História I need a Omma - Capitulo 17

Suspiro olhando a paisagem pela janela em quanto o carro andava na velocidade permitida. Sem nem mesmo perceber havíamos ficado a tarde inteira no hospital admirando a cara de portinha de Hansu e tentando acalmar um Luhan e um Baekhyun animados por saberem que haverá outro bebe para mimar em breve.

Por mais que estava cansado por várias vezes tentar impedir o alto barulho que o Byun e Luhan faziam, ter que pedir desculpas cada vez que alguém vinha reclamar, ou até mesmo instruir de alguma maneira Luhan a cuidar do pequeno bebê, um pequeno sorriso adornava meus lábios por saber que em fim tudo iria se acalmar e que aquele emanharado de problemas iria se desfazer.

Apoio disfarçadamente minha mão esquerda em minha barriga, acariciando-a levemente em quanto ouço ao fundo Kihyun e Jongin cantarem uma musica infantil em meio a risos.

Olho para Jongin, o sorriso infantil iluminava seu rosto bem modelado em quanto dirigia atentamente até nossa casa, seus olhos brilhavam em quanto ria por tentar acompanhar o ritmo frenético de Kihyun em quanto cantava a musica:

- Vá tomar um banho, você deve estar cansado. – diz Jongin ao adentrarmos a casa.

- Pode ir primeiro, irei fazer o jantar Kihyun deve estar com fome. – digo já me dirigindo para a cozinha, mas sou impedido por Jongin que segura minha cintura. – Ei.

- Pode deixar que eu faço o jantar, apenas vá tomar banho e relaxar. – ele deixa um selar em meus lábios. – Deve ter sido estressante lidar com um Baekhyun e um Luhan eufóricos, por isso apenas me obedeça e vá lá pra cima, okay?

Suspiro e confirmo com a cabeça dando-me por vencido e indo tomar um relaxante banho como foi ordenado.

Ao sentir a água quente em contato com meu corpo imediatamente eu relaxo e fecho os olhos apreciando o tempo que eu teria para mim, pensei sobre tudo que havia acontecido até agora e em pequenas possibilidades de como o Kim iria resolver as coisas com Myungsoo.

Sinceramente no fundo eu estava com medo, medo de algo desse errado e o Jongin se afastasse novamente, mas o meu maior medo era perde-lo, pois eu ainda não tinha certeza se o amor que ele sente por mim é mais forte do que o amor que ele tinha pelo meu irmão.

- Termine essa história meu amor, mas, por favor, não se machuque, não nos machuque. – peço acariciando minha barriga ainda lisa.

                                                                                                            XOXO

- Hambúrguer Appa, Hambúrguer. – Kihyun pedia em quanto puxava a barra do avental que eu vestia.

Eu estava em duvida do que fazer para o Jantar já que meus dotes culinários eram um pouco limitados, por isso decidi pedir a ajuda do pequeno Kim para o jantar, mas a única coisa que meu filho dizia era “Hambúrguer”, “batata frita” e “refrigerante”:

- Ei garotão. – digo pegando-o no colo e colocando-o sobre o balcão da cozinha. – A partir de agora precisamos comer coisas saudáveis.

- Por que? – pergunta com um bico triste nos lábios.

Apenas sorrio e bagunço seus cabelos, eu e o Soo havíamos combinado de contar para Kihyun sobre o bebê após o jantar, por isso eu precisava segurar a euforia de ser pai novamente e manter a boca fechada até que Kyungsoo volte do banho:

- Tudo bem, mas só irei fazer seu tão amado Hambúrguer por que será uma despedida de coisas gordurosas ok?

Um grande sorriso de Kihyun aparece para mim ao dizer que iria ceder seu pedido, sem nem ligar para o que eu falei sobre despedida a pequena criança comemora porque iria comer algo que amava dês do dia que havia experimentado.

Tinha decidido ceder o pedido do menor porque sinceramente eu estava com medo de sua reação ao fato de ter um irmão, Kihyun sempre fora sozinho e havia épocas que nem mesmo minha atenção recebia, me culpo até hoje por ter ido a várias viagens de negócios, negligenciando as necessidades de meu próprio filho:

- Jongin, o que foi? – sinto os braços de Kyungsoo rodearem minha cintura me tirando de devaneios e percebendo que eu havia parado de temperar a carne. – Está tudo bem? – pergunta ele com a voz suave.

