História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - Convite Inesperado.

Hoje eu acordei daquele jeito, meu Deus!

Como eu odeio esse homem, que Deus me perdoe disso! Como, me diz, COMO uma pessoa pode ter tamanha cara de pau? Como? Não, isso é possível?

Puta que me pariu, ele sabe me irritar de um modo que até eu estranho! Como eu posso achar um cara desse tão.. Tão.. Gostoso! Sim, gostoso! Merda, babaca do caralho!

Okay, Lucas. Está tudo bem! Você soltou uma informação desnecessária, mas tudo bem.

Me sacudi pouco para tirar Mint do meu colo, peguei meu celular e me levantei, indo em direção ao banheiro. Lá, escovei meus dentes e fiz minhas adequadas higienes.

Segui até a cozinha e fiz meu café da manhã tranquilamente, coloquei comida ao Mint e fui colocar uma roupa,
( já eu continuava de cueca desde a noite passada).

Coloquei um short qualquer e uma blusa do pikachu, peguei meu boné, meu celular e sai, trancando a porta da minha casa.

Tentei ligar para a Gabbie, mas só caia na caixa postal.. “Essa Girafa deve estar dormindo.” pensei, rolando os olhos.

Então resolvi ligar para Karen, fazia algum tempo que não nos falamos, ela logo atendeu..

Ka: LUBINHAAA! QUE SAUDADES DE TI! — gritou, sorri.

Eu: Oi, Ka. Está livre? Queria conversar um pouco. — disse, chutando algumas pedrinhas ao meu caminho.

Ka: Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

Eu: Não, não.. Calma. —ri.— Posso ir na sua casa?

Ka: Claro, pode vir.

Eu: Estou indo, até daqui a pouco, beijo.

Ka: Beijo! —desligou.

Coloquei o celular no bolso e voltei a caminhar, a casa dela não era tão longe, mas dava uma (pequena) preguiça de seguir a pé. Avistei mais à frente um homem, não acreditei quem era. Raphael, meu ex namorado.

EU JOGUEI MERDA NA CRUZ? SÉRIO?

Não que eu tenha algo contra ele, mas.. Serio? Rolei os olhos e continuei de cabeça baixa, só para não chamar a atenção, sabe? Mas, foi verdadeiramente em vão..

Rapha: Lu? — suspirei fundo e o olhei.— Lu, oi! — sorriu.

Eu: R-raphael, oi.. — disse, nervoso.

Rapha: Como você está?

Eu: Estou bem, e você?

Rapha: Eu também.. — me olhou.— V-você.. Você está lindo. —corei rapidamente.

Eu: O-obrigado. — sorri. — Desculpe, mas eu tenho que ir. — disse, ainda corado.

Rapha: Ah, desculpe. Bom.. Foi um prazer te ver de novo. — assenti e voltei a caminhar.

Eu odeio, odeio esse constrangimento, saco! Afastei esses pensamentos e rapidamente cheguei a casa da Karen, apertei a campainha e ela logo abriu.

Ka: OI LUBAAAA! — pulou em cima de mim, abraçando-me.

Eu: Oi Ka. — retribui o abraço, rindo fraco.

Ka: Entra! Conta, o que houve pra você vir aqui na minha humilde casinha?

Eu: Não aconteceu nada, ue. Eu só queria.. —ela me olhou, como se fosse óbvio. — Okay, okay. Eu "conheci" um cara e ele está me enchendo o saco e ainda por cima eu acabei de ver o Rapha agora pouco na rua.

Ka: MENTIRA?

Eu: Sério, o Rapha estava saindo.. — Ela me interrompe.

Ka: Não, estou falando do novo bofe, está pegando!? — sorriu, sentando-se no sofá.
Eu: Affe, não. Nos "conhecemos" sem querer, foi no meu trabalho. Nisso ele me achou, não sei como, no Facebook, agora começou a me encher.. — dei de ombros “e de algum modo, eu gosto” pensei.

Ka: Cadê? Deixa eu ver! — pegou meu celular, procurando as mensagens, lendo-as. — CACETE! ELE É GATO! SOCORRO!

Eu: Nem é tudo isso. — dei de ombros, ela me olhou, óbvia.

Ka: Me poupe, Luba. Ele é maravilhoso! —ela me olhou, semi cerrando os olhos.

Eu: O que?

Ka: Você está gostando dele, né? — ela continuou a me olhar com aquela cara.

Eu: Eu? Eu não!

Ka: Me engana que eu gosto, Rossi. — ela riu, irônica.

Eu: Não fode, Ka. — rolei os olhos.

Ka: Lucas, eu sou sua amiga.. —colocou sua mão em minha coxa, amigável.— Me diz a verdade, não mente, você pensa nele?

Eu: Eu.. —suspirei.— Por que vocês me conhecem tanto? Que saco! Sim, eu penso nele, caralho. Mas ele é um babaca.
— cruzei meus braços, emburrado.

