História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - Medo de Tentar..

No dia seguinte eu finalmente acordei disposto, feliz e com fome..

Mas é típico, né? O foda é saber quando eu não estou. Estava um dia frio e chuvoso, dias assim já me deixam na merda, piores dias. Suspirei fundo e soltei pela boca frustrado por causa disso, mas continuava feliz! Me levantei lentamente da cama, calcei uma pantufa e fui ao banheiro escovar os meus dentes, lavei o rosto, sequei-o numa toalha e me dirigi até a cozinha, à procura de alguma coisa para o café da manhã.

Passei pela sala e sorri instantaneamente, ele ainda estava ali, o analisei por completo, e ele era realmente muito bonito. Ele dormia calmamente, sem ronco, só respiros fracos. Passei as mãos em seus cabelos tirando-os de seu rosto, acariciei sua bochecha, sorri e voltei a andar até a cozinha.

Tirei tudo da mesa para fazer alguns waffles, já que minha mãe me ensinara a fazer esses dias. Fiz a massa e coloquei na forma adequada para fazer o mesmo (sim, eu esqueci o nome do negócio.), enquanto eu fazia, vi uma sombra estranha atrás de mim, olhei rapidamente.. Era Lucas..

Eu: Caralho, mano. Já disse pra você parar com isso.. —o olhei, ele riu.

Lucas: Desculpa, é força do hábito. —rimos.—  Bom dia pra você também. — ele beijou minha bochecha, sorridente, fiquei vermelho rapidamente.

Eu: Ah.. Bom dia.. — coloquei os bolinhos na mesa.— Tem chocolate no forno, ou mel, se quiser. — dei de ombros, ele assentiu.

Lucas: Valeu.. — ele pegou o chocolate e o mel, colocando-os na mesa.— Ah, e valeu por me deixar dormir aqui ontem.

Eu: De boa, mas você está melhor? — tentei não lembrar do que aconteceu, sorrindo forçado, ele assentiu.

Lucas: Sim, só foi uma crise, nada demais. —assenti, sentando-nos à mesa. — Você vai dar um tempo no trabalho, né? Por que, sei lá, você acabou de voltar para casa de viagem..

Eu: Sim, vou sim. James me deu uns dias.. — mordi um pedaço de waffle.

Lucas: Hm.. Legal.. — sorriu de canto, repetindo o ato.

[…] Continuamos conversamos e comemos calmamente, ele era uma ótima companhia, nunca faltava assunto entre nós..

Lucas: Hm.. Tenho que ir.. — levou os pratos à pia, e logo lavando as mãos, secando-a em seguida num pano de prato.

Eu: Sério? Não acha que está um pouco cedo..? — fiz careta.

Lucas: Nada, já são 12h46. Além isso, não quero atrapalhar, obrigado pelo café. — sorriu, pegando meu queixo.

Eu: T-t-tudo bem..  — tentei sorrir, me senti tenso com o ato. O vi se aproximar de mim lentamente, levantei um pouco mais meu rosto para nossas bocas se encontrarem, sorri voltando a beija-lo.

Lucas: Tem certeza.. Que não quer..  Me em impedir?.. — segurou minha nuca contra ele, forte.

Não o respondi, rapidamente eu o encostei na parede, me encaixando em suas pernas. Pedi passagem e, sem hesito, ele cedeu. Sua mão escorregou até minha coxa, a puxando para cima, apertando-a.

Num movimento rápido, que eu nem sei como ele fez, muita prática talvez, ele percorreu sua mão à minha outra coxa, a levou para cima rapidamente e me encostou na parede, já em seu colo. Entrelacei minha pernas a sua cintura.

Eu: Muita prática.. Né? — puxei seus cabelos pequenos da nuca.

Lucas: Um pouco.. — sorriu, mordendo meu lábio.

Eu: Você realmente precisa ir..? — disse, entre o beijo.

Lucas: Uhum.. Mas eu posso adiar, se quiser.. — passou os beijos ao meu pescoço.

Eu: Não acho.. Que seria uma boa ideia.. — suspirei.

Lucas: Luba.. Para de ser cu doce.. — mordiscou meu pescoço, fiz careta.

Eu: Lucas.. — prensei meus lábios o olhando.— Eu.. Eu não estou pronto ainda.. — falei baixo, olhando para o chão.

Lucas: — suspiro.— Tudo bem.. —lentamente, ele me colocou no chão.— desculpa.. — me fitou.

Eu: Ok, tudo bem. — sorri envergonhado.

Lucas: Estou indo, até mais.. — se distanciou, dirigindo-se até a porta.

Eu me sinto completamente confuso, eu quero, mas sinto medo. Meu medo é enorme. Medo de me sentir usado. Medo dele me trocar de algum modo.. Eu sou tão inseguro, que merda!

Resolvi ligar para Karen e dizer tudo, desabafar.. Mar preferi a chamar para vir aqui, dizer tudo pessoalmente, bem melhor..

[…] A liguei e a chamei, rapidamente ela veio à minha casa.

Karen: O que aconteceu? — beijou minha bochecha.

Eu: Entra.. — ela entrou e se sentou.

Karen: O que houve, Lucas? É coisa séria?

Eu: Um pouco.. — a olhei.—  Eu.. —suspirei.— Lembra daquele cara, o Lucas? — ela assentiu.— Então.. De uns dias pra ca, antes de eu viajar pra SC ele me beijou s força.. — ela me olhou surpresa.— Sim, e eu me senti usado.. Totalmente violado. E nisso, eu pedi um tempo, um tempo de saidinha e tudo mais. Nisso, eu contei para minha mãe o que aconteceu, e ela me pediu pra vir embora um dia antes. E ontem aconteceu novamente, só que dessa vez eu queria, eu sinto uma certa atração por ele. Agora pouco pra ser mais exato, aconteceu um pouco pior, ele queria ir pra cama comigo, mas eu não me sinto.. —deixei uma lágrima cair. — eu me sinto inseguro, não sei o que eu faço, não sei o que deixo de fazer..

Ka: Você tem certeza que é só uma atração? —ela acariciou minha bochecha, acalmando-me.

Eu: Eu não sei, eu não sei Ka. — ela me abraçou forte.

Ka: Não precisa ser tão difícil, Lucas.. — ela disse, baixo.— Você não precisa ser tão inseguro, querido. Para de ser bobo, nada vai dar errado. E se der, você tenta outra.

Eu: Mas Ka, aconteceu tantas coisas.. Eu não consigo mais.. — limpei meu rosto.

Ka: Lucas, você sente que ele gosta de você? — assenti receoso.—  Então por que não tenta? Ele não quer? Ele não sente que você o quer? Então tenta! Tenta, mesmo sabendo que dará certo esforço, Lucas! — ela me olhou determinada. — Promete, promete que tentará ser feliz..

Eu: Eu.. Eu prometo sim.. — ela me deu outro abraço.

Ka: Ok. Espero que tudo de certo. E vai dar. — sorriu, beijando minha testa.

Eu: Assim espero também..

...