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História I Need You - Cap. 6 - History


Escrita por: Wonuars

Capítulo 7 - Cap. 6 - History


Fanfic / Fanfiction I Need You - Cap. 6 - History

 

 

00:00

Estava no corredor, andando na porta dos pés.

Até agora não tinha ouvido nenhum barulho pelos corredores. Meu tio vulgo Max tinha saído e só voltaria amanhã, eu estava entediada e queria explorar o lugar. E essa noite poderia ser o melhor momento, já que Max não esta...

Mas eu tinha me esquecido de uma coisa, as portas estavam todas fechadas.

Tive que voltar correndo na ponta dos pés para meu quarto, não sabia onde era o quarto de Martha, dos seguranças ou dos outros empregados, e não queria se pega.

Depois da minha tentativa inútil de tentar explorar a casa encostei meu corpo no batente da janela. Estava frustrada.

Espera... A janela!

- porque não pensei nisso antes?- murmuro comigo mesma.

Abro o vidro da janela e solto um resmungo ao ver a altura, meu quarto era muito longe do chão.

Outro plano fracassado.

Jogo-me de cara no travesseiro e abafo um grito.

Depois de um tempo me levanto e como não tinha nada para fazer me encosto na lareira onde o fogo queimava cheio de vida.

Encosto uma de minhas mãos em um dos leões de bronze da lareira. Eles tinham detalhes muito perfeitos esculpidos. 
Deslizo minhas mãos pela lareira de bronze, quando sinto algo estranho em um dos Leões, era uma alavanca.

Fico chocada, olhei para o lado apreensiva, decidindo se puxava ou não, mas minha curiosidade falou mais alto.

Então puxo a alavanca.

No mesmo instante uma porta se abriu na parede ao lado na lareira. Abro a boca espantada dando um passo para trás, era para eu saber que aquilo existia? Será que era para eu entrar? E se fosse um lugar proibido?

Fico parada em uma luta interna se entrava pela aquela porta ou não... Então mordo o lábio inferior e entrei pela porta sem pensar muito.

Não tinha nada a perder mesmo. Só talvez fosse expulsa da casa, ou jogada na rua... Mas mesmo com esses pensamentos eu entro pela abertura na parede.
 

[...]
 

Era um túnel.

Uma extremidade longa e escura.

A cada paço que eu dava uma tocha se ascendia nas paredes brilhantes.


Vou admitir aquilo era muito estranho.

Era uma longa extensão escura, não era de terra como aqueles túneis de Minas antigas como nos filmes.

As paredes eram de ouro puro.

Como eu sabia disso?

As paredes tinham detalhes esculpidos e cintilavam com a luz das tochas, passei minhas mãos por elas. Até que senti um detalhe estranho na parede.

Peguei uma das tochas nas mãos e iluminei o desenho.

Era o mesmo desenho que estava em cima da porta proibida.

Fogo, ar, terra e água.

Só que este brasão estava perfeitamente esculpido no ouro. Analisando suas manchas escuras, mostrava que ele estava ali a anos.

Gravei aquela imagem em minha cabeça.

Então continuei andando pelo túnel escuro a minha frente.

Depois de alguns minutos as tochas foram diminuindo e a única iluminação a minha frente era a luz da lua que vinha pelas frestas de uma porta de madeira logo a frente.

Aproximo-me e giro a maçaneta.

Abro a porta e fico de boca aberta, a porta era a entrada para uma estufa de vidro.

Mas não era uma estufa qualquer, ela era uma caixa de vidro repleta de flores, além de tulipas, rosas vermelhas, cravos, margaridas, tinham espécies de flores que eu nunca tinha visto ou ouvido falar na vida.

Tinham flores que cintilavam em várias cores com a luz da lua. Era a coisa mais bela de se ver.

Mas de todos aqueles tipos de flores, a que mais me chamou a atenção era uma que estava no fundo de todas. 
Era vermelha, fechada como um casulo e não tinha o mesmo brilho como as outras.

Aproximei-me e quando a toquei ela se abriu, revelando o que escondia por dentro das pétalas.

Fogo.

Chamas de fogo.