Ka: Eu sabia. — sorriu, convencida.— Já pensou no que vai fazer?

Eu: Como assim? — a olhei, confuso.

Ka: Chamar ele pra sair, oras?

Eu: QUE? —gargalhei.— Você não escutou o que eu disse? Ele é um babaca!

Ka: Lucas, para de ser trouxa, chama logo ele pra sair!

Eu: Nem morto. — peguei meu celular de volta.

Ka: Affe, cabeça dura!

Eu: Sou mesmo.

Ka: Espero que ele tome a iniciativa então.
Eu: Quem iria pagar micão seria ele, por que eu não iria aceitar. — a olhei.

Ka: Haha, duvido. — ela riu

Eu: Okay.

Ka: Okay? — ela me olhou.— Okay é um caralho, se ele te chamar pra sair, você vai, nem que seja obrigado!

Eu: Eu quero ver.

Ka: Ah, quer? — pegou meu celular.— VAMOS VER ENTÃO! — ela saiu correndo

Eu: KAREN. DEVOLVE A PORRA DO MEU CELULAR! —gritei, correndo atrás dela, mas a mesma se trancou no banheiro.— KAREN BACHINI, ME DA ESSE CELULAR, A - G - O - R - A!

Karen: NUNCA! — gritou de volta.— Alô? Oi, tudo bom? Estou bem também, obrigada. Ah, quem sou eu? Sou amiga do Lucas, Lucas Feuerschütte, sabe? Ah, você também é Lucas, nossa que coincidência, né? — arregalei os olhos.

Eu: O QUE? KA, POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO! POR FAVOR!.

Ka: Oi? Gritos? Que isso, imagina, deve ser meus vizinhos. —ela deu um risinho.

Eu: Kaaaaa, por favooor.. — supliquei.

Ka: Então, você topa sair com o Lucas..? Sim, ele mesmo! Sério? Okay. Na lanchonete? Claro, tudo bem. Desculpe o incômodo! Ah, claro! Okay, tchau tchau. —desligou.— PREPARADO, LUBA!? .

Eu: Eu te odeio!

Ka: DE NADA!

Eu: Vai se foder! — falei com raiva.— Me dá essa porra desse celular!

Ela destrancou a porta, rindo e me entregando esse celular..

Ka: Ah, vai Luba! Dá um sorrisinho, ele aceitou, vai! .

Eu: Vai se foder! —repeti, pegando meu celular com brutalidade. — eu vou desfazer isso agora.

Ka: Que? Não! Lucas!

Eu: Me deixa em paz. — fui até a cozinha, ligando novamente pra ele pelo messenger, ele logo atendeu.

Lucas: Alô? — sua voz estava rouca, os cabelos da minha nuca arrepiaram.— Alô?
Eu: Ah.. Oi. — disse, nervoso.— Olha.. Não leve a sério o que a minha amiga disse..

Lucas: Sério? Eu estava querendo sair contigo, querido. — disse, irônico.

Eu: Vai se foder. — rolei os olhos.— Olha, eu nem te conheço, e não quero sair com você. — disse sincero.

Lucas: Não seja grosso. Vamos sair, eu não tenho nada a fazer mesmo.

Eu: Haha, sonha.

Lucas: Vou estar na lanchonete do centro amanhã, às 20h em ponto, te espero lá.

Eu: Mas eu não vou!

Lucas: Beijo, Lucas! Te vejo amanhã à noite!

Eu: Mas..— ele desligou sem deixar eu terminar, grunhi com raiva.

Ka: E ai?

Eu: Eu ainda te odeio.

Ka: Você vai? — ela sorriu, batendo palminhas.

Eu: Não. Eu não vou. Ele vai estar lá de idiota.

Ka: Lucas, quanto tempo faz que você não sai com um cara? Por que esse chilique todo? Que saco, homem! O cara é bonito, está sem nada para fazer, quer sair contigo e você simplesmente não aceita? Affe, Lucas, eu não te entendo..

Eu: Eu. Não. o conheço, Karen! Entenda! Eu não sou de sair com estranhos.

Ka: Ah, mas quando você está na balada e sai beijando todos nem liga se conhece ou não os caras, né? — ela me olhou.

Eu: Isso é diferente..

Ka: Ah, claro. — disse irônica. — Olha, se eu fosse você, não perderia essa oportunidade, mas tu é quem sabes, amigo! — deu dois batidinhas em minhas costas.

Eu: Affe.. — bufei. — Eu odeio quando vocês têm razão. — ela sorriu e me abraçou.

Ka: Só queremos que você seja feliz, ue.
— sorriu.— Agora vamos, precisamos de uma roupa incrível pra você laçar aquele boy amanhã!

Eu: Ei, ei, ei! Eu não estou indo para o pegar, só estou indo por que você insistiu.

Ka: Ah, claro. —ela riu.— Tudo bem, mas você não quer ir parecendo um desleixado, quer?

Eu: Okay..— disse, tedioso.

…