Narrativa: Lucas Feuerschutte.
Anos se passaram, Rafael - meu filho mais velho -, estava prestes a se casar, faltavam menos de uma hora para o mesmo entrar no altar, eu me sinto feliz, emocionado e orgulhoso, ele irá se casar com quem ama e o faz feliz realmente, e eu? Estou simplesmente realizado com isso. Junior e Alícia estão lá fora, junto com os convidados, a igreja era enorme e linda, tudo fora bem formado e pensado, tudo estava em seus requintes.
Alícia está, assim como Ju, namorando. Ambos são muito felizes em seu relacionamento, aliás, ficamos sabendo recentemente que nossa menininha iria ter um nenê, lembro-me que Lucas até desmaiou com a tal notícia, foi uma emoção adoidada, porém será muito gostoso. Seremos avôs!
Eu e Lucas estavámos no quarto em que Rafa se arrumava - pela décima vez -, seu palitó. Ele estava verdadeiramente lindo, mas sua expressão estava pavorosa, estava totalmente hilária.
Rafa: Pai! Pare de rir! - disse, ficando vermelho, o mesmo estava envergonhado. - Estou nervoso, papai. - bufou, meu menino já era um adulto, mas não deixara sua áurea infantil e indefesa ir embora totalmente. Soltei um sorriso confortador, virando-o para mim.
Eu: Tudo dará certo, meu menino. Relaxe seus ombros, você é um adulto agora, saberá se virar, certo? - ele assentiu. hesitante.
Lucas: Tudo ficará bem, Rafinha. Confia. - beijou a testa do menor.
Rafa: Prometem? - rimos fraco, assentindo.
Eu/Lucas: Prometemos.
Rafa: Me sinto nervoso, pais. - suspirou.
Eu: Você a ama?
Rafa: Sim. A Larissa foi uma das melhores coisas em que me aconteceu.
Eu: Então, faça isso por ela, já que ela é sua felicidade! Esse dia, além de importante, meu bem, é especial tanto para ti quanto para ela. - segurei suas mãos. - Lute pela sua felicidade. - ele sorriu.
Lucas: Quando escuto seu pai te dando conselhos assim, percebo o quanto fui um pai péssimo em conselhos. - rimos, beijei sua bochecha.
Eu: Vocês são pais incriveis, eu amo vocês. - beijou a minha e a bochecha de Lucas. - Obrigado pela ajuda. - beijou nossas mãos.
Alicia: Oi, papais, Rafa! - sorriu, adentrando o cômodo - Vim avisar que está na hora, Rafa tem que ir ao altar, vamos? - ele respirou fundo, assentindo. - Vai dar tudo certo! - saimos dali e fomos diretamente para a igreja, estava cheia de amigos, colegas antigos e colegas de nossos filhos, sorri e apertei a mão de meu marido, seguindo ao nosso lugar: os dois primeiros acentos da frente.
Lucas: Ansioso? - perguntou baixinho, o olhei, assentindo.
Eu: Sim... É nosso menininho... - ele sorriu, assentindo. - Anos se passaram, e eu ainda lembro de quando eles chegaram para nós, a Lice toda tímida e o Ju cuidando dela, dizendo que nós iriámos cuidar deles... - ri, lembrando-me.
Lucas: E ai está o resultado. Nosso menino casando com quem ama, hm? - beijou minha testa. - Deu tudo certo, como tinha que dar, meu amor.
Eu: Uma loucura... - encostei minha cabeça em seu ombro. - E só de pensar que nós nos conhecemos de uma maneira tão... Desfocada. - rimos, ele concordou.
Lucas: Eu me senti preso a ti no primeiro dia... - revelou. - Eu não sei o que me aconteceu, mas eu tive uma vontade enorme de voltar naquela lanchonete no dia seguinte, apenas para te ver... - o olhei, sorrindo. - Sim, isso é tão clichê de se dizer, mas... Eu acho que tinhamos uma ligação.
Eu: Tinhamos? - ele concordou. - Ainda temos, amor. - sorrimos. - E agora é ainda maior... - beijei sua bochecha. - Te amo.
Lucas: Eu também amo você. - me deu um selinho um tanto demorado, quando nos separamos, a música em que a noiva entra na igreja começou a tocar pelo pianista altamente, olhamos todos à porta, e lá estava Larissa, linda num vestido branco enorme, sorri e olhei para Rafa, que sorria largamente, Ele não parecia mais nervoso como antes. - Ela está muito bonita.
Eu: Sim, está. - não pude deixar de sorrir, ela estava sendo levada pelo irmão mais velho, que, quando chegou ao altar, deu a mão da irmã ao cunhado e saiu, sentando-se de volta em seu lugar.
O padre começou os dizeres de todo casamento, e isso só me fazia lembrar de quando eu e Lucas eramos mais novos, o quanto eu fermentava uma raiva por ele que, sabia eu, tinha outra coisa pelas costas, uma coisa pura, real e desejada. Eu o amo, eu o amava. Tudo tão bonito. Entrelacei nossos dedos, acariciando sua mão com meu polegar, sentindo uma lágrima cair de meu rosto.
Lucas: Amor, acabou de começar e você já está chorando? - secou meu rosto carinhosamente, sorrindo.
Eu: Desculpe, foi mais forte que eu. - sorri de canto, fungando fraco. - Tudo se passa tão rápido... - olhei para nossa mão, juntas. - Juntos para sempre...?
Lucas: Claro, Lucas... Por que isso do nada?
Eu: Nada, só para ter certeza. - ri, ele me fitou, negando e sorrindo em seguida, sentindo um beijo estalado em meus lábios.
Lucas: Te amo. - sussurrou, sorri. Voltamos a prestar atenção nos votos do casamento, o padre já estava em suas últimas palavras, ambos os noivos sorriam enormemente, com suas alianças já em mãos. - Lucas Feuerschutte, aceita Lucas Olioti como seu futuro esposo? - indagou, rindo, acabei rindo junto, baixo. - Responde! - pediu, rindo.
Eu: Aceito! - sussurrei de volta. - Lucas Olioti, aceita Lucas Feuerschutte como seu futuro esposo? - brinquei também.
Lucas: Aceito! - beijou a pontinha do meu nariz, ri encostando minha testa na sua.
Padre: Pode beijar a noiva! - ouvimos palmas, dei-o um selinho rápido, voltando minha atenção a frente, batendo palmas, já levantado. Meu filho estava oficialmente casado.
Lucas: Ele está tão feliz. - me abraçou.
Eu: Sim, todos eles estão. Me sinto orgulhoso e realizado. - suspirei, feliz.
Lucas: Eu amo nossa família, eu nunca me imaginei assim. Estou ficando velho. - rimos.
Eu: Vai se acostumando... Vovô! - ri, ele fez bico.
Lucas: Pelo amor de Deus, Lucas! Se não ajuda, não atrapalha. - ri ainda mais.
Eu: Você está um velho bonito, pelo menos. - brinquei.
Lucas: Filho da puta.
Eu: E rabugento também. - ri.
Lucas: Te odeio.
Eu: Nos amamos, apenas lide. - pisquei para si.
Lucas: Odeio quando você está certo. - beijou meu ombro. - Vamos agora pra festinha, quero comer bolo!
Eu: Aish, esfomeado! - resmunguei, seguindo o mesmo.
E N D
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