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História I Love You, Idiot Elf! - Uma Visita Inesperada - Especial 400 Favoritos


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


HELLOOO ^^

Primeiramente: MUITO OBRIGADA!! Nossa família aumentou muitooo e tudo que posso dizer é no quanto amo cada um de vcs, até mesmo os leitores fantasminhas hehe Eu não estaria aqui se não fosse por vcs, com esse carinho e essa felicidade que me fazem voar nas alturas haha <3333

MUITO OBRIGADAAA (>^-^)> ~ abraça, abraça ~
Aproveitem esse cap especial onde EU entrei na história hahaha

QUÊ?!

Capítulo 26 - Uma Visita Inesperada - Especial 400 Favoritos


Fanfic / Fanfiction I Love You, Idiot Elf! - Uma Visita Inesperada - Especial 400 Favoritos

Minha mente viajava nos mais lindos sonhos de comida que eu poderia simplesmente gritar de alegria enquanto enfiava todo aquele banquete na minha boca. Sabia que era apenas um sonho. Mas ainda sim era uma sensação maravilhosa e inebriante, isso se não fosse o terremoto que fez toda minha comida desaparecer num segundo. O que estava acontecendo?

"Maninha?... Maninha?... BIAAAA!!!"

A voz docemente infantil virou um grito estridente me fazendo cair da cama num solavanco, tinha certeza que minha posição no chão seria idêntica à uma lagartixa retorcida. 

- ME DEVOLVA MINHA COMIDAAA! - gritei, furiosa antes de abrir os olhos rapidamente, vendo que parado diante de mim meu irmão caçula me olhava como se eu fosse uma demente. - Eita, mas o que houve? A casa está pegando fogo? Por que se for basta encher o balde e me deixar dormindo porque hoje é Sábado. 

Ele apenas revirou os olhos, ainda me olhando como se eu fosse uma demente.

- O que você tomou ontem de noite? Só vim te acordar porque tem uns caras estranhos lá fora e me disseram que queriam falar com você, urgentemente.

- Caras estranhos? - me levantando observei meu irmão com curiosidade, buscando em seu olhar algum vestígio de mentiras. Sorte que mamãe e papai foram visitar minha tia porque se ele estivesse mentindo eu não seria responsável pelo meu ato de quebrar seus jogos preferidos.

- Sim, parece que sairam daqueles eventos de cosplay, eu disse para esperarem no portão.

- Esperarem no portão? Cê tá doido? E se forem bandidos? - perguntei, preocupada.

- Não me surpreenderia, você já é louca mesmo. - meu queixo caiu enquanto meu irmão de apenas doze anos se afastava voltando a jogar na sala. Meu Deus! Mais que tipo de Toddynho meus pais deram para ele quando nasceu? Água Benta? 

Limpando o vestígio de baba do canto de meus lábios caminhei até o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. As visitas que esperassem porque não sou obrigada a nada. Arrumando meu cabelo e ajeitando meu pijama de coruja me dirigi ao portão de casa esfregando os olhos para tirar o sono que ainda me dominava. A manhã revelava o lindo céu ensolarado que já animava a todos os pássaros que voavam em busca de alimento, ainda sim não me importava. QUEM EM SÃ CONSCIÊNCIA VAI ACORDAR ALGUÉM AS 10:00 DA MANHÃ?

- Quem é? - bocejei abrindo apenas uma fresta do portão. No mesmo instante uma figura pulou em cima de mim quase me fazendo cair no chão, sufocada por braços femininos me sacudi inteira tentando inutilmente retirar seus enormes cabelos brancos da minha cara. - MEU DEUS, VOU MORRER! PEGA O FACÃO, MATHEUS! - gritei empurrando a mulher para longe de mim.  - Não se preocupe, minha fia. O facão é para cortar esses seus cabelos de Rapunzel, cobro dez reais pelo corte só não me culpe se sair tudo torto.

- Tia Mônica, você não se lembra de mim? - perguntou ela, sorrindo.

- Você é o famoso Irineu? Se ninguém te conhece também nem eu. - brinquei antes de parar por breves instantes. A moça jovem na minha frente tinha lindos olhos azuis da cor do céu além de enormes cabelos brancos, a postura delicada e o porte pequeno me fez vasculhar a mente à procura de onde eu já tinha visto-a. Ela era muito familiar. - Você me lembra alguém...

