História I Love You... To The Bones - Stay with me... Forever...

Eu estava andando por Waterfall, ouvindo as Echoflowers como de costume. Elas repetiam minhas conversas com o G!, eu cantando... mas uma flor especifica chamou a minha atenção.

- Ei, Echoflower... Como está? Olha eu, conversando com uma flor... mas além de Frisk, vocês, flores, são as únicas que conseguem me ouvir. Bom, creio que você e o resto estão bem. Eu, por outro lado – ouvi um suspiro antes da voz começar a falar de novo – não sei se adianta falar... Além do mais, Frisk pode ouvir.

E essas foram as ultimas palavras da flor. G!... Ele realmente não tem ficado de bom humor esses dias. Não que ele tenha sido grosso comigo ou algo assim, mas... ele parece mais triste e mais preocupado que o normal. Será que seria uma boa idéia perguntar o por quê? Decidi procurar G!Sans por Snowdin onde ele geralmente fica. Procurei na barraca de cachorro-quente do Sans, no Grillbz, na casa de Papyrus e de Sans... nada. Onde mais ele estaria? Talvez. Corri e corri até chegar ao laboratório. Entrei na passagem que liga o laboratório com o laboratório subterrâneo. Esse lugar... me dá... muitas lembranças. Lembro de quando fiquei naquele quarto isolado. Alphys e Sans sempre tentavam me animar para me sentir mais confortável com aquele lugar. Em pouco tempo, não tive mais medo, me senti em casa. Recordo-me das historias em quadrinhos que Alphys trouxe uma vez. Uma das historias tinha um personagem incrível que me lembra... a pessoa que está na minha frente.

- G!...? – perguntei preocupada

A figura branca na minha frente se virou com suas roupas pretas e um cigarro na boca.

- Eai criança... Como vai? – sua voz era de desanimo
          - Eu que pergunto! Você tem ficado assim por dias G!
          - Assim como? Estou normal. – forçou um sorriso, mas não me enganou
         - Não está! – andei na direção do esqueleto que me olhava com um olhar vazio – Por que você está desse jeito? Por favor, me fala...
          - Frisk... – ele tira o cigarro da boca, suspira a fumaça pro lado, jogando o objeto no lixo – Quer mesmo saber?
          - Quero, por favor, G!...
         - Bom, sabe que não sou uma pessoa só. Sou duas. Gaster e Sans se fundiram e agora eles estão dentro de mim como uma só alma. Mas, sinto que eles não querem ficar juntos como eles estão agora. Então, decidi, depois de muito tempo pensando, me dividir.
          - Como... assim? – fiquei sem ar na hora
          - É isso mesmo, Frisk... Vou separá-los. Não vai mais existir G!Sans, mas Gaster e Sans.
          - Não, G!. Não faca isso! – me aproximei de G!, mas ele recuou
          - Sei que o risco é grande, mas é necessário.
          - Por favor, G! Não faça...
          - Cala a boca, Frisk! – ele grita, olhando nos meus olhos

Fico olhando seu olho amarelo. Raiva é o que eu consigo extrair do seu olhar.

- Você não entende. – ele segura a cabeça com a mão na testa – Eu PRECISO fazer isso.

Eu não conseguia acreditar no que eu estava ouvindo. Eu não queria acreditar.

- G!... Isso é uma piada né?
          - Não sou um comediante como o Sans para fazer piadas de tudo. Estou falando sério.

Cai no chão de joelhos, olhando assustada para baixo. Eu não queria que aquilo fosse real. Queria que isso fosse um simples pesadelo, mas era tudo real. Fiquei no chão, com as lágrimas quase indo para os meus olhos e ele, na minha frente, só me observava.

- Por favor, G! – falei sentido as lágrimas vindo a cada palavra que dizia – Não fale essas coisas! Eu... Eu não quero que isso aconteça.
          - Kid, nada vai me parar. Eu já me decidi.
          - Deve haver outro jeito G! Tem que ter.
          - Não... Não tem outra maneira. Esse é o único jeito. – ele falou se virando de costas
          - G! Por favor, Não! – pulei e abracei-o pelas costas

Fiquei assim por um momento até o esqueleto falar de novo.

- Frisk, eu tenho que fazer isso. Agora, me solta.
          - Não, eu não vou.
          - Frisk, me larga!
          - Não!
          - Frisk, eu não...
          - TE AMO!
          - O quê?

As palavras vieram para a minha boca. Não podia voltar atrás então, decidi me confessar.

