História I Need You - Cap. 26 - Habits

Acordo com alguém me chacoalhando. Resmungo abrindo os olhos.

- Hasel acorda- Fala Alex me chacoalhando mais ainda.

- Já estou acordada- Falo coçando os olhos e me sentando na cama bocejando- Que horas são?

- Falta uma hora para nós encontrarmos na aula- Fala Alex ajeitando o cabelo.

- Ahn...Espera, o que?- Pergunto me levantando.

- Falta uma hora para nós entrarmos na aula - repente ele.

- Que merda- Resmungo correndo até o guarda roupa e pegando uma roupa. O sono passou rapidinho.

Saio correndo pelo corredor até a ala leste para tomar um banho rápido.

{...}

Coloquei a camisa social do colégio, uma blusa preta fina por cima, uma causa azul escura, uma touca azul clara e meu fiel tênis cinza. Passei uma maquiagem leve para destacar, e tudo isso praticamente na velocidade da luz.

Fui até o quarto e peguei minha mochila e meus livros. Quase ia esquecendo eles.

Então lá estava, eu e Alex praticamente correndo que nem loucos até a cozinha.

- Porque tanta pressa?- Pergunta Max assim que eu acabo esbarrando no mesmo.

- Estamos... atrasados- Falo sem fôlego.

- Eu já ia chama-los, vamos?- Fala Max pegando a chave de seu carro do bolso e caminhando apressado a nossa frente- Seus outros amigos foram mais cedo, acho que estavam com pressa. Nem tomaram café- Fala balançando a cabeça.- Mas Hasel, não era apenas quatro garotos? porque pelas minhas contas são seis.

- Houve um imprevisto na noite passada- Fala andando ao seu lado.

Ele me olha levantando uma sobrancelha, com um olhar severo. Minhas bochechas coraram assim que eu entendi.

- Não, não é nada disso. Eles são só meus amigos.

- Eu não disse nada- Fala Max levantando as mãos em sinal de rendição, rindo.- Mas cá entre nós, um dos garotos estava sorridente demais...tem certeza que não aconteceu nada...

- Não, claro que não!- Falo irritada, como ele podia pensar isso de mim?!

Max nos levou de carro até o colégio interno. O caminho todo eu fiquei calada, já Alex ficou o caminho todo conversando com Max sobre jogos e campeonatos.

Chegamos no colégio faltando 20 minutos.

Abri a porta me despedindo de Max e sai correndo até a entrada do colégio.

Sai correndo pelos corredores e subindo escadas. Meu coração parecia que ia sair pela boca.

Não tinha ninguém nos corredores, o que significava que eu já estava atrasada.

que ótimo.

A porta da aula de biologia estava fechada. Então me ergui na porta, olhando pela pequena janela de vidro que tinha na porta. Como eu odiava ser baixa.

O professor estava na frente da lousa escrevendo alguma coisa. Respirei fundo e bati na porta.

O professor abriu a porta com a cara fechada de quem iria dar uma bronca em quem quer que fosse, mas assim que notou que era eu um sorriso apareceu em seu rosto.

- Ah senhorita Madlens, atrasada?- pergunta.

Não estou só dando um passeio.

- Sim- Falo dando um sorriso tímido.

- Pode entrar, mas que seja a primeira e última vez- Assinto com a cabeça.

Caminho até minha carteira. Tinha me esquecido que essa aula era em dupla, e minha dupla era Taehyung.

Quando passo pelas primeiras mesas, vejo Jungkook conversando com um outro garoto, um tal de... qual era o nome? Yoongi? acho que era isso.

O Jungkook me vê e acena com a mão sorrindo, retribuo com um sorriso.

E lá estava, nas últimas mesas. Taehyung estava anotando alguma coisa em seu caderno, estava tão concentrado que nem tinha notado minha presença.

Me sentei do seu lado. Tudo bem já estava me acostumando a esse silêncio entre nós, mas...Não, tinha que esquecer a noite passada.

O professor voltou a explicar o que quer que fosse o que estava falando antes de eu chegar. Alguma coisa a ver com a mistura de Infusão com ozônio e o que acontecia se os misturasse.

A coordenadora das salas tinha vindo na sala, ela teve que retirar Jungkook e Yoongi por...Acho que por terem quase ter posto fogo na mesa do professor.

Que fique claro que eu não tenho nada a ver com isso.

O engraçado era que eu tinha tido apenas três aulas de biologia e em duas Jungkook tinha ido para a diretoria. Era até um recorde para apenas o começo do ano.

Então, por isso o professor teve que sair da sala e acompanhar os garotos...bem acompanhar não, dar uma bela bronca em minha opinião.

Depois que ele saiu os alunos todos começaram a conversar e a bagunçar, nem parecia que eram adolescentes, pareciam mais crianças.

Até Taehyung se juntou a eles, um dos garotos do grupo do Seokjin o chamou. Descobri que era assim que chamavam o grupo do qual Taehyung fazia parte. O mesmo estava rodado daquelas meninas populares.

Agora eu estou sozinha, que ótimo agora posso ler o livro.

Pego em minha mochila o livro dos Escolhidos. Abro o fechadura de ouro e vou até a página que eu havia parado.

Pelos mares de pérolas.

Tinha continuado pelo mesmo reino. Os vampiros continuam a me seguir, por horas corri sem nem ao menos tomar um gole de água. Não estava mais aguentando tanto sofrimento. Fome, sede, noites e dias apenas correndo por minha vida.

Tinha chegado a um pequeno vilarejo de uma pequeno reino esquecido longe do reino dos vampiros.