A garota sorriu e em vez de me responder abriu o portão por completo revelando por detrás de si três rapazes lindamente perfeitos, na qual eu os reconheçi imediatamente. Não podia ser.

- Pelas Barbas do meu Pai Poseidon... MINHA COMIDA VOLTOU!!!! - gritei antes de sentir meu coração parar - Pera, vocês são...

- Bom dia, senhorita. Podemos entrar?

Não fui capaz de escutar a voz rouca e grave do elfo de bonitos cabelos azuis, pois antes que ele pudesse terminar a frase cai dura no chão, completamente desmaiada.

***

Sonhos são tão malucos. O pior é quando apareçe diante de você criaturas lindas saídas de eventos de Cosplay que desejam entrar em sua casa, minha cabeça latejava e lentamente abri os olhos, me acostumando com a claridade do local. Estava na minha casa. No meu sofá. Num sobressalto pulei de onde eu estava segurando um grito de espanto.

- MINHA NOSSA SENHORA DOS GAROTOS DE TANQUINHO! - gritei, rindo histéricamente - Que sonho malucooo! Sonhei que estava comendo e meu irmão me acordou dizendo que havia visitas no portão, quando fui atender descobri que elas na verdade eram criaturas lindas saídas de um jogo que agora fazem parte de uma fanfic que eu escrevo, e no meio estava até a personagem que criei e o amor da minha vida! Hahaha, que sonho doido! 

- É mesmo, né? - confirmou uma doce voz infantil, claramente familiar.

Congelando me virei lentamente, vendo que diante de mim cinco pessoas estavam sentadas num único sofá, todas com uma caneca nas mãos. No centro meu irmão caçula apenas tomava sua bebida enquanto todos os outros me olhavam com curiosidade. Meu coração parou. Eu realmente havia morrido e ido para o céu e agora anjos vieram me receber. 

- Tia Mônica, você está bem? - perguntou a bonita moça que agora reconheçia deixando sua bebida de lado. Na hora só pude fazer uma única coisa.

- AAAAAHHHHHHH! NÃO ACREDITO QUE É VOCÊ, MEU ANJO MADRINHA! - correndo até ela a derrubei no chão, abraçando-a. Os outros rapazes se assustaram enquanto meu maninho continuava a beber sua bebida, confirmando com o olhar que eu era uma demente. - Lua, é você mesma?! Ai me belisca enquanto eu pego um potinho gigante para te guardar para sempre! AAAHHH MEU AMADO TETO ME SEGURA!

- Que saudade! - enquanto nos abraçavamos eu me cutucava com a idéia de pegar uma faca e cortar seus cabelos. Mentira. Apenas tinha a alegria e confussão dela estar ali. De repente, outra informação me veio à mente me fazendo gelar até o dedão do pé. 

- Não acredito... - murmurei olhando para os três rapazes a minha frente, era incrível como eles eram lindos de perto, de lado e de baixo melhor ainda ( ahhh, esqueçam isso ). Eles me olharam esperando por algo. - EU NÃO ACREDITO! VOCÊS ESTÃO TOMANDO NESCAU E NÃO ME CHAMARAM?! ESTOU REVOLTADA NESTA DROGA! 

- Ãhhhh... Esse é seu cumprimento formal? - perguntou o elfo com deboche. Em resposta peguei sua caneca sentando-me novamente no sofá.

- Como se não conhecesse vocês, Ezarel, Nevra e Valkyon. O que raios fazem aqui tão cedo? Acham que eu sou uma louca que podem chegar assim do nada? NÃO RESPONDAM! - gritei os calando antes que respondessem algo - E você, Matheus? Por que deixou eles entrarem?

- Não é todo dia que se encontra pessoas vestidas de elfo, vampiro, guerreiro e rainha do gelo, além disso, esse carinha aqui me lembra o Kratos do God Of War. - seguindo seu dedo olhei para Valkyon que terminava de tomar seu achocolatado, completamente confuso com o que ele disse. - Ok, está certo que ele não é careca nem cinza, mas é forte e parece um deus. 

- Oh se parece. - suspirei, derretida fazendo todos me olharem - Um deus grego com mistura de guerreiro ainda por cima. 

- Ahhh... Então essa é a minha criadora e minha... Tia. - comentou Lua, sorrindo gentilmente para disfarçar a vergonha e o clima estranho que ficou no ar - Desculpe chegarmos assim de repente mas convidei os meninos para te conhecer. 

