Os raios de Sol que atravessavam a janela tocaram o rosto da jovem quase como um bom dia da linda manhã que nascera sob Eldarya, Lua abriu os olhos lentamente se acostumando com a claridade do local. Um sorriso brotou em seus lábios enquanto se espreguiçava gostosamente na cama.
- Bom dia mãe! Bom dia pai! - anunciou alegremente antes de perceber que se encontrava em seu quarto no QG, bem distante de sua família e amigos. No mesmo instante seu sorriso desapareceu, já era a quinta ou sexta vez que dizia "bom dia" aos seus pais logo ao acordar em apenas duas semanas. A saudade era imensa e tudo o que pensava era no quanto queria estar em casa novamente. Um toque frio em sua mão fez a albina sair de seus devaneios onde virando-se percebeu Azul que lhe tocava na mão com o focinho insistidamente. - Oh! Desculpe garoto, nem notei você ai. Dormiu bem?
O pequeno Sabali emitiu em resposta um som meio parecido com o relincho de um cavalo agudo antes de esfregar novamente o focinho na palma da mão de sua dona. Lua sorriu acariciando sua crina antes de pegar na cômoda uma flor de algodão dando para o mascote.
- Tome seu café da manhã. - a jovem já levantada e bem desperta caminhou em direção ao banheiro arrastando atrás de si os enormes cabelos brancos. Realmente precisa cortá-los ( N/A: eles são estilo a peruca Bathory ). Escovando os dentes olhou-se no espelho admirando a aparência animada. Até que não estava tão mal para quem tinha acabado de acordar de uma noite inteira de insônia.
Penteando os enormes cabelos cor de neve a mesma terminou de se vestir e acariciando Azul pela última vez saiu para tomar seu café, mais um dia normal em Eldarya. Passando pelo Corredor das Guardas entrou na cantina movimentada sentando-se longe de todos, não que não quisesse socializar mas conversar com seres que a tratavam como um "ser de outro planeta" era constrangedor demais, ainda mais quando fazia apenas um mês que chegara no reino. Logo em seguida uma pessoa esbelta entrou na cantina caminhando até si, Lua somente reparou no sujeito quando o mesmo sentou-se à sua frente. Realmente seu dia não podia começar pior.
- Ezarel... - resmungou, revirando os olhos. O belo elfo de cabelos azuis diante de si abriu um sorriso debochado.
- Bom dia, Fantasminha. Pelo visto seu humor está bem agradável hoje. - cumprimentou o alquimista "gentilmente" antes de levar à boca uma bolacha com mel.
- Ele estava bem agradável antes de você chegar. - a garota retrucou de cenho franzido fixando os olhos azuis sob o mesmo de expressão tranquila.
- E pelo visto vai continuar horrível já que sou seu chefe e você vai ter que me aturar pelo resto do dia... Ou diria, o resto da vida? - Lua levantou-se com raiva e pegando sua xícara saiu da mesa em passos ligeiros antes que perdesse a cabeça, sem ao menos olhar para trás. Era incrível como o alquimista conseguia tirar-lhe do sério em poucos segundos.
- "E você vai ter que me aturar pelo resto do dia... Ou diria, o resto da vida?" - resmungou a jovem imitando a voz do elfo - Idiota! O que eu fiz para merecer essa peste na minha vida?
- Talvez o motivo seja por você ter caído na Guarda dele. - respondeu uma voz em bom humor. Virando-se para trás notou a pessoa que falara com ela, Nevra, o belo vampiro líder da Guarda Sombra, a garota soltou um pequeno suspiro disfarçado, ele era extremamente belo com aquele olho cinza e o cabelo negro que ocultava o tapa-olho, até mesmo sua personalidade a atraia de uma forma inexplicável.
- Eu não queria ter entrado na Absinto, queria entrar na sua mas aquela droga de teste não colaborou. - reclamou a mesma, bufando. O vampiro sorriu achando graça do mau humor da albina e se aproximando tocou-lhe o queixo levantando seu olhar para si. Lua tomou um tom avermelhado nas bochechas instantaneamente.
- Talvez se falasse com Miiko ela poderia colocá-la na minha Guarda.
- Acha que ela deixaria? - indagou, esperançosa.
- Talvez. - respondeu o rapaz dando de ombros - Se Ezarel abrir mão de você aposto que ela deixaria que fizesse parte de outra Guarda, numa que o líder te desse valor.
Lua sentiu as bochechas ruborizarem até doerem.
- Eu adora...
- A resposta é não! - uma voz rouca e repleta de autoridade invadiu seus ouvidos, ambos viraram-se onde de braços cruzados um elfo de olhos verde-ciano fulminava Nevra mantendo a expressão serena e firme ao mesmo tempo.
Lua suspirou alto. Lá vinha confusão...
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