Ouvi meu celular apitar, abri meus olhos com dificuldades (já que minha cabeça doía mais do que não sei o que) e tentei o desligar, não conseguindo de primeiro, bufei nervoso e joguei o mesmo no chão, que logo parou de apitar.
Não liguei muito, me virei e tentei dormir novamente, não conseguindo. Bufei alto e me levantei, caminhando até o banheiro. Liguei o chuveiro na água gelada, me despi e entrei no mesmo.
Senti um choque estranho passar pelo meu corpo, encostei a testa na parede, só deixando a água percorrer meu corpo.
[…] Terminei meu banho e segui-o meu quarto nú mesmo, eu moro sozinho, que mal tem? Cheguei ao meu quarto, vesti uma cueca e me joguei na cama a procura do meu celular.
“Merda!” pensei, lembrando que o aparelho estava na sala. Fui ao cômodo, peguei-o e voltei ao meu quarto, repetindo o ato de jogar-me na cama.
Vasculhei o aparelho a procura de novas notificações, e era sempre as mesmas coisas, mas logo vi uma que chamou-me a atenção
“….. Aceitou o seu convite de amizade….”
Hum.. Será que foi o Lucas? Sorri (não entendi porque, mas enfim) e fui ter certeza, cliquei na notificação e tive certeza, o botão de convite estava batendo na minha cara reluzendo o “Amigos” em azul.
Me senti cara de pau o bastante de mandar uma mensagem para ele, dei de ombros e comecei a escrever. Ele estava on, pelo menos isso..
"Lucas! Que bom te encontrar, querido. <3"
Esperei um pouco, eu estava meio ansioso para sua resposta, estava ficando cada vez mais estranho..
“O que? O que você quer? Puta que parou, até aqui você me persegue?” - Lucas.
"Ei, vai com calma, só queria conversar. :c"
“Vai perturbar sua mãe! ” -Lucas.
"Está estressadinho hoje, querido? Posso terminar com isso logo. e.e"
“Vai se foder!” -Lucas.
"Conversa comigo, vai! Qual a dificuldade?"
“Você ser um babaca.” -Lucas.
"Isso me falam frequentemente, tem alguma novidade?"
“Não, eu só quero dormir.” -Lucas.
"Credo, Lucas. Já são 16h43."
“E o que te importa?”
"Nossa, ignorante!"
“Só com pessoas que eu não suporto!”
-Lucas.
"Ah, então você não me suporta? e.e"
“Não!” -Lucas.
"Bom saber. ❤"
“Que? Não, 'Bom saber' é um caralho.”
-Lucas.
"O que houve, Lucas?"
“Você me dá medo.” -Lucas.
"Bom saber também. ;')"
“Se você aprontar algo eu juro.. ” -Lucas.
"Jura o que, Lucas? HAHA"
“Que eu te mato babaca! Agora vão se foder, tenho algo melhor a fazer!” -Lucas.
"Também adorei conversar contigo, Lucas. Você é muito simpático.❤"
“Ironias.. ” -Lucas.
"Damos o que merecemos, querido."
“Affu, tchau!” -Lucas.
"Tchauzinho. ❤"
Ri fraco e continuei a olhar seu perfil, ele era muito bonito, não posso negar, mas eu sentia algo mais, nisso você me pergunta: "O que, T3ddy?" Eu sei lá, porra. Só sinto, pronto.
Suspirei e me arrumei na cama, deitando certamente no travesseiro. Arrumei meu cabelo numa franja bagunçada e resolvi tirar uma foto qualquer, sem muito produção.
Liguei a câmera e a virei pra mim, deixei escapar um sorriso mediano, semi cerrando pouco meus olhos, tirei e a observei, ótima, vai essa mesmo! Dei algumas arrumadas básicas na fotografia e a postei, logo passando a olhar o meu Twitter.
Como sempre, nada de tão interessante também, rolei os olhos e desliguei a tela do celular, virando-me e dormindo.
[…]
Eu estava sentado (e amarrado) numa cadeira, estava tudo preto, sem sinal de luz a lugar nenhum. Senti minhas mãos suarem e minha respiração estava ofegante..
Foi quando ele apareceu.
Sim, ele.
O Lucas.
Seu sorriso era maligno e sexy, quase matador.. A cada passo que ele dava, era um arrepio que percorria toda a extensão do meu corpo.
Ele mordeu o lábio inferior, apenas me analisando, não querendo admitir, mas eu estava gostando daquilo..
Eu: O que quer, Lucas? — tentei parecer bravo, tentativa falha.
Lucas: Eu te quero, baby. — sorriu, sentando-se no meu colo.— se incomoda? — sorriu, arqueando sua sobrancelha.
Eu: N-n-não. — tentei firmar minha voz, tentativa falha também.
Ele acariciou meu rosto com leveza, enquanto distribuía beijos ao meu maxilar, apertei uma mão na outra tentando me segurar o máximo possível..
Eu: Caralho… — falei baixo, sentindo seus beijos passarem ao meu pescoço.
Deixei um suspiro escapar, sentido um sorriso sacana formar-se nos lábios de Lucas contra minha pele, mordi meu lábio, sentindo-o morder meu pescoço lentamente e dolorosamente..
Eu: Lucas, porra! — disse, nervoso.
Lucas: Cala a boca! — puxou um pouco meu cabelo.— Cala a boca.. — se aproximou para selar nossos lábios, e..
Acordei num sobressalto com minhas respiração ainda ofegante, voltei a me deitar, tentando fazer meu coração se normalizar.
“Merda, isso precisa parar!” pensei indo até a cozinha e tomando um copo dágua, deixei o copo na pia e caço para achar algo "comível" para me sustentar.
Acabei fazendo um sanduíche normal e voltando pro quarto, para assistir algum filme, então o fiz, tentando esquecer todo o sonho erótico que tive ao ver o caixa da lanchonete da esquina em meu colo..
E enfim, concentrei-me no filme.
...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.