- E o nome da bela senhorita? - perguntou Nevra piscando para mim. 

- Mônica Pentelho Venha Aqui. Hahaha. - sem me segurar começei a rir, me curvando devido a falta de ar. Porém, ao ver que ninguém ria comigo parei na hora, me recompondo. - Seus Não Entendores de Referências... Meu nome é Mônica mesmo, mas podem me chamar de Grande Amor. - pisquei me levantando. 

- Prazer. - cumprimentaram eles em uníssono. 

- Espera, como vieram até aqui? Encontraram um novo círculo de cogumelos ou comeram um? Ninguém parou vocês na rua vestidos deste jeito?

- Algumas pessoas tiraram fotos nossas dizendo "belos cosplays", fora isso nada. - completou Nevra, confuso. - O que é cosplay?

Fiquei muda.

- Isso não importa. - cortou Lua - Apenas conseguimos vir para cá devido a um portal que a Velha fez, temos apenas um dia antes de voltarmos para Eldarya e para sua fanfic.

- Um dia? - repeti me engasgando com o Nescau - Então o que estamos fazendo aqui parados? Eu vou dormir e vocês fiquem a vontade, tem casca de pão no ármario e água da torneira... Se bem que o pão acabou. 

- Na verdade estavamos pensando em conversar, fazer os meninos conhecerem você melhor.

- Você é sem graça, Lua. - suspirei alto dando-me por vencida. - Ok. Vou me arrumar e já volto para essa entrevis... Quer dizer, conversa. E antes que eu me esqueça... - me aproximando dos três rapazes fiquei na ponta dos pés beijando cada um na bochecha, imediatamente todos coraram - Estou feliz que tenham vindo. 

- Ihiiii, vai dar namoro... - murmurou Matheus de cabeça baixa assim como Lua que estava vermelha.

O ignorando corri até meu quarto vestindo a primeira roupa que avistei, aproveitando me maquiei levemente para tirar a cara de sono antes de suspirar novamente. Realmente não esperava que eles viessem até o mundo humano para me visitar, precisava criar uma boa impressão afinal o Ezarel estava com eles. Aaaahhh meu amado rim! Como ele é lindo. 

"Pare, sua louca!" - pensei nervosa - "Esqueceu que você é uma Caçadora de Ártemis?"

Olhando de relance para meu arco de prata prendido na estante pensei se minha senhora ficaria brava por estar com três garotos de outro mundo na minha casa. Talvez não valesse com um elfo, um vampiro e um guerreiro faeliano... Talvez.

- Que se dane... - sussurrei caminhando de volta para a sala. Todos conversavam animadamente com meu irmão que parecia muito contente com eles. Ótimo. Viraram os amigos. - Hey! Vamos começar? Tenho que voltar a dormir e depois comer a janta da minha mãe. E você Matheus... - apontei para ele - Fora!

- Por que?

- Conversa de gente grande. Thau.

O menino suspirou, deixando sua caneca de lado.

-Thau, gente. Até outro dia e da próxima vez tragam uma lembrança de Eldarya para mim. - despediu-se ele levantando-se do sofá. No mesmo instante fulminei cada um com o olhar.

- Vocês falaram de Eldarya para ele? Vou matar cada um depois. - bufei para todos antes de pedir licença enquanto acompanhava meu caçula até a porta. - Fique na casa do seu amigo até dar seis da tarde, e se por acaso nossos pais perguntarem a você do porquê de ter saído diga a eles que eu...

- Queria ficar com seus três namorados de outro mundo.

- Exatamen... Hey! Tá doido? Eu não ligo para relações amorosas, tá bom?

- Sei. - riu ele franzindo a testa - E todas aquelas revistas embaixo da sua ca...

- CALADO QUE NO FINAL DO DIA TE PAGO DEZ REAIS! TE AMO, ME LIGA! - gritei fechando a porta com força antes de correr de volta para a sala, onde silenciosamente todos me aguardavam. O dia estava apenas começando.

***

- Pois bem, o que querem saber sobre mim? Ou conversar, tanto faz. - comecei me sentando no sofá da frente antes de olhar rapidamente para cada um. Nevra me olhou maliciosamente abrindo um sorriso... Estranho. Meu corpo gelou.