Para minha sorte o povo era que esse povo era acolhedor. Uma velha senhora havia me acolhido em sua casa. Seu marido era sego de um olho.

Eu tinha lhe feito algumas perguntas. Fiz a mesma pergunta que fazia para todos, se ele tinha algum conhecimento sobre a lenda dos Escolhidos.

Ele me contou tudo o que sabia. 
Seu povo tinha fatos ocultos sobre a lenda. Fatos que poderiam ser reais, ou não.

Acredita-se que as quatro crianças, os escolhidos teriam de ser meninos. Esses mesmos não poderiam se apaixonar, teriam apenas um amor em sua vida. Não poderiam se apaixonar mais de uma vez.

O senhor discordava, não acreditava que os escolhidos seriam todos meninos. Também não acreditava no tema amor, dizia que todos têm o direito de se apaixonar mais de uma vez, disse que as crianças escolhidas também teriam essa escolha. O amor é uma coisa complicada, nem todos o compreendem. Alguns até podem o ter, mas não sabem o controlar.

Outra lenda citada foi a da morte.

"Um dos Escolhidos se encontrará com a morte, da mesma forma que falecera, ele renascerá. Das mãos de seu amor, da morte ele voltará. A alma perdida, em seu lugar retornará"

E essas foram suas últimas palavras. Poucos entenderam essa parte da professia. Mas era um fato de um povo, poderia ser real e poderia não ser real também. E era isso que me incomodava...

¤¤¤

- O que você está lendo?- Pergunta alguém atrás de mim. 
Me assunto e acabo deixando o livro cair no chão.

- Nada- Falo com raiva me abaixando para pegar o livro do chão. Taehyung me olha com uma sobrancelha erguida.

ah, sério que você vai se fazer de inocente?!

- O que você quer?- Pergunto guardando o livro de volta na mochila.

Ele dá a volta na mesa e se senta em cima da mesma me olhando com a cabeça inclinada.

- Só queria te falar que eu já terminei o trabalho de semana passada, já entreguei ao professor.

- Mas você fez sozinho?

- Obviamente.

- Mas, eu queria fazer minha parte- Falo indignada.

Ele me olha espantado.

-...geralmente as outras garotas gostam quando fazem o trabalho por elas.

- Pois é, não sou como as outras- Falo rangendo os dentes, como eu odiava ser comparada com as outras. Eu não sou aproveitadora! e odiava quando os outros faziam coisas que eram tarefas minhas.- O próximo trabalho eu que irei fazer.

- Claro que não- Fala irritado

- Claro que sim- Falo, não acredito que estamos discutindo por causa de um trabalho.

Então o sinal toca.

Pego minha bolsa e sou a primeira a sair da sala. Mas assim que passo pela porta sinto uma tontura, por sorte tinha me segurado no batendo da porta. 
 

{...}

 

Andei pelos corredores com uma horrível dor de cabeça. Era como se minha cabeça estivesse em chamas, Parei em um bebedouro e tomei um gole de água. Mas nem assim, parecia que minha cabeça iria explodir.

Então subi as escadas para a aula de pintura. Entro na sala e quase ninguém ainda estava lá.

Me sentei em minha cadeira onde tinha minhas tintas e meu quadro incompleto.

Depois de uns três ou cinco minutos os alunos começaram a chegar.

Mel chegou praticamente desfilando, me abraçou e se sentou ao meu lado já contando tudo que tinha acontecido em seu fim de semana na casa de seus pais.

Pelo que pude entender ele teve que ir até New York visitar sua Avó que estava doente e aproveitou as praias de Miami.

Conversamos sobre Miami, já que eu tinha passado praticamente minha vida toda lá, começamos a falar sobre o região. Eu conversava com Mel mas minha cabeça ficava latejando, tinha segundos que eu via tudo borrado.

Nem tinha notado quando Taehyung havia entrado na sala, notei sua presença quando tinha apenas olhado para os fundos da sala, e lá estava ele.

A professora entrou na sala, deu apenas a tarefa para nós terminarmos os quadros. Muitos alunos não tinham nem ao menos começado a desenhar suas pinturas. 
Eu até ganhei um ponto a mais por estar já na parte das cores. 

 

Já estava na metade da aula. Eu não estava bem, tinha horas que minha cabeça rodava e eu via tudo turvo.

Quando eu tinha acabado de pegar uma das tintas verdes. 
Sinto meus sentidos todos falharem, acabo me desequilibrando na cadeira caindo com tudo no chão.

Bati com a cabeça no chão. Não ouvi risadas, apenas alguns múrmuros.

- Hasel, Hasel você está bem?- Pergunta Mel tentando me levantar.

- M-meus olhos- Falo tampando meus olhos. Os mesmos ardiam muito, como se alguém tivesse jogado óleo fervendo em meu rosto. Segurei um grito de dor.

- Professora, Hasel não está passando bem, deixe-me levar ela ao banheiro- Fala Mel desespera a Professora de cachos loiros. Não tinha tirado minhas mãos de meu rosto, tinha medo de como ele devia estar.

- Leve-a, deve ser alguma coisa urgente- Fala a professora espantada. Mas pelo que eu tinha ouvido, não havia convicção em sua voz.

Mel tinha me ajudado a levantar. Eu não conseguia sentir meus braços era como se eu tivesse sido anestesiada apenas em uma parte de meu corpo.

Então fomos até os banheiros. Se não fosse por Mel, acho que eu nunca conseguiria chegar sozinha. Ela tinha me ajudado a andar o caminho todo.

Eu estava desesperada, isso nunca tinha acontecido comigo. 
A dor era insuportável em meus olhos, como se estivessem queimando em brasa.