Fiquei a admirando. Como uma flor poderia soltar fogo? Como ela podia não se queimar? Porque eu não estava assustada com aquela coisa sobrenatural?

Por extinto, coloquei minhas mãos nas chamas. Me espantei.

Eu não me queimei.

Coloquei minhas mãos novamente nas chamas e as deixei ali.

1...2...3...

Três segundos e minhas mãos continuavam intactas. Sem nenhum vestígio de queimaduras.

Isso é normal?


Claro que não!


Como?


Como eu não me queimei?

Afastei-me e fui à direção de uma prateleira onde tinham pedaços de madeira.

Peguei um dos pedaços e o joguei em cima da flor. A madeira queimou nas brasas do fogo no interior da planta.

Puxei um banco de madeira que tinha no canto da estufa, sentei e fiquei admirando aquela bela planta.

Como uma flor não podia pegar fogo? Como, mesmo que estranhamente ela podia ser tão bela?
 

{...}
 

Acordei com o som de uma porta se abrindo. Olhei em volta assustada

Alguém tinha entrado ali, e meu desespero aumentou o notar que ainda estava na estufa secreta.

A pessoa, que eu não conseguia identificar estava na porta de costas para mim, me levantei devagar da cadeira tentando não fazer nenhum barulho.

Olhei uma ultima vez para a pessoa, eu tinha acabado de acordar e não consegui distinguir quem era ali, mas eu tinha certeza que era um homem. Então enquanto a pessoa olhava as outras plantas eu corri silenciosamente até a porta de dava caminho para meu quarto.

Corri pelo túnel sem parar. Se a pessoa, seja lá quem fosse tivesse me notado estaria completamente frita.

Entrei no meu quarto e abaixei a alavanca da porta, fechando a passagem secreta.

Fiquei encarando a passagem fechada. E se o homem entrasse no meu quarto? E se desse para abrir a passagem de meu quarto pelo túnel? Eu devia me preocupar tanto assim? Afinal... Acho que ele nem notou minha presença...

- Caramba- murmurei comigo mesma ainda afobada.

Essa mansão é uma caixinha surpresa.

Sentei-me na cama e fiquei olhando pela janela que refletia o sol nascente do lado de fora. Não tinha nenhuma estufa no jardim pelo meu campo de vista, franzo o cenho olhando confusa para o lado de fora da casa, especificamente para o jardim em frente a minha janela onde aquela estufa ficava?

Sou desperta de meus pensamentos com batidas na porta de meu quarto.

Olhei para minha roupa, ainda estava com a mesma blusa de frio branca, calça preta e tênis cinza. 
Esperava que Martha não me desse uma bronca.

Então caminhei até a porta meio relutante.

- Martha me desculpe, acordei agora pouco e...

- Martha ainda não veio chamá-la?- pergunta a pessoa. Dou um paço apara trás não era Martha.

- hã... Bom dia tio- Falo dando um pequeno sorriso simpático.

- Bom dia Elizabeth- Fala Max ajeitando seus cabelos. Olhei para sua face e fico confusa, sua aparecia... Porque eu tinha a impressão de que ele parecia mais novo?

-... Porque está aqui tão cedo?- Pergunto coçando a nuca.

- Martha me informou que você não foi para o jantar ontem à noite e não desceu para tomar seu café essa manhã, e... Eu queria ver se minha sobrinha estava bem- Fala ele me olhando sereno. Eu fico desconcertada, nunca ninguém tinha se preocupado a asse ponto comigo... Não vou negar que fiquei sentimental com essa atitude de Max.

- Sim eu estou bem- Falo e bocejo, ainda estava cansada e minhas costas doíam. Aquela cadeira de madeira não foi à melhor escolha para poder dormir- O senhor não vai tomar seu café?- Pergunto coçando meus olhos.

Ele dá uma risada leve.

- Ia perguntar se não queria que eu a acompanhasse- Fala ele estendendo a mão como um cavalheiro.

Hesitei um pouco, mas assim que me estomago roncou indicando que se eu não comece algo colocaria minhas tripas para fora dou de ombros

-Tudo bem- Falo se pegar sua mão. Fecho a porta do quarto atrás de mim e caminho lado a lado com ele pelos corredores. 