- Conte-nos qualquer coisa sobre você, Môniquinha. - disse ele sentando-se do meu lado antes de passar o braço ao redor do meu ombro, mesmo corada não baixei a guarda, retirando seu braço delicadamente para logo em seguida empurra-ló de volta ao seu assento.

- Primeiramente: que intimidade é essa que eu não te dei, Sanguessuga?

No instante todos caíram na gargalhada.

- Tome cuidado, Nevra. - comentou Lua ainda rindo - Minha tia é uma Caçadora e não aceita paqueramento.

- Está falando de que, Cara Pálida? - cortei-a, indignada. - Como que eu posso me manter durona quando tem três delícias dessas do meu lado? Eu estou quase explodindo!

Os rapazes coraram imediatamente enquanto a albina segurava mais um riso, envergonhada decidi quebrar o clima ligando a televisão, onde quase que imediatanente no mesmo segundo atraiu a atenção de todos.

- O que é isso? - perguntou Valkyon apontando para a tela. 

- Isso é uma televisão. Mostra diversas coisas em imagens perfeitamente coloridas.

- Tipo uma tela mágica? Tem magia dentro dela? 

Olhei para Lua que apenas deu de ombros.

- Aahhh, a única magia que você vai conseguir é um prejuízo de quase mil reais e um choque que vai te fazer queimar até o último fio de cabelo. Fora isso, a TV é incrível. - decidida, desliguei a tela fazendo os meninos bufarem, tristonhos.

- A senhorita vai me contar sobre você? - cortou Nevra repetindo a questão que me fizera anteriormente. - Ainda não desisti da minha pergunta. - dando-me por vencida olhei para o belo vampiro esperando que ele perguntasse algo. Todos se inclinaram em sua direção esperando também pela pergunta. - Me dê um resumo do porquê de você ter criado essa fanfic e algumas dicas de como você criou uma personagen tão linda como a Lua. 

"Achei que era uma pergunta sobre mim..."- pensei, confusa.

A albina ficou vermelha abaixando a cabeça rapidamente, Ezarel que estava sentado perto de si o olhou com raiva nos olhos.

- Quer parar com isso? Está constrangendo as duas. 

- Eu... - começei querendo quebrar o clima ruim - A idéia de criar a fic veio do nada, talvez por causa do jogo em versão francesa e a Lua nasceu do meu suor e lágrimas, mentira, eu já havia criado muito antes dela se tornar um pedaçinho de Carbono. Lua sempre será meu eterno orgulho. - a jovem sorriu para mim e sem aviso prévio se lançou em minha direção, me abraçando fortemente. Uma felicidade me preencheu por completo e retribui o abraço como se fosse minha irmã mais velha.

- Huumm, e de quem você gosta mais? 

A pergunta do vampiro me fez sobressaltar, e agora? Ai como eu queria ser a "Senhora" e correr desse furo ( entendedores de memes saberão disso hehe ), querendo pensar sobre isso sem magoar Lua olhei para Ezarel que me observava confuso. Ele era tão lindo. Como diria que o amava? Resolvi por fim brincar um pouco.

- Eu prefiro um certo rapaz de cabelos azuis e orelhas pontudas que no momento estou olhando para ele mas não direi o nome. - o elfo corou violentamente virando o rosto enquanto Lua e Nevra ficavam mudos. Apenas Valkyon soltava boas risadas.

- Além de ser ruim nas indiretas você escolheu uma péssima opção. - disse o platinado.

DROGAAAA!

- Você só está dizendo isso porque está com inveja já que tenho duas moças adoráveis gostando de mim.

- OOOOOUUUUUU! - gritamos contra o guerreiro que emudecia. Sorrindo para Ezarel que retribuiu abaixei a cabeça, envergonhada. Santo Oráculo! Que homão da porra!

De repente uma idéia me veio a mente. Correndo até a cozinha peguei uma garrafa plástica voltando logo em seguida, todos arquearam as sombrancelhas enquanto colocava a garrafa no chão.

- Vamos fazer um jogo da garrafa. E QUEM NÃO QUISER VAI SER CHUTADO PARA FORA PORQUE ESTOU NA MINHA CASA! Quer dizer, vai ser assim: cada um de vocês vai girar a garrafa e onde a tampa apontar será a pessoa que fará uma pergunta ou desafio para mim. Desse modo todo mundo vai saber sobre minha vida.... Drogaaaa!

