História I Love You, Idiot Elf! - O Desejo Em Tom De Descoberta

P.O.V  LUA

Era quase como se eu estivesse novamente imersa nas águas de Pandora, conseguia sentir a frieza do lago tocando minha pele deixando cada poro arrepiado, não conseguia ver nada, nem um vestígio de luz em toda aquela escuridão, porém ouvia vozes. Era como um sussurro misturado em diversas vozes femininas que cantavam em uníssono, o toque musical invadia meus ouvidos trazendo uma sensação quente e doce ao mesmo tempo, ainda sim, era arrepiante. De onde quer que estivesse vindo a melodia lírica me dominava completamente me atraíndo para si a força.

"Seja forte, minha pequena. Ele precisa de ti. Todos precisam."

De onde isso estava vindo? Que voz era essa? A melodia cessou deixando-me novamente no mais puro silêncio, buscava ouvir novamente a voz suave mas meus esforços eram em vão. Quem precisava de mim?

De repente, como se estivesse sendo sugada senti meu corpo se aquecer e minha respiração se acelerar, parecia até que... Meus olhos se abriram recebendo bruscamente uma luz branca que quase me deixou cega, grunhindo em resmungo tornei a fecha-los esperando me acostumar com a forte claridade, passado alguns segundos os reabri notando o azul do céu escondido em diversos galhos de árvores que tampavam seu esplendor, verde e azul. Era quase como uma guerra de domínio.

Voltando a mover os olhos pelo lugar desconhecido reparei que estava deitada em um solo gramoso enquanto um cobertor macio descansava sobre mim. O que era isto que estava vestindo? Uma camisa masculina? Onde estava minhas roupas íntimas... ? A brisa refrescante da manhã brincou com meus cabelos antes de deixar-me para percorrer seu caminho, minha mente parecia um emaranhado de fios enroscados prontos para entrar em curto-circuito. O que aconteceu? Flashs de água, sereias, caudas, canto e luta me deixaram tonta.

Mas o que diabos aconteceu?

Sentando-me bruscamente olhei para o lugar onde estava. Uma clareira aberta? Confere. Foqueira apagada? Confere. Cama improvisada? Confere. Elfo morto no canto? Confere. QUÊ?! Minha visão voltou-se rapidamente para trás onde uma figura pálida descansava encostado num tronco de árvore qualquer, meu coração pulou dentro do peito. Ezarel.

Levantando-me atrapalhadamente devido as pernas bambas caminhei em sua direção assustada. Sua face abatida sem qualquer vestígio do rosado que decorava suas bochechas me fez tremer, estava gelado e respirava fracamente. Tocando sua face notei que finas linhas de lágrimas percorriam todo o trajeto desde seus olhos até o queixo... Ele havia chorado?

- Ezarel?.... - chamei num sussurro, a alegria de vê-lo ali, vivo e fora de Pandora apenas era conturbada devido a minha falta de memória. O que havia acontecido? Em meu pescoço o colar de pérola que Alajéa me derá ainda descansava em sua cor branca natural, se bem que eu tinha certeza de ter usado... De repente uma respiração profunda tirou-me dos meus devaneios, um par de olhos verde-piscina que tanto adorava me fitou por breves instantes antes de piscar repetidas vezes como se quisesse confimar que não estava sonhando.

- Você...? - murmurou em um tom rouco, incrédulo.

Um sorriso irônico brotou em meus lábios.

- Achei que a Bela Adormecida não iria acor...!

Antes que pudesse completar a frase fui puxada bruscamente para frente sendo apertada por fortes braços que me seguraram com firmeza. Meu ar se perdeu enquanto era sufocada pelo abraço repentino.

- Me diga que não é um sonho. - sua voz quase inaudível atingiu meus ouvidos em cheio.

- Não é, estou aqui de verdade. - envolvendo meus braços em seu pescoço o trouxe para mim afundando o rosto em seu pescoço. - Estou com você. Lembra que prometeu que voltaria para mim?

Segundos se passaram enquanto o silêncio perturbador corroía o ambiente. Nenhum de nós ousou se mexer ou seguer dizer algo. O perfume adocicado dele invadia minhas narinas como droga, queria poder ficar assim para sempre. Sentindo-o, abraçando-o, e principalmente o amando. Me lembrava de pouca coisa mas conseguia recordar de um medo avassalador, meu corpo explodindo em medo enquanto me preocupava apenas em vê-lo vivo. O que havia acontecido embaixo d'água?

Desejando saber de algo abri a boca para dizer algo, contudo antes que qualquer palavra escapasse de meus lábios senti o elfo se mover.

- HUMANA IMPERTINENTE! - seu grito furioso gelou cada molécula de meu corpo enquanto ecoava por todos os quatro cantos. Mas o que? Perdida, muda e assustada tentei me afastar de si mas seus braços me apertaram mais forte, impedindo minha fuga. - VOCÊ NÃO VAI DESCANSAR ENQUANTO NÃO ME VER MORTO, NÃO É MESMO? POR QUE SEMPRE ME DEIXA NESSE ESTADO?

Meu corpo não respondia aos comandos.

- D-Do que está f-falando? - murmurei desejando mais que tudo ver seu rosto - Ezarel, não entendo...

Um solavanco brusco me fez engolir em seco antes de ouvir fungadas baixinhas contra meu ombro. Ele estava chorando? Balançei-me desesperada para sair de seu abraço porém era em vão.

- Você estava certa... - sussurrou em um tom agonizante, como um lamento derrotado. - Todo esse tempo... Você e Luzzie estavam certas...

- Como? Não entendo.

- Por que você faz isso comigo? - continuou me ignorando como se falasse somente para si. - Por que sinto essa dor me dilacerar por dentro toda vez que está longe? Que magia é essa? Como consegue? Responda!

- Ezarel... - o mesmo se afastou de mim me deixando ver sua face, abatida, vermelha e úmida pelas lágrimas. Emudeci completamente. Me observando por alguns instantes ele prosseguiu.

- Você me dominou, me prendeu feito um animal obrigando-me a ficar perto de você, não entendo. Nunca ninguém conseguiu isso. Fiz de tudo para me manter afastado, provocações, brincadeiras, palavras ruins... Mesmo assim parece que uma parte minha sempre vai me trair, sendo atraída até você. Não posso fugir, não mais.

Seu tom de voz suavizou enquanto seus dedos percorriam uma linha completa em minha bochecha. Por mais que tentasse meus olhos não escapavam de sua visão. Minha língua estava seca.

- Pensei que fosse doença - prosseguiu gentilmente com seus olhos brilhando - Pensei que fosse algo dos humanos já que jamais senti algo assim, mas quando dei por mim estava mais forte, insuportável de carregar dentro do peito, meu estômago parecia repleto de borboletas quando chegava perto de si, e seu sorriso... Capaz de derreter qualquer frieza minha. Você conseguiu sua humana inútil, conseguiu quebrar a barreira mais dura de todos os tempos, cumpriu as palavras de Luzzie e sua promessa... Conseguiu me conquistar.

Um raio poderia me atingir, um meteoro explodir a Terra, uma faca acertar minha cabeça, qualquer coisa que pudesse pensar, ainda sim nada seria capaz de me tirar deste sonho. Era um sonho. Tinha que ser. Ainda mais quando eram as palavras que mais desejara ouvir. Paralisada notei Ezarel abrir o mais belo dos sorrisos acompanhado pelo brilho mais intenso do Sol em seus olhos, jamais havia visto tamanha beleza. Só podia ser um sonho.

Tinha que ser.

- Eu não entendo como pude demorar tanto para perceber, talvez o orgulho não deixasse, mas você conseguiu humana inútil... Eu te amo, Lua!

Finalmente explodi em milhões de pedaços. Uma bomba me atingiu em cheio me fazendo derramar todas as lágrimas que segurará, ele me amava! EZAREL ME AMAVA! Me jogando em seus braços chorei feito uma criança com um sorriso enorme no rosto. Eu havia conseguido. Não podia acreditar.

- ELE ME AMA!! - gritei aos quatro ventos sem ceder a minha boca. - EZAREL ME AMA!

Gargalhadas foram soltas por si enquanto me apertava ainda mais contra seu corpo, sem me segurar começei a rir também. 

- Você ficou louca, Escrava? - perguntou ele ainda rindo quase a se dobrar. 

- Sim, fiquei louca. - me afastando o encarei sorrindo enquanto segurava as lágrimas - Você me ama, finalmente! Pensei que jamais ouviria essas palavras de você.

O mesmo suspirou, envergonhado. Parecia lutar para se abrir totalmente e isso me fez rir, o Ezarel orgulhoso continuava presente.

- Era você de quem Luzzie falava, meu verdadeiro amor é uma humana inútil vinda de um círculo de cogumelos. Que ironia! - ambos demos risadas tentando nos recompor - Ok. Talvez não tão inútil assim. 

Revirei os olhos fingindo estar indignada. Em resposta ele arqueou uma sombrancelha antes de tomar uma expressão séria.

- Quero te dar meu coração. Aqui e agora. Se você o aceitar terá meu eterno amor e não poderá o negar nunca mais. - colocando um ênfase na palavra "não" o elfo me olhou nos olhos de uma forma única. Ele praticamente implorava que eu o aceitasse. - Lua, você aceita receber meu coração para todo o sempre?

Meu peito explodiu, e começei a chorar novamente. 

Era um sonho. Não! Isso era a realidade, aquela na qual sempre sonhei e estava pronta para vive-la.

FIM P.O.V LUA

***

FLASHBACK ( Algumas horas antes )

O corpo do elfo sacolejou em uma tosse exagerada enquanto colocava para fora toda a água que ingerirá, seu peito doía e algo pequeno se encontrava em sua mão. O que havia acontecido? Lembranças de quando afundará em Pandora voltou a sua mente relembrando das sereias que o atacaram quando pegará a pedra Europa no fundo do lago, estavam furiosas e não o deixaram escapar cantando para que se afogasse rapidamente. Se lembrava de ouvir uma voz familiar se aproximar, de um canto diferente e ser abraçado. Era a humana.

Lua!

Abrindo os olhos recebeu o calor baixo do Sol que se preparava para se esconder, deveria ser cinco ou seis da tarde. Piscando várias vezes percebeu alguém deitado ao seu lado, virando-se teve uma surpresa.

- Lua...? - o choque de vê-la desacordada e transformada em sereia deu lugar ao desespero, ela não conseguia respirar! - Não, nâo! 

"Não a deixe morrer, Ezarel. Ela precisa de você."

Uma voz familiar ecoou por sua mente fazendo seu desespero aumentar.

- Luzzie, me ajude! 

Jogando a pedra Europa de lado o rapaz retirou as mechas de cabelo que caíam em seu rosto vendo que ela empalidecia depressa. Lua estava morrendo. Desesperado levantou-se desajeitadamente a pegando do colo, o sacrifício não deveria ser esse, não "ela". Pandora era sua salvação, próximo da beira colocou seu corpo escamoso dentro d'água esperando que a mesma tivesse alguma reação. Nada. Nem um movimento seguer.

- Droga! - esbravejou sentindo uma dor dilacerar seu peito. Ela não podia morrer, não agora. Impulsionando seu peito quase descoberto tentou fazer que o ar retornasse aos seus pulmões porém a moça permanecia inerte. Contudo, algo chamou sua atenção, em seu pescoço o colar de pérola que Alajéa lhe derá emitia uma fraca luz branca fazendo com que o azul sumisse aos poucos. - O colar, claro! - gritou finalmente entendendo. Se lembrava de quando a sereia derá o colar encantado com um feitiço de Sereniz, a duração era de duas horas. 

Vendo que uma aura azulada tomava conta de seu corpo o elfo retirou rapidamente sua blusa ensopada colocando sobre si, o efeito estava passando e ela ficaria nua. Em apenas alguns segundos a luz se fora dando lugar a sua forma verdadeira, retirando-a da água Ezarel a aninhou em seus braços correndo até a clareira na qual deixaram as mochilas. Europa que esperasse. Com pressa fez uma foqueira para aquece-lá já que seu corpo estava frio e retirou uma toalha e uma camisa branca da bolsa, não era hora para roupas elaboradas. Corando retirou sua blusa molhada de Lua vendo seu pequeno corpo nu.

"Foco! Ela precisa de você!"

Tratando de seca-la vestiu a camisa em si abotoando os botões logo em seguida, sabia que ela não acordaria agora então deveria ser paciente. Rapidamente montou uma cama improvisada a cobrindo, o fogo a aqueceria na noite fria, ainda sim seu peito doía. Ela sempre se arriscava para salva-lo. Não importava a situação.

- Agora é minha vez de cuidar de você... - sussurrou beijando sua testa, a beleza da moça era radiante. Acariciando sua face o elfo não percebeu que lágrimas desciam por seu rosto. Por que estava chorando? - Maldição! - esbravejou encostando a cabeça no colo da mesma. - Você sempre domina meus pensamentos, garota. Será... Será que Luzzie estava certa?

Percebendo que continuava a chorar se distanciou encostando a cabeça numa árvore próxima. Ele a amava. Sabia disso muito antes dela se confessar, e agora que a preocupação lhe dominava só podia constar que o sentimento era mais forte que imaginava. 

- Volte para mim... Pela última vez, me deixe dizer que te amo... - suplicou num sussurro antes de apagar.

FIM FLASHBACK

***

- E então? - indagou Ezarel se corroendo de ansiedade. Se aproximando dela tratou de secar suas lágrimas levantando seu queixo delicadamente. - Lua... Aceita meu coração?

- SIM! - gritou ela em resposta se jogando em seus braços - É tudo que eu mais quero...

- Hey! Eu já nâo disse que não gosto que me toquem? - perguntou fingindo irritação, a albina soltou uma risada o abraçando mais forte.

- Então é bom se acostumando a mudar de idéia, porque vou ficar colada em você para sempre.

Ezarel revirou os olhos antes de retribuir o abraço. Teria mesmo que se acostumar. Passado alguns segundos ambos se afastaram corroídos por uma felicidade única e verdadeira, já não havia mais o ódio que um dia ambos sentiram um pelo outro, o preconceito de raças opostas, ou a mentira, apenas existia o amor. O mais sincero e puro amor.

Orbes azuis e verdes se encontraram, não havia mais nada a dizer, tudo que precisavam saber era revelado pelo olhar intenso de ambos, tocando sua face o elfo juntou seus lábios num toque delicado, como se tivesse receio que ela desaparecesse de repente, quase em resposta Lua enroscou a mão em sua nuca permitindo que ele aprofundasse o beijo em um ato eufórico e avassalador. O desejo era intenso acompanhado por chamas.

- Você foi minha desgraça, garota. Perdi esta guerra desde o momento em que te vi pela primeira vez. - confessou ele sussurrando. Passando a mão em sua face Lua sentiu o calor que emanava dela na qual ardia em chamas, seu corpo revelava o desejo que avançava dominadoramente. 

Ambos estavam ali. Implorando para pertencerem um ao outro. 

Descendo os beijos para seu pescoço Ezarel deu uma leve mordida arrancando suspiros da moça antes de voltar a beija-la, descendo para a dobra de seu ombro e logo em seguida o busto, provando cada centímetro de sua pele. Fora de sua sanidade a albina arrancou a fita verde que prendia seus cabelos fazendo com que caíssem em forma de cascata azul, como se tirava aquela blusa?

Descobrindo sua intenção o elfo a empurrou para trás deitando-se sobre si sem parar de beija-lá, levando uma das mãos para baixo pressionou seu seio esquerdo arrancando um leve gemido da mesma. Estava sem as peças intímas. Não querendo ficar parada a garota levou as mãos para suas costas o arranhando por cima do tecido, sentia-o arder sobre seu corpo, e logo abaixo seu membro rígido forçar com firmeza sua coxa onde continuava sufocado pelas vestes do mesmo. 

Ousadamente moveu uma mão por debaixo tocando no alto volume que se mantinha presente. Ezarel soltou um gemido arrastado. Continuando a mover a mão a faeliana passou a descobri-lo, apertando e sentindo-o na qual aumentava seu tamanho. Por sua vez o elfo abriu alguns botões da camisa que ela vestia deixando a mostra grande parte de seus seios que no momento se encontravam completamente rígidos, passando a língua por seus formatos o elfo aproveitou das carícias da albina que gemia constantemente sentindo um calor avassalador dominar seu interior. Não sabia muita coisa sobre sexo, porém, sabia que estava úmida. Muito úmida.

- Ezarel... A-ah! - gemeu alto ao sentir o alquimista descer as mãos para acariciar suas coxas. Envolvendo-na novamente num beijo eufórico e desesperado o rapaz abriu os olhos recebendo um gelar na espinha. Mas o que estavam fazendo? Se afastando alguns centímetros olhou para Lua que respirava com dificuldade, ambos estavam ofegantes, vermelhos e levemente suados. Era uma visão linda e incrivelmente tentadora. 

- Lua, eu... Eu não posso. - suspirou alto desviando o olhar da moça que se recompunha.

- Por que? Ezarel, quero ser sua. Pertencer somente a você.

- Eu também quero. - confessou passando a mão nos cabelos soltos. - Quero me entregar a você de corpo e alma, mas não posso. Não aqui, não agora. Não posso desonra-la desta maneira. 

Esperando que a mesma fosse criticar o rapaz se surpreendeu ao vê-la sorrir, ainda extremamente corada. Sentando-se Lua fechou a blusa jogando os cabelos brancos para trás.

- Eu compreendo. Me desculpe por isso. 

O alquimista beijou sua testa, acariciando sua face.

- Quero me entregar decentemente, quando casarmos.

- QUÊ?! - a surpresa da albina não pode ser contida, imediatamente seu rosto enrubesceu ainda mais. Ezarel abriu um sorriso debochado enquanto seus olhos brilhavam em entusiasmo.

- Você não acha que ficará solteira para sempre, né? Se prepare, pois vou te encher o saco por muito tempo.

A garota emudeceu. Casar. Ele disse realmente casar? Sua mente vagou em diversos pensamentos, filhos com Ezarel, uma família com ele. Com o amor de sua vida. Percebendo o transe que ela se encontrava o elfo soltou uma risada dando um tapinha em sua cabeça.

- O Sra. Sonhadora, temos que voltar lembra? A pedra Europa, QG, missão, se recorda?

- E-Então estamos n-namorando? - arriscou-se a perguntar. O mesmo arqueou uma sombrancelha, pensativo.

- Huuumm, deixa eu ver... Eu acabei de me confessar, te dei meu coração, quase nos entregamos um ao outro e falamos de casamento. Acha que estamos namorando? - a faeliana emudeceu - Prometo que vou ser um bom namorado, mas se acha que vou virar o todo romântico e parar de te perturbar está bem enganada. Tenho meus princípios e dignidade. 

Lua sorriu novamente, fazendo seus olhos brilharem como o céu da manhã.

- Eu aguento, Ezarel. Oh, se aguento...