 

{...}

 

- Me contaram que o senhor foi a uma festa- Falo quebrando o silêncio. Não custaria nada puxar assunto... Max parecia ser uma pessoa legal

- Ah sim, foi a uma festa de negócios ontem- Fala, logo fazendo uma careta como se estivesse se lembrando do acontecimento.

- O que foi? não foi legal?- pergunto notando suas caretas.

- se você achar legal ficar em um salão cheio, com velhos chatos que só sabem falar de negócios e bebidas caras... – Fala levantando uma sobrancelha como se pedisse minha opinião.

- Não foi legal então- Falo dando um sorriso olhando para frente.

- Acho que você me entende, nunca me interessei muito com assuntos financeiros. Mas se eu não cuidar dos assuntos dessa casa quem cuidará?- Fala ele 0lhansdo para os corredores da casa.

Andamos mais um pouco e só então notei que estávamos no corredor dos retratos. Passando pelas algumas terríveis e outras belas imagens de pessoas falecidas.

- vejo que não gosta muito de quadros- Fala Max olhando para as molduras.

- gostar eu gosto, mas estas de sua casa me dão medo.

- Corrigindo, nossa casa, você mora aqui agora. Não devia ter medo dos mortos querida- Fala ele, eu o olho sem entender e ele desvia o olhar de um dos quadros agora me fitando- Tem que ter dos vivos.

- O que quer dizer?- Pergunto o olhando confusa.

- Os mortos, eles como posso lhe dizer... - Fala voltando seu olhar para ao quadros, e o olhava atentamente- Estão em uma dimensão alternativa da nossa. Uma na qual não se pode voltar, então não deveria temer a quem nunca te alcançara.

- E... Porque eu devia temer aos vivos?- Pergunto a espera de mais respostas.

- Pois o mal verdadeiro está entre nós, pode estar perto de nós... Ou até caminhando ao nosso lado- fala olhando para as janelas.

Engulo a seco, não queria mais falar daquele assunto. Parecia uma coisa intensa.

-... Já viu alguma foto de sua mãe?- Pergunta ele e imediatamente puxa meu interesse.

- Minha mãe?- me espanto e olho com meus olhos brilhantes, olhando afobada para as pinturas - Aqui tem uma pintura dela?

- Sim- Fala ele simplesmente, quase inaudível, pude notar um mínimo sorrindo em seus lábios.

Caminhamos até o fim do corredor, passando por várias pinturas de mulheres e homens que eu não tinha visto ainda, aquelas pessoas eram muito bonitas tenho que admitir, ficava me perguntando quem era minha mãe.

-... Esta é sua mãe- Fala Max como se tivesse lido meus pensamentos, parando ao lado de uma moldura

Fiquei olhando a pintura paralisada. A mulher era muito parecida comigo.
Os mesmos cabelos ruivos, os olhos cor de caramelo, a pele pálida. Ela parecia outra versão minha só que mais velha.

- Ela é muito linda- Falo passando distraidamente os dedos na moldura.

- Sim, ela era- Fala Max dando um sorriso fraco olhando para a pintura. Seu maxilar estava trincado, ele respirava calmamente como se quisesse se controlar - O nome dela era Helena... Era a pessoa mais gentil que eu já conheci na vida.

Olhei para a pintura ao lado da de Helena.

Um rapaz que devia ter no máximo quinze anos, loiro e com os olhos castanhos. Ele estava no meio do jardim com brinquedos ao seu redor, em um momento espontâneo e infantil.

- É você não é?- pergunto olhando de soslaio para Max. Ele estava olhando fixamente para a pintura de minha mãe, mas logo olhou para mim como se tivesse voltado a terra.

- Sim, sou eu- Fala limpando a garganta, sua voz saiu embargada- essa pintura foi feita há dezessete anos. Todos diziam que eu era um sonho para as garotas... Francamente meu nariz era horrível!- fala olhando para a foto e fazendo uma careta. Dei uma gargalhada, devia ser uma mania de meu tio fazer caretas para tudo que fosse reagir.

Então uma dúvida me veio a cabeça.

- E meu pai?- pergunto olhando para as outras pinturas, mas nenhuma me era de algum outro menino ou garoto- Não vejo mais nenhuma pintura de criança.

