foram preenchidos por um grito fino, Marinette tomara um susto ao escutar as batidas no alçapão. Adrien sorriu, a jovem franco-chinesa sempre agia de modo diferente quando estava na presença dele e isso era algo que realmente atiçava a curiosidade do jovem loiro.

O barulho de madeira rangendo foi ouvido, o alçapão foi aberto e do outro lado estava uma Marinette agitada e temerosa, enquanto Adrien se mantinha calmo e relaxado.

– Posso passar ? – ele pergunta, ao perceber que já fazia dois minutos que estava na escada parado.

– Pode claro. – ela responde dando passagem.

Adrien termina de subir as escadas e passa por Marinette sentando-se na cadeira de frente para a mesa de computador.

– Então, eu pensei que já que o tema é tipos de dança e já que nós ficamos com a Valsa poderiamos fazer um trabalho escrito e também prático. – ele sugeriu, animado com a idéia.

– Adrien, eu gostei muito da sua idéia, mas...será que podiámos só fazer o trabalho escrito ? – ela disse. – Eu não sei dançar e ficaria morrendo de vergonha dançando na frente dos outros.

– Isso é um problema...

– Você acha ?

– E eu posso solucionar.

– Como você vai fazer isso ?

– Te ensinando a dançar.

– O que ? – ela disse, pondo as mãos na cabeça.

– É fácil de aprender. – ele disse. – Vem, pise nos meus pés.

– Você está louco ?

– Só faça...por favor.

Contrariada Marinette pisou nos pés de Adrien, porém, desequilibrou-se e quase caiu no chão, se Adrien não a tivesse pego pela cintura.

– O que eu faço agora ? – ela pergunta.

– Ponha sua mão aqui. – ele disse, colocando a mão direita de Marinette em seu ombro direito. – Enquanto eu... ponho minha mão na sua cintura.

Marinette arqueia levemente as costas para trás e tranca a respiração na garganta, Adrien continua e toma a mão de Marinette nas suas. Seus passos começam de modo tradicional, dando dois passos para o lado de modo sucessivos girando o corpo até que completassem uma volta.

– Acho que estou pegando o jeito.

– Estou vendo, e para alguém que não sabia dançar você dança muito bem.

Marinette desce dos pés de Adrien e começa a dançar ainda insegura com a direção dos passos, com o olhar preso no chão monitorando cada centímetro percorrido. De repente, o queixo de Marinette é levantado e Adrien a encara compassivo.

– Não monitore seus passos. Se deixe levar. As melhores danças são as espontâneas.

As luzes se apagam, a cidade torna-se uma completa escuridão; Marinette se assusta com o apagão e agarra-se no corpo de Adrien ficando mais próxima ainda do loiro.

A respiração de ambos colidiam constantemente, Adrien aperta Marinette mais ainda contra si e fecha os olhos, conduzindo a dança e sentindo cada vez mais o perfume inebriante exalado da franco-chinesa. Marinete estava assustada tanto pelo apagão quanto pela perigosa proximidade com Adrien, mas, não poderia dizer que a sensação de estar nos braços dele era ruim, pelo contrário, estar sendo segurada de modo tão firme e rente ao corpo dele era algo aconchegante.

– Se deixar levar... – ela disse, depois de um certo período fechando os olhos.

Dois para a direita e dois para a esquerda, e assim se seguiu a noite de ambos, que foi envolta pela dança com música mais suave e sincera de todas... a música tocada somente pelas batidas do coração.

Horas já haviam se passado desde que Adrien encerrou a sessão de dança; Marinette estava deitada desajeitadamente na cama, enquanto Adrien estava sentado na cadeira rindo da posição engraçada em que a amiga se encontrava. Estava sendo divertido passar esse tempo com Marinette e o melhor de tudo Adrien estava rindo como nunca com as histórias cômicas da franco-chinesa. As luzes ainda não haviam voltado e por isso era díficil enxergar bem no quarto pouco iluminado da jovem.

– Ai Marinette, você é muito engraçada.

– Eu me acho muito desastrada e azarada, mas engraçada... eu acho que não – ela disse caindo na gargalhada.

– Azarada, por quê ?

– Por que, todos os dias nada sai do jeito que eu quero.

– Ah... então somos dois azarados, pois eu também nunca consigo fazer as coisas sairem do meu jeito; Na verdade eu nunca faço nada do meu jeito.

– Nunca?

– Nunca!

– Wow! – ela disse, mirando o relógio. – Está tarde, acho que seu pai está preocupado.