- Estou preocupado. – confesso com o olhar mirado para minhas mãos. – E se Kihyun não gostar da ideia de ter um irmão ou uma irmã? – pergunto num sussurro.

Kyungsoo me gira, fazendo-me ficar de frente para ele, sinto suas mãos acariciarem meu rosto delicadamente:

- Então é isso. – ele sorri. – Kihyun é uma criança ainda, claro que poderá sentir ciúmes e no inicio rejeitar a ideia por causa disso, mas você não viu o modo que ele olhou para o pequeno Hansu? Os pequenininhos olhos brilharam de admiração e carinho, então não se preocupe com isso.

- Tudo bem. – respondo beijando a pontinha de seu nariz.

Seguro Kyungsoo com cuidado para não relar em suas roupas com as mãos sujas pela carne, colocando-o sentado sobre o balcão ao lado de um Kihyun que se lambuzava com chocolate:

- Deu chocolate pra ele antes do jantar? – Kyung pergunta descrente de meu ato.

Afasto-me sem respondê-lo, pois sabia que se eu dissesse que havia dado porque o pequeno havia pedido levaria uma bronca, então silenciosamente continuei a preparar a carne.

O jantar havia sido divertido, com um Kihyun abrindo seu lanche para retirar as saladas que havia ali dentro e um Kyungsoo bravo fazendo de tudo para o pequeno comer as folhinhas de alface e as rodelas de tomate. Depois de encher nossas barrigas, forramos colchões no chão da sala prontos para assistir um filme e dormir ali mesmo:

- Agora? – pergunto ao meu marido ao ter tudo pronto e vejo o outro apenas acenar como um concedimento. – Ei pequeno venha aqui. – bato no espaço entre eu e Kyungsoo.

Kihyun calmamente se ajeitou no espaço entre nós e me olhou curioso pelo motivo do meu chamado:

- Eu e seu Appa, queremos te dizer uma coisa. – diz Kyungsoo me enviando um olhar encorajador.

Respiro fundo olhando para os olhos grandinhos e brilhantes do pequenino Kim:

- O que acha de ter um irmão? – pergunto enfim.

Vejo seus olhos grandes se arregalarem mais ainda como se eu tivesse contado algo incrível e difícil de se acreditar, sua boquinha se abre em um grande O antes de soltar um gritinho alegre:

- Omma vai dar neném pra gente? – ele pergunta eufórico intercalando seu olhar entre mim e o Kyung.

Suspiro aliviado antes de afirmar com a cabeça e abrir o maior e o mais feliz de meus sorrisos:

- Omma, agente vai ter um Hansu também? – pergunta a criança subindo no colo de Kyungsoo para chegar mais perto do maior.

- Não, claro que não, já que não quero um filho com cara de portinha. Que tal um pequeno Taeoh?

Aproximo-me deles e retiro Kihyun do colo do Soo:

- Ei campeão, agora agente deve tomar cuidado com o Soo ok? Não pode machucar aqui. – coloco a mão sobre a barriga ainda lisa do outro. – Porque o bebe tá protegido aqui e precisa crescer bem saudável pra poder brincar com você.

- Ele tá aqui? – pergunta o mais novo colocando a mãozinha sobre a minha. – Então você vai parecer um pinguim qui nem o tio Luhan?

- Sim, vai ser o Omma Pinguim Soo. – brinco recebendo um olhar ameaçador do outro.

O mais novo se aproxima cuidadosamente de Kyungsoo:

- Oi neném. – diz ele acariciando o local onde o feto estava. – Você tem sorte, sabia que o Omma cozinha super bem e que o Appa espanta os fantasmas todos os dias do meu quarto pro Kihyun poder dormir sem medo?

Sinto uma mão se entrelaçar com a minha em quanto observo uma das cenas que irei guardar com todo o carinho, olho para o lado encontrando os olhos de Kyungsoo sobre mim:

- Eu te amo. – ele sussurra.

- Eu irei cuidar de você tá bom? Serei um ótimo irmão. – escuto a voizinha de Kihyun cochichar. – Bem vindo a família neném.

Nunca em todo mudo haverá como explicar o sentimento de se sentir amado e de amar.

- Eu te amo. – Sussurro para ele de volta.