História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - Morar Comigo?

Lentamente eu acordei em minha cama, não lembro muito bem quando vim parar aqui, mas enfim. Peguei meu celular para ver as horas, eram 18h03 da noite, Lucas já não estava mais ao meu lado da cama, me levantei e fui ver no banheiro. Nada. 

Então resolvi ir caminhando até a cozinha, escutando uma conversa baixa. Quando me aproximei o bastante, vi Lucas e Mauro conversando sobre algo aleatório, acho que era sobre Star Wars, tanto faz. 

Mauro: E ai, T3ddy? Demorou para acordar hein, mano! —ri, apertando sua mão. 

Eu: E ai, cara? Cadê os outros? 

Mauro: Já foram embora. Eu tinha que ir também, mas acabei fazendo um pouco de campainha a Luba. — o ruivo sorriu pequeno.— Mas eu vou deixar o casal sozinho. Haha, valeu Luba, até a próxima. — acenou, se retirando. 

Lucas: O Ma é uma pessoa incrível.. — sorriu, colocando macarrão (à molho branco, acho) num prato. 

Eu: "Ma"? — fiz aspas com as mãos, o olhando.— Já estão tão íntimos assim? 

 Lucas: Ue, não posso? — deu de ombros.— Ficamos conversando por um tempo, achei que usar um apelido na seria ruim. — colocou a panela na pia.— Está com fome? —assenti, o fitando.— O que foi agora, Olioti? 

Eu: Nada, só achei estranho você dando apelidinho carinhoso para o Mauro. — me sentei na mesa. 

Lucas: Espera ai.. — ele riu, eu o olhei curioso.— Tu tá com ciúmes? 

Eu: Eu? Com ciúmes? — ri.— Estou mesmo. 

—o olhei sério.

Lucas: Onnnnnnwt. — riu, revirei os olhos, já comendo.— Que fofo.

Eu: Não fode, Luba. — disse, de boca cheia. 

Lucas: Nossa, ignorante. — levou o garfo com macarrão à boca. 

Eu: Não sou, só não gostei.. — disse, pegando um pouco de suco. 

Lucas: Ele é seu melhor amigo, Urso.. —me olhou. 

Eu: Eu sei, amor.. —o olhei de volta.— Mas.. Sei lá.. 

Lucas: Você ficou com ciúmes. — passou a mão em minha bochecha. 

Eu: Não é isso.. — fiquei vermelho.

Lucas: Admite logo, você ficou fofo corado.. —riu fraco. 

Eu: Para, Luba.. — disse, baixo. 

Lucas: Onnnnnnnnwt.. — ri fraco, ele pegou minha mão. — Vou te espancar.. — arregalei os olhos.— demonstração de amor. — rimos. 

Eu: Ok, Ok.. Eu fiquei com ciúmes sim.. — respirei fundo, ele me selou rápido, a campainha tocou.

Lucas: Quer que eu atenda..? — disse, próximo ao meu rosto. 

Eu: Não, eu vou.. — o dei um selinho 

Peguei uma camisa que tinha em cima do sofá, e me dirigi até a porta. A abri lentamente, revelando o rosto que eu menos queria ver.. 

 Era Fernanda..

Nanda: Oi Oli.. — me olhou, suspirei. 

Eu: Oi Fernanda.. O que foi dessa vez? 

Nanda: Meu pais me expulsaram de casa, Lucas.. — ela me olhou desesperada.

Eu: Que? Como assim? — ela entrou.— Nada te dá o direito de entrar na minha casa assim.. —a impedi. 

Nanda: Oli, vamos ter um filho.. 

Eu: Vamos ter um filho, mas eu não tenho obrigação de viver perto de ti. —a fitei. 

Nanda: Claro que tem, você tem que cuidar e mim.. 

Eu: Não fode.. — ri irônico. 

Nanda: OLIO...— ela se virou pra mim.— Quem é ele? — olhei para trás, vendo Lucas lavar a louça.— amigo novo..? 

Eu: O que você tem a ver com isso? 

Nanda: QUEM É ELE, LUCAS? — gritou. 

