História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - Lado de Lucas Feuerschütte.

Sou Lucas Rossi Feuerschütte, mais conhecido com Luba pelos meus amigos. Tenho 26 anos e trabalho numa lanchonete perto da minha casa, mas nas horas vagas eu escrevo um pouco o meu primeiríssimo livro. Sim, eu amo escrever, mas não sobre minha história de vida, porque nela não existe nada de tão importante, mas sim sobre ficções românticas, dramáticas.. E isso me deixa feliz e relaxado com os resultados e eu irei fazer de tudo para publicarem-no.

Enfim, já são 06h40 da manhã e eu já estou preparado para mais um dia qualquer no trabalho. As mesmas pessoas, os mesmos cheiros de café e bolinhos no ar, não era um emprego dos sonhos, mas me sustentava. Peguei as coisas necessárias para levar e fui andando mesmo até o local, hoje estava um dia calmo, coisa que geralmente quase nunca acontece.

Enquanto eu caminhava, sentia pequenos pingos de chuva batendo em meu corpo “merda!” murmurei, correndo o mais rápido possível ao estabelecimento.

Por sorte, cheguei não muito molhado, a chuva começou a engrossar, me encaminhei até a sala de trás, para colocar meu avental e começar a servir os clientes.

Me vesti e me olhei no espelho para ter certeza que estava tudo em ordem, percebi que sim, então me dirigi para fora, ficando balcão. Reparei um grupinho de garotos chegando, estranhei, mas logo dei de ombros, eles falavam sobre coisas aleatórias, nas quais eu não conseguia entender, mas não quero dizer que eles estavam falando baixo, pelo contrário.

James: Lucas.. — ao lado, meu chef me chamou. O olhei.— dê um jeito nesses moleques, por favor. Gabbie demorará um pouco para chegar. — assenti.

Respirei fundo e me dirigi até o grupinho, eles perceberam minha aproximação e ficaram me encarando, fiz cara mais simpática possível..

Eu: Desculpem, vocês poderiam falar um pouco mais baixo? — pedi, eles apenas assentiram. Mas eu percebi que um deles não gostou muito da ideia. — obrigado.

Caminhei de volta até o balcão, mas eu ouço uma voz dizendo..

“Não entendo, eu vou pagar pra ficar aqui, por que não posso ficar a vontade o bastante?”

Eu me virei novamente o olhando, sorri.

Eu: Bom, porque isso é um local fechado, no qual as pessoas vêm pra conversar ou até mesmo tomar seu café e relaxar. Simples. — o moreno me olhou, tedioso.

“E eu pouco me importo para as pessoas.”

Eu: Isso já não é problema da nossa lanchonete, senhor. — sorri falsamente, voltando ao meu posto.

Esses tipos de cliente me tiram do sério, acham que são o rei da razão só porque está pagando para usufruir do estabelecimento, me poupem.

Gabbie: Olá, Lubolinha. — sorriu, beijando minha bochecha.

Eu: Oi. — sorri de volta. — Vai se trocar, está atrasada mocinha. — ela riu fraco,  assentindo.

Os clientes estavam começando a chegar rapidamente, Gabbie - que já tinha ido se trocar.- voltara e estava atendendo a pedidos. Eu era o caixa, então só ficava observando o movimento e tudo mais.

Minutos depois o moreno, do grupo dos meninos, veio até o caixa, sorrindo debochado, me entregou o papel com os pedidos e esperou.

“ Você é sempre irônico assim, ou só por que eu falei aquilo?” — ele riu.

Eu: Só sou irônico quando não quero tratar os outros mal. — o olhei, mas desviei para contar o troco.

“Opa, calma aí, Senhor Certinho.” —riu.

Eu: Quem está sendo irônico aqui, é você. — suspirei, fechando a máquina.

“Você deveria tratar melhor os clientes, sabia?”

Eu: E você deveria parar de achar que só porque está pagando, deve fazer o que quiser dentro de um estabelecimento publico. — o entreguei o troco. — Tenha um bom dia. — ele me olhou, surpreso.

“Idem.” — falou por final, e saiu andando, se pondo ele e mais seus amigos para fora do lugar.

Gabbie: Está tudo bem, Luba?
— perguntou, confusa.

Eu: Claro, por que não estaria? — sorri.

Gabbie: Por nada, é que você e o cliente novo pareciam estar discutindo. Você o conhece? — disse, pegando os pedidos.

Eu: Nunca o vi na minha vida. — dei de ombros.

Gabbie: Okay, quer sair sexta a noite? Abriu uma balada super legal no centro da cidade. — ela sorriu, empolgada.

Eu: Claro, vamos sim. — sorri, ela assentiu e foi atender os clientes.

Eu quase nunca saiu pra baladas e nenhum tipo de diversão, é sempre de casa para o trabalho e do trabalho para casa, eu acho que mereço um tempinho pra beber e me divertir um pouco.

Namorar nem se fala, meu último relacionamento durou 1 ano e meio, e ele nem me fazia tão feliz, ficamos 1 ano e meio preso ao outro, uma droga. Espero encontrar alguém legal nessa tal balada, até porque, não sou de se jogar fora.

Enquanto sexta não chegava, eu já estava pensando que roupa usaria, essa sexta-feira não seria uma sexta qualquer, seria A Sexta-Feira!

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