- Você me ouviu... Eu te amo. Eu... realmente te amo, G! Eu não quero que isso aconteça porque não quero te perder. Por favor, fique comigo.

Ficamos em silêncio por um momento. Meu coração batia rápido. Eu sentia minhas bochechas queimando. Eu não podia ver, mas eu sabia que eu estava toda corada e vermelha. Então, G!Sans pegou minhas mãos e tirou elas do seu corpo. Quis abraçá-lo de novo, porém ele que me abraçou dessa vez.

- Kiddo, por que você diria uma coisa dessas agora? Frisk, eu... também te amo.

Eu fiquei ali parada ouvindo o esqueleto falar essas palavras enquanto ele me abraçava.  Eu estava feliz, mas com a situação que estávamos eu só fiquei congelada no lugar. 

- G!, Se você realmente me ama, você... poderia não fazer isso: por favor, eu no quero isso. Você sabe que é arriscado então por quê? – falei com as lágrimas escorrendo
          - Ás vezes, fazemos escolhas difíceis e ás vezes, é para o melhor, o melhor de todos. – ele separou do nosso abraço
         - Então, vai ser bom apenas pra você! – falei encarando-o – Eu vou te perder! Como isso pode ser bom pra mim, G! Eu não te entendo...
          - Frisk, mesmo que a gente ame um ao outro, meu amor por você é diferente do seu.
          - O que você quer dizer com isso? Eu te amo.
        - Sim, mas um amor como de irmão. Meu amor por você – ele cora um pouco – é de um jeito romântico. Não é como um amor de amigo ou como de um irmão, é muito maior. Eu te olho de outra maneira, como uma mulher mesmo. Mas mesmo que te ame dessa forma, eu vou fazer mesmo assim.

Eu estava chocada, por que era o mesmo tipo de amor que eu sentia por ele. De repente, G! começou a andar para o outro lado, passando do meu lado para ir para o outro quarto. Então, segurei a sua mão e olhei para seu olho amarelo.

- Eu te amo do mesmo jeito que você – as lágrimas já escorriam lentamente – Eu não estou fazendo piada ou zuando com a sua cara, o que eu estou dizendo é verdade. Eu te amo, te amo muito mesmo. Por favor, não vai embora. – eu o puxei para um abraço forte – Fique comigo, pra sempre...
         - Mas você sabe que... Eu não sou apenas uma alma. Eu já te disse... Eu sou duas almas em uma. Como você poderia me amar assim? Tem duas almas dentro de mim que querem ser libertados. Ou... – ele faz uma pausa pensativa – Ou talvez você ame um deles e você está confusa porque você acha que me ama...

Eu não acreditava em suas palavras. Era como se... ele não quisesse acreditar no fato de eu amá-lo. Por que ele não aceita?

- G! Você poderia parar de falar coisas sem sentido? Eu já te disse que te amo. Não Gaster nem Sans, eu amo o G! Eu amo você! Eu sei que eles estão presos na sua alma, mas eu amo você e apenas você. Se já existiu Sans ou Gaster, existiu, mas agora, existe G! Entenda isso, por favor!
          - Você... está falando sério ou... só quer me deixar como um osso frágil e...
          - MEU DEUS G! Será que você pode acreditar em mim?! È como se você não acreditasse em mim...
          - Frisk, eu... acredito em você.

Então, G!Sans colocou uma de suas mãos no meu ombro e outra na minha bochecha.

- Eu sempre vou acreditar.
          - G!...

Eu olhei diretamente para seus olhos e fui me aproximando do seu rosto. Então, beijei-o, fechando os olhos para sentir mais o toque. Era estranho, pois esqueletos não têm lábios, mas eu sentia como se fosse um beijo. Era bom. Comecei a envolver mais no beijo, pois eu queria que ele ficasse. Ele foi colocando seus braços envolta das minhas costas e eu coloquei minhas mãos na sua nuca, envolvendo mais e mais. Nós esquecemos a áurea, da situação que estávamos antes e aproveitamos apenas o momento de nós jutos. Eu tentava colocar todo meu amor por ele nos beijos, mas eu sabia que não poderia, pois eu amo muito ele. Então, mesmo assim, eu tentava o melhor pra ele extrair o meu amor por ele através dos beijos. E em seus beijos, eu pude sentir seu amor. Era bem pouco o que eu sentia, porém era tudo pra mim naquele momento. Eu amo o G!... até os ossos.