- Eu começo! - gritou Lua girando a garrafa imediatamente. No mesmo instante meu pâncreas doeu, ai minha nossa senhora dos segredos revelados. E agora, Jurema? Devagar o objeto foi parando cedendo por fim bem na direção de Nevra que abriu um sorriso sinistramente sensual. Fudeu! Essa palavra definiu tudo.

- Qual seu pensamento pervertido nesse momento?

OLHA A PERGUNTA DO HOMI, MEU ZEUS! EU VOU MORRERRR!!

- Tirando a parte que eu tenho certeza absoluta que vou morrer até o final do dia tudo que estou pensando no momento é agarrar o Ezarel pela blusa e levar para a moita mais próxima para fazer.... Coisas. 

Lua levou as mãos para o rosto enquanto o próprio elfo abaixava a cabeça, tão vermelho quanto o próprio tomate da feira. Eu. Não. Disse. Isso. Não é mesmo, produção?

- Podemos passar para a próxima, por favor? - indaguei quase muda. Valkyon girou a garrafa que por coincidência acabou parando nele mesmo.

- Te desafio a deixar o Nevra morder seu pescoço. - disse ele serenamente. Pera... Para tudo. QUÊ?!

Meu coração parou. Até ele? Isso era uma conversa ou jogo dos casais? Graças ao Oráculo minha família não estava em casa! Assentindo quase sem escolha me encolhi no sofá ao ver o vampiro se aproximar de mim mostrando suas afiadas presas. AI DESGRAÇA DE SATANÁS! VOLTA DE RÉ! VOLTA DE RÉ!

Sem dizer nada ele me puxou pela nuca mordendo levemente meu pescoço, a dor me atingiu em cheio me provocando um quase arrepio mas tão rápido quanto começou o moreno se afastou, sentando-se normalmente no sofá antes de limpar os lábios.

O que eu ia dizer para minha família? Um monstro me comeu ou meu pescoço quis respirar fazendo um novo nariz?

- Parem com isso! - pediu a albina, nervosamente. - Estão envergonhando minha tia com essas brincadeiras maliciosas. Deixe que agora eu pergunto: o que mais gosta de fazer? 

- Ai como eu te amo, Lua! - exclamei fazendo um coração com os dedos - Deixo ver... Eu gosto de ler, escutar música, sair, cantar, desenhar, escrever... Muita coisa mesmo!

- Uau! Mostre um dia algum desenho para nós ou cante uma canção.

- Prometo, mas outro dia. - sorri. Ezarel que estranhamente estava muito quieto girou a garrafa que ( infelizmente ) parou novamente no Nevra. - Ai meu jumentinho...

- Você daria um beijo em quem aqui da sala?

- Querido, a única coisa que eu beijaria aqui é a Lua porque ela é o único pedaço de bom caminho. Por isso, senta e chora em posição fetal.

Todos começaram a rir, inclusive ele mesmo. Ué? Mas eu havia falado sério... Valkyon aproveitou para girar a garrafa que parou na albina, pelo menos ela fazia perguntas normais.

- Como você chegaria no crush?

Ok. Retiro o que disse.

Sentindo meu joelhos tremerem me levantei sem esboçar qualquer expressão, caminhando em direção ao Ezarel. Quando estava prestes a chegar fingi um tropeço caindo de encontro ao seu peitoral, o mesmo me segurou corando pela proximidade repentina.

- Opa... Me desculpe. - murmurei sorrindo antes de me afastar, porém, antes disso aproveitei para passar as mãos rapidamente em seu peito como se estivesse esfregando para senti-ló. - Obrigada.

Sentando-me novamente observei o pessoal que estava no mais puro silêncio, o elfo escondia o rosto vermelho quase me fazendo rir. Tadinho. Nevra sorriu maliciosamente, Valkyon apenas deu de ombros e Lua... Bem, estava mais surpresa que envergonhada.

- TIA MÔNICA! 

- Nem vem com tia Mônica, Lua. Você está mais lenta que digestão de cabra em dia de pasto. Só fiz algo que você não faz. 

- E por que fez no Ezarel? - perguntou Nevra fazendo bico - Por que não me escolheu?

- A culpa é toda dele! - gritei apontando para o elfo - Eu queria escolher você mas dai ele chegou com esse jeitinho fofo e irritante ao mesmo tempo e me atraiu sem piedade.

