História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - "Eu Mereco Sofrer Tanto Assim, Deus?"

Já estávamos ali a bastante tempo, já estava começando a escurecer, eu e Lucas estávamos cansados, então levantamos e voltamos para casa, Otto e mamãe já tinham voltado para casa e estavam fazendo um lanche na cozinha, os cumprimentamos e subimos ao quarto. 

Lucas: Está com sono, amor? —me perguntou, sentando-se na cama. 

Eu: Um pouco.. — peguei meu celular, vendo as notificações.— Se quiser, pode dormir um pouco, sem problemas. — ele assentiu, virando-se e deitando. 

Me sentei no sofá que tinha ao meu quarto e comecei a ver as notificações, percebi que tinha uma mensagem de um número desconhecido, estranhei e resolvi lê-la. 

“Oi Lucas, me desculpe, sou eu, Fernanda. Podemos conversar? Sem discussões, só uma conversa. Sei que você está em Tubarão com o T3ddy, por favor.. Estou no Hotel (nome) no quarto andar, número 37. Espero que venha. -Fernanda." 

Arregalei os olhos e olhei para Lucas, ele ainda dormia. Troquei de roupa rapidamente (e tentando não fazer nenhum tipo de barulho), peguei um casaco e sai, desligando a luz do quarto. 

Desci as escadas e segui para a sala, tentando não chamar a atenção dos meus pais que ainda estavam na cozinha.. 

Otto: Lucas..? — o olhei.— Onde vai, filho? 

Eu: Eu.. Eu vou no mercado, papai.. Eu já volto. —eles assentiram, segui para fora e fui até o tal local combinado. 

Tinha algo me dizendo que não iria dar certo, dei meu nome ao recepcionista e então subi, engoli em seco ainda no elevador, quando o mesmo parou, eu segui a porta 37. Bati duas vezes na porta e esperei, rezei para que não abrissem, eu já estava me distanciando quando abriram a porta.. 

Nanda: Lucas..? —parei, e a olhei.— Que bom que veio, entre por favor.. — deu-me espaço, eu então entrei.

Eu: O que você quer comigo..? — a fitei, ela estava agoniada com algo, dava para ver em seu rosto. 

Nanda: Eu queria te pedir algo, por favor.. —ela pegou seu celular, estranhei mas dei de ombros.—Por favor, só uma coisa.. 

Eu: Sim, o que? —ela fez um gesto para me sentar, acabei cendendo. 

Nanda: D-deixe o Lucas.. —eu a olhei, incrédulo.— Sim, você sabe, eu e ele vamos ter um filho, eu só quero que ele tenha um pai presen.. 

Eu: Você.. O que? — me levantei.— Você é maluca? Não, não vou fazer isso.. 

Nanda: Eu te imploro, você sabe que ele não é gay, ele não.. Ele não serve para você.. 

Eu: Para! Para de ser louca garota! — ela já tinha deixado o celular em cima do criado mudo. 

Nanda: DEIXA ELE EM PAZ! —gritou, já chorando.— Deixa.. Ele.. — se atacou para cima de mim, a empurrei.— Ah.. — ela colocou as mãos na barriga.— O que.. O que você fez..? —ela disse, com a voz afetada, arregalei os olhos.— MEU FILHO, SEU IDIOTA! —encostou-se na parede. 

Eu: Eu.. Eu.. — me aproximei.— O que sente? 

Nanda: Me coloca na.. Aaaaah cama.. — eu a segurei, levando-a a cama, ela segurou meu pescoço, sussurrando ao meu ouvido.— Lucas esta ouvindo do outro lado da linha e sabe onde estou, idiota.. —ela riu baixo, a olhei boquiaberto, ela me soltou, em relance, bati em seu rosto. 

Eu: Vagabunda.. —disse, e corri ao celular, ele já havia desligado. 

Nanda: —ela colocou a mão no rosto.— Acho que não foi dessa vez, Luba.. —ela disse, se levantando.— Tão tolo.. 

Eu: Qual é o seu problema? 

Eu estava com medo, Lucas com certeza tinha entendido errado, ele iria dizer coisas achando que eu vim com o acaso de fazer isso. Ouvi a porta ser aberta, ela foi ao banheiro, estranhei, já que saberia o que iria acontecer.. 

Lucas: Fernanda? —chamou-a, assustado, foi quando ele me olhou.— O que você fez, Luba? 

Eu: Eu não fiz.. Eu não fiz nada.. — disse, reprimido na parede.

Lucas: O QUE VOCÊ FEZ, LUCAS? — gritou, assustei-me. — Eu não acredito que você foi capaz de.. —a menina gritou de dor.— Ela.. — ele foi ao banheiro. 