Eu: PRIMEIRO: PARE DE GRITAR, VOCÊ NÃO ESTÁ NA PORRA DA TUA CASA! — ele se assustou.— SEGUNDO: BOTA NA PORRA DESSA TUA CABEÇA, EU NÃO SOU TEU NAMORADO, MUITO MENOS TEU MARIDO! DEIXA A PORRA DA MINHA VIDA EM PAZ, CARALHO! 

Nanda: É ele, não é? — o olhou, nervosa.— É ele que você está pegando, né? —riu sarcástica.

Eu: Fernanda, para de ser ridícula.. — respirei fundo, Luba estava pasmo, engoliu em seco e me olhou. Estendi minha mão à ele, chamando-o, ele se aproximou aos poucos. 

Nanda: Vocês estão me zoando, né? — se aproximou.— Sai de perto dele, Oli! — ri fraco e peguei sua mão, entrelaçando-a. — LUCAS, VOCÊ NÃO É GAY! 

Eu: Realmente, sou bi. — dei de ombros. 

Nanda: Você não brinca comigo, Olioti. Para com essa gracinha, você só esta tentando me fazer raiva. 

Lucas: Amor.. — disse baixinho.— Ela não pode passar por muitos sentimentos, isso pode afetar o neném. —me olhou próximo, bufei. 

Eu: Fernanda, o que você quer? Fala logo.. 

Nanda: Simples. Quero morar aqui contigo. —arregalei os olhos. 

Eu: COMO É? — gritei, assustado.— NEM FODENDO! 

Nanda: Lucas, eu não tenho pra onde ir, noss..—a cortei. 

Eu: PARA DE USAR A PORRA DA CRIANÇA COM PRETEXTO, VOCÊ NÃO VAI MORAR AQUI E PRONTO! — disse, pegando seu braço, Luba me parou. 

Lucas: Lucas, para. — disse, fitando-me calmo.— Você não pode fazer isso, ela não pode viver na rua. 

Eu: O que? — o olhei.— Você quer que eu aceite que ela more aqui? — ri irônico. 

Lucas: Eu.. Eu posso ir embora.. 

Nanda: SIM! 

Eu: NÃO, LUBA! —apertei seu braço.— Eu não quero que você vá. 

Lucas: Coloca ela no quarto de hospedes.. Não sei.. Eu não preciso ficar aqui 24 horas por dia, Lu.. 

Eu: Para, chega. Você não vai para lugar algum.. — mexi em algumas gavetas do hacker da sala, achando uma chave.— Toma, essa é a chave do meu apartamento. Você sabe muito bem onde é.. —quando ela iria pegar, a impedi.— se eu for lá, e tiver algum homem, sai você e ele direto pra rua, ok? — ela assentiu.— Agora, pelo amor de Deus, me deixa em paz com meu namorado.. —revirei os olhos. 

Nanda: Namorado.. Você não sabe o quanto eu quis que você me chamasse de "minha namorada" Oli .. —disse baixo, para que só eu escutasse, ela saiu, batendo a porta.

Eu: Que história foi essa de coloca-la dentro da minha casa, Lucas? Pirou? — me virei à ele, confuso. 

Lucas: Eu só quis ajudar, ela estava precisando de ajuda, achei que seria melhor.. 

Eu: Ah, claro. E eu me privaria de ficar com você aqui? — me aproximei, encostando meus lábios em sua bochecha lentamente, formando um beijo simples porém malicioso. 

Lucas: Seria melhor.. 

Eu: Hã? Como é? — segurei em sua cintura, tirei o sorriso do rosto. 

.Lucas: Não, deixa.. 

Eu: Conta! 

Lucas: Não precisa, nada importante. — me selou rapidamente. 

Eu: Eu odeio quando você fica misterioso. 

Lucas: Você deveria adorar esse meu lado, ue..

— rimos fraco, ele mordeu meu lábio. 

Eu: E ai? Como está indo a procura de empregos? 

Lucas: Hm.. Esta indo.. 

Eu: Vamos sair? — ele assentiu.— Mais tarde? 

Lucas: Por mim, tudo bem.. — colei meus lábios nos seus. 

Eu: hm.. — disse, me distanciando.— Da próxima vez que a Fê vir aqui, não dê tanto palpite. Ela é maluca. — rimos. 

Lucas: Desculpe.. 

Eu: Vem, vamos assistir algumas séries.. 

...