O vampiro fingiu ficar triste e rodou a garrafa que parou no Valkyon.

- Pode nos dizer algo que acontecerá na sua fic? Algo do futuro?

- Hey, sem spoiler querido! Assim não tem graça, desta boca não sai nada e quero ver tirar algo.

Enquanto cruzava os braços Ezarel abriu um sorriso zombeteiro fazendo minha espinha gelar.

- Não tem problema, um beijo forçado sempre dá certo ( referência do ep 13 ).

- Faça isso que eu arranco suas orelhas! 

- Dito e feito, Môni! - concordou Lua antes de bater em minha mão em cumprimento. O alquimista revirou os olhos girando a garrafa que parou na albina. - Muito bem, defina em duas palavras você e cada um de nós.

- Huuumm... Deixo pensar... - olhando para todos refleti internamente sobre suas qualidades e defeitos, chegando por fim em boas conclusões - Valkyon é misterioso e calado, Nevra é sensual e intimidante, Ezarel é irritante e provocador e você Lua, frágil mas corajosa. Já eu sou... Louca e mais loucamente idiota.

Todos soltaram boas risadas antes de Nevra repetir o processo da garrafa que cessou seus movimentos em Ezarel.

- Qual a Guarda que você mais si identificaria?

- Na da Sombra eu não seria muito silenciosa nas missões de vigilância já que não paro quieta, na Obsidiana por mais que goste de armas não teria coragem suficiente para atacar nem me defender, o que sobra é a Absinto, amo plantas e me identifico muito com essa Guarda.

O elfo sorriu para mim antes de girar a garrafa novamente. AI QUE TIRO FOI ESSE? MEU COLETE NÃO AGUENTOU!

- Pretende se casar ou ter filhos no futuro? - indagou o belo vampiro sem a malícia de antes.

- Claro, não farei parte da Caçada por muito tempo, mas antes quero viajar e conhecer o mundo, ter minha profissão. Só então pensar nessas coisas.

- Conte-nos uma má notícia. - comentou Valkyon ao ser indicado pelo objeto.

Pensei rapidamente.

- SE O MASCARADO REVELAR SER UM HOMEM LINDAMENTE PERFEITO EU ME CASO COM ELE E ME MUDO PARA TIMBUQUITU!! - gritei histéricamente. - MUAHAHAH!

Todos emudeceram.

- Vai me abandonar? - disse Ezarel fazendo uma carinha tristonha.

- Ai que dor no core! - gemi passando a mão no peito - Dai, se eu fico apaixonada fica reclamando depois: "Ai Mônica você não pode gostar de mim porque já tenho a Lua". VAI CATAR COQUINHOS NA PRAIA!

O elfo corou novamente e desta vez tive que rir, já havia perdido as contas de quantas vezes o deixei corado só nesse dia. Os outros também deram risada e por mais que estive envergonhada com meu comentário Lua também sorriu.

Me sentia feliz, te-lós ali era o melhor presente que o Papai Noel poderia ter me dado. Ou seria presente da Velha?

***

Horas se passaram e depois de conversarmos sobre diversos assuntos sentia minha língua mais embolada que fone de ouvido saido da bolsa, os meninos ficaram radiantes pela pizza que havia pedido e por fim tive a surpresa de ver Ezarel guardar um pedaço dentro de um saquinho, sorrindo para mim quase como se pedisse secredo. Minha cabeça latejava com tanta informação e desafios feitos mas confessava que havia adorado dar um selinho no Nevra, uma abraço em Valkyon e um carinho na cabeça do elfo irritante. Até mesmo Lua parecia ter se exaustado, de repente a mesma interrompeu nossa atual olhando para o relógio da parede que marcava exatamente seis da tarde. Era inacreditável no quanto o tempo passará depressa!

- Precisamos voltar, pessoal. - comentou ela se levantando. Todos nós soltamos um "AH!" bem extenso. - A Velha disse que o portal abriria no final da tarde, além disso a história da tia Mônica tem que continuar.

- Mas já? - reclamou Nevra me abraçando súbitamente - Quero ficar com ela, ou talvez pudessemos leva-lá conosco.

QUÊ?!

- NÃO! - gritei me afastando - Quer dizer, não precisam se incomodar. Gosto da minha casa.

- Ela tem razão. Já ficamos o suficiente, devemos voltar. - completou Valkyon serenamente. Todos concordaram. No mesmo instante um sentimento vazio me tomou conta.

- Esperem! - pedi quase que implorando - Antes eu queria dizer algo... 

- Fique a vontade. - ironizou Ezarel antes de receber um tapa na cabeça dado por Lua. Suspirando alto juntei toda a coragem que continha.

- Desde quando começei a escrever "I Love You, Idiot Elf!" eu tinha certeza que minha história jamais chegaria a ser famosa ou muito menos notada pelos leitores, apenas escrevia por diversão, porém a cada favorito ou comentário minha alegria aumentava me fazendo ver que havia pessoas que gostavam do meu trabalho. Cada uma dessas pessoas é especial para mim, não só por estarem ali mas também por fazerem parte dessa história, me dando força e alegria para continuar sempre. E hoje essa família aumentou para mais de 400 pessoas, pessoas que os amam e que se importam com vocês tanto quanto eu, queria então pedir que agradecessem junto comigo... Dizer obrigada para nossa família que a cada dia aumenta mais e mais.

Lua soluçou, soltando algumas lágrimas enquanto os meninos seguravam-se para não chorarem, abrindo sorrisos sinceros. Pedindo licença busquei meu celular, para filmar tudo aquilo que estava por vim.

- Muito obrigada, minhas queridas. - começou Nevra fazendo uma reverência - Só de estarem aqui conosco me faz amar cada uma ainda mais. Um beijo!

Valkyon tomou a frente abrindo apenas um pequeno sorriso tímido.

- Muito obrigada a todos, jamais esqueceremos desse carinho que todos vocês tem por nós e... 

Enquanto falava Ezarel passou em sua dianteira abrindo um sorriso sarcástico, mesmo filmando não deixei de rir.

- Por mais que a fanfic fale de mim e saiba que todos vocês me amam porque é difícil não me amar... Obrigado! Fico feliz por saber que me preferem em vez desses dois manés. - Lua se aproximou revirando os olhos antes de empurra-ló dali.

- Por que eu amo ele mesmo? - sussurrou para a câmera antes de sorrir - Deixa quieto... Muito obrigada por tudo, meu amores! Vocês me apoiam o tempo todo e fico honrada por isso, amo cada um de vocês e espero que possa ficar junto dessa família por muito tempo. Um abraço de urso, vejo vocês logo! 

Encerrando a filmagem segurei-me para não chorar antes de me lançar em direção aos quatro, abraçando todos coletivamente. Ezarel tentou se debater mais foi impedido por três braços que o puxaram de volta. 

- Eu amo vocês! - murmurei antes de ouvir um barulho no trinco da porta, os soltando virei bem a tempo de ver a porta se abrindo revelando três sujeitos misteriosos que reconheci imediatamente. Meu coração parou. - AAAAAHHH!!! NÃO É CULPA MINHA, NÃO OS CONHEÇO! ELES ENTRARAM EM CASA E ME FIZERAM REFÉM! CHAMEM A POLÍCIA!!

Meus pais se entreolharam confusos antes de se voltarem para mim novamente.

- Filha, você está bem? - perguntou minha mãe claramente preocupada - Tenha calma, com certeza você dormiu e acabou sonhando.

Me virando para trás notei, assustada, que estava sozinha. Um brilho levemente azulado pairava no ar antes de sumir completamente. Eles se foram. 

- Eu e seu pai vamos fazer a janta, aproveite e ajeite essa sala que está uma bagunça.  - apenas assenti vendo eles se afastarem para a cozinha com sorriso nos rostos, ainda confusa e perdida sobre o que ocorrera me sobressaltei pelo menos uns 300 metros para frente ao sentir alguém me tocar nos ombros. Era meu irmão Matheus. Sem dizer nada ele estendeu a mão, esperando por algo.

- Meus dez reais, por favor.

MAIS QUE DROGAAAAA!!!

- Que dez reais o quê, meu fio! Não viu a mãe dizendo que foi apenas um sonho? Estavamos dormindo esse tempo todo. - abrindo um sorriso bati levemente em suas costas antes de me dirigir para meu quarto, em minhas mãos descansava o celular. Sabia que fora real. A filmagem estava lá. E principalmente sabia que os veria novamente, nossa família estava apenas aumentando.

"Obrigada, pessoal!" 

 

FIM

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, meus amores >/////<
Fiquem com nossos agradecimentos e abraços sinceros, AMO VCS! <33


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