Engoli em seco, meus olhos ardiam para chorar, ele realmente acha que eu seria capaz de machuca-la ou fazer algo com seu filho. Deixei poucas lágrimas escaparem, ele saiu do banheiro com ela no colo, agora seu vestido florado estava com grades manchas vermelhas.. Ela aparentemente estava desacordada, mas eu sabia que era mentira. Apertei meus punhos nervoso e ele me fitou.. 

Lucas: Vamos conversar mais tarde. — disse sério e saiu, me sentei no chão e comecei a chorar. 

Isso iria estragar nossa relação, iria estragar nossas vidas daqui por diante! Tomei coragem e me levantei, seguindo até minha casa. 

Quando cheguei. subi direto ao meu quarto, me jogando em minha cama, eu não conseguiria dormir, tinha certeza, então resolvi espera-lo chegar, desliguei a luz e fiquei assistindo. 

Meus pensamentos estavam tão longe, que eu nem percebi que ele já chegara. Olhei as horas e eram 20h33, já tinha escurecido o bastante. Eu o olhei medroso, eu sabia que ele não me escutaria. já estava esperando ele dizer coisas para mim, por ser culpado de "machucar" a tal Fernanda. 

Seus olhos e seu nariz estavam vermelhos, mesmo escuro consegui ver seu semblante triste, ele se encostou na parede e foi deslizando até o chão. foi quando ele começou a chorar realmente.. 

Me assustei com seu ato, aquilo estava de cortar meu coração, lentamente eu ia me aproximando dele, me ajoelhei em sua frente. ele levantou a cabeça.. 

Lucas: Sai de perto de mim, Lucas.. —ele falou, fechando os olhos. 

Eu: Lu.. Eu não.. —ele me cortou. 

Lucas: Sai de perto. De mim.. —ele repetiu, eu não queria, senti meus olhos marejarem. 

Eu: Me diz.. o que aconteceu.. por favor? —minha voz estavam embargada. 

Lucas: ELA PERDEU O BEBÊ, LUCAS! ISSO ACONTECEU! —ele gritou, arregalei meus olhos. 

Eu: N-não.. mas.. —ele me fitou. 

Lucas: Por que..? Por que isso tinha que acontecer.. ? — sua respiração estava pesada, eu tentei tocar seu rosto, mas ele se distanciou.— Por que você foi lá? O que você tinha que estragar? Você fez de propósito, Lucas! 

Eu: Eu n-não fiz nada! Eu não fiz, e-eu juro! —disse, chorando. 

Lucas: Luba, ela me disse que você a empurrou! Não foi mesmo de propósito!? —olhei para o chão. 

Eu: Você.. Você não confia em mim.. —disse baixo. 

Lucas: Ela estava grávida! 

Eu: MAS ELA TRAMOU TUDO! —gritei, desesperado.— ELA FEZ COM QUE VOCÊ OUVISSE, ELA QUERIA QUE BRIGASSEMOS, LUCAS! ... por favor.. — eu já estava ofegante, e meu rosto estava molhado. 

Lucas: Para.. Para com isso.. —ele enterrou o rosto nos braços.— Eu não acredito em você, eu.. Eu vou embora.. 

Eu: Não! Não, Urso.. Confia em mim, eu não mentiria sobre isso para você. 

Lucas: Ela não faria isso.. 

Eu: T3ddy.. — deixei o choro me levar, então ele se levantou.—Amor, não vai.. 

Lucas: —ele tirou as lágrimas do rosto, respirando fundo.— Depois.. Eu venho buscar minhas coisas, tenha uma boa noite, Feuerschütte. —ele me olhou uma última vez e saiu. 

Me levantei e me deitei na cama, peguei meu travesseiro e o coloquei na boca, gritando. Tirei todas as minhas dores ali, gritei tudo o que tinha para gritar, eu estava cansado dessa mulher, e agora ela tinha estragado totalmente nossas vidas. 

Lucas nunca vai me perdoar, mas eu não fui o culpado, por que isso agora? Eu realmente não mereço ser feliz com alguém que eu amo? Por que? Por que essa mulher tem que ganhar? Eu não conseguiria viver se ele estiver do lado.. Dela.. 

Eu não posso acreditar.. Tudo, do nada, virou um pesadelo. Tudo está uma droga, sem ele. essa vida não vale a pena. Ele me desconcertou, eu só funciono perto dele, POR QUE ISSO AGORA, DEUS? EU MEREÇO SOFRER TANTO ASSIM? 

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