- Hã... Seu pai, bem- Ele coça a nuca, noto seu desconforto. Porque ele ficava sempre desconfortável quando eu entrava em algum assunto relacionado ao meu progenitor?- ele não era muito bem vindo aqui depois do... Acidente.

- Qual acidente?- Pergunto minha curiosidade estava sendo mais forte do que eu.

- Você é muito curiosa, menina. Lembra-me uma pessoa que eu conhecia... - fala dando um sorriso e me analisando e depois voltando a olhar para a pintura de minha mãe- Mas não é um bom momento para você ficar sabendo... Dos acontecimentos passados de nossa família.

Nesse ritmo não vou ficar sabendo de nada. 
Penso suspirando derrotada.

- Vamos tomar o café?- Max fala andando pelo corredor a minha frente - Martha deve estar nos esperando.

Não digo nada e continuo o seguindo pelo corredor. 

 

{...}


 

- Senhor Madlens... - Chama Martha quando eu e Max já estávamos entrando na sala de jantar, seu rosto mostrava inquietação... - Os empresários estão aqui para uma reunião, estão esperando o senhor no escritório.

- Mas nos tínhamos feito um acordo... –Murmura Max encarando o chão com o cenho franzido, então limpa a garganta tomando uma postura séria - Fale a eles que eu irei depois de tomar o café com...

- Eles querem conversar com o senhor, agora - Fala Martha com a voz fria, sua face transbordava nervosismo. Mexi-me desconfortável pelo seu tom de voz.

Max respirou fundo fechando e caminhou rápido em direção a porta polida a ouro resmungando coisas que eu não era capaz de ouvir

- ah, e Elizabeth... – Fala Martha voltando sua atenção para mim.

- É Hasel- Falo seca.

- Seu uniforme chegou hoje de manhã junto de seu material- Fala ela pegando seu famoso bloquinho nas mãos.

- Uniforme?- pergunto fazendo uma careta.

- Sim... - Fala anotando alguma coisa- Não se preocupe, até que as roupas não são tão extravagantes, e fora de horário de aula você pode usar a roupa que quiser.

-... Tudo bem- Falo torcendo o nariz com desgosto. Nunca gostei de usar uniformes.

- Não se preocupe em fazer amizades à maioria das pessoas lá são... Simpáticas depois que você as conhece- Fala guardando o bloquinho em um de seus bolsos

- Era só o que me faltava- murmuro. Mil coisas passaram em minha cabeça, imaginei se os alunos seriam metidos, implicantes, mimados... Muitos pensamentos passaram em minha cabeça sobre como seriam os meus novos colegas... E nenhum deles era bom.

Caminho até a sala de jantar para tomar meu café. Estava faminta.

Quando entrei na sala de jantar me sentei em meu lugar na mesa de doze cadeiras, onde os empregados já colocavam silenciosamente o café.

A cadela de pelos negros estava sentada no canto da sala. Ela olhava para mim e mexia as orelhas... Era como se quisesse me dizer alguma coisa.

Para de pensar essas coisas Hasel – Me assustei com a voz em minha cabeça, essa não era a voz de minha consciência, eu vivia discutindo com ela e sua voz não era assim, arregalei meus olhos de leve e balancei tirando aquela voz repentina de minha cabeça, de onde eu conhecia essa outra voz?

Desviei meu olhar das torradas que agora mastigava e olhei para a porta de vidro que dava uma vista plana para a entrada da floresta.

Dei um pulo da cadeira com o susto havia um homem, mas não conseguia ver seu rosto. Ele usava um chapéu preto e suas roupas também eram pretas com várias correntes prateadas.

Ele estava encostado em um Pinheiro e olhava diretamente para mim, então ele fez um gesto com o dedo pedindo silêncio.

Desviei meus olhos para o prato de café da manhã que um empregado tinha colocado logo a minha frente.

Então quando fui olhar novamente para a floresta, o homem não estava mais lá.

Fiquei mais inquieta ainda quando a cadela gigante de Max tinha se levantado e agora rosnava na direção a floresta. Eu deveria me preocupar? Claro que devia.


 

{...}



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