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História I Love You, Idiot Elf! - O Vermelho Que Mancha O Branco


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


Hellooo Bolinhos de Aniversário (>^-^)>

Adivinhem quem está fazendo 17 anos hoje? EEEEUUUU \o/
E para quem leu a fanfic sabe que hoje tbm é aniversário da Lua ( sim, ela faz no mesmo dia que eu hehe ) <33

FELIZ ANIVERSÁRIO PARA NÓS DUAS!!
Quero presentes hehe..... ^^

Boa leitura <3

Capítulo 38 - O Vermelho Que Mancha O Branco


Fanfic / Fanfiction I Love You, Idiot Elf! - O Vermelho Que Mancha O Branco

O toque de Nevra era gélido. Seu aperto firme a impedia de escapar enquanto seu olho cinza brilhava de uma forma selvagem como uma tempestada formada. Seu corpo tremeu, as presas afiadas do vampiro pareciam prontas para rasgar sua pele, como uma vítima a mercê de seu predador. Sua respiração falhou.

- C-Conversarmos? - era impossível não gaguejar numa hora dessas, o temor começou a dominá-la. O rapaz não esboçou qualquer expressão além de raiva.

- Agora eu sei porque seu sangue é tão familiar para mim... É porque eu já o provei, não é mesmo? - Lua arregalou os olhos perdendo completamente o ar, o vampiro prosseguiu já sabendo da resposta: - A questão é, quando?

- Nevra, eu...

- CHEGA! Não quero ouvir mais nada. - esbravejou, fora de si. A albina tentou se livrar de seu aperto mas foi em vão, ele era muito mais forte. 

- Está me machucando. - soltando um gemido de dor devido a grande pressão do aperto a garota abaixou a cabeça, soltando-a com o pesar na consciência o moreno passou as mãos no cabelo tentando manter seu autocontrole. Céus, como a desejava ali mesmo. - Nevra, eu posso explicar.

- Explique então, porque pelo que me lembro eu jamais te mordi. - engolindo em seco a faeliana esfregou os pulsos doloridos. A distância que mantinham um do outro era de um metro.

- Foi no Solstício de Primavera, na Lua de Sangue. - Nevra emitiu um grunhido decepcionado desviando o rosto. - Eu não conseguia dormir, por isso me levantei e sai em direção a Enfermaria onde a Ewelein sempre guarda aquelas ervas para sono.

- Está me dizendo que saiu do seu quarto por causa de uma erva? O que você tem na cabeça?!

- Calma, espere eu terminar. - pediu ela gesticulando com as mãos, o moreno assentiu se calando. - Estava tudo calmo no QG e achei que não corria perigo, mas quando entrei na Enfermaria acabei esbarrando em alguém... Era você.

Nevra arregalou o olho cinza, incrédulo.

- Você me empurrou contra a parede e me mordeu, não consegui afastá-lo. Contudo, bem nesse momento Leiftan entrou e o acertou em cheio, tivemos que levá-lo até seu quarto e decidimos que não contariamos nada, era mais seguro.

- É por isso que acordei com uma grande dor de cabeça... - murmurou para si mesmo sem olhá-la nos olhos. - Como você pôde fazer isso comigo? Eu pedi que não saisse do quarto e você prometeu. Tem idéia do que fez? Poderia ter morrido!

- Eu sei, entendo qu...

- VOCÊ NÃO ENTENDE! - gritou ele socando um tronco qualquer, Lua tremeu dos pés a cabeça ao notar que um enorme buraco fora feito na madeira graças ao soco do rapaz. - Eu sou um vampiro, poderia tê-la matado sem qualquer hesitação naquela noite se não fosse por Leiftan. Poderia muito bem agradecê-lo agora mesmo. Se ele não tivesse chegado a tempo eu...

A faeliana encarou o chão, sem palavras. Não sabia o que dizer, nunca se sentira tão culpada por algo, além de ser golpeado por seu erro ele ainda a acusava pela sua promessa descumprida. Isso era o pior de tudo. Nevra virou-se de costas num suspiro alto. 

- Alguém notou as marcas da mordida? - a albina parou para pensar, se lembrava de ter usado uma blusa de gola alta na manhã seguinte e depois disso mais nada. Como não percebera? Marcas assim não sumiam de um dia para o outro... Levando uma mão até o pescoço tateou o local procurando por alguma cicatriz. Nada. Nem seguer uma bolinha. 

Levantando o rosto notou Nevra a olhando fixamente. Um brilho diferente refletia em sua orbe cinzenta... Era desejo. 

- Sinto muito, eu sei que nada do que eu disser vai mudar o que houve, mas... Me desculpe. Deveria ter escutado você e cumprido minha promessa. - deixando os braços cairem de lado de modo derrotado a jovem suspirou, ao contrário de si o vampiro apenas assentiu sentindo seu corpo clamar pelo dela. Tinha que sair dali o mais rápido possível.

- Deixa para lá. - tampando a boca com a mão o rapaz se afastou em passos rápidos antes de sentir alguém lhe puxar pelo pulso. Era ela novamente, seus olhos estavam desesperados.

- Por favor, não fique zangado comigo. Eu não quero perder sua amizade. 

E eu não quero te atacar. - pensou, já imaginando diversas formas de tê-la prazerosamente.

Nevra forçou a mão contra a boca tentando não olhar para ela, sua pele alva como leite chamava por suas presas, queria mordê-la mais do que tudo. Percebendo seu estado nervoso a garota finalmente compreendeu, estava numa área perigosa.

- Vá embora, Lua. Antes que eu... - nem precisou terminar a frase, sabia que ela entendera. Contudo, a albina não se moveu. Vêr seu amigo quase enlouquecendo por seu sangue a fazia sentir ainda mais culpada, se essa era a forma de se redimir então não recuaria. - O que você...?

Não houve tempo para completar, num segundo se viu puxado contra ela tendo sua cabeça direcionada para o pescoço alvo e tentador. Seu corpo tremeu em expectativa e ansiedade, tentando se afastar num último fio de razão o vampiro não teve forças para seguer se mover. A moça o segurava pela nuca e com a outra mão apertava suas costas.

- Morda. - pediu num sussurro, não havia malícia em sua voz apenas tristeza e determinação. O rapaz prendeu a respiração tentando resistir o máximo possível. - Vamos Nevra, morda.

- Você não sabe o que está fazendo... Não vou conseguir parar... 

- Eu confio em você. - garantiu ela fechando os olhos. Nevra soltou um gemido amargurado antes de voltar-se para o pescoço da moça, a pele incrivelmente branca lembrava porcelana. Sentindo seu perfume atrativo o vampiro deixou-se levar por seus instintos avançando suas presas contra sua pele macia. A dor era terrível, contudo, a ignorava sabendo que logo passaria. - Eu sabia que era capaz... - murmurou, incapaz de não sentir orgulho de seu amigo.

Segundos se passaram até que sem explicação lógica o vampiro intensificou repentinamente a mordida cravando suas presas o mais fundo que podia. Lua gritou sentindo uma dor lascinante em seu pescoço como se estivesse sendo rasgado ao meio, movendo os braços para desvencilhar-se dele teve seu corpo prensado contra o do rapaz que apertou fortemente suas mãos entorno de sua cintura e seus cabelos para que não fugisse. 

- Nevra... O que está fazendo... - ele não respondeu. A empurrando contra o chão a fez deitar-se forçadamente na grama debruçando seu corpo sobre o dela logo em seguida. - Pare!... Isso dói, Nevra...

O moreno continuou a sugá-la, desta vez com um desespero anormal como se ela fosse sumir a qualquer momento. Lua se encolheu devido a dor, o peso sobre si e as presas que praticamente partiam sua pele a fazia incapaz de se mover. De repente, interrompendo o que fazia Nevra se afastou lambendo as gotas de sangue que caiam das duas marcas, admirando-as por breves segundos cheirou seu busto macio antes de voltar-se para seus lábios rosados. A moça petrificou.

O olho de Nevra estava azul-fluorescente.

- Você é tão deliciosa... - o vampiro lambeu os beiços sensualmente antes de voltar a mordê-la, desta vez muito mais selvagem e dolorido. - Tão quente... Vou fazê-la se contorcer de prazer para mim...

As mãos do Líder da Guarda Sombra encontraram a barra de sua blusa, invadindo-a sem permissão começou a acariciar sua barriga fazendo a jovem tremer. Suas mãos começaram a subir. Imediatamente seu corpo se apossou de uma raiva descontrolável fazendo cada célula queimar com se estivessem em chamas. Era como se estivesse perdendo o controle de si mesma.

- Pare... ME SOLTA! - a raiva a fez gritar numa fúria indomável, no mesmo instante uma onda azul-fluorescente foi liberada de seu corpo lançando o vampiro para longe de si, na qual se chocou com violência contra um tronco de árvore. Levantando-se horrorizada a albina levou uma das mãos até o pescoço sentindo seus dedos umidecerem, um filete de sangue escorreu lentamente do ferimento até a blusa, manchando-a.

Seu corpo estava gélido e incapaz de qualquer ação.

- Lua... - sussurou o vampiro levantando a cabeça revelando o olho cinza turvado de lágrimas. Sua face estava contorcida de culpa. - Me perdoe...

A garota não emitiu nenhuma palavra, apenas correu o mais rápido que pôde para bem longe dali.

***

- Ezarel! Ezarel! - a porta do Laboratório se abriu num estrondo chacoalhando os potes de vidro nas prateleiras. Interrompendo o que fazia, o alquimista se virou bem a tempo de ver alguém o abraçar bruscamente enterrando o rosto em seu peito. Seus olhos arregalaram-se ao ouvir o choro augustiado de sua namorada.

- Pelo amor do Oráculo, o que aconteceu? Lua, o que houve? - a moça continuava a chorar fazendo Ezarel a abraçar mais forte. Ela estava tremendo. - Me conte o que aconteceu, por fav...

Sua frase não foi finalizada ao ver sangue na blusa dela. Afastando seus cabelos notou em choque duas marcas idênticas de mordida... Mordida de vampiro. 

- Lua, quem fez isso com você? - perguntou afastando-a de si. A faeliana desviou os olhos enxugando as lágrimas, não podia entregar Nevra. Era seu amigo acima de tudo. - Ainda não me respondeu. Quem te mordeu?

- Ninguém... Deixa para lá. - se dirigindo até a porta em passos apressados sentiu seu braço ser puxado com firmeza. A face do elfo estava carregada de seriedade. 

- Acha mesmo que deixarei esse assunto de lado? Você está ferida e ainda é orgulhosa o bastante para não me contar quem foi que te atacou? - a voz irada fez a mesma se encolher, embora estivesse assustada não seria tola de aguentar desaforo.

- Não foi ninguém em questão, ok? Será que dá para deixar este assunto de lado? Eu pensei que... Eu... - um soluço escapou de seus lábios antes de lágrimas deslizarem novamente pelo seu rosto. Estava assustada, com raiva e acima de tudo confusa. O que estava acontecendo consigo? Arrependendo-se imediatamente pelo que disse o alquimista se aproximou para envolvê-la em seus braços novamente. 

- Me desculpe... - pediu acariciando seus cabelos. - Mas estou muito preocupado, preciso saber quem foi o desgraçado que fez isso com você. Não precisa ter medo de me contar a verdade, estou aqui para protegê-la.

A garota ficou em silêncio apenas digerindo aquelas palavras.

- Antes vamos até a Enfermaria, Ewelein cuidará desse ferimento antes que infeccione.

Deixando o Laboratório, ambos se encaminharam até o ambiente hospitar com rapidez. Em todo o trajeto o rapaz notara o olhar perdido de Lua, seus olhos estavam apagados e estranhamente pensativos. Parecia refletir sobre algo importante. Adentrando o recinto de cores claras chamou por Ewelein que se encontrava concentrada em algumas caixas de bandagens, ao vê-los abriu um sorriso acolhedor.

- Lua, Ezarel, o que fazem aqui? - perguntou de modo simpático, contudo, ao ver a blusa manchada de sangue da moça assim como parte do pescoço sua expressão empalideceu. - Pelo benção do Grande Cristal, o que aconteceu?

- Ela foi atacada por algum vampiro e não quer me contar quem foi. Preciso que cuide desse ferimento o mais rápido possível antes que Miiko descubra, não faço idéia da quantidade de sangue perdido. - a elfa não disse mais nada, puxando a albina pelas mãos a fez sentar-se numa das macas enquanto pegava seus materiais médicos. A garota continuava num silêncio perturbador.

- Vou analisar a profundidade das marcas e tentar descobrir se não houve nenhum dano grave, dependendo da força utilizada os danos podem ser bem maiores. - a enfermeira retirou algumas mechas de cabelos brancos de Lua que atrapalham sua visão para poder analisar melhor a ferida, contudo, no mesmo instante seus olhos se arregalaram e seu corpo ficou estático. - Ezarel, você disse que havia marcas de mordida de vampiro no pescoço dela, não é? - ele assentiu - Pode me dizer quando ela apareceu assim?

- Não faz nem cinco minutos. Mas por que a pergunta? 

- Porque não há nenhum ferimento. - o elfo arqueou a sombrancelha em dúvida enquanto se aproximava para conferir, ao ver a pele alva completamente lisa seu queixo caiu. Desta vez, a faeliana emitiu sinal de vida olhando para ambos com curiosidade. 

- Como assim nenhum ferimento? - indagou levando a mão até o pescoço, tateando o local sentiu o sangue ainda úmido, contudo, de alguma forma estranhamente anormal não havia nenhuma marca em sua pele. Era como se Nevra nunca tivesse a mordido. - Como isso é possível? - murmurou para si mesma com o olhar perdido. Ewelein e Ezarel se entreolharam, estavam tão chocados quanto ela.

- Pode ter sido uma reação do próprio corpo, alguma coisa relacionada com o seu sangue faery. - a dedução da elfa de cabelos claros fez a mesma se arrepiar. Claro, como não percebera. A mordida na Lua de Sangue que sumiu sem que notasse, o modo como se curou rapidamente quando se ferira no retorno de Manzana, e outras vezes que se seus machucados cicatrizaram bem mais rápidos que o normal. Tudo isso era por causa de seu sangue faery, já que nenhum humano normal teria uma capacidade dessas. A única coisa que lhe intrigava era saber como duas marcas de mordida de vampiro sumiram em menos de cinco minutos. - Acho que deveriamos contar a Miiko sobre isso, a parte faery de Lua pode estar despertando.

- Antes é melhor... - a porta se abrindo o fez calar, a figura de Nevra se encontrava de ombros caídos e olhar entristecido principalmente ao vê-los. A face da albina perdeu a cor. O silêncio se fez presente no recinto. Ezarel olhou o filete de sangue no canto dos lábios do vampiro e logo em seguida para os semblantes de ambos. Não foi díficil deduzir a resposta. - Você?!

- Eu posso explicar. - pediu quase implorando. A face fria do elfo se contorceu numa expressão raivosa, seus olhos cianos brilharam em chamas. - Por favor, me escute...

O som do soco desferido por Ezarel ecoou pela Enfermaria, o moreno caiu no chão com o impacto levando uma das mãos até o nariz que sangrava. Contudo, o elfo ainda não havia terminado. O agarrando pelo colarinho passou a socar seu rosto com violência fazendo ambos se embolarem no chão numa troca de golpes contínuo, pareciam possuídos por um ódio assassino enquanto se agrediam com força.

- Parem com isso! - gritou Ewelein com desespero. Lua olhava horrorizada para a luta sem saber o que fazer, enquanto apertava os lençois com força percebia que sua mente parecia estar mais lenta, como se estivesse apenas analisando e captando os fatos. Sentiu raiva. Queria fazer algo, tinha que fazer. 

Levantando-se de forma brusca andou até eles de punhos cerrados quando uma sensação estranha a fez parar. Seus pés colaram no chão e cada cena ao seu redor pareceu desintegrar-se, não conseguia focar em mais nada. De repente, uma dor repentina invadiu sua cabeça a fazendo gritar, caindo no chão levou as mãos até o couro cabeludo tentando arrancar aquela dor insuportável a força. Sua mente girou em cenas paralelas até passarem com um filme diante de seus olhos.

Não era possível...

Tudo que passara em Pandora voltou em uma enxurrada de imagens distintas. A transformação de suas pernas em cauda, Ezarel sendo afogado, o modo como feriu aquelas sereias, o canto mais forte... Até mesmo quando matara Cassáia com as próprias mãos.

- Assassina... Eu sou uma assassina... - murmurou ainda agarrando os cabelos. O pior de tudo era que sabia que tudo estava ligado, a sensação de raiva que a fazia perder o controle... Era a mesma nas três situações.

Alguma coisa estava mudando em si. Ou simplesmente já despertara como uma praga.

 

 

 

 


Notas Finais


Estou me sentindo velha :'(
....

MENTIRAAA, QUERO É MUITO BOLO MUAHAHAHAH

Kiss de Prata <3


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