História I Love You (JackBam) - Capitulo Único.

Ele havia ido embora... E eu não dei o valor que ele tanto queria... Como eu sou um idiota...

Algumas semanas atrás.

— Jackson! – Bambam implorava para que eu o colocasse no chão, era tão divertido o ver implorando, a risada dele.

— Bambam, não se mexa muito! Você pode cair. – faço uma menção de que vou solta-lo, ele se agarra em minha blusa assustado com o tranco, mais risadas. Saímos do palco ao som de gritinhos e aplausos. Como eu amo isso.

Entramos no camarim, todos estava rindo do grito que o Bambam havia dado, ele me deu um murro fraco no braço.

— Avise da próxima vez! – ele aperta minha bochecha.

Entramos no carro, tínhamos mais um show hoje, a agenda lotada significava um bom sinal.

— Bambam, - me aproximo dele no meio do show.  Ele me olha assustado – que tal... Jackbam?

— O que? – nesse momento eu pego em seu rosto, eu não sei por que motivo, eu acho que apenas para fazer graça, ou brincar. Mas eu fiquei tão nervoso com o olhar dele em cima de mim, os olhos me encarando. — Ok… – ele faz menção de me beijar na boca, quando estava bem perto se virou para a plateia e fez um não com o indicador, ele me beija a bochecha, solto as mãos, as fãs indo à loucura.

— Relaxa Bambam. – ele solta uma risada maliciosa, e volta a dançar.

Às vezes é preciso fazer o necessário.

Eu estava em casa, exausto. Meu celular começa a tocar. Bambam?

—Alô? O que aconteceu?

— Eu acho que perdi minha chave, - ele da uma risada, que mais parece um suspiro. — Eu posso dormir na sua casa? — não é primeira vez que ele perde a chave, mas geralmente ele dormia na casa dos outros, eu sei disso devido aos infinitos Snaps que eles postam. Geralmente ele dormia na casa do Mark, ou sei lá. Era estranho imagina-lo dormindo na minha casa, nós tínhamos uma grande amizade, sim, mas… Tudo que é diferente é estranho, pelo menos no começo.

—Você ainda está aí, Jackson?

— Ah! Sim, sim. Quando chegar me manda uma mensagem.

Desci as escadas correndo, abro a porta e ele está lá, em pé olhando para a rua deserta. O bairro em que eu morava era muito calmo à noite, um ótimo lugar para ir depois de um show.

— Ei? – Bambam estava totalmente perdido em seu mundo, às vezes ele era tão calado, chegava a me assustar.

— Ah, vamos, eu estou tão cansado... – ele passa por mim. – você não vem?

– Sim, sim.

Antes de dormir nós jogamos um pouco, e conversamos.

— Aquela brincadeira rendeu ao primeiro lugar nos Trends mundiais, boa… - ele olhava para o celular rindo. Meu coração estava descompassado, as batidas irregulares faziam minha respiração falhar.  O que está acontecendo?  Os sons haviam virado chiados, meu lado “animal” pedia para sair, para atacar aquela pessoa em minha frente, aquele rosto delicado, aquele sorriso lindo. Por que ele tinha que ser assim?

Eu não me contive me aproximei dele, segurando o rosto com as duas mãos, ele estava assustado. Eu o beijei, um beijo doce, a relutância, por parte dele, foi se desfazendo, as mãos macias do pequeno iam à minha nuca e afagava meus cabelos, se havia uma coisa pela qual eu tinha certeza é de que o Bambam seria meu, naquele momento.

Avanço retirando a sua blusa e vendo o corpo magro do garoto, tão frágil quanto uma boneca de porcelana, ele vinha tirando minha blusa.

— Me faça seu, Jackson. – ele diz em um suspiro.

O Bambam estava ao meu lado, os olhos fechados, uma expressão de calma.

— Isso não pode se repetir, pequeno. – passo a mão em seu rosto macio. Levanto-me devagar e receoso não quero acorda-lo, tomo um banho quente.

Nunca pensei que isso aconteceria, meu colega de trabalho, amigo, não… Foi o calor da emoção que nos fez ter esse impulso, nós estávamos abalados pela repercussão que aquela cena teve. Foi tudo um delírio da nossa mente.

A noite passada talvez tenha sido a melhor noite que eu tive, nunca consegui ter um sentimento tão forte quanto eu tive com ele. Me faça seu, Jackson.

Saio do banheiro, bambam está deitado na cama, pego algumas roupas e volto ao banheiro para vesti-las, eu estava tão envergonhado.

— É serio Jackson? – o Bambam pergunta do quarto. – eu acho que eu já vi tudo o que tinha que ver ontem, não?

— Ontem? – me faço de desentendido, eu não conseguiria falar para ele diretamente que tudo o que aconteceu ontem foi um erro, era triste.

— Como assim, Jackson. Tudo o que aconteceu ontem. – entro no quarto, ele está sentado na cama. – Você… Não quer se lembrar, não é? – ele leva as duas mãos a cabeça. – Foi tudo uma brincadeira para você, não é?

— Não é isso, não coloque palavras em minha boca!

— Se não o que?

— Por favor, me entenda. A gente não se gosta, tudo que aconteceu ontem foi um erro.

—Não coloque palavras em minha boca, Jackson. Você não gosta de mim, mas muito pelo contrario, eu, gosto sim de você. Mas você não precisa fingir interesse. Eu nem sei por que eu ainda insisto. – ele se levanta pegando a mala e vai para a sala, eu o sigo em silencio. Ele está sentado no sofá, ligando para o taxi.

Ele havia ido embora... E eu não dei o valor que ele tanto queria... Como eu sou um idiota... Por que é tão difícil para eu aceitar que eu gostava dele? Ele era tão fofo comigo, um amor.

Ele me entendia, eu achava engraçado vê-lo todo estressado quando eu o pegava no colo nos shows, nós somos tão próximos.

Ligo para o Bambam, mas este obviamente não me atende.

Estou na porta da casa do bambam, me fala coragem para tocar a campainha, eu travo.

— O que você está fazendo aqui, Jackson. – a voz surge atrás de mim.

— Bam… Bam… Eu preciso falar com você.

— Ok. – ele abre a porta e dá passagem com a mão.

Estávamos na sala, ele de frente para mim, minhas mãos nervosas brincavam uma com a outra.

— Olha, eu serei rápido, eu já fico grato por você me ouvir depois do que aconteceu hoje mais cedo, eu percebi que sim, eu gosto de você, e tudo que eu disse mais cedo foi reflexo de um medo bobo que, por algum motivo, abita em mim, saiba que ontem foi sim a melhor noite que eu já tive. Eu… Eu te amo.

Ele me encara serio, o rosto não revela emoções. Me levanto.

— Jackson, espera. – ele segura meu braço.

Eu o beijo.