– Eu acho que não... – ele murmurra, se lembrando de que ninguém na casa sabia de sua fuga noturna. – Mas, tem razão... já são nove e quarenta e nove da noite.

– É!

– Boa noite, Mari! – ele disse, beijando-lhe bochecha.

– Mari ? – ela pergunta em tom brincalhão.

– É um apelido que eu dei para você.

– Gostei. – ela disse. – Boa noite, Adrien!

Adrien abre o alçapão e desce as escadas, se deparando com Sabine e Tom sentados no sofá conversando, era um pouco mais fácil enxerga-los já que havia uma pequena vela pousada na bancada da cozinha, o que facilitou ao loiro encontrar a porta.

– Já vai Adrien ?

– Vou sim senhora Sabine, sei que está escuro mas tenho que voltar para casa; e amanhã tenho aula e a Mari também, então é bom que descassemos.

– Boa noite então, Adrien. – Sabine sorri, seria díficil até que Adrien se acostumasse a chama-lá pelo nome.

– Boa noite senho... Sabine e boa noite senhor Tom.

– Boa noite filho.

Adrien sorri meio atordoado e vai em direção a porta de entrada saindo de vez da residência dos Dupain-Cheng. Ser chamado de filho por Tom aqueceu-lhe totalmente o coração, a noite não podia estar melhor.

– Plagg, me transforme.

E em questão de segundos Adrien sumiu no breu dá noite parisiense.

***

O estrondo causado pela explosão foi ouvido por todo deserto, a bomba lançada pelos extremistas acabara de destruir a vida de Sayad Jabbis; seus pais que haviam acabado de voltar de uma viagem longa foram atingidos, naquele momento não foram somente eles que morreram, a alma e a vontade de viver da jovem de 14 também se foi junto com as pessoas que mais a amaram no mundo.

Sayad não sabia como reagir, ver o corpo dos pais desmembrado e sem a vida que ali um dia habitou era uma das coisas que nunca nem em seus piores pesadelos foi imaginado. Com o coração dilacerado e a respiração trancada na garganta, Sayad caiu de joelhos no chão pois suas pernas não mais suportavam o peso da morte. Um grito. Foi tudo o que saiu da boca da jovem árabe logo seguido pelo rio de lágrimas transbordando dos olhos castanhos que mesmo em meio a todos os acontecimentos ruins, um dia houve felicidade e agora só havia dor e raiva.

Sayad recusava-se a aceitar que de modo tão cruel a vida foi tirada de Zara e Mohamed, por isso em vez de soluçar complusivamente ela gritava; gritava com toda a força que podia tentando colocar aquele sentimento horrível para fora.

Correndo deserto a dentro, se forçando ao limite Sayad afastava-se cada vez mais do local aonde seus pais pereciam. Em sua mente apenas duas palavras rodavam : Recomeço e Vingança. Para ela não importava quem havia mandado a bomba, a única coisa que importava era que ela eliminaria extremista por extremista até que não sobrasse nenhum.

Dois meses depois...

Vestida com roupas diferentes e com uma mala enorme a tiracolo Sayad estava a dois passos de embarcar no avião. Com a ajuda de um antigo amigo, Sayad conseguiu um pouco de dinheiro e com este comprou uma única passagem de ida para Paris. Seus pais quando vivos, falam que no dia em que tivessem uma folga definitiva do trabalho iriam visitar Paris, para conhecer a tão aclamada e adorada Cidade Das Luzes e Do Amor. Sayad encontrava-se na fila para embarcar no avião, já havia passado por muitas coisas e agora finalmente estava a apenas alguns passos de iniciar um nova vida.

– Oh céus! – ela sussurrou, em árabe. – Tanta coisa para embarcar em um avião.

– Concordo! – a voz familiar ressoou com um trovão aos ouvidos da adolescente.

– Zharid! – ela disse, jogando-se nos braços do amigo. – O que faz aqui? Não ia ficar aqui em nossa terra?

– E deixa-lá viver a melhor e a maior de suas aventuras sozinha? Creio que não. – disse. – Além do mais, você é muito jovem e precisa de um adulto com você.

– Eu já tenho quinze. E você tem apenas dezoito. – ela rebateu. – Ambos somos muito jovens.

– Então é isso... vamos juntos para Paris.

– É! Vamos.


Notas Finais


O que vocês acharam? Gostaram da parte da dança? E a nova personagem? O que acharam dela? Futura vilã ou futura heroína?

Me digaaaaaam. Senti saudades de vocês. 😍❤❤❤


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