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História I Love You, Idiot Elf! - O Consolo Da Pessoa Ideal


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


Hello Pães de Mel <3

Desculpe a demora, mas fiquei bem ocupada essa semana, agradeço aos comentários e favoritos e como eu sei que vocês ficaram bem nervosos e tristes com o capítulo anterior, resolvi recompensá-los com esse <3

Já digo que a Lua não vai ser nada legal com o Ezarel no próximo capítulo ^3^

Capítulo 7 - O Consolo Da Pessoa Ideal


O leve ruído da porta sendo fechada foi o bastante para Lua, assim que soltou a fria maçaneta se pôs a correr no máximo que suas pequenas pernas permitiam. Sem conseguir segurar deixou que as lágrimas caíssem livremente pela sua face turvando sua visão, não sabia para onde estava indo, tudo o que tinha conhecimento era ter a sensação de correr sobre escadas a levando para um lugar repleto de escuridão, seu peito parecia estar se rasgando deixando amostra grandes feridas doloridas.

Ezarel.

Como pudera dizer tais palavras tão maldosas?

A garota exausta parou de correr deixando-se cair de joelhos no solo úmido, permitindo, mesmo que vergonhosamente, que suas lágrimas continuassem a deslizar. Fora uma idiota. Acreditando que o elfo teria consideração pela "humana imprestável". No momento tudo que desejava com fervor era estar nos braços de sua mãe, dizendo que tudo ficaria bem e que ela precisava ser forte, ou talvez que o líder da Guarda Absinto pagasse por tudo o que dissera da forma mais dolorida possível. De repente, uma vasta sombra nublou sua visão a fazendo levantar a cabeça destinguindo a figura que a observava em silêncio com seus penetrantes olhos dourados.

- V-Valkyon? - gaguejou com surpresa numa estranha voz chorosa. Ao notar o terrível estado que se encontrava a faeliena se levantou num sobressalto secando as lágrimas com a palma da mão.

- Não precisa fingir que está bem, Lua. - tranquilizou o rapaz com expressão serena e preocupada ao mesmo tempo - Até os mais bravos guerreiros demonstram suas emoções por meio de lágrimas.

A albina olhou profundamente em seus olhos antes de ficar novamente a mercê do choro, desta vez, porém, manteve-se em pé com a cabeça baixa.

- E-Eu pensei que... Ele gostasse de mim... 

- Quem? Nevra? 

- Ezarel. - o nome encheu seus lábios com um gosto amargo, como algo nojento e repugnante. O chefe da Guarda Obsidiana se aproximou e hesitantemente colocou uma mão sobre seu ombro.

- Ele disse algo que te magoou? Fez mais uma de suas piadas? Não se incomode com isso, Ezarel não faz com intenção de ferir alguém.

- Não Valkyon! - berrou ela tremendo - Ele disse que me odeia, que tem nojo de mim, disse tudo isso seriamente. Como eu pude ser tão idiota a ponto de acreditar que seriamos amigos?

O guerreiro emudeceu e fez a única coisa que passou pela sua cabeça. Enlaçou a garota em seus braços trazendo-a junto a si num abraço reconfortante e cheio de proteção.

Lua engasgou-se com o ar mas mesmo relutante deixou que o rapaz a abraçasse, enlaçando também seus braços ao redor de si. Por mais que houvesse diferença de tamanho e hesitamento de ambos a garota não deixou de sorrir, completamente grata por ter alguém ao seu lado num momento tão ruim. Quase tão rápido quanto um ataque de Black Dog, Valkyon agarrou as pernas de Lua a levantando em seu colo como se fosse uma simples boneca de pano, por conta disso um grande rubor tomou conta das bochechas da jovem.

- Mas o que... 

- Você não está em estado de subir todas essas escadas, ainda mais com essas pernas tão pequenas. - a albina arqueou as sobrancelhas em dúvida e virando a cabeça reconheceu o lugar em que se encontravam, as Masmorras. Um chiado espantoso escapou de seus lábios, não se lembrava de ter chegado ali.

- Eu não sou pesada? Ainda mais pelo fato que você vai acabar se cansando subindo tudo isso. - justificou-se tentando descer dos braços do guerreiro.

- Acredite, já carreguei coisas bem mais pesadas que você. - sorriu Valkyon, o chefe se pôs a subir as imensas escadas e por mais que a garota reclamasse não a soltou de jeito nenhum. Enquanto subiam sua mente se perdia em diversos pensamentos, na qual como o elfo tivera a audácia de fazer alguém tão doce como Lua chorar ou qual fora o motivo dela acabar nesse estado. Se lembrava que ao sair das Forjas havia visto a mesma correr em direção as Masmorras com o rosto molhado de lágrimas, a visão o deixara perturbado e por mais que não tivesse o hábito de conversar com ela sentiu que deveria ajudá-la no que fosse preciso. As lembranças e perguntas invadiam sua mente e sem perceber chegara ao começo das escadarias. - Você está bem? - perguntou de relance ao estranhar o silêncio da mesma.

- Sim, obrigada. - sorriu ela, fracamente. O rapaz de cabelos prateados parou a observando novamente antes de retribuir o sorriso. Deixaria para saber o motivo depois, não queria vê-la chorar novamente, ainda mais quando finalmente conseguira fazê-la sorrir.

***

Era doença. Só podia ser. O coração do elfo doía nas fortes batidas fazendo o mesmo levar uma das mãos até o peito afim de amenizar a dor agonizante. Ezarel fechou os olhos e automaticamente a lembrança de Lua fechando a porta enquanto um única e solitária lágrima descia pela sua face retornou para atormentá-lo. A fizera chorar. E desta vez fora o próprio causador delas. As palavras ditas por si pareciam gravar em sua mente enquanto a expressão de incredulidade da jovem ocultava sua visão. 

- O que eu fiz?... - murmurou a si mesmo. Sem perceber se encontrava saindo pela porta do Laboratório. Precisava encontrá-la. Pedir desculpas. Dizer que não a odiava e que foram apenas palavras sem verdades. Dizer que... 

Seus passos imobilizaram ao ver a figura que caminhava com uma garota nos braços. Os cabelos prateados. Era Valkyon. As mãos de Ezarel se cerraram em punhos e uma sensação desconhecida invadiu seu peito. Era a doença. Só podia ser. 

- Por que ele está com a Lua? - sussurrou, pensativo. Descendo as escadas foi atrás do casal querendo saber para onde iriam. Os dois pararam em silêncio na porta do quarto da moça e o coração do elfo deu um pulo assustado, queria saber o que se passava. Ao olhar para a jovem cabisbaixa sua consciência se encheu de culpa, a doença parecia se alastrar fisicamente e mentalmente.

- Você vai ficar bem? - ouviu Valkyon indagar, levemente preocupado. O elfo apurou suas orelhas pontudas.

- Sim... Vou sobreviver. - soltando uma risada sem humor a jovem abriu a porta do quarto. - Valk... Obrigada por tudo. Nem sei o que faria sem você para me ajudar.

 Antes que pudesse entrar o guerreiro segurou seu braço com delicadeza, sua expressão revelava receio, como se refletisse se o que faria fosse o certo ou não. 

Se aproximando Valkyon despejou um suave beijo em sua testa para logo em seguida acariciar o topo de sua cabeça, saindo logo após em passos rápidos. Ezarel cerrou os punhos sentindo a estranha sensação lhe dominar, era um formigamento e calor sem explicação. A garota ainda parada a porta enrubesceu fortemente mas logo depois voltou a sua expressão vazia e chorosa entrando no recinto rapidamente, durante todo esse tempo o elfo não saiu do seu lugar .

***

- Ezarel? - chamou uma voz repleta de autoridade, o alquimista virou-se para a Kitsune sem qualquer expressão embora interiormente sentisse raiva pelo atrapalhamento de seus pensamentos. - Gostaria de falar com você, a sós.

O chefe da Guarda Absinto assentiu com a cabeça para logo depois segui-la até a Sala do Cristal. A líder parecia tensa, cada passo seu demonstrava firmeza mas insegurança, como se estivesse preocupada com algo. Ao chegarem um longo silêncio perdurou até que a mesma abriu a boca, olhando fixamente em seus olhos.

- Pois bem, vou direto ao assunto. O vilarejo de Manzana foi atacado ontem por um bando de Black Dogs, por não terem armas suficientes vários moradores acabaram morrendo ou gravemente feridos. - a espécie de raposa soltou um suspiro antes de prosseguir - Testemunhas constaram que as criaturas estavam em comando de alguém, infelizmente sua identidade não foi vista.

- Manzana sempre foi um vilarejo pacato, quase impossível de criar rixas com vilas próximas. - criticou Ezarel surpreso com as palavras de Miiko.

- Parece que esse foi o motivo para atacarem justamente essa vila, por isso quero que você com mais um representante de sua guarda vão até Manzana levar novos medicamentos e aparelhos para primeiros socorros. Leve o máximo que der de ervas medicinais, pois não sabemos a gravidade dos ferimentos de cada habitante.

Ezarel emudeceu pensando na pessoa que levaria, sabia que deveria escolher alguém capaz e atencioso com os afazeres e o que não faltava eram pessoas assim na Absinto, porém, quanto mais pensava, mais seus pensamentos se voltavam a uma certa garota irritante de cabelos cor de neve. 

- Vocês sairão daqui a uma hora, se apressem para chegar lá o quanto antes. Tropas de patrulhamento estarão a sua disposição mas saiba que os guerreiros estão em prol de garantir a segurança dos moradores. - finalizou a Kitsune - E então, já sabe quem vai levar?

- Sim. - sorriu Ezarel - Sei a pessoa perfeita para essa missão.


Notas Finais


Quem será né